Prefeitura Municipal de 1 Ano III Nº 547 Prefeitura Municipal de publica: Deliberação Acerca da Impugnação Ao Edital do Processo Licitatório Pregão Presencial Nº 012/2019 - Impugnação do instrumento editalicio nº 012/2019. Gestor - Edilson Duarte Da Cunha / Secretário - Governo / Editor - Ass. de Comunicação - BA
2 - Ano III - Nº 547 Licitações DELIBERAÇÃO ACERCA DA IMPUGNAÇÃO AO EDITAL DO PROCESSO LICITATÓRIO MODALIDADE PREGÃO PRESENCIAL Nº 012/2019 IMPUGNAÇÃO DO INSTRUMENTO EDITALICIO nº 012/2019. Trata-se de impugnação interposta pela sociedade cooperativactes Cooperativa de Trabalho Especializada em Serviços, pessoa jurídica de direito privado devidamente inscrita no CNPJ sob o nº. 23.641.510/0001-43, representada neste ato por sua Presidente Administrativa Srª Elicarla Silva de Queiroz, CPF 049.037.545-61, querendo em apertada síntese, que, esta Municipalidade desconsidere algumas exigências previstas no edital. Este é o relatório, passo ao mérito da demanda; Em apreço aos princípios da moralidade e da legalidade, elencamos que, irregularidade alguma há no instrumento editalício, a seguir apreciaremos a impugnação item a item; Alega o impugnante que o item 11.2.9 do mencionado instrumento traz em seu conteúdo determinação restritiva, aduzindo que, devido tal afirmativa, deve ser este desconsiderado. Inicialmente, saliento que a determinação contida no item ora impugnado, possui supedâneo, entre outras fundamentações, no termo de ajuste de conduta nº 15/2014, firmado entre o Município de e o Ministério Público do Trabalho, onde restou acordado entre os entes, dentre outras coisas, a obrigação deabster-se de absorver mão de obra, através de pessoa interposta (cooperativa.de Praça Duque de Caxias, 104 Centro CEP 45.190-000, Bahia Brasil.
3 - Ano III - Nº 547 trabalho empresa prestadora de serviços, associação civil, organizações sociais e/ou organizações da sociedade civil de interesse público OSCIP). Assim, considerando a necessidade dos profissionais contratados serem alocados exclusivamente nos serviços de motorista prestados ao MJ, deve ser exigida previamente ao início das atividades, a listagem dos profissionais que integrarão a equipe os quais deverão ser contratados sob o regime de CLT e respectiva comprovação de vínculo. A CLT, através do parágrafo único do art. 442, informa: Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Neste ínterim, temos ainda a previsão do artigo 5º da Lei nº 12.690/12, também suscitada pelo impugnante, que diz o seguinte: A Cooperativa de Trabalho não pode ser utilizada para intermediação de mão de obra subordinada. Sendo assim, como supra exposto, além das demais suscitações, a que se considerar, que, por se tratar o objeto da licitação em comento, a prestação de serviços em que a subordinação, a pessoalidade e a habitualidade estão caracterizadas de forma indiscutivelmente explicita, desse modo, não há como permitir a participação de Cooperativas de Trabalho sob pena de primeiramente, descumprir clausula do termo de ajuste pactuado, bem como, incorrer em descumprimento legal e violação ao entendimento do Egrégio Tribunal de Contas da União, uma vez que as características da presente contratação não permitem a participação de cooperativas de trabalho. Com relação a essa questão, foram tomadas reiteradas decisões no âmbito do Tribunal de Contas da União (Acórdão nº 1815/2003-Plenário e Acórdão nº 307/2004-Plenário) que culminaram com a publicação da Súmula nº 281, do TCU: É vedada a participação de cooperativas em licitação quando, pela natureza do serviço ou pelo modo como é usualmente Praça Duque de Caxias, 104 Centro CEP 45.190-000, Bahia Brasil.
4 - Ano III - Nº 547 executado no mercado em geral, houver necessidade de subordinação jurídica entre o obreiro e o contratado, bem como de pessoalidade e habitualidade. O STJ, em sede de dissídio jurisprudencial, decidiu ADMINISTRATIVO - LICITAÇÃO - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COMLOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA - VEDAÇÃO À PARTICIPAÇÃO DE COOPERATIVAS RAZOABILIDADE DA EXIGÊNCIA EDITALÍCIA - INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE. 1.É fato público e notório que a legislação trabalhista e previdenciária é implacável com os tomadores de serviço, atribuindo-lhes, inclusive, a condição de responsáveis pelo pagamento de salários e tributos não recolhidos. 2. A Corte Especial pacificou entendimento segundo o qual é inadmissível a participação de cooperativas em processos licitatórios para contratação de mão de obra quando o labor, por sua natureza, demandar necessidade de subordinação, ante os prejuízos que podem advir para a Administração Pública caso o ente cooperativo se consagre vencedor no certame e não cumpra suas obrigações. Precedentes. 3. Recurso especial provido. (Resp. n 2010/0140662-4 -Relatora: Ministra Eliana Calmon - Publicação em 29/10/2012). Assim, como exaustivamente exposto, resta cristalino que, o Edital do Pregão Presencial em epígrafe foi elaborado em estrita obediência à legislação aplicável sobre a matéria de licitações e contratos, observando todos os princípios norteadores dos procedimentos licitatórios. Desta forma, resta claro que não houve violação à Lei nº 12.690/12 e tampouco aos princípios básicos das licitações, mas sim à observância da legislação pertinente, entendimento dos Tribunais Superiores, ordenamento jurídico como um todo, bem como, cumprindo o termo de ajuste de conduta nº 15/2014 firmado entre o Município de e o Ministério Público do Trabalho. Ante o exposto, recebo a impugnação apresentada, em face de sua tempestividade para no mérito, julgar IMPROCEDENTE e informar que o certame licitatório em referência atende aos ditames das Leis Federais 10.520/2002 e 8.666/93 e suas alterações posteriores. Não obstante, informo que o edital em comento, permanecerá da forma em que se encontra por não negar vigência aos preceitos legais, bem como pelo procedimento de prestação dos serviços, objeto deste pregão, Praça Duque de Caxias, 104 Centro CEP 45.190-000, Bahia Brasil.
5 - Ano III - Nº 547 atender a todos os requisitos das leis mencionadas, sem qualquer prejuízo ao erário e sem impor nenhuma restrição às empresas do ramo de atividade objeto do edital interessadas em participar do certame entendendo pela legalidade do instrumento convocatório, mantendo inalteradas as exigências do edital do Pregão Presencial de nº 012/2019, bem como o dia e horário de sua abertura. Bahia, 03 de abril de 2019. Adalberto Rodrigues Meira Pregoeiro Praça Duque de Caxias, 104 Centro CEP 45.190-000, Bahia Brasil.