ACÓRDÃO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N CLASSE 6 BELÉM - PARÁ

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Transcrição:

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ACÓRDÃO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N 333-60. 2011.6.00.0000 - CLASSE 6 BELÉM - PARÁ Relatora: Ministra Nancy Andrighi Agravante: Ministério Público Eleitoral Agravado: Asdrúbal Mendes Bentes Advogado: Vitor Augusto da Silva Borges AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ELEIÇÕES 2010. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CAMPANHA. PAGAMENTO DE TRANSPORTE E COMBUSTÍVEIS POR MEIO DE CHEQUE QUE NÃO TRANSITA NA CONTA BANCÁRIA DA CAMPANHA. DOCUMENTOS QUE COMPROVAM A REGULARIDADE DOS GASTOS. EFETIVO CONTROLE DAS CONTAS ASSEGURADO. AUSÊNCIA DE MÁ-FÉ. APLICAÇÃO DOS PRINCíPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. APROVAÇÃO COM RESSALVAS. NÃO PROVIMENTO. 1. A aplicação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade no julgamento da prestação de contas de campanha possui respaldo na jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral. Precedentes. 2. Na espécie, o acórdão regional asseverou que o pagamento de despesas com combustíveis/transportes por meio de cheque avulso - que não transitou pela conta bancária única de campanha - não prejudicou o efetivo controle das contas, haja vista a juntada de documentos que comprovaram a consistência desses gastos. 3. Ainda que a quantia envolvida na suposta irregularidade represente valor significativo no contexto da campanha eleitoral, a ausência de má-fé do candidato e o fato de a apresentação de documentos adicionais ter permitido o efetivo controle das contas pela Justiça Eleitoral determinam a aprovação com ressalvas s

AgR-Al n 333-60.2011.6.00.0000/PA 2 contas de campanha por aplicação dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Precedentes. 4. Agravo regimental não provido. Acordam os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, em desprover o agravo regimental, nos termos das notas de julgamento. Brasília, 26 de maio de 2011. MINI& IRA NA CY ANDRIHI - RET

AgR-AI n o 333-60.2011.6.00.0000/PA 3 RELATÓRIO A SENHORA MINISTRA NANCY ANDRIGHI: Senhor Presidente, cuida-se de agravo regimental (fls. 210-215) interposto pelo Ministério Público Eleitoral contra decisão do e. Min. Aldir Passarinho Junior que negou seguimento a agravo de instrumento em razão de o acórdão recorrido se encontrar em harmonia com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral. No agravo regimental, o agravante afirma que não é necessário o reexame de fatos e provas, já que: conforme assentado no acórdão regional [j a comissão técnica verificou que o recorrido não conseguiu esclarecer as despesas realizadas com combustíveis/lubrificantes, cujo pagamento foi realizado por meio de cheque avulso que não transitou pela conta bancária única de campanha (fl. 213). Argumenta que a Resolução-TSE n o 23.21712010 determina, claramente, que toda movimentação bancária da campanha eleitoral de candidato deve ocorrer por meio da emissão de cheques nominais ou da realização de transferência bancária. Em razão do desrespeito a essa regra, configura-se vício de natureza insanável, o qual, por sua vez, determina a desaprovação das contas do agravado. Sustenta que é inviável a aplicação dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, já que a irregularidade, no valor de quarenta e cinco mil reais, teve grande repercussão no contexto da campanha, configurando significativa lesão ao processo eleitoral. Pugna, assim, pelo provimento do agravo regimer É o relatório.

AgR-Al n 333-60.2011.6.00.0000/PA 4 VOTO A SENHORA MINISTRA NANCY ANDRIGHI (relatora): Senhor Presidente, trata-se de agravo regimental interposto pelo Ministério Público Eleitoral contra decisão do e. Min. Aldir Passarinho Junior que negou seguimento a agravo de instrumento com base nos seguintes fundamentos (fls. 204-207): Relatados, decido. Cuida-se de agravo de instrumento interposto pelo Ministério Público Eleitoral contra decisão do TRE/PA que inadmitiu recurso especial eleitoral em prestação de contas de campanha de Asdrúbal Mendes Bentes, candidato ao cargo de deputado federal nas Eleições 2010. O TRE/PA aprovou, com ressalvas, a prestação de contas de campanha, considerando que os vícios verificados não prejudicaram o efetivo controle das contas. A presente irresignação não merece prosperar. No caso dos autos, a irregularidade na prestação de contas que constitui objeto do recurso especial eleitoral consiste no pagamento de combustíveis, lubrificantes e despesas de transporte ou de locomoção por meio de cheque avulso que não transitou pela conta bancária única da campanha. O Tribunal a quo entendeu que tal irregularidade não seria capaz de macular a prestação de contas do ora agravado, já que a despesa com transporte ou combustíveis teria sido devidamente comprovada por meio de notas fiscais e outros documentos que justificariam o montante gasto. Asseverou que '(... ) à luz dos documentos carreados (notas fiscais, demonstrativos de recursos arrecadados, recibos, etc), consegue-se verificar a consistência dos gastos, e, por conseguinte, a ausência de má-fé do postulante' (fi. 165). O acórdão recorrido, portanto, deixou de rejeitar as contas do ora agravado em razão de ser possível o efetivo controle das despesas efetuadas, ainda que as mesmas não tenham sido realizadas mediante a emissão de cheque nominal ou transferência bancária, conforme exigido pelo art. 21, 1 0, da Resolução-TSE n 23.21712010. O entendimento do acórdão recorrido encontra respaldo na jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral segundo a qual aplicam-se à prestação de contas os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Estes princípios determinam a aprovação com ressalvas das contas na qual tenha ocorrido a apresentação de documentos para a comprovação da regularidade das despesas e em cuja prestação não se verificar a má-fé do candidato. N,sse sentido:

AgR-AI no 333-60.2011.6.00.0000/PA "AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CAMPANHA ELEITORAL. PRESTAÇÃO DE CONTAS. DESPESAS COM COMBUSTÍVEIS E CABOS ELEITORAIS. PAGAMENTO EM ESPÉCIE. RECURSOS PROVENIENTES DA CONTA ESPECÍFICA. IRREGULARIDADE FORMAL. APROVAÇÃO DAS CONTAS COM RESSALVAS. 1. O 3 0 do art. 22 da Lei n 9.504197 não se aplica à espécie, pois as despesas efetuadas com combustíveis e cabos eleitorais foram pagas com recursos provenientes da conta bancária regularmente aberta para a movimentação financeira da campanha. 2. Este Tribunal tem decidido pela aplicabilidade dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade no julgamento das contas de campanha, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade. Precedentes. 3. Não se vislumbrando a má-fé do candidato e considerando a apresentação de documentos para a comprovação da regularidade das despesas, é de se aprovar as contas, com ressalvas. 4. Agravo regimental desprovido." (AgR-RMS n 737/PR, Rei. Mm. Marcelo Ribeiro, DJe de 25.5.2010) "Recurso ordinário em mandado de segurança. Prestação de contas. Decisão regional. Desaprovação. Irregularidade. Não-comprometimento das contas. Princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Aplicação. Precedentes. 1. A rejeição das contas de campanha do candidato ocorreu em face de uma arrecadação estimável em dinheiro, consistente em prestação de serviço por empresa de publicidade, que não foi inicialmente declarada mediante recibo eleitoral ou documento hábil. 2. Esclareceu-se no processo de prestação de contas, por documento apresentado pelo candidato, que esse serviço foi objeto de doação. 3. No julgamento do Agravo de Instrumento n 4.593, rei. Min. Luiz Carlos Madeira, o Tribunal entendeu que o preenchimento de recibos após a entrega da prestação de contas não enseja rejeição de contas, mas aprovação com ressalvas, em caso que igualmente versava sobre despesa com publicidade inicialmente não declarada. 4. Considerado o pequeno montante do serviço inicialmente não declarado, que constituiu a única irregularidade averiguada, e não se vislumbrando a má-fé do candidato, dada a posterior justificativa apresentada, é de se aprovar, com ressalvas, a prestação de contas, com base nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Precedentes. Recurso provido." (RMS n 551, Rei. Min. Caputo Bastos, DJ de 24.6.2008) O acórdão recorrido se encontra, portanto, em harmonia com o entendimento jurisprudencial desta Corte Superior. Ressalte-se, ademais, que a verificação da tese de que as notas fiscais não comprovam efetivamente a regularidade dos ga s )

AgR-AI n o 333-60.2011.6.00.0000/PA efetuados pelo candidato demandaria o reexame de fatos e provas, vedado pela Súmula n 7/STJ. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, nos termos do art. 36, 61, do RI-TSE. Ao contrário do alegado pelo agravante, o acórdão recorrido afirmou que teria sido comprovada a regularidade da despesa com transporte e combustíveis, ainda que o cheque usado para tal pagamento não tenha transitado pela conta bancária única da campanha. De fato, o acórdão impugnado asseverou que o efetivo controle das contas não foi prejudicado pela circunstância de as despesas não terem transitado na conta única da campanha. Ademais, consignou que ficou evidenciada a ausência de má-fé do candidato. Aduziu que, "(... ) à luz dos documentos carreados (notas fiscais, demonstrativos de recursos arrecadados, recibos, etc), consegue-se verificar a consistência dos gastos, e, por conseguinte, a ausência de má-fé do postulante" (fi. 165). Como consequência dessa constatação, aprovou com ressalvas as contas do ora agravado por aplicação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, o que possui o respaldo da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral. A apresentação de documentos para a comprovação da regularidade das despesas e a ausência de má-fé do candidato são suficientes para que eventual irregularidade na prestação de contas - tal qual o pagamento de despesas com combustíveis e transporte por cheque que não transitou na conta bancária da campanha - seja relevada, acarretando a aprovação das contas com ressalvas. Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CAMPANHA ELEITORAL. PRESTAÇÃO DE CONTAS. DESPESAS COM COMBUSTÍVEIS E CABOS ELEITORAIS. PAGAMENTO EM ESPÉCIE. RECURSOS PROVENIENTES DA CONTA ESPECÍFICA. IRREGULARIDADE FORMAL. APROVAÇÃO DAS CONTAS COM RESSALVAS. 1. O 30 do art. 22 da Lei n 9.504197 não se aplica à espécie, pois as despesas efetuadas com combustíveis e cabos eleitorais foram pagas com recursos provenientes da conta bancária regular nte aberta para a movimentação financeira da campanha.

AgR-AI n o 333-60.2011.6.00.0000/PA 7 2. Este Tribunal tem decidido pela aplicabilidade dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade no julgamento das contas de campanha, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade. Precedentes. 3. Não se vislumbrando a má-fé do candidato e considerando a apresentação de documentos para a comprovação da regularidade das despesas, é de se aprovar as contas, com ressalvas. 4. Agravo regimental desprovido. (AgR-RMS 737/PR, Rei. Mm. Marcelo Ribeiro, DJe de 25.5.201 0) (sem desta q ue no original). Recurso ordinário em mandado de segurança. Prestação de contas. Decisão regional. Desaprovação. Irregularidade. Não-comprometimento das contas. Princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Aplicação. Precedentes. 1. A rejeição das contas de campanha do candidato ocorreu em face de uma arrecadação estimável em dinheiro, consistente em prestação de serviço por empresa de publicidade, que não foi inicialmente declarada mediante recibo eleitoral ou documento hábil. 2. Esclareceu-se no processo de prestação de contas, por documento apresentado pelo candidato, que esse serviço foi objeto de doação. 3. No julgamento do Agravo de Instrumento n 4.593, rei. Min. Luiz Carlos Madeira, o Tribunal entendeu que o preenchimento de recibos após a entrega da prestação de contas não enseja rejeição de contas, mas aprovação com ressalvas, em caso que igualmente versava sobre despesa com publicidade inicialmente não declarada. 4. Considerado o pequeno montante do serviço inicialmente não declarado, que constituiu a única irregularidade averiguada, e não se vislumbrando a má-fé do candidato, dada a posterior justificativa apresentada, é de se aprovar, com ressalvas, a prestação de contas, com base nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Precedentes. Recurso provido. (RMS 551, Rei. Mm. Caputo Bastos, DJ de 24.6.2008) (sem destaque no original) Ainda que a quantia envolvida na suposta irregularidade represente valor significativo no contexto da campanha eleitoral, a ausência de má-fé do candidato e o fato de a apresentação de documentos adicionais ter permitido o efetivo controle das contas pela Justiça Eleitoral determinam a aprovação com ressalvas das contas de campanha. O acórdão recorrido se encontra, portanto, em harmonia com o entendimento jurisprudencial desta Corte Superior. Forte nessas razões, nego provimento ao agravo regim tal É o voto.

AgR-Al n 333-60.2011.6.00.0000/PA 8 EXTRATO DA ATA AgR-Al n 333-60.2011.6.00.0000/PA. Relatora: Ministra Nancy Andrighi. Agravante: Ministério Público Eleitoral. Agravado: Asdrúbal Mendes Bentes (Advogado: Vitor Augusto da Silva Borges). Decisão: O Tribunal, por unanimidade, desproveu o agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes as Ministras Cármen Lúcia e Nancy Andrighi, os Ministros Marco Aurélio, Gilson Dipp, Marcelo Ribeiro e Arnaldo Versiani, e a Vice-Procuradora-Geral Eleitoral, Sandra Verônica Cureau. SESSÃO DE 26.5.2011.