Relatório de Estágio



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Transcrição:

Relatório de Estágio RELEVÂNCIA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COMO COMPONENTE DA CONSOLIDAÇÃO DA SILVICULTURA NA FRONTEIRA OESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Acadêmico Claudiney do Couto Guimarães CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL São Gabriel, RS, Brasil Junho 2011

Universidade Federal do Pampa Campus São Gabriel Curso de Engenharia Florestal A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio RELEVÂNCIA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COMO COMPONENTE DA CONSOLIDAÇÃO DA SILVICULTURA NA FRONTEIRA OESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL elaborado por Claudiney do Couto Guimarães como requisito parcial para obtenção do grau de Graduação em Engenharia Florestal COMISSÃO EXAMINADORA: Prof.ª Dr.ª Alexandra Augusti Boligon (Presidente/Orientador) Prof.ª Dr.ª Cibele Rosa Gracioli Prof. Dr. Ítalo Filippi Teixeira São Gabriel, Junho de 2011. 2

AGRADECIMENTOS A Deus por propiciar-me forças e proteção para superar este importante desafio em minha vida. A toda a minha família, meus pais, minha esposa e filhos, meus irmãos e a todos que direta e indiretamente me apoiaram durante o curso. A Profª. Drª Alexandra Augusti Boligon pela orientação e pelo apoio para que eu realizasse este trabalho. Ao Sr Alceu Borges Behenck supervisor do estágio e Sócio Diretor da Reflorestadora Nativa. A Reflorestadora Nativa e sua equipe técnica pela colaboração e disponibilização do espaço para a realização do estágio. A StoraEnso Florestal RS em especial ao Engenheiro Florestal João Carlos Barrichelo e Cristiane Yoshinaga pelo total apoio e incentivo para a conclusão da graduação em Engenharia Florestal. Ao corpo docente do curso de Engenharia Florestal UNIPAMPA São Gabriel, pela dedicação e competência na condução do curso. Aos colegas de curso que me propiciaram grandes momentos de alegria e amizade. 3

RESUMO RELEVÂNCIA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COMO COMPONENTE DA CONSOLIDAÇÃO DA SILVICULTURA NA FRONTEIRA OESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Autor: Claudiney do Couto Guimarães¹ Orientador: Alexandra Augusti Boligon² Supervisor: Alceu Borges Behenck³ A silvicultura no estado do Rio Grande do Sul vem se consolidando acompanhando a tendência brasileira de uso das novas fronteiras para expansão da base florestal nos diversos segmentos industriais. Para a execução das operações de implantação e manutenção das plantações florestais são contratadas empresas prestadoras de serviços de alta eficiência garantindo assim a qualidade e produtividade das plantações a custos competitivos atendendo as exigências e necessidades sociais e ambientais das empresas contratantes. O presente relatório apresentará a tecnologia, a gestão e execução operacional e também uma proposta de parametrização para o controle de qualidade nas atividades de silvicultura praticadas pela Reflorestadora Nativa S/A nas áreas da StoraEnso Florestal RS na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Palavras-chave: silvicultura; implantação e manutenção; prestação de serviços. 1 Estudante de graduação do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA/Campus de São Gabriel RS. 2 Professora Adjunta da Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA/Campus de São Gabriel RS. 3 Sócio-diretor da Reflorestadora Nativa S/A. 4

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Localização geográfica da sede da Reflorestadora Nativa Ltda, no município de Butiá, as margens da BR-290, e dos escritórios regionais de Encruzilhada do Sul e Rosário do Sul...10 Figura 2: Dosador manual para aplicação da isca granulada - Fazenda Retiro Cacequi- RS...17 Figura 3: Distribuição dos ajudantes de silvicultura para aplicação da isca formicida granulada de forma sistematizada (4,15 kg/há) Fazenda Retiro - Cacequi-RS...18 Figura 4: Mapa pré-plantio para a demarcação de estradas, aceiros e APPs- Fazenda Santa Regina - Arroio dos Ratos-RS...19 Figura 5: Plantio utilizando plantadeiras manuais com caixas plásticas devidamente projetadas para o transporte das mudas - Fazenda Mangueirão - Alegrete-RS...21 Figura 6: Aspecto da adubação de plantio, em duas covetas laterais, em destaque, contendo 50 g do fertilizante NPK 06:30:06 + 1,0% Zn + 0,3% Cu cada uma - Fazenda Mangueirão - Alegrete-RS...23 Figura 7: Aspecto da linha de plantio após a aplicação do herbicida pré-emergente Fazenda Rancho 5S - Alegrete-RS...24 Figura 8: Aspecto da sanidade do plantio após os devidos tratos culturais - Fazenda Rancho 5S - Alegrete-RS...25 Figura 9: Aspecto da área após aplicação pós-emergente de herbicida na linha de plantio Fazenda São Francisco - Alegrete-Rs...26 Figura 10: Aspecto dos aceiros após a manutenção - Fazenda Boa Vista II - Alegrete- RS...28 5

LISTA DE TABELAS Tabela 1: Distribuição das áreas de atuação e dos funcionários da Florestadora Nativa...12 6

SUMÁRIO 1. ORGANIZAÇÃO...9 1.1 Política de gestão...11 2. INTRODUÇÃO...12 2.1 O setor florestal...12 2.2 A importância das florestas plantadas para o Brasil...13 2.2.1 Valor Bruto da Produção Florestal (VBPF)...13 2.2.2 Arrecadação de tributos...13 2.2.3 Geração de empregos...14 2.2.4 Meio ambiente...14 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...14 3.1 A cultura do eucalipto...14 3.2 Controle de qualidade das operações florestais...15 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS...16 4.1 Operações da silvicultura implantação...16 4.1.1 Combate a formigas......16 4.1.2 Marcação de estradas, aceiros e apps...18 4.1.3 Capina química pré-plantio...19 4.1.4 Preparo de solo Subsolagem...20 4.1.5 Plantio...20 4.1.6 Irrigação...22 4.1.7 Replantio...22 4.1.8 Adubação...22 4.1.9 Capina química pré-emergente pós-plantio...23 4.1.10 Adubação de cobertura...24 4.2. Operações da silvicultura manutenção tratos culturais...25 4.2.1 Capina manual...26 4.2.2 Roçada Manual...26 4.2.3 Capina química pós-emergente com costal manual...27 4.2.4 Capina química pós-emergente com barra protegida ( conceição )...27 4.2.5 Roçada Mecanizada...27 7

4.2.6 Manutenção de aceiros...27 4.3 Programa de controle de qualidade na prestação de serviços...28 4.3.1 Construção de aceiros...29 4.3.1.1 Avaliação da construção de aceiros...29 4.3.2 Marcação de APP s e locais de preservação...29 4.3.2.1 Avaliação da marcação de APP s e locais de preservação...30 4.3.3 Recebimento das mudas...30 4.3.4 Controle de formiga...30 4.3.4.1 Avaliação do controle de formiga...31 4.3.5 Preparo do solo...32 4.3.5.1 Avaliação do controle de subsolagem com fosfatagem...32 4.3.6 Aplicação de herbicida...33 4.3.6.1 Controle de aplicação de herbicida...35 4.3.7 Plantio e replantio...36 4.3.7.1 Avaliação da qualidade do plantio...36 4.3.8 Irrigação...37 4.3.8.1 Controle na irrigação...38 4.3.9 Adubação...39 4.3.9.1 Controle na adubação...39 5. RESULTADOS, DISCUSSÃO E CONCLUSÃO...40 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...42 8

1. ORGANIZAÇÃO A Reflorestadora Nativa iniciou suas atividades em 1991 tendo como objetivo fornecer serviços diferenciados na área de silvicultura para atender a demanda de mercado. Neste período a empresa denominava-se Minuano Serviços Florestais Ltda, disponibilizando serviços nas áreas de implantação e colheita florestal. Após mudanças estratégicas a empresa optou por prestar serviços somente na área de implantação e condução de florestas comerciais, e assim, a partir do ano de 2000 passou a denominarse Florestadora Nativa Ltda. Somente no ano de 2010 a empresa realizou a implantação de 12000 ha e a manutenção de 25000 ha de florestas com Eucalyptus spp, com previsão de implantação para 2011 de 20.000 ha. Atualmente, a empresa atende projetos florestais em diversos municípios da metade sul Rio Grande do Sul, tendo como principais clientes a Celulose Riograndense - CMPC Celulose, a StoraEnso Florestal RS e a Duratex S/A. Sua sede localiza-se no município de Butiá, Rio Grande do Sul, e ainda conta com escritórios regionais nos municípios de Encruzilhada do Sul e Rosário do Sul (Figura 1). O município de Butiá localiza-se a 81 km da capital Porto Alegre, e faz divisa municipal com Minas do Leão, São Jerônimo e Arroio dos Ratos. 9

Figura 1 - Localização geográfica da sede da Reforestadora Nativa Ltda, no município de Butiá, as margens da BR-290, e dos escritórios regionais de Encruzilhada do Sul e Rosário do Sul. Para desenvolver suas atividades a Nativa é gerenciada por dois sócios, sendo um Diretor Administrativo Financeiro e um Diretor Operacional respectivamente. A empresa também conta com um amplo quadro funcional constituído por Engenheiros e Técnicos Florestais, Técnicos Agrícolas, Técnicos de Segurança, Auxiliar de Enfermagem, Motoristas, Tratoristas, Mecânicos e Ajudantes de Silvicultura, além de um capacitado grupo administrativo e um moderno parque de máquinas e equipamentos com um total de 533 funcionários. As áreas de atuação e a distribuição dos funcionários por município estão apresentadas na Tabela 1: 10

Nativa, 2011. Tabela 1: Distribuição das áreas de atuação e dos funcionários da Florestadora Município Cliente Nº de funcionários Butiá CMPC e Duratex 266 Encruzilhada do Sul CMPC 93 São Gabriel CMPC 101 Caçapava do Sul CMPC 30 Taquari Duratex 17 Rosário do Sul StoraEnso 15 Manoel Viana StoraEnso 11 Total 533 Fonte: Florestadora Nativa S/A 1.1 Política de Gestão A Florestadora Nativa S/A é uma empresa prestadora de serviços florestais, especialmente no âmbito da silvicultura. A política de sistema de gestão inclui critérios de sua missão, visão e valores inerentes para o desenvolvimento sustentado da sociedade e a harmonia com o meio ambiente. A empresa possui como missão o fornecimento de serviços e produtos de qualidade aliada à produtividade através da excelência operacional, atuando com comprometimento na melhoria contínua das atividades, assegurando a confiança e credibilidade dos clientes. Possui a visão de posicionar-se com destaque no setor florestal, sendo reconhecida como a melhor parceria por seus clientes, fornecedores, sociedade e colaboradores. Ainda possui como valores, ética e transparência, qualidade de vida, valorização, imagem, técnicas de gestão, credibilidade, responsabilidade pública e social. 11

2. INTRODUÇÃO 2.1 O setor florestal O setor florestal começou a se destacar no Brasil após a aprovação da legislação de incentivos fiscais (lei nº 106, de setembro de 1966) ao reflorestamento, que possibilitou às empresas abaterem até 50% do valor do imposto de renda devido, aplicando-os em projetos florestais. Em decorrência desta o crescimento da área reflorestada no país situou-se na faixa de 100 a 250 mil hectares anuais de 1968 a 1973, elevando-se para 450 mil hectares anuais entre 1974 e 1982, e atingindo aproximadamente, 6,2 milhões de hectares em 1986 (LEÃO, 2000). Segundo o Anuário Estatístico 2010 da Associação Brasileira de Florestas (ABRAF,2010) o Brasil fechou o ano de 2009 contabilizando uma área com florestas plantadas de 6,31 milhões de hectares sendo que deste montante, 4,51 milhões correspondem às áreas cultivadas com eucalipto e 1,8 milhões de hectares a áreas cultivadas com pinus. Segundo o mesmo Anuário o estado do Rio Grande do Sul fechou o ano de 2009 contabilizando uma área cultivada com 271,9 mil hectares de eucalipto e 171,2 mil hectares de pinus totalizando 443,19 mil hectares colocando o estado como o sexto maior produtor de madeira oriundo de florestas plantadas do país. A expectativa de expansão de novas áreas de florestas de eucalipto e pinus para os respectivos segmentos de transformação para os próximos cinco anos esta prevista a uma taxa média de 4,3% ao ano, chegando a 2014 com um crescimento acumulado de 23% no período, resultando em uma área total estimada de 7,5 milhões de ha de florestas (ABRAF, 2010). Em conseqüência, estima-se que o impacto econômico dessa expansão na aquisição de terras (greenfield), em diversos estados do país, incluindo o Rio Grande do Sul, candidatos naturais a receberem esse investimento, chegue a um valor de R$ 6 bilhões, além de R$ 7,2 bilhões para os plantios e insumos, totalizando R$ 13,2 bilhões no período de 2009 a 2014 (ABRAF, 2010). 12

2.2 A importância das florestas plantadas para o Brasil Através da geração de bens e serviços à sociedade em geral, atualmente as florestas representam 3,5% do PIB nacional e se destacam por oferecer importantes contribuições nos aspectos econômicos, sociais e ambientais. Em particular, as florestas plantadas têm assumido relevância crescente ao servirem como fonte de matéria-prima florestal, principalmente na forma de madeira em tora. Na maioria dos países, independentemente de sua extensão, ao mesmo tempo em que colaboram para reduzir a pressão sobre as florestas nativas, prestam importantes serviços ambientais para a sociedade. 2.2.1 Valor Bruto da Produção Florestal (VBPF) O Valor Bruto da Produção Florestal (VBPF), utilizado como um indicador do desempenho do setor de florestas plantadas no Brasil representa toda a receita bruta gerada na cadeia produtiva florestal nacional. Segundo estimativa da BRACELPA (2010), o valor total produzido pelo setor de celulose e papel chegou a R$ 23,6 bilhões em 2009. Este segmento representa 50,7% de participação no VBPF frente ao demais, sendo que todo o setor florestal totalizou R$ 46,6 bilhões em 2009. 2.2.2 Arrecadação de tributos A arrecadação total de tributos (federais, estaduais e municipais) pelo país em 2009 foi de R$ 1.092,6 bilhões. Do total de tributos arrecadados em 2009, a contribuição do setor de florestas plantadas do Brasil foi de estimados R$ 8,15 bilhões, representando 0,75% de participação deste setor no total do Brasil (ABIPA, BRACELPA, IBPT, 2010). 13

2.2.3 Geração de empregos A estimativa total de empregos (primário e processamento industrial) no segmento de florestas plantadas, em 2009, foi de 3,9 milhões incluindo os diretos (535,0 mil), indiretos (1,26 milhão) e empregos resultantes do efeito renda (2,16 milhões) (ABRAF, STCP, 2010). Cabe, ainda, acrescentar uma particularidade: o emprego gerado ocorre no campo (trabalho florestal) e na cidade (trabalho na indústria florestal), reduzindo, assim, o êxodo rural (ALMEIDA, 2000 APUD VALVERDE et al, 2005). 2.2.4 Meio ambiente O setor, também, contribui para o meio ambiente por manter o equilíbrio dos ecossistemas naturais; regular o clima global; conservar os recursos hídricos; proteger a biodiversidade e os ecossistemas florestais (conservação da fauna e flora); reduzir o nível de desmatamento ilegal e o impacto sobre as florestas nativas através das florestas plantadas; regularizar os fluxos de água para evitar erosão. Além disso, é uma fonte de biodiversidade e de contribuição para sua manutenção (ABIMCI, 2007). 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 A cultura do eucalipto O eucalipto (Eucalyptus spp.) ocorre naturalmente na Austrália, Indonésia e ilhas próximas, tais como Flores, Alor e Wetar. O gênero Eucalyptus pertence à família das Myrtaceas, com cerca de 600 espécies, 113 do gênero Corymbia e 13 do gênero 14

Angophora, e apresenta uma ampla plasticidade e dispersão mundial, crescendo satisfatoriamente em diferentes situações edafoclimáticas, extrapolando aquelas das regiões de origem (VITTI, 2002). Atualmente, o gênero Eucalyptus está entre as principais fontes de matéria-prima para a produção de celulose, de carvão vegetal para siderurgia e fábrica de cimento, serrarias, postes, óleos essenciais, entre outras finalidades (LIMA, 1996). Devido à necessidade de se produzir florestas altamente produtivas, as empresas brasileiras investem cada vez mais em programas de melhoramento genético, com a utilização de técnicas como a hibridação e a clonagem. A clonagem é considerada, mundialmente, como a maneira mais eficiente de se obter ganhos expressivos na qualidade do produto final devido a maior homogeneidade da matéria-prima (TONINI et al., 2004). A produtividade média das florestas de eucalipto no país alcança de 45-50 m³/ha/ano, enquanto no Chile, Estados Unidos, Canadá e Finlândia, esta chega a 20, 10, 7 e 4 m³/ha/ano, respectivamente. Com relação às florestas de pinus, no Brasil estas produzem em média 35 m³/ha/ano, contra 4 m³/ha/ano das coníferas dos países do Hemisfério Norte e 20 m³/ha/ano do pinus no Chile (VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL - VCP, 2004). Segundo Reis et al. (1987), muitas espécies do gênero Eucalyptus spp, crescem relativamente bem em solos de baixa fertilidade. Isso intensifica o seu uso nas novas implantações florestais, em locais antes sem tradição silvicultural para essas espécies. 3.2 Controle de qualidade das operações florestais A avaliação da qualidade das operações florestais é uma atividade de grande importância na manutenção dos padrões técnicos utilizados pelas empresas florestais na implantação, reforma, condução, manutenção e colheita de suas florestas de eucalipto. O sistema de qualidade da empresa deve ser realizado por meio do controle de qualidade "em tempo real". Nesse processo são conferidas notas às operações, baseadas em parâmetros relacionados à qualidade da atividade. Cada parâmetro avaliado tem um peso 15

de importância para a determinação final da nota de qualidade da operação (JEQUITIBA FLORESTAL, 2007). As operações florestais de colheita e silvicultura são avaliadas no campo, conforme estão sendo executadas. Essa avaliação visa determinar quais são as atividades que apresentam não conformidade com o padrão técnico adotado pela empresa. As ações corretivas operacionais são determinadas imediatamente para os encarregados de campo, exceto quando há necessidade de desenvolvimento e pesquisa, sendo posteriormente desenvolvidos pela Coordenação de Pesquisa (JEQUITIBA FLORESTAL, 2007). 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS O presente estágio foi realizado nas Fazendas da Stora Enso Florestal RS em fazendas localizadas na Fronteira Oeste do estado do Rio Grande do Sul, sendo esta uma das clientes da Florestadora Nativa. Além da gestão das operações de implantação e manutenção dos plantios com eucalipto, foi desenvolvida uma proposta de parametrização para o controle de qualidade operacional da empresa. 4.1 Operações da silvicultura implantação 4.1.1 Combate as formigas O combate às formigas deve ser realizado antes do preparo do solo. Para o combate utilizam-se iscas formicidas granuladas (Formicida Dinagro-S), na dose de 4,15 kg/ha no espaçamento de 4 x 6 metros. Para a aplicação utilizam-se dosadores manuais (Figura 2). Para a distribuição sistemática do formicida sob a área, no espaçamento recomendado (receituário agronômico), utiliza-se a formação em linha dos ajudantes de silvicultura (Figura 3). Para a correta aplicação do formicida devem ser observadas as 16

condições climáticas durante o período de aplicação, sendo que as condições ideais são: o solo seco e a ausência de chuva nas próximas 24 horas. Figura 2 - Dosador manual para aplicação da isca granulada, Fazenda Retiro Cacequi-RS. Fonte: Florestadora Nativa, 2008 17

Figura 3 - Distribuição dos ajudantes de silvicultura para aplicação da isca formicida granulada de forma sistematizada (4,15 kg/há), Fazenda Retiro Cacequi-RS. Fonte: Florestadora Nativa, 2008 4.1.2 Marcação de estradas, aceiros e APPs Tanto a construção de estradas e aceiros, como a marcação de APP s são de responsabilidade da empresa prestadora de serviços. No entanto, sabe-se que a construção destas vias de acesso na área objetiva facilitar a implantação, proteção florestal e exploração. Para a marcação em campo utiliza-se o mapa pré-plantio com as devidas projeções para a delimitação de estradas, aceiros e APP s (Figura 4). 18

Figura 4 - Mapa pré-plantio para a demarcação de estradas, aceiros e APP s, Fazenda Santa Regina Arroio dos Ratos-RS. Fonte: Florestadora Nativa, 2011 4.1.3 Capina química pré-plantio Esta prática consiste na eliminação das ervas infestantes (daninhas ou invasoras) sob toda a área de implantação. O controle de plantas daninhas é realizado através de herbicida pós-emergente, associado ou não a adjuvante, utilizando-se pulverizador tracionado por trator de pneu ou pulverizador costal manual. A capina química deve ser realizada no mínimo 7 dias antes do plantio. O herbicida pós-emergente utilizado é Scout (sal de amônio de glifosato), na dose recomendada de 2,0 kg/ha (2,0 kg para 200 litros de água). O produto Scout é de uso não agrícola e recomendado para culturas de Pinus spp. e Eucalyptus spp. 19

4.1.4 Preparo de solo Subsolagem Segundo Baloni e Simões (1979) o principal objetivo do preparo do solo é de fornecer condições adequadas para o plantio e posterior estabelecimento das mudas no campo. Sasaki et al. (2002), informam que o preparo do solo além de influenciar no crescimento das mudas, influencia também na uniformidade e futura produtividade da floresta. A subsolagem preconiza a idéia de cultivo mínimo, que objetiva substituir sistemas convencionais de preparo por sistemas que provoquem o mínimo de mobilização do solo e deixem o máximo de resíduos vegetais sobre a superfície. A Florestadora Nativa utiliza um subsolador de 3 hastes parabólicas, sendo a central de 100 cm, com asa na extremidade e equipado com uma adubadeira para aplicação de fosfato (filete intermitente), quando necessário utiliza-se a enxada rotativa para uniformizar a superfície da linha de plantio. 4.1.5 Plantio O plantio pode ser feito de três formas: manual, semimecanizado ou mecanizado (STURION at all, 2000). As mudas depois de expedidas no viveiro, devem passar por uma nova seleção no campo, devido às condições de estresse que passaram (transporte, descarregamento e encanteiramento). Desta forma, as mudas que apresentarem danos (guias quebradas, murchas, quebradas, etc.) devem ser descartadas. No viveiro de campo (local para estocagem temporariamente as mudas) deve-se procurar deixar as mudas com o substrato sempre úmido, além de estarem encanteiradas, ou seja, afastadas uma das outras para facilitar a aeração e irrigação. 20

O plantio das mudas de eucalipto é realizado através do uso de uma plantadeira manual, uma caixa de mudas de plástico e uma medida com gabarito de acordo com espaçamento necessário. As mudas devem ser plantadas na profundidade adequada, usando-se para isso um limitador de profundidade, de modo a evitar danos no sistema radicular. Assim, após a muda ser colocada na cova deve-se comprimir o solo ao redor, de maneira a evitar a formação de bolsas de ar, cobrindo a muda até a altura do coleto. Figura 5 - Plantio utilizando plantadeiras manuais com caixas plásticas devidamente projetadas para o transporte das mudas, Fazenda Mangueirão Alegrete-RS. Fonte: StoraEnso Florestal RS, 2008 21

4.1.6 Irrigação A irrigação, quando necessária, pode ser realizada antes ou após o plantio. Em cada cova são colocados cerca de 2,0 L de água. Os equipamentos envolvidos são: trator agrícola de pneu, reboque agrícola pipa (3.000 litros), caminhão pipa (15.000 litros), motobombas portáteis e regadores. 4.1.7 Replantio O replantio deve ser realizado no máximo até 30 dias após o plantio. Esta operação somente será indicada se por alguma razão o índice de falha for igual ou superior a 3%. O levantamento de sobrevivência do plantio (inventário) deve ser realizado entre o 18º e 23º dia após o plantio do talhão. 4.1.8 Adubação A adubação de plantio deve ser realizada, preferencialmente, até dez dias após o plantio, quando a adubação for realizada em covetas laterais. A formulação do adubo utilizada para esta operação é NPK 06:30:06 + 1,0% Zn + 0,3% Cu., uma dose de 111,0 kg/ha (100 g/planta). Para executar a adubação o ajudante de silvicultura deverá aplicar o fertilizante em duas covetas laterais, distantes 15 cm da muda e com profundidade entre 8 e 12 cm, com metade da dose em cada uma (Figura 6). Além disso, o ajudante deverá observar que o fertilizante aplicado deverá estar totalmente coberto no final da aplicação. 22

Figura 6 - Aspecto da adubação de plantio, em duas covetas laterais, em destaque, contendo 50 g do fertilizante NPK 06:30:06 + 1,0% Zn + 0,3% Cu cada uma, Fazenda Mangueirão Alegrete-RS. Fonte: Florestadora Nativa, 2008 4.1.9 Capina química pré-emergente pós plantio A capina química pré-emergente para áreas de implantação deve ser realizada no máximo 10 dias após o plantio. Este tipo de capina poderá ser utilizado em faixas de 1 metro, sobre a linha de plantio, ou em coroas. A aplicação do herbicida pré-emergente é realizada de forma mecanizada, trator agrícola com pulverizador, ou de forma manual com pulverizador costal. Com o uso do trator é possível fazer a pulverização de 2 linhas simultaneamente. O herbicida utilizado para esta atividade é conhecido comercialmente por Solara, seletivo, licenciado para o controle pré-emergente de plantas infestantes das culturas de eucalipto e pinus. A dosagem recomendada, de acordo com a recomendação técnica é de 0,3 l/ha. 23

Figura 7 Aspecto da linha de plantio após a aplicação do herbicida pré-emergente, Fazenda Mangueirão Alegrete-RS. Fonte: StoraEnso Florestal RS, 2008 4.1.10 Adubação de cobertura A adubação de cobertura é realizada entre 90 dias e 120 dias após o plantio devendo-se observar quando os plantios atingirem um porte de no mínimo 0,7 m de altura. Esta adubação deve ser precedida de trato cultural, de maneira a disponibilizar de forma mais eficiente os nutrientes as plantas de eucalipto. A formulação da adubação de cobertura é NPK 20:00:20 + 0,3% B, sendo a dosagem recomendada de 0,15 kg/planta (166,7 kg/ha). A adubação é realizada através do uso de recipientes plásticos e dosadores de PVC. 24

Para correta aplicação, recomenda-se a aplicação do fertilizante na projeção da copa das plantas de eucalipto. 4.2. Operações da silvicultura manutenção tratos culturais Ormond (2006) definiu tratos culturais como sendo as operações realizadas na cultura, tais como: adubação, limpezas, conservação do solo, irrigação, entre outras, visando dar melhores condições para o desenvolvimento das plantas. Para o efetivo controle das plantas daninhas devem ser tomadas medidas a fim de inibir o seu crescimento ou eliminá-las da área do povoamento. Para o controle de plantas daninhas se dispõem de métodos físicos e químicos. Figura 8 - Aspecto da sanidade do plantio após os devidos tratos culturais, Fazenda Rancho 5S Alegrete-RS. Fonte: StoraEnso Florestal RS, 2009 25

4.2.1 Capina Manual Esta operação será executada sempre que as plantas daninhas estiverem concorrendo com as mudas de eucalipto. Esta operação é realizada com o uso de enxadas ou enxadões para a retirada por completo das plantas daninhas. A capina deve ser realizada ao longo das linhas de plantio, em uma faixa de 1 metro de largura, sendo 0,5 metros para cada lado. 4.2.2 Capina química pós-emergente com costal manual Este tipo de operação deve ser utilizado sempre que houver vegetação concorrendo com as plantas de eucalipto. O herbicida utilizado é à base de glifosato, conhecido comercialmente como Scout NA, licenciado para utilização em reflorestamentos, na dose recomendada de 2,0 kg/ha. Figura 9 - Aspecto da área após aplicação pós-emergente de herbicida na linha de plantio, Fazenda São Francisco Alegrete-RS. Fonte: StoraEnso Florestal RS 26

4.2.3 Capina química pós-emergente com barra protegida ( conceição ) Esta operação pode ser indicada a limpeza das entrelinhas do plantio utilizando protetores ( saia ) ao redor da barra de aplicação de herbicida, a fim de evitar deriva de herbicida para as plantas de eucalipto. Na conceição utiliza-se o mesmo herbicida a base de glifosato, Scout NA, utilizado no preparo do solo, na concentração de 2,0 kg/ha. 4.2.4 Roçada Mecanizada Assim como nos outros métodos de controle de plantas daninhas, a roçada mecanizada também poderá ser utilizada caso esteja ocorrendo concorrência entre as ervas com as plantas de eucalipto. Esta atividade é executada somente nas entrelinhas do plantio, utilizando para isto roçadeiras tracionadas por tratores agrícolas de pneu. 27

4.2.5 Manutenção de aceiros A manutenção de aceiros é realizada para prevenir danos às plantações florestais por incêndios, sendo realizada anualmente nos meses de verão. Figura 10 - Aspecto dos aceiros após a manutenção, Fazenda Boa Vista II - Alegrete. Fonte: StoraEnso Florestal RS, 2011 4.3 Programa de controle de qualidade na prestação de serviços Elaborou-se uma proposta de parametrização para a implantação do controle de qualidade especificando-se as operações, descrevendo como elas são realizadas e a forma de avaliação do controle de qualidade de cada operação. Para um segundo momento, ficaram delineadas mais duas etapas, sendo a criação de planilhas e critérios 28

para a aplicação operacional respectivamente, as quais não serão apresentadas neste relatório. 4.3.1 Construção de aceiros Os aceiros internos têm duas funções básicas: proteção e circulação. Para tal finalidade estes são construídos com largura mínima de 6 metros. Para os aceiros externos, localizados entre os plantios e as propriedades vizinhas, é mantida uma faixa com largura mínima de 10 metros. 4.3.1.1 Avaliação da construção de aceiros A avaliação de aceiros externo e interno deve ser realizada a cada 5 ha de área total. O local de medição do aceiro deve ser escolhido de forma aleatória. Aceiro Externo: Medir a largura do aceiro em metros, sendo que nos casos em que as medidas se apresentarem fora do intervalo de 9 a 11 metros de largura, deve-se agir com ação corretiva. Aceiro Interno: Medir a largura do aceiro em metros, sendo que nos casos em que as se apresentarem medidas fora do intervalo de 5 a 7 metros de largura, deve-se agir com ação corretiva. 4.3.2 Marcação de APP s e locais de preservação As eventuais restrições para o plantio de eucalipto também são observadas, assim como as demais condicionantes sócio-ambientais para implantação do empreendimento. 29

Os parâmetros utilizados para definição das distâncias mínimas a serem observadas no plantio são as delimitadas no Código Florestal Brasileiro Lei Nº 4.771, de 15 de Setembro de 1965. 4.3.2.1 Avaliação da marcação de APP s e locais de preservação Efetuar a medição dos locais de preservação e, quando forem observados desvios maiores que 10%, agir com ação corretiva. (Somente será aceito desvios positivos até 10%, pois segundo a legislação a distância do plantio nunca pode ser menor que as distâncias observadas). 4.3.3 Recebimento das mudas As mudas por ocasião da expedição/entrega deverão obedecer ao seguinte padrão: a) Parte Aérea: altura entre 25 e 35 cm. Bem desenvolvida com ramos bem formados; sem bifurcação; mínimo de três pares de folhas e livre de doenças. b) Rusticidade: caule consistente e firme (rustificado) com diâmetro do colo maior que 2,5 mm. c) Sistema radicular: completo, bem desenvolvido em substrato firme e inteiro, sem raízes enoveladas e, com bom direcionamento das mesmas para baixo por estrias bem desenhadas; havendo presença de raízes novas aparentes. 4.3.4 Controle de formigas O controle de formigas é realizado aproximadamente três meses antes do plantio, e pode ser efetuado de forma sistemática ou localizada. 30

a) Controle de formigas manual localizado - Avaliação de dosadores e/ ou aplicadores; - Medir o cumprimento e a maior largura do formigueiro (medir a área do formigueiro). - Aplicar a isca formicida Aplicar o produto na dosagem recomendada (isca granulada a base de sulfluramida: 8 g por m² ou 8 g por formigueiros menores que 1 m²). Aplicar a uma distância de 40 cm ao lado do olheiro do formigueiro. b) Controle de formiga manual sistemático - Efetuar a avaliação de dosadores e ou aplicadores; - Com o uso de aplicador costal ou dosador, aplicar em pontos sistemáticos, distanciados 4 metros na linha de caminhamento e 3 metros entre ajudantes florestais. - Aplicar o produto (isca granulada a base de Sulfluramida: 4,5 kg de isca/ha, em torno de 5,5 gramas por ponto aplicado). 4.3.4.1 Avaliação do controle de formigas a) Controle de dosagem - Avaliar no início da atividade se todos os dosadores ou aplicadores de iscas estão qualificados para a atividade e se não há qualquer tipo de deformação ou quebra. - A cada 20 ha, durante a aplicação, coletar amostra de 5 aplicadores ou dosadores, de forma que cada amostra seja de 5 doses de aplicação. - Com o auxilio de um dosador ou balança de precisão, conferir a quantidade aplicada da amostra (5 doses); - Quando o desvio for maior que ±10%, providenciar a correção do dosador ou aplicador. b) Controle do espaçamento da aplicação 31

- Para controle de espaçamento, a cada 20 ha, conferir 5 colaboradores, 10 aplicações de formicida por colaborador, e calcular o desvio-padrão obtido. Desvio superior a ±10%, providenciar ação corretiva. 4.3.5 Preparo do solo a) Subsolagem com fosfatagem Esta operação é realizada mecanicamente, com tratores de pneus ou esteiras (depende do tipo de solo e relevo). São observados os seguintes critérios: - Profundidade - com uma haste de metal é averiguado a profundidade desejada (50 cm aproximadamente); - Estrondamento lateral (faixa de solo desagregada pelo subsolador) - Aproximadamente 70 cm; - Espaçamento - Utilizar o marcador de espaçamento (bigode) que é acoplado ao trator e tem uma régua, sendo que na ponta possui uma corrente de arrasto para medir a distância entre linhas. b) Alinhamento e coveamento manual - Fazer o alinhamento, utilizando-se balizas com dimensões da entrelinha, e definindo as linhas de plantio, sempre obedecendo ao espaçamento desejado; - Caminhar na linha de plantio definida e realizar a marcação da cova, usando como gabarito a cabo da enxada ou corrente. - Covear as marcas feitas, atendendo as dimensões recomendadas das covas, retornando com a terra para a cova. 4.3.5.1 Avaliação do controle de subsolagem com fosfatagem a ) Consumo de fosfato 32

- Calcular o comprimento linear de 1 ha, considerando o espaçamento de 3,5 metros. - Calcular a quantidade (Kg) de fertilizante a ser aplicado em 50 metros. - Colocar a máquina para percorrer esse percurso e coleta-se o fosfato nas saídas de aplicação do implemento. Pesar o fosfato recolhido e calcular o desvio-padrão em relação ao recomendado. Repetir esta operação por três vezes. Quando o desviopadrão for superior a ±5% deve-se aplicar ação corretiva. b) Profundidade de subsolagem Na área subsolada selecionar 10 pontos por máquina durante o dia de trabalho, avaliando-se: - Profundidade de subsolagem: com uma haste de metal é averiguado a profundidade desejada, que é em torno de 50 cm. Somam-se todas as médias para calcular o desvio-padrão. Quando este for superior a ±10% deve-se aplicar ação corretiva - Largura de estrondamento lateral: medir 10 pontos com um aferido chamado de JJ. Repetir o mesmo procedimento utilizado na verificação da profundidade. Quando o desvio-padrão for superior a ±10% deve-se aplicar ação corretiva - Espaçamento: o trator possui um dispositivo hidráulico na frente que tem uma régua graduada e na ponta uma corrente de arrasto para medir a distancia entre linhas. Durante a subsolagem, com auxilio de uma trena de 50 m é aferido o espaçamento. A variação do espaçamento deve ser também de no máximo 5% do recomendado. Nos casos em que os desvios forem superiores a ±5% deve-se aplicar ação corretiva. 4.3.6 Aplicação de herbicida Esta operação pode ser realizada de duas maneiras, mecanizada ou manual. Os tanques e equipamentos de aplicação do herbicida serão previamente verificados, de modo a evitar vazamentos e derrames de calda. 33

O recolhimento de água para a preparação da calda deve ser feito por equipamentos e/ou recipientes que não tenham estado em contato com o produto, evitando a contaminação da fonte. As embalagens vazias receberão a tríplice lavagem. Ao terminar a aplicação, os equipamentos também serão lavados e a água da lavagem será utilizada para aplicação na área tratada. Deve-se observar também a qualidade de água para aplicação. Usar somente água limpa e sem impurezas para a aplicação. a) Mecanizada A aplicação mecanizada é utilizada em aplicação de área total (com barra) ou nas entrelinhas (conceição). Glifosate em área total ou na entrelinha. - Abastecer o tanque do pulverizador com água passada num filtro de malha de 50 a 100 mm. - Adicionar o produto no tanque do pulverizador e completá-lo com água. Fechar o registro de saída dos bicos e ligar a bomba para homogeneização da calda. O volume de calda deve estar em torno de 120-250 L/ha, dependendo do grau de infestação da área. A dosagem utilizada prevê o uso de 2,0 Kg/ha de Scout. - Aplicar o produto em dias com vento não muito forte e não aplicar em dias chuvosos. Herbicida pré-emergente na linha. - Abastecer o tanque do pulverizador com água passada num filtro de malha de 50 a 100 mm. - Adicionar o produto no tanque do pulverizador e completá-lo com água. Fechar o registro de saída dos bicos e ligar a bomba para homogeneização da calda. Utilizar volume de calda em torno de 120 L/ha-250 L/ha, dependendo do grau de infestação da área. b) Manual - Esta operação é para aplicação de pós-emergente na linha de plantio; 34

- Realizada com bomba costal de 15 ou 20 litros. -Aplicar ao longo da linha de plantio, direcionando-se sobre as plantas daninhas, protegendo a muda do contato com a calda; - Aplicar em dias sem muito vento para evitar deriva sobre as mudas. 4.3.6.1 Controle de aplicação do Herbicida a) Forma mecanizada. - Teste de campo: para medir se a velocidade de trabalho é compatível com a área, deve-se medir cinqüenta metros, em três situações: subida, descida e no plano (se houver). Colocar a máquina para percorrer esses trajetos com o tanque com meia capacidade de carga, na marcha e rotação de trabalho. - Volume Gasto l/ha: com uso da proveta coletar a vazão dos bicos, regulando a pressão até atingir a vazão desejada. Para colocar no formulário, coletar a vazão de cinco bicos ao longo da barra, alternadamente e anotar o valor de cada um no formulário, somando-se e calculando- se a média. - Cobertura: verificar a cobertura após 10 dias da aplicação do produto. A cada 5 ha avaliar 5 linhas aleatoriamente e 5 entre-linhas. Medir 30 metros na área aplicada (linha ou entre-linha). Medir a área onde o produto não foi aplicado. Para desvios superiores a ±5% deve-se aplicar ação corretiva b) Forma manual. - Cobertura: Verificar a cobertura após 10 dias da aplicação do produto. A cada 5 ha avaliar 5 linhas aleatoriamente e 5 entre-linhas. Medir 30 metros na área aplicada (linha ou entre-linha). Medir a área onde o produto não foi aplicado. Para os desvios superiores a ±5% aplicar ação corretiva - Plantas Atingidas: a cada 5 ha, avaliar 5 linhas aleatoriamente, e em cada linha 50 plantas. Quando os desvios forem superiores a ±5% aplicar ação corretiva 35

- Volume Gasto L/ha: colocar cinco colaboradores para aplicar 150m² cada um e marcar o gasto de cada um. Registrar no formulário o gasto de cada colaborador. Calcular a média dos cinco dados. Quando os desvios forem superiores a ±5% aplicar ação corretiva. 4.3.7 Plantio e replantio - Verificar e aferir o equipamento de plantio; - Alguns cuidados devem ser tomados como: - Abrir somente a cavidade onde será plantada a muda; - Posicionar as mudas de forma sempre ereta; - Pressionar a terra ao redor da muda, podendo ser utilizada a ponta da botina, evitando assim a formação de bolsas de ar. - Para a demarcação de espaçamento entre as plantas pode ser utilizado gabarito na base da plantadeira, este gabarito pode ser uma corrente. Esta corrente deve ter o comprimento mínimo de 2,5 metros, sendo que deve ser ajustada também para 2,0 metros quando necessário. Observando que atualmente a empresa utiliza estes dois espaçamentos (2,0 m e 2,5 m entre mudas). - Utilizar um limitador de profundidade na plantadeira para assegurar que não se enterre o coleto das mudas. 4.3.7.1 Avaliação da qualidade do plantio A cada 5 ha de efetivo plantio avaliar 100 plantas realizando a amostragem da seguinte forma: - Escolher aleatoriamente uma linha plantada e avaliar 10 plantas; - Passar para outra linha escolhida aleatoriamente e avaliar mais 10 plantas; 36

- Continuar estes passos, seguindo a diagonal do talhão até a contagem de 100 plantas, ou seja, 10 linhas, de forma a amostrar todo o talhão. Avaliar para cada planta as seguintes não conformidades: - Substrato exposto e coleto afogado; - Muda danificada, deitada e mal fixada; a) Espaçamento entre plantas Avaliar a distância entre 100 mudas a cada 5 ha. Sendo 10 mudas por linha em 10 linhas (linhas escolhidas aleatoriamente). Calcular o numero médio de não conformidade, se este for superior a ±5% estabelecer ação corretiva para corrigir a distância. Esse intervalo deve ter 25 metros para mudas de clone e 20 metros para mudas de semente. b) Avaliação de sobrevivência A cada um ha de efetivo plantio avaliar 100 plantas realizando a amostragem da seguinte forma: - Escolher aleatoriamente uma linha plantada e avaliar 10 plantas; - Passar para outra linha escolhida aleatoriamente e avaliar mais 10 plantas; - Continuar estes passos, seguindo a diagonal do talhão até a contagem de 100 plantas, ou seja, 10 linhas, de forma a amostrar todo o talhão. - Verificar o número de mudas vivas e mudas mortas, apontando a causa da ocorrência da falha. Calcular a % de falhas. Quando esse percentual for maior que 2%, deve-se efetuar o replantio. 4.3.8 Irrigação chuva. Atividade realizada em períodos de plantio com solo seco e sem previsão de 37

- Irrigar as mudas, na quantidade de água recomendada (2,5 a 4 L / planta) - A primeira irrigação deve ser efetuada após o plantio ou conforme avaliação, e as demais irrigações quando as plantas apresentarem indícios de estresse hídrico. - Alguns cuidados devem ser tomados: - Evitar o afogamento do coleto; - Evitar direcionar o jato da água exatamente sobre as mudas; - Evitar que a operação exponha o substrato das mudas. 4.3.8.1 Controle na irrigação Para avaliar a qualidade da irrigação deve-se avaliar 100 plantas a cada 5 ha, realizando a amostragem da seguinte forma: - Escolher aleatoriamente uma linha irrigada e avaliar 10 plantas; - Passar para outra linha escolhida aleatoriamente e avaliar mais 10 plantas; - Continuar estes passos, seguindo a diagonal do talhão até a contagem de 100 plantas, ou seja, 10 linhas, de forma a amostrar todo o talhão. Avaliar para cada planta as seguintes não conformidades: - Mudas assoreadas; - Mudas com substrato exposto; - Escorrimento de água fora da bacia. Quando o número médio de não conformidade for superior a ±5% de desvio padrão, estabelecer ação corretiva de forma a eliminar o problema. a) Controle de quantidade de água na irrigação. - A cada 5 ha de área irrigada coletar e verificar, com auxílio de um balde graduado, o volume de água aplicado nas plantas durante a irrigação. 38

- Avaliar o volume de água aplicado em 5 plantas consecutivas na linha de plantio, para cada mangueira de irrigação. Quando o número médio de não conformidade for superior a ±5% de desvio padrão, estabelecer ação corretiva de forma a eliminar o problema. 4.3.9 Adubação a) Adubação de arranque Operação realizada manualmente com adubadeira costal ou matracas com utilização de medidas (doses) de acordo com a recomendação. - Verificar e regular o dosador aplicador; - Aplicar o fertilizante em duas covetas laterais, obedecendo à recomendação técnica. - A aplicação do fertilizante nas covetas deve ser de 15-20 cm de distância da muda. b) Adubação de cobertura - A adubação de cobertura, com 100 g/planta de NPK, mais micronutrientes, deverá ser realizada aos 3 meses de idade, manual ou mecanicamente, na área de cobertura da copa das plantas. 4.3.9.1 Controle de adubação Para avaliar a distância do adubo da planta e a incorporação deve-se avaliar 100 plantas a cada 10 ha, realizando a amostragem da seguinte forma: - Escolher aleatoriamente uma linha adubada e avaliar 10 plantas; - Passar para outra linha escolhida aleatoriamente e avaliar mais 10 plantas; 39

- Continuar estes passos, seguindo a diagonal do talhão até a contagem de 100 plantas, ou seja, 10 linhas, de forma a amostrar todo o talhão. a) Distância do adubo a planta: Registrar o total de distâncias fora do padrão recomendado. Calcular o desvio-padrão, sendo que quando este for superior a ±5% ação deve-se prever corretiva. b) Incorporação do adubo: registrar a quantidade de plantas com adubo exposto. Desvios acima de ±5%, prever ação corretiva c) Dosagem: a cada 10 ha escolher 5 colaboradores e coletar 20 amostras cada. Calcula-se a média por colaborador. Quando o desvio-padrão for superior a ±5%, prever ação corretiva. 5. RESULTADOS, DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Está evidenciada a expansão da silvicultura brasileira em praticamente todas as regiões do país, além dos inúmeros benefícios proporcionados pela atividade. Esta pode ser destacada também, como uma das atividades que apresentam as melhores técnicas do bom manejo, comparando-se com os outros segmentos do agronegócio. O estado do Rio Grande do Sul possui uma extensão territorial de aproximadamente 28.000.000 de hectares e uma área com aptidão para plantações florestais de 1.000.000 de hectares o que corresponde a aproximadamente 3% do estado, onde deste montante apenas 443.000 hectares estão sendo cultivados. Apesar da grande disponibilidade de terras para a instalação de novos projetos florestais no estado houve um recuo por parte dos investidores devido às políticas públicas, movimentos sociais e ONG s, os quais têm provocado restrições, criando um quadro de incertezas e insegurança quanto à longevidade dos projetos. Considerando as constantes pressões sofridas pelo setor evidencia-se a necessidade de um processo de divulgação dos reais impactos sociais, econômicos e ambientais da silvicultura para a sociedade como um todo, trabalho este que deveria ser realizado em conjunto pelas empresas florestais, universidades, órgãos públicos e meios de comunicação e extensão. 40

As empresas florestais ao longo do país têm, em sua maioria, adotado como política de gestão a atuação nas áreas estratégicas do seu negócio e o foco no produto final. Desta forma as atividades ligadas à execução operacional de implantação, manutenção, colheita e transporte da madeira são repassadas para empresas de prestação de serviços de alto desempenho, propiciando a garantia de um produto de alta qualidade e custos efetivamente competitivos. Neste cenário a Florestadora Nativa vem contribuindo sistematicamente para a consolidação da silvicultura ao longo do estado do Rio Grande do Sul principalmente na fronteira oeste do estado. O foco na gestão das operações e logística e o comprometimento social com os seus colaboradores e a comunidade merecem destaque nas considerações finais deste relatório. Outro aspecto extremamente relevante é a garantia de contratos com escala de produção, principalmente quando se trata da perenidade destes a médio e longo prazo, o que implica diretamente na capacidade de investimento e estabilidade financeira da empresa. A convivência com a realidade operacional é de extrema importância para a formação dos alunos da UNIPAMPA, apesar desta evidência percebemos uma grande distância entre a instituição e as empresas do setor. Este cenário pode ser revertido através da elaboração de uma política de acordos e convênios aplicável aos anseios da instituição, das empresas e principalmente promover à consolidação do conhecimento acadêmico agregado ao início da vivência profissional para os alunos. 41

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAF, Anuário Estatístico 2010. Disponível em http://www.abraflor.org.br. Acesso em: 17/03/2011. ANEFALOS, L. C.; GUILHOTO, J. J. M. Estrutura do mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais. Agricultura em São Paulo. São Paulo, n. 50, v. 2, p. 41-63, 2003. ANGHINONI, I; BISSANI, C.A. Correção da acidez do solo. In: BISSANI, C.A. et al. (Org.). Fertilidade dos solos e manejo da adubação de culturas. Porto Alegre: Gênesis, 2004. p. 153-165. ALVES, M.K.L.; FERREIRA, O.O. Avaliação da etapa de derrubada e processamento de eucalipto para celulose. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 8, n. 1, p. 23-34. 1998. ALVES, M.K.L.; FERREIRA, O.O. Avaliação da etapa de descasque de toretes de eucalipto para polpa. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 8, n. 1, p. 1-12. 1998. ANTONÂNGELO, A.; BACHA, C. J. I. As fases da silvicultura no Brasil. Revista Brasileira de Economia, v. 52, n. 1, p. 207-238, 1998. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MADEIRA PROCESSADA MECANICAMENTE ABIMCI. 2007. Estudo Setorial 2007: Indústria de Madeira Processada Mecanicamente. Disponível em: <http://www.abimci.com.br/importancia_setor.html>. Acesso em: 17/03/2011. BALONI, E.A.; SIMÕES, J.W. Implantação de povoamento florestais com espécies do gênero Eucalyptus. Circular técnica. Piracicaba, n. 60, agosto de 1979. 14p. BRASIL, Lei Federal (1965). Código Florestal Brasileiro Lei nº 4771, DF: Congresso Federal, 1965. BRASIL, Decreto lei 5.106 (1966). Dispõe sobre incentivos fiscais concedidos a empreendimentos florestais, DF: Congresso Federal, 1966. FERREIRA, M. Escolha de espécies de eucalipto. Piracicaba: ESALQ, 1979. 30p. (Circular Técnica IPEF, 47). GONÇALVES, J.L.M.; STAPE, J.L.; BENEDETTI, V. et al. Reflexos do cultivo mínimo e intensivo do solo em sua fertilidade e na nutrição das árvores. In: BENEDETTI, V.; GONÇALVES, J.L.M. (Ed.). Nutrição e fertilização florestal. Piracicaba: IPEF, 2004. JAQUITIBA FLORESTAL. Controle de Qualidade. 2007. Disponível em: <http:// www.jequitibaflorestal.com.br/qualidade.asp. Acesso em: 12/04/2011. LIMA.W.P. Impacto ambiental do eucalipto. 2. ed. São Paulo: USP, 1996. 302p. 42

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