AUTARQUIA DO ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS AESGA ADIAMENTO DE LICITAÇÃO Processo n 006/2019. CPL. Pregão Presencial nº 001/2019. Compras. Adiamento do Pregão nº 001/2019 cujo objeto é aquisição parcelada de materiais, produtos, ferramentas e acessórios de manutenção predial, mediante sistema de registro de preços, para a AUTARQUIA DO ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS AESGA. Valor: R$ 229.049,54. Data e local da sessão de abertura: adiada sine die. O presente adiamento decorreu de impugnação protocolada tempestivamente, questionando o valor de referência de determinados itens a serem licitados, havendo a necessidade de analisar a cotação dos itens. Mais informações podem ser obtidas diretamente na sede da AESGA, situada na Av. Caruaru, 508, Heliópolis, Garanhuns-PE (CEP 55295-380) ou através do Fone: (87) 3763-8275, no horário das 08:00 às 17:00h, de segunda a sexta-feira ou, ainda, através de solicitação por email: licitacoes@aesga.edu.br. Pedro Henrique R da Silva. Pregoeiro.
À Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns AESGA Ilustríssimo Senhor Pregoeiro Pedro Henrique Rodrigues da Silva Ref. Pregão Presencial nº 01/2019 - Processo Licitatório nº 006/2019 A empresa E&M COMERCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUCAO EIRELI, pessoa jurídica de direito privado inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda sob o nº. 24.708.262/0001-73, com sede na Rua Rio Xingu, 295, Ibura, Recife/PE, CEP. 51.240-040, neste ato representada por seu Sócio, Sr. Elvis José de Brito, portador do RG nº 6.073.456, emitido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Pernambuco, e inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o nº. 013.297.774-50, vem tempestivamete a presença de Vossa Senhoria, com fundamento da Lei Federal nº 8.666/93 solicitar sua intervenção e oferecer IMPUGNAÇÃO AO EDITAL supramencionado. I - IMPUGNAÇÃO AO EDITAL Pelos seguintes fundamentos de fato e de direito: O edital apresenta-se como "o ato por cujo meio a Administração faz público seu propósito de licitar um objeto determinado, estabelece os requisitos exigidos dos proponentes e das propostas, regula os termos segundo os quais os avaliará e fixa cláusulas do eventual contrato a ser travado." Tratado pela doutrina atual também como Instrumento Convocatório, nesta denominação incluso o Pregão Eletrônico, traduz-se no coração do procedimento licitatório. É neste que o órgão licitante irá basear todo o procedimento, valendo como a "lei interna" a ser observada. Quando de sua elaboração, utiliza-se o ente licitante da parcela de discricionariedade que lhe cabe. De um instrumento convocatório cuidadoso, resultará um certame tranqüilo e ágil; do contrário, decorrerá um certame problemático, onde o edital será o ponto de origem das disputas, contendas e discussões que atravancam a Administração Pública. Procurando precaver estas situações, prejudiciais aos participantes e principalmente à Administração, a Lei 8.666/93 possibilita, tão logo levada a público a notícia de ocorrência do certame, seja efetuada a Impugnação ao Edital, com o fito de combater eventuais ilegalidades, abusos ou irregularidades que possam viciar o processo, redundando em futura anulação. Tal prática, no dia-a-dia, revela-se como importante mecanismo de controle da regularidade das licitações.
Prevista no artigo 41 e parágrafos da mencionada Lei, a Impugnação poderá ser levada a efeito por qualquer cidadão ( 1º) ou pelos licitantes ( 2º). Estes dispositivos trazem diferenciações no tratamento da Impugnação, por sua origem. II - DA ALTERAÇÃO DO EDITAL Não raro, as impugnações resultam em alterações nos termos do Ato Convocatório. Quando desta ocorrência, qual o procedimento a ser observado pelo Administrador? Basta a resposta ao impugnante? Como vimos, o instrumental da Impugnação serve para evitar que o certame prossiga eivado de vícios que poderão levá-lo à anulação. Como tal, é do interesse da Administração levar a conhecimento público qualquer alteração. É também direito de todos os participantes tomar conhecimento das mudanças no torneio. Assim, não basta cientificar apenas o Impugnante sobre as modificações eventualmente realizadas; pois este não é um direito individual advindo de sua intervenção, mas sim a correção de uma irregularidade ou ilegalidade, que alcança todos os concorrentes. Estas alterações deverão ser divulgadas pela mesma forma observada no Ato Convocatório, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, a teor do artigo 21, 4º da Lei. Apenas assim estará assegurada a igualdade dos competidores no certame. Esta divulgação só será dispensável quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas, bem como a apresentação dos documentos. III DO FATO Ocorre, que da análise de referido edital de licitação e seus anexos, é possível verificar que os preços estimados para o fornecimento de determinados materiais são totalmente inexequíveis, que justificam a presente impugnação, conforme será amplamente explorado a seguir.. IV DO DIREITO A estimativa de preços apresentada pela Administração Pública deve corresponder a uma contraprestação justa e razoável, de forma a cobrir os custos e permitir que o contratado aufira lucro. No entanto, pelo que se constata a partir da leitura dos itens dos grupos abaixo relacionados, devido as especificações técnicas apresentadas, o valor estimado não é condizente e fica aquém dos preços atualmente praticados no mercado. Grupo 1 - itens: 11; 14; 24; 28; 29; 31; 32; 50; 53; 73; 76; 88; 90; 91; 92; 93; Grupo 2 - itens: 98; 100; 114; 117; 125; Grupo 3 - itens: 136; 137; 139; 140; Grupo 4 - itens: 165,166; e
Grupo 5 - itens: 208; 211; 212; 222. Logo, tal estimativa de preços é impraticável no mercado, pois sequer cobre os custos para à manutenção do serviço. Ainda, vale frisar que o particular, a contrário da Administração Pública, visa o lucro na contratação. No entanto, o valor estimado para à execução do objeto ora licitado, apresenta indícios de inexequibilidade, pois não é suficiente sequer para cobrir as despesas necessárias para à execução do objeto, tais como: impostos, taxas, fretes, encargos fiscais e comerciais, sendo assim inexequível contratar por tal valor. Portanto, a ilegalidade dos preços estimados de diversos itens do edital constitui-se em vício insanável de origem, ficando o edital nulo de pleno direito, e seus frutos sem efeito, tornando-o não adjudicável ainda que seja mantido o certame nas atuais condições. O valor não representa a realidade do mercado e corresponde a um preço abaixo do praticado pelas empresas que atuam no seguimento de material de construção, hidráulica, elétrica, pintura marcenaria. Logo, sendo um valor insuficiente para cobrir os custos para sua execução e em clara desconformidade com os preços usualmente praticados no mercado, esse valor inviabilizará o fornecimento por preço justo e razoável. Nesse sentido, a lição de Marçal Justen Filho: Ressalte-se que o preço máximo fixado pode ser objeto de questionamento por parte dos licitantes, na medida em que se caracterize como inexequível. Fixar preço máximo não é a via para a Administração inviabilizar contratação por preço justo. Quando a Administração apurar certo valor como sendo o máximo admissível e produzir redução que tornar inviável a execução do contrato, caracterizar-se-á desvio de poder. (in Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 11º Edição, 2005, Ed. Dialética, pág. 393). (grifo nosso) Caso seja mantida a estimativa constante no Edital a contratada arcará com os gastos para fornecer os materiais quando solicitados pelo Órgão, o que não é permitido, configurando flagrante afronta ao princípio da legalidade e até mesmo da moralidade, pois a contratante, através de sua estimativa, tem como escopo receber um serviço sem a contraprestação justa e razoável pela execução do mesmo. Essa situação ainda viola o princípio da razoabilidade, pois a presente estimativa não supre nem os custos da aquisição das mercadorias e assim, não pode ser considerado razoável. Impõe-se assim a necessidade de alteração da presente estimativa, de forma a ser previsto um preço justo e razoável frente a todas exigências e especificações dos
materiais solicitados. Tal valor deve ser suficiente a cobrir o custo de sua execução, coadunando-se assim à realidade do mercado. IV - DO PEDIDO Diante do exposto, que seja acolhida a presente impugnação ao edital, seja revisto o valor estimado por meio de nova pesquisa de mercado, atualizando o seu preço máximo aceitável, e posteriormente republicação do novo prazo abertura do certame. Nestes termos, pede deferimento. Recife, 27 de maio de 2019.