Curso/Disciplina: Lei de Responsabilidade Fiscal / 2017 Aula: Lei Orçamentária Anual / Aula 07 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 07

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Transcrição:

Curso/Disciplina: Lei de Responsabilidade Fiscal / 2017 Aula: Lei Orçamentária Anual / Aula 07 Professor: Luiz Jungstedt Monitora: Kelly Silva Aula 07 Vamos completar os princípios da lei orçamentária. O princípio da não vinculação está previsto no art. 167, IV, da Constituição, ou seja, tem amparo constitucional. Art. 167 São vedados IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, 8º, bem como o disposto no 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) O inciso acima não está falando em vinculação de tributos, mas sim na de impostos. Cuidado com esse detalhe em concurso público. A regra é a proibição de vinculação de imposto, que é onde o Governo realmente faz o seu dinheiro, que deverá ser gasto politicamente. O Governo é eleito pela população e tem legitimidade para escolher os rumos do crescimento que o país vai adotar e com isso pegar o orçamento e gastar politicamente. Página1 O que chama a atenção é a quantidade de ressalvas que existe à não vinculação dos impostos. Além dessas, ainda existe mais ressalva no 4º:

Art. 167 [...] 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) A verdade é que existe tanta vinculação que ela depõe contra a regra. É tão estranho que o Governo criou a Desvinculação de Recursos da União (DRU). Tem tanta vinculação que foi necessário desvincular os recursos da União para ter gastos políticos, para ter gastos pautados no programa de governo de quem foi eleito. DREM (Desvinculação de Receitas dos Estados e Municípios) é uma sigla que foi utilizada, mas o que foi efetivamente aprovado com a EC nº 93/2016 foi a DRE (Desvinculação de Recursos do Estado) e a DRM (Desvinculação de Recursos do Município). Somente a Constituição pode vincular a arrecadação de imposto. Nenhuma lei pode fazer a vinculação de imposto. O art. 8º, I, da lei nº 11.079/04 (PPP) oferece como garantia uma vinculação. Esse inciso I vem sendo questionado quanto à sua constitucionalidade. O inciso em questão diz: Art. 8º As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria público-privada poderão ser garantidas mediante: I vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal; Celso Antônio diz não se surpreender com inconstitucionalidades na legislação brasileira, mas que essa é a primeira vez que o próprio dispositivo cita o artigo desrespeitado. Contudo, o inciso I do art. 8º fala em vinculação de receitas, não especificando de onde. O Prof. Luiz Jungstedt destaca que o próprio inciso, ao falar em vinculação de receitas, ressalva a vinculação de impostos ao falar do art. 167, IV, da Constituição. Assim, as receitas originárias (ex: royalties do petróleo) podem ser consideradas para a vinculação, por exemplo. A DRU foi criada no Governo FHC por um prazo determinado. No entanto, foi sendo prorrogada ao longo do tempo. De acordo com o art. 76 do ADCT: Página2 Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2015, 20% (vinte por cento) da arrecadação da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais. (Redação dada pela Emenda constitucional nº 68)

Essa foi a redação anterior à EC nº 93/2016. O que a DRU faz é pegar a base de cálculo e esvaziar em 20%. Todas as vinculações determinadas pela Constituição vão incidir sobre a base de cálculo sem os 20%, ou seja, sobre 80% do que foi arrecadado. Os 20% poderão ser gastos politicamente de forma livre. A DRU, que era válida até 31/12/15, só foi prorrogada em setembro de 2016 mediante a EC nº 93/2016 como manobra para inviabilizar o Governo Dilma. No entanto, com a sua prorrogação, os efeitos retroagiram a janeiro de 2016, conforme se vê: Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2016. Atualmente a redação do art. 76 do ADCT dada pela EC nº 93/2016 é a seguinte: Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) da arrecadação da União relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das despesas do Regime Geral da Previdência Social, às contribuições de intervenção no domínio econômico e às taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a referida data. (Redação dada pela Emenda constitucional nº 93) Dessa vez os impostos não foram previstos para fins de desvinculação. E isso não foi mero esquecimento, pois atualmente o ADCT prevê o art. 76-A e o 76-B para Estados e Municípios, respectivamente. Em ambos o imposto está presente. Art. 76-A. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) das receitas dos Estados e do Distrito Federal relativas a impostos, taxas e multas, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais, e outras receitas correntes. (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93) Art. 76-B. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) das receitas dos Municípios relativas a impostos, taxas e multas, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais, e outras receitas correntes. (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93) Isso é estranho porque a DRU foi criada para desvincular os recursos provenientes de impostos e, atualmente, não há desvinculação de imposto na União. Isso é uma mudança significativa para concursos, poia até a EC nº 93/2016 a desvinculação incluía impostos e, agora, não mais. Página3 Demais colocações da LRF sobre a LOA:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do documento de que trata o 1º do art. 4º; Esse inciso trata do anexo de compatibilidade de metas fiscais. O art. 4º, 1º, que o inciso acima se refere é o anexo de metas fiscais, anteriormente estudado. II - será acompanhado do documento a que se refere o 6º do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; Esse inciso trata do documento de avaliação sobre renúncia de receita, que o art. 165, 6º da Constituição exige que seja apresentado para se ter o equilíbrio das contas públicas. III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao: [...] b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Esse dispositivo foi estudado quando falamos do anexo de riscos fiscais da LDO. Assim, o projeto da LOA será acompanhado de um anexo de compatibilidade com o anexo de metas fiscais da LDO, um documento de avaliação das renúncias de receita e um anexo de contingência, que é o anexo de riscos fiscais da LDO, preocupando-se com os passivos contingentes. Página4 O art. 5º, 5º da LRF diz:

5º A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no 1º do art. 167 da Constituição. Então, essa é a estrutura que a LRF deseja que a LDO tenha, impondo a ela que o seu projeto tenha essas três documentações. Ademais, o que extrapola o exercício financeiro tem que estar previsto no plano plurianual. Próxima aula será complementado o estudo da LOA. Página5