Gestão de pastagens Planejamento e manejo da teoria à prática

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Transcrição:

Multidisciplinar 1/8 Gestão de pastagens Planejamento e manejo da teoria à prática Josmar Almeida Junior

Planejamento forrajeiro - Parte Treinamento da mão-de-obra /8

Planejamento forrajeiro - Parte 3/8 Pastagens mais utilizadas Escadinha das pastagens Brachiarão MG4 Brachiarinha Dictyoneura Humidicola MG5 Mombaça Tanzânia Maior fertilidade do solo Maior produção de pasto Maior ganho de peso Maior ganho por área

Planejamento forrajeiro - Parte 4/8 Mombaça Tanzânia Escadinha das pastagens Brachiarão MG4 Brachiarinha Dictyoneura MG5 Humidicola Menor fertilidade do solo Maior produção de pasto Maior ganho de peso Maior ganho por área

Planejamento forrajeiro - Parte 5/8 Composição do pasto: Quais sãos as peças do pasto? Folhas Perfilho Talo Raiz

Planejamento forrajeiro - Parte 6/8 Para que serve cada peça? Folhas: Boca da planta Função: Comer. De que forma? Fotosíntese.»» O que é fotosíntese? É transformação da RADIAÇÃO SOLAR em ENERGIA.O Pasto a utiliza para seu CRESCIMENTO (REBROTE)

Planejamento forrajeiro - Parte 7/8 Para que serve cada peça? Talo (Haste, Colmo) Função: Sustenta as FOLHAS (frutos). Sustenta as SEMENTES. Abriga o MERISTEMA APICAL ou os PONTOS DE CRESCIMENTO»» Peça que é RESERVATÓRIO das folhas Bocas

Planejamento forrajeiro - Parte 8/8 Para que serve cada peça? Raiz (Barriga do pasto) Função: Sustenta o pasto: BASE Guarda as GORDURINHAS Absorve água e nutrientes Armazena os nutrientes

9/8 Planejamento forrajeiro - Parte Todos possuem as mesmas peças? Humidicola Brachiarão Mombaça Tanzânia Brachiarão Humidicola Mombaça

Planejamento forrajeiro - Parte 10/8 Como funciona o pasto: Produção Fase 1 Fase fraca Fase Fase em forma Fase 3 Fase sedentária Velocímetro do rebrote. Produção de pasto Altura do pasto

Planejamento forrajeiro - Parte 11/8 Efeitos fase fraca Consequências Maior período para o rebrote POUCA BOCA Menor ganho de peso vivo diário (R$) Menor lotação animal (cab./ha.) Susceptível a erosão (Solo descoberto) Lixiviação dos nutrientes Infestação de plantas daninhas e pragas Queima das reservas BARRIGA Baixa % de folhas no pasto Baixa % de raízes Radiação solar Velocímentro do rebrote Altura abaixo do ideal de entrada para a espécie. < % da radiação solar captada pelo pasto

Planejamento forrajeiro - Parte 1/8 Efeitos fase em forma Consequências Maior renovação de folhas (FOLHAS NOVAS) Boa condição para o rebrote > % DE BOCA Baixa proporção de solo descoberto. Raízes bem estabelecidas: Barriga de tanquinho Maior proporção de folhas na BOCA do BOI. Alta produtividade e vigor (Perenidade do pasto) 50% de folhas na altura do pasto Maior % de raízes Radiação solar Velocímetro do rebrote. Altura ideal de entrada para a espécie. 95% de radiação solar captada pelo pasto

Planejamento forrajeiro - Parte 13/8 Efeitos fase sedentária Consequências Menor perfilhamento (CAPIM/M) Auto-sombreamento das folhas Folhas velhas (menor PB; Energia; Minerais e fotossíntese) Entouceiramento ( BORRACHADO; PAS- SADO ). Perdas de pasto (acamamento e morte das folhas) + 50% de talos na altura do pasto Maior % de raízes Radiação solar Velocímetro do rebrote. Acima da altura ideal de entrada para a espécie. Acima de 100% da radiação solar captada pelo pasto

Planejamento forrajeiro - Parte 14/8 Meta do manejo de pastagens Produção de pasto FOCO EM FORMA Velocímetro do rebrote Altura do pasto

Planejamento forrajeiro - Parte 15/8 Fase em forma ideal Brizantão Produção de pasto 15-0 cm EM FORMA 5 cm Velocímetro do rebrote Altura do pasto

Planejamento forrajeiro - Parte 16/8 Fase em forma ideal Xarâes (MG5) Produção de pasto 0 cm EM FORMA 30 cm Velocímetro do rebrote Altura do pasto

Planejamento forrajeiro - Parte 17/8 Fase em forma ideal Decumbens/MG4/Ruziziensis/Cynodon Produção de pasto 15 cm EM FORMA 5 cm Velocímetro do rebrote Altura do pasto

Planejamento forrajeiro - Parte 18/8 Fase em forma ideal Tanzânia Produção de pasto 30 cm EM FORMA 70 cm Velocímetro do rebrote Altura do pasto

Planejamento forrajeiro - Parte 19/8 Fase em forma ideal Mombaça Produção de pasto 40 cm EM FORMA 90 cm Velocímetro do rebrote Altura do pasto

Planejamento forrajeiro - Parte 0/8 Altura mínima ideal de saída Mombaça = 40 cm Tanzânia = 30 cm Brachiaria brizantha e MG-5= 0 cm Brachiaria MG-4 = 15 cm Brachiaria decumbens = 0 cm Humidicola e dictyoneura = 10 cm Tifton e Coast cross = 15 cm Andropogon = 30 cm

Planejamento forrajeiro - Parte 1/8 MONITORAR ALTURA Para determinar indiretamente a carga animal e a ENTRADA/SAÍDA que o PASTO aguenta. Ex.: 1 giro no rotacionado ALTURA média das folhas do PASTO. Acima da altura ideal de entrada: Aumento de número de animais (aumento de lotação). Abaixo da altura ideal de entrada: Diminui de número de animais (diminui a lotação) Aumento de dias de ocupação. Girar mais rápido. Jeitinho Brasileiro (veranicos)

Planejamento forrajeiro - Parte /8 Problema Altura de pasto e entrada ideal. Condições média e ideais de fertilidade e clima.

Planejamento forrajeiro - Parte 3/8 Problema E quando não tenho essa condição? Conhecer relação entre altura e massa de forragem da área de pastagem presente.

Planejamento forrajeiro - Parte 4/8 Calibrar altura com quantidade de pasto 5500 Massa de forragem (kg/ms/ha) 5000 4500 4000 3500 3000 500 000 1500 1000 500 0 0 5 10 15 0 5 30 Altura de pasto BAIXA FERTILIDADE - y=99,71x + 476,91 MÉDIA FERTILIDADE - y=41,85x + 1481,1 ALTA FERTILIDADE - y=109,96 + 61,81 35 40 45 50 Área de pastagem 9 Área de pastagem 10 Área de pastagem 11 Área de pastagem 1

5/8 Planejamento forrajeiro - Parte Obter altura de pasto quinzenalmente/mensalmente. Por que? Roça Pasto Ambiente heterogêneo

Planejamento forrajeiro - Parte 6/8 Pastejo de uniformização, desnate Devo esperar Sementear antes do primeiro Pastejo? Se estivéssemos na década de 70 e 80 SIM. Mudas de colonião, estrela, gordura. Atualmente temos boas empresas de sementes certificadas (UNIPASTO). E o problema não é a falta de semente: (Brachiarias 1 gr = 150 sementes) (Panicuns 1 gr 350 sementes)

Planejamento forrajeiro - Parte 7/8 Ex.: Brachiarão. 0 kg./ha x 50% de VC: 10 kg de sementes/ha 10 kg x 1.000 gr: 10.000 gr. de sementes 150 sementes (1 gr.) x 10.000 gr.: 1.500.000/ ha 150 sementes/m Uma boa formação: Brizanthas-15 a 30 dias 0 plantas/m Panicuns-15 a 30 dias 40 plantas/m

Planejamento forrajeiro - Parte 8/8 Efeito pomar de laranja. Quanto mais galhos, mais frutos.