3. Assegurado assim o direito ao recebimento da diferença entre o valor recebido e o equivalente a R$ ,00.

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Transcrição:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT). INVALIDEZ PERMANENTE. IMPORTÂNCIA DEVIDA DE R$ 13.500,00 INDEPENDENTEmente DO GRAU DE INVALIDEZ. ACIDENTE POSTERIOR À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 340. DIREITO AO RECEBIMENTO DA DIFERENÇA. DESNECESSIDADE DE PROVA PERICIAL. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS LEGAIS INCIDEntes, RESPECTIVAMENTE, DA DATA DO PAGAMENTO ADMINISTRATIVO E DA CITAÇÃO. SÚMULA 14 DAS TURMAS RECURSAIS. 1. Afastada a alegação de incompetência do JEC por necessidade de realização de perícia, porquanto absolutamente desnecessária tal prova quando há prova do pagamento administrativo. 2. Não se pode graduar a invalidez permanente, sendo inviável a limitação da indenização com base em Resolução editada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). 3. Assegurado assim o direito ao recebimento da diferença entre o valor recebido e o equivalente a R$ 13.500,00. 4. Conforme a nova redação da Súmula 14 das Turmas Recursais a correção monetária e os juros devem incidir, respectivamente, a contar da data do pagamento administrativo e da data da citação. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. Recurso improvido. 1 / 8

Recurso Inominado Nº 71001925833 Primeira Turma Recursal Cível Comarca de Porto Alegre CENTAURO VIDA E PREVIDENCIA RECORRENTE EDSON PIRAN RECORRIDO ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos. Acordam os Juízes de Direito integrantes da Primeira Turma Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio Grande do Sul, à unanimidade, em NEGAR PROVIMENTO 2 / 8

AO RECURSO. Participaram do julgamento, além do signatário (Presidente), os eminentes Senhores Dr. Heleno Tregnago Saraiva e Dra. Vivian Cristina Angonese Spengler. Porto Alegre, 23 de abril de 2009. DR. RICARDO TORRES HERMANN, Relator. RELATÓRIO (Oral em Sessão.) VOTOS Dr. Ricardo Torres Hermann (RELATOR) 3 / 8

Insurge-se a recorrente contra a sentença que julgou procedente o pedido do autor, condenando-a ao pagamento de indenização a título de seguro obrigatório DPVAT no valor de R$ 7.830,00, com incidência de correção monetária a contar da data do pagamento administrativo e juros legais a partir da citação. Contudo, entendo que a sentença merece ser confirmada por seus próprios fundamentos, o que se faz na forma do disposto no art. 46, da Lei nº 9.099/95, que assim estabelece: O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação suficiente do processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão. Em face das razões recursais, todavia, acrescento as seguintes considerações. Inicialmente, não merece prosperar a preliminar de inclusão da Seguradora Líder S/A no pólo passivo da demanda. No caso dos autos, não há litisconsórcio necessário, mas facultativo, de forma que a parte autora não é obrigada a demandar contra ambas as seguradoras, tendo a prerrogativa de ajuizar a ação apenas em relação a uma delas. Também não prospera a preliminar de incompetência do Juizado Especial para o julgamento da causa, em razão da necessidade de produção de prova pericial. Não obstante a inexistência de laudo que ateste a invalidez permanente, esse se mostra desnecessário no presente feito, uma vez que a recorrente já reconheceu a invalidez do autor. O que se conclui pela existência de pagamento administrativo parcial, sendo este suficiente para a demonstração da invalidez permanente (fl. 14). No mérito, ao contrário do que sustenta a recorrente, não se pode graduar a invalidez permanente, sendo inviável a limitação da indenização com base em Resolução editada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). Isso porque a Lei nº 6.194/74, no art. 3º, b, não faz qualquer diferença, dispondo, tão-somente, que, em se tratando de invalidez permanente, o valor a ser pago é de 40 4 / 8

(quarenta) vezes o salário mínimo vigente para acidentes anteriores a 29/12/2007 ou R$ 13.500,00 para acidentes posteriores a data de vigência da MP nº 340/06 -, não podendo a Resolução, que é norma regulamentar e, portanto, de hierarquia inferior, dispor de modo diverso. Quanto ao pagamento parcial, há de se considerar comprovado através do documento de fl. 14 dos autos. Todavia, este valor à época do pagamento (13/05/2008), correspondia a 42% da indenização devida, restando uma diferença de R$ 7.830,00 referente aos 58% que não foram pagos. Ademais, no que tange à incidência da correção monetária e juros legais, não merece reparo a sentença, uma vez que de acordo com o entendimento das Turmas Recursais. Por fim, quanto à alegação de afronta a direito de propriedade e ao devido processo legal, tampouco prosperam, uma vez que as estipulações atuariais provenientes do CNSP não podem ser aplicadas, pois francamente violam o que a Lei Federal nº 6.194/74 estabelece. No mais, deve ser aplicada a Súmula 14 das Turmas Recursais já com a nova redação, que passo a transcrever: SÚMULA Nº 14 DPVAT (revisada em 19/12/2008) VINCULAÇÃO SALÁRIO MÍNIMO. - É legítima a vinculação do valor da indenização do seguro DPVAT ao valor do salário mínimo, consoante fixado na Lei nº 6.194/74, não sendo possível modificá-lo por Resolução. A alteração do valor da indenização introduzida pela M.P. nº 340 só é aplicável aos sinistros ocorridos a partir de sua vigência, que se deu em 29/12/2006. QUITAÇÃO. - A quitação é limitada ao valor recebido, não abrangendo o direito à complementação da indenização, cujo valor decorre de lei. 5 / 8

CONSÓRCIO OBRIGATÓRIO. - O consórcio obrigatório do seguro DPVAT institui solidariedade entre as seguradoras participantes, de modo que, independentemente de qual delas tenha liquidado administrativamente o sinistro, qualquer uma poderá ser demandada pela respectiva complementação de indenização, inocorrendo ilegitimidade passiva por esse motivo. GRADUAÇÃO DA INVALIDEZ. I. Descabe cogitar acerca de graduação da invalidez permanente; havendo a invalidez, desimportando se em grau máximo ou mínimo, devida é a indenização no patamar de quarenta salários mínimos, ou do valor máximo vigente na data do sinistro, conforme este tenha ocorrido, respectivamente, antes ou depois de 29/12/2006. II. Entretanto, nos pedidos de indenização por invalidez permanente ajuizados a partir do precedente do Recurso Inominado nº 71001887330, julgado em 18/12/2008, haverá de ser observada a regra de graduação da invalidez. PAGAMENTO DO PRÊMIO. - Mesmo nos sinistros ocorridos antes da vigência da Lei nº 8.441/92 é desnecessária a comprovação do pagamento do prêmio do seguro veicular obrigatório. COMPLEXIDADE. - Inexiste complexidade de causa a afastar a competência do juizado especial quando os autos exibem prova da invalidez através de laudo oriundo de órgãos oficiais, como o INSS e o DML. APURAÇÃO DA INDENIZAÇÃO. - Na hipótese de pagamento administrativo parcial, a complementação deverá ser apurada com base no salário mínimo da data de tal pagamento. Nas demais hipóteses, a indenização deverá ser apurada com base no valor do salário mínimo da data do ajuizamento da ação. Outrossim, para os sinistros ocorridos a partir de 29/12/2006, a apuração da indenização, havendo ou não pagamento administrativo parcial, deverá tomar por base o valor em moeda corrente vigente na data da ocorrência do sinistro. 6 / 8

CORREÇÃO MONETÁRIA. A correção monetária, a ser calculada pela variação do IGP-M, incide a partir do momento da apuração do valor da indenização, como forma de recomposição adequada do valor da moeda. JUROS Os juros moratórios incidirão sempre a partir da citação, mesmo tendo havido pagamento parcial ou pedido administrativo desatendido. MÁQUINA AGRÍCOLA Dá ensejo à cobertura do seguro DPVAT o acidente com máquina agrícola, ainda que não licenciada, desde que ocorrido em situação em que seja utilizada como meio de transporte. MEGADATA O espelho do sistema Megadata goza de presunção relativa de veracidade como prova de pagamento administrativo da indenização, quando provido de dados que lhe confiram verossimilhança. Em face do exposto, voto no sentido de negar-se provimento ao recurso, condenando a recorrente ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, que se fixa em 10% sobre o valor da condenação. Dr. Heleno Tregnago Saraiva - De acordo. Dra. Vivian Cristina Angonese Spengler - De acordo. DR. RICARDO TORRES HERMANN - Presidente - Recurso Inominado nº 71001925833, Comarca de Porto Alegre: "NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME." Juízo de Origem: 2.JUIZADO ESPECIAL CIVEL PORTO ALEGRE - Comarca de Porto Alegre 7 / 8

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