ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno

Documentos relacionados
CONTROLE INTERNO LEI MUNICIPAL MÍNIMA

DIREITO CONSTITUCIONAL

operação de crédito estará proibida no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.)

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Poder Legislativo - Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno

Legislação Específica

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ESTADO DA PARAÍBA PREFEITURA MUNICIPAL DE MULUNGU DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO CRIADO PELA LEI MUNICIPAL Nº 03/2001. Mulungu, 09 de Dezembro de 2013

DARIO CÉSAR BARBOSA

Visite Ituaçu Conheça uma das maiores e mais belas grutas do mundo, seus rios e cachoeiras, seus cafezais, jazidas de calcário,etc.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Controle Interno na Administração Pública. Palestrantes: Aleni Cunha Isabel Martins Tércio Vitor

CONTABILIDADE PÚBLICA

Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária

DIRETRIZES DO TCE-RS A SEREM OBSERVADAS NA ESTRUTURAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL: OPORTUNIDADESEDESAFIOS

PROJETO DE LEI (modelo) CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

CAPÍTULO III DA CRIAÇÃO DA UNIDADE CENTRAL DE CONTROLE INTERNO E SUA FINALIDADE

DIREITO ADMINISTRATIVO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

PLANO ANUAL DE TRABALHO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO COORDENAÇÃO DE CONTROLE INTERNO

Audin UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ AUDIN. Auditoria Interna

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Prefeitura Municipal de Coronel Ezequiel

PLANO DE AUDITORIA- PAAI EXERCÍCIO 2018

LEI COMPLEMENTAR N 295, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2007.

MINUTA DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. 021/2012

LEI N DE 05 DE AGOSTO DE 2013.

LEI Nº 3.279, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2014

A Importância do Controle Interno na Administração Pública. Leônidas Monteiro Gonçalves Analista de Controle Externo TCE/PA

RESOLUÇÃO N o 02/2006, DE 08 DE JUNHO DE Aprova o Regimento da Auditoria-Geral da UFMG, e revoga a Resolução n o 08/85, de 14 de junho de 1985

Pr eltura. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GRAVATÁ Faço saber que a Câmara de Vereadores aprova e sanciono a seguinte Lei: TÍTULO 1

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno

REVISÃO FCC Direito Administrativo Elisa Faria REVISÃO FCC

CÂMARA MUNICIPAL DO JABOATÃO DOS GUARARAPES PERNAMBUCO

Súmula: DISPÕE SOBRE O SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA E PODER LEGISLATIVO, E DÁ OUTRAS PROVIDENCIAS

DIREITO FINANCEIRO. Fiscalização, Controle Interno e Externo da Execução Orçamentária e Tribunal de Contas

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA FAZENDA CONTROLADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO INSTRUÇÃO NORMATIVA CGM Nº 03/2016 DETERMINA,

Curso de Estudo de Caso. Prof. Leonardo Ferreira Turma EPPGG-2013 Aula 01

PLANO ANUAL DE TRABALHO EXERCÍCIO DE 2019 CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO CEDRO

LEI Nº. 638 DE 10 DE MARÇO DE Título I. Das Disposições Preliminares. Título II. Das Conceituações

SISTEMA DE CONTROLE INTERNO. João Paulo Silvério

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

INSTITUI O SISTEMA DE CONTROLE INTERNO, NOS TERMOS DO ARTIGO 31 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CONTABILIDADE PÚBLICA

DECRETO Nº 173/2017 DE 14 DE SETEMBRO DE 2017

RESOLUÇÃO Nº 006/2014 DE 21 DE FEVEREIRO DE 2014

RESOLUÇÃO CD N.º 64, DE 07 DE OUTUBRO DE 2005 Dispõe sobre o Regimento da Auditoria Interna da FUFMT

Contabilidade Pública

Presencial. Rua Lourencio Pereira n 77, Centro, São Felix do (77) / (77)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno

CONCURSO PARA AUDITOR DE CONTROLE INTERNO DISCIPLINA: CONTROLE INTERNO E EXTERNO

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANHARÓ GABINETE DO PREFEITO

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOSÉ BONIFÁCIO

Importância do Controle Interno na Gestão Municipal

O que é orçamento público?

-Transparência da Gestão Fiscal

CONTROLE INTERNO CONTEÚDO:

QUESTÕES DE PROVA FCC CICLO ORÇAMENTÁRIO

Prefeitura Municipal de Nossa Senhora da Glória publica:

LEI COMPLEMENTAR Nº 625, DE 3 DE JULHO DE 2009.

LEI COMPLEMENTAR Nº 625, de 3 de julho de 2009

CADERNO DE QUESTÕES / PROF. MARCELO ARAGÃO

esse instrumento tem que ser formal, já que a via administrativa, por onde terá tramitação, se sujeita ao princípio da publicidade e do formalismo, em

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12/2011

DECRETO N , DE 8 DE FEVEREIRO DE 2013.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Tópico 2: Sistema de Contabilidade Federal.

DECISÃO COREN/PR N. 05/2016, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2016.

Mecanismos de Controle Interno

Eugênio de Castro ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Prefeitura Municipal de Eugênio de Castro Rua Manoel Fernandes, 75. Centro. LEI

DIREITO CONSTITUCIONAL

Contabilidade Pública ACI DF/2013. Tópico 5. Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli

RELATÓRIO E PARECER DO CONTROLE INTERNO REFERENTE À PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL DE ARATIBA EXERCÍCIO 2016

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ESTADO DA CEARÁ CÂMARA MUNICIPAL DE MAURITI EDITAL 002/2016

Sistemas de Controle das empresas estatais

CÂMARA MUNICIPAL DE LIMEIRA - SP DECISÃO DOS RECURSOS CONTRA GABARITO PRELIMINAR I DOS RECURSOS

FABIO LUCIO. 9 Sistemas de controle jurisdicional da administração pública: contencioso administrativo e sistema da jurisdição una.

REUNIÃO DA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DA CBIC AÇÃO DOS ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE SOBRE LICITAÇÕES E CONTRATOS DE OBRAS PÚBLICAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE ENTRE RIOS - BA

LEI nº 292/2008. Título I. Das Disposições Preliminares

DIREITO FINANCEIRO. A Lei de Responsabilidade Fiscal. Origem e o controle. Prof. Thamiris Felizardo

Sumário. Apresentação, xv. Prefácio à 6ª Edição, xix. Prefácio à 5ª Edição, xxi. Prefácio à 4ª Edição, xxiii. Prefácio à 3ª Edição, xxv

CÂMARA DOS DEPUTADOS

REGULAMENTO DE AUDITORIA INTERNA. Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo Dos Empregados do Banrisul

Compliance e Programas de Integridade no Setor de Infraestrutura

Lei nº de 10 de janeiro de 2002.

Resolução Atricon nº 04/2016

TABELA 6 RELATÓRIO E PARECER CONCLUSIVO DO CONTROLE INTERNO RELATÓRIO

O TCU e os acordos de leniência

PREFEITURA MUNICIPAL DE PESQUEIRA CCI - Controladoria de Controle Interno

CURSO EM PDF CONTROLE EXTERNO CGM-SP 2015 Prof. Alexandre Teshima

PREFEITURA MUNICIPAL DE PESQUEIRA CCI - Controladoria de Controle Interno

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE MORRINHOS DO SUL

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA AUDITORIA INTERNA ANEXO I AÇÕES DE AUDITORIA INTERNA PREVISTAS - PAINT 2012

PREFEITURA MUNICIPAL DE VERA CRUZ. Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogam-se as disposições em contrário.

Transcrição:

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno INFORMAÇÃO 028/2006 ORIGEM: Consulta SISPREM ASSUNTO: Solicitação de Requisição Do Ministério Público Senhor Chefe da UCCI: Veio a conhecimento desta Consultoria Técnica na área Jurídica, através do Ofício nº 338/06, da Sra. Diretora do SISPREM, quanto à atuação do Sistema de Controle Interno. Da Preliminar: Visa a presente dar cumprimento às atribuições estabelecidas nos Arts. 31 e 74 da Constituição Federal, na Lei n 4.242/01, Decreto 3.662/03 e demais normas que regulam as atribuições do Sistema de Controle Interno, referentes ao exercício de controle prévio e concomitante dos atos de gestão. Ainda em preliminar, torna-se necessário referir que, esta Unidade tem por regra expressa, em Regimento Interno, a manifestação somente acompanhada de parecer do órgão técnico da Municipalidade, no caso a Procuradoria, bem como acompanhada da documentação constante no Processo Administrativo e da Legislação pertinente, que originou o fato, pois à vista das circunstâncias próprias de cada caso é que será avalia a consulta, com a finalidade de prevenir as implicações legais a que estará submetida a Administração, quanto a decisões a serem tomadas. Isto posto, na consulta supra, da forma como foram colocadas - sem demonstração prática de algum ato administrativo e de forma genérica tendo sido juntado apenas o questionamento do Órgão do MP, entendemos que há restrição à manifestação desta UCCI. Outrossim, ressaltamos que esta Assessoria Jurídica tem por atribuição orientar e fiscalizar atos, cujas conseqüências possam ser concretizadas e gerar um juízo de valor para emissão de Pareceres dos Auditores. Portanto, ainda que não havendo possibilidade de manifestação fática e de mérito, por falta de atendimento aos requisitos Regimentais, seguem algumas considerações. Nessa linha de procedimento cabe ressaltar que da solicitação, realizada pelo SISPREM, s.m.j., não cabe maiores ressalvas, no que, da forma como está posta a consulta, a manifestação é simples e breve, embasada na Legislação. LEGISLAÇÃO CONTROLE INTERNO

CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 31. A Fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo municipal, mediante controle externo e, pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo municipal, na forma da lei. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 1.º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. 2.º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo: I - Chefe do Poder Executivo; II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo; III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário; IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20. Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere a: I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias; II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar; III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23; IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites; V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as desta Lei Complementar; VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver. LEI 4.320/64 Art. 75º. O controle da execução orçamentária compreenderá: I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;

II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos; III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços. Art. 76º. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente Art. 77º. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subseqüente. Art. 78º. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos. Art. 79º. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na legislação, caberá o controle estabelecido no inciso III do artigo 75. Parágrafo único. Esse controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida, previamente estabelecidos para cada atividade. Art. 80º. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exata observância dos limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que for instituído para esse fim. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL Art. 113. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades da administração pública municipal, quanta à legalidade, legitimidade, economicidade, a aplicação de subvenções e renuncias de receitas, é exercida: I pela Câmara Municipal, mediante controle externo; II pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal; 1º - O controle externo da Câmara Municipal é exercido com auxílio do Tribunal de Contas,... DO MÉRITO O controle interno se funda em razões de ordem administrativa e jurídica, motivos pelos quais se fundamenta nas informações derivadas dos demais setores da Administração Pública, a fim de que, antes de ocorridas as falhas do sistema de gestão, possa haver uma fiscalização eficaz dos atos dos Representantes máximos das várias esferas de governo, de modo que, através de orientação técnica oportuna, possam se utilizar de suas discricionariedades. Neste contexto a Unidade Central de Controle Interno opera na organização, compreendendo o planejamento e a orçamentação dos meios, a execução das atividades planejadas e a avaliação periódica da atuação, somando-se os atos registrados nos relatórios orçamentários e financeiros dos dois Poderes Municipais, incluídas nestas as autarquias municipais, a fim de consolidar a execução orçamentária do Município. Não é demais repetir o que dispõe a Legislação Máxima, já a nível Federal, como exemplo para as esferas inferiores: Art. 70: A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta, indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada poder.

Art. 71: O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União. Art. 74: Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno. É fundamental ressaltar que esta UCCI tem atuando diretamente junto a Autarquia do SISPREM, baseando-se nas informações que tem sido diligenciadas junto à Contabilidade, Departamento de Pessoal e demais setores daquela entidade. Outro fundamento do controle interno na Administração Pública, incluída a autarquia do SISPREM, está no art. 76 da Lei nº 4.320/64, o qual estabelece que o Poder Executivo exercerá os três tipos de controle da execução orçamentária: 1) legalidade dos atos que resultem arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; 2) a fidelidade funcional dos agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; 3) o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços. A Lei nº 4.320/64 inovou ao consagrar os princípios de planejamento, do orçamento e do controle, estabelecendo novas técnicas orçamentárias a eficácia dos gastos públicos, praticamente obrigando o Controle Interno a agir em casos de negligência na prestação de contas e demonstrações orçamentárias. Com relação aos custos dos bens e serviços, tanto a Lei 4.320/64 (art. 85), quanto o Decreto-Lei 200/67 (art.25, IX e art. 79) estabeleceram que a contabilidade deverá apurá-los, a fim de buscar uma prestação de serviços econômica e evidenciar os resultados da gestão, o que somente poderá ser realizado, na íntegra, com a consolidação dos relatórios expedidos pelos dois Poderes, também incluídas as autarquias, a nível de Município. Tal exigência decorre da aplicação da Lei complementar n 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige a apuração dos custos. A iniciativa da criação da Unidade Central de Controle Interno é exclusiva do Executivo Municipal, suas atribuições, quanto a atuação nas autarquias está, especificamente definida em Lei, e esta Unidade tem se mantido na esteira da legalidade, atuando naquela entidade, através de diligências, requisições, notificações (tanto à Diretora, quanto ao Prefeito Municipal), análises de atas e envios de relatórios, cuja finalidade maior é advertir e orientar os Administradores, quanto as suas responsabilidades e deveres, conferindo-lhes ciência das irregularidades constantes nos procedimentos, em alguns casos ilícitos, como tem sido exemplo a utilização dos recursos da Previdência Social para custeio da Assistência Social. Conclusão O SISPREM deve ter em mente a responsabilidade de se preocupar constantemente com os atos, bens e serviços, que oferecem em nome dos servidores aos quais representam e devem prestar contas permanentemente, ou seja, cumprir com a necessidade de enviar seus relatórios dentro dos prazos e formas legais através de seus órgãos internos de controle interno. Para atender a essa premissa devem estar estruturados de maneira que possam demonstrar contabilmente a origem e a aplicação dos recursos públicos dos quais se utilizam, a fim de que, quando da atuação da UNIDADE CENTRAL DE CONTROLE INTERNO em auditorias regulares, possa ser formado um juízo de convencimento, quanto ao exato cumprimento, transparência e verossimilhança dos atos praticados aos olhos dos Auditores da UCCI. A Unidade Central de Controle Interno está consolidada no compromisso do trinômio da moralidade, cidadania e justiça social, buscando sempre manter erguida a bandeira da legalidade, na defesa

da Comunidade, motivo pelo qual se põe sempre a disposição para atender e assessorar os Administradores do Município, como tem feito dom a Autarquia do SISPREM. Pautado, nos fundamentos acima expostos, é que esta Assessoria Jurídica deseja ratificar a integridade das informações, quanto a impossibilidade legal de utilização de valores do fundo de aposentadoria da previdência para cobrir déficits da saúde e outros atos administrativos. Ressaltando que apesar de haver uma negligência do Executivo Municipal em repassar os valores devidos, por determinação legal, à saúde, não se justifica a atuação irregular apontada nas atas realizadas pelo Conselho Fiscal, as quais se encontram em poder desta UCCI, como meio probante das ilicitudes perpetradas naquela Autarquia. Tal fato não se deve a falta de acompanhamento desta UCCI dos atos de administração daquela Autarquia, visto que não são poucos os reiterados alertas feitos ao Executivo e ao SISPREM, inclusive com apontamento do próprio TCE-RS, cuja regularização já foi solicitada várias vezes pelos Auditores desta Unidade, conforme é possível verificar na Tomada de Contas realizada pelo TCE:... por derradeiro, quanto à dívida previdenciária e assistencial do Poder Executivo junto à Autarquia, sugere-se o imediato ajuste de contas daqueles débitos, caso contrário, a falta de recolhimento, poderá no futuro, comprometer a saúde financeira daquela Entidade, razão pela qual VOTA-SE: a) pela advertência à origem, na pessoa do atual Gestor, para que não mais reincida nas falhas apontadas, sob pena de comprometer o exame de exercícios subseqüentes; Já foi, diversas vezes ratificada a orientação de que o Sistema de Controle Interno é o conjunto de unidades técnicas, articuladas a partir de um órgão central de coordenação, orientadas para o desempenho das atribuições de controle interno indicados na Constituição Federal e normatizados em cada esfera do governo, porém de nada adianta, por mais eficiente que seja a UCCI, se manifestar, através de pareceres da assessoramento, se os que detêm o poder de decisão, simplesmente ignoram as orientações, digladiando-se em reuniões onde se discute se a Procuradoria da Autarquia tem ou não a competência de cumprir com a execução judicial, contra o Executivo. O fato é que, se existe impedimento legal da Procuradoria do SISPREM em atuar contra o Executivo Municipal, por haver uma possível tergiversação (Art. 355 CP), bem como da Diretoria, por serem cargos de confiança, indicados pelo Executivo, sugere-se rever essa posição, direcionando para um concurso público, onde a técnica se sobressaia a política. Portanto, em resposta ao questionado pelo Exmo. Órgão do MP, o Controle Interno vem a ser o órgão central do Município responsável pela promoção do controle da legalidade e legitimidade e avaliação dos resultados quanto à eficácia, eficiência e efetividade da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos outros setores internos componentes do sistema de controle interno do SISPREM, os quais vem sendo apontados em constantes relatórios e atas pela falta de atendimento aos ditames legais. A finalidade do Controle Interno compreende a de criar mecanismos eficazes de fiscalização, aprimorar o serviço público, sugerir soluções práticas, levar ao conhecimento da autoridade as irregularidades e deficiências verificadas, denunciar ao órgão competente (Tribunal de Contas), por meio de procedimento adequado, as irregularidades praticadas pelos gestores e/ou servidores públicos dentre outras. Conclui-se, portanto, s.m.j., que deva ser notificada a Diretora da Autarquia, bem como informado o Chefe do Poder Executivo da gravidade da situação que se apresenta, visando, na brevidade possível regularizar o fato, haja vista que, tanto o Ministério Público, quanto o Tribunal de Contas se

encontram, efetivamente, apontando a não atenção às recomendações e orientações da Unidade Central de Controle Interno, chegando a o ponto de questionar qual o sistema de controle interno que está sendo utilizado. É o Parecer. Teddi Willian Ferreira Vieira OAB/RS 54.868 Tec.de Controle Interno. - UCCI