Efeito da terapia por contensão induzida em paciente com hemiparesia secundária ao acidente vascular encefálico (AVE)

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Transcrição:

FACULDADE FASERRA Pós-Graduação Neurofuncional Rosicleia Lima de Sousa Efeito da terapia por contensão induzida em paciente com hemiparesia secundária ao acidente vascular encefálico (AVE) Manaus 2017

Rosicleia Lima de Sousa Efeito da terapia por contensão induzida em paciente com hemiparesia secundária ao acidente vascular encefálico (AVE) Trabalho de conclusão de curso apresentado á Pós Graduação em neurofuncional, faculdade FASERRA, como pré requisito para a obtenção do titulo de especialista, sob a orientação do professor: Flaviano Gonҫalves Lopes de Souza. Manaus 2017

Efeito da terapia por contensão induzida em paciente com hemiparesia secundária ao acidente vascular encefálico (AVE) Rosicleia Lima de Sousa¹ Cleialima.sousa@gmail.com Flaviano Gonҫalves Lopes de souza² Pós-Graduação Neurofuncional Faculdade FASERRA Resumo O acidente vascular encefálico (AVE) e caracterizado por um mal subido com mais de 24 horas de duração, apresentando perturbação da função cerebral, a sequela mais comum apresentada por paciente acometido de ave e a hemiparesia a qual acomete um lado do corpo, levando o individuo ao comprometimento de suas atividades de vida diária. Objetivo do trabalho e verificar o efeito da terapia por contensão induzida (TCI) na recuperação da função do membro superior de pacientes com sequelas de ave com hemiparesia. A TCI consiste em treinamento intensivo, prático e com repetições funcionais do membro superior acometido, enquanto usa-se uma contensão no membro não acometido. Este trabalho foi realizado com base em revisão bibliográficas, utilizando artigos publicados nas bases de dados LILACS, Scielo, PubMed, foram selecionados 32 artigos científicos, mas utilizados somente 18. A pesquisa resultou em número expressivo de publicações abordando o uso da terapia por contensão induzida na reabilitação de indivíduos com sequelas de AVE, as quais mostraram resultados significativos nas habilidades motoras do membro superior, confirmando a eficiência da técnica utilizada isoladamente ou em conjunto com outras abordagens. Palavras-chave: fisioterapia, Hemiparesia, terapia por contensão induzida. ¹ Pós-graduando em Fisioterapia Neurofuncional. ² Orientadora: Fisioterapeuta, pós graduado em cardiopulmonar

3 1. Introdução A Organização Mundial da Saúde define Acidente Vascular Encefálico (AVE) como um episódio de início rápido e abrupto, de origem vascular, que reflete em uma perturbação focal ou generalizada da função encefálica, excluindo deficiências isoladas e persistindo por mais de 24 horas. O diagnóstico é confirmado por exames clínicos, tomografia computadorizada e ressonância magnética. O Acidente Vascular Encefálico (AVE) pode ser definido como o rápido desenvolvimento de sinais clínicos, com sintomas durando mais de 24 horas, levando à morte ou gerando incapacidade neurológica. Os sinais e sintomas incluem ataxia, crises convulsivas, hipoestesia, falta de coordenação, cefaléia, dentre outros, porém um dos mais incapacitantes é a hemiparesia, caracterizada pela fraqueza de um hemicorpo². O Acidente Vascular Encefálico (AVE), anteriormente denominado Acidente Vascular Cerebral (AVC), é a terceira causa de morte mundial, precedida apenas pelas cardiopatias em geral e pelo câncer. Este evento é definido como uma interrupção do fluxo sanguíneo para o encéfalo, ocasionando danos na função neurológica. Apresenta-se como a principal causa de incapacidade a longo prazo; os sobreviventes geralmente vivem de um a oito anos após o AVE e a maioria experimenta diferentes graus de deficiência crônica, que limitam as suas capacidades funcionais e cognitivas, afetando as Atividades da Vida Diária (AVD)³. A Terapia por Contensão Induzida (TCI) "Constraint-induced Movement Therapy", também conhecida como Técnica de Restrição, é uma nova terapêutica que visa recuperar a função do membro superior (MS) parético de pacientes com sequelas motoras de lesões encefálicas adquiridas por meio de treinamento intensivo e uso de uma restrição, luva ou tipoia, no MS não-parético durante 90% do dia4. A Terapia por Contensão Induzida (TCI) e uma técnica de reabilitação derivada da neuropsicologia que tem como objetivo recuperar a função do membro superior acometido por uma lesão. A técnica foi desenvolvida por Edward e colaboradores na Universidade do Alabama (UAB) em Birmingham, nos EUA, e fundamentada em três pilares: treino intensivo com repetição, restrição do membro superior não afetado pela lesão e um pacote de métodos comportamentais, também denominado pacote de transferência (PT), que visam a transferência dos ganhos obtidos para fora do ambiente terapêutico 5. Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão de artigos que mostram a eficácia da terapia por contensão induzida na melhora do uso do membro superior acometido por sequelas de ave. 1. Referencial Teórico

4 O acidente vascular encefálico (AVE) é um quadro neurológico agudo, de origem vascular, que afeta a função cerebral com grande repercussão funcional. Dentre suas principais repercussões estão as disfunções de controle postural, que diminuem a independência do indivíduo. A abrangência do comprometimento motor pós-ave exige programas de reabilitação desafiadores ao paciente a fim de trabalhar e restabelecer conexões cerebrais para promoção da função. O sucesso desses programas está vinculado à adesão do paciente 6. Os principais fatores de risco do AVE incluem hipertensão arterial sistólica ou diastólica, hipercolesterolemia, tabagismo, diabetes mellitus, consumo elevado de álcool, sedentarismo, estresse e uso de anticoncepcionais orais, sendo evidente a falta de adesão ao tratamento e/ou a modificação de hábitos 1. Ao sofrer um episódio de AVE, o indivíduo passa por um momento flácido, onde o sistema nervoso tenta se reorganizar após um período de processo inflamatório intenso. Passadas as fases aguda e subaguda, em geral, o indivíduo apresenta as características clássicas de lesão de neurônio motor superior (LNMS), havendo nesse momento várias alterações no sistema musculoesquelético. A síndrome de LNMS ocorre quando há envolvimento do sistema motor cortical composto pelo neurônio motor superior, suas vias e conexões. Suas características têm sido descritas como fenômenos positivos (com comportamento anormal: hiperreflexia, espasticidade), negativos (com deficiência na ativação muscular, controle motor e desempenho: fraqueza muscular, perda de destreza) e adaptativos (mudanças adaptativas no sistema neural, tecido muscular e conectivo, gerando padrões motores alterados e hipertonia) 7. A hemiparesia é o déficit mais comum, afetando mais de 80% dos pacientes na fase aguda e mais de 40% deles cronicamente. Além disso, o AVE é considerado o principal causador de incapacidade funcional no ocidente, provocando, principalmente em idosos, alterações na capacidade de desempenhar atividades cotidianas 8. A deficiência motora determina uma sequela, denominada hemiplegia, que consiste em um estado físico de um hemicorpo. É denominada plegia em virtude da paralisia total e, quando ocorre a paralisia motora parcial, é denominada paresia. Isso ocorre em razão da lesão do neurônio motor superior. A hemiplegia, ou paresia, é um dos maiores problemas enfrentados pelos pacientes que sofreram AVE. Esse distúrbio pode causar redução de estabilidade, que é definida pela máxima distância que o indivíduo pode suportar o seu peso em alguma direção sem perda do equilíbrio 1. Várias escalas foram desenvolvidas para avaliar as condições sensório-motoras e funcionais de paciente que sofreram AVE. Tais escalas podem ser utilizadas na prática da reabilitação,

5 em pesquisas para diagnósticos e prognósticos e resposta a tratamentos. Esses instrumentos de avaliação são auxiliares na mensuração do nível de comprometimento do paciente, desde as funções sensório-motoras até a capacidade funcional e qualidade de vida, e evitam a subjetividade do auto-relato e a heterogeneidade de medida. Em relação à função do membro superior, tais escalas podem fornecer informações genéricas sobre essa função em um contexto de atividade, bem como serem específicas à estrutura e desempenho do membro superior 9. A função normal do membro superior inclui a capacidade de alcance direcionado, preensão e manipulação de objetos. Tais componentes formam a base da capacidade motora requerida para a realização das atividades de vida diária (AVD) com eficiência. Apenas 50 a 70% dos indivíduos que sobreviveram a um acidente vascular encefálico (AVE) adquirem independência funcional. A função motora mais comumente afetada nesses indivíduos é a do membro superior. A função do braço é alterada em um primeiro momento em 73 a 88% dos sobreviventes, sendo que 55 a 75% continuam com alteração na função, dificultando as AVD durante três a seis meses após o AVE 9. Pesquisas têm mostrado que a TCI pode melhorar satisfatoriamente a quantidade e a qualidade de uso da extremidade acometida de pacientes crônicos após acidente vascular encefálico, tanto em laboratório e na prática clínica 8. A WMFT foi inicialmente desenvolvida para avaliar os efeitos da Terapia de Contensão Induzida (TCI) em indivíduos com hemiparesia. A versão original era composta por 21 tarefas ordenadas de acordo com as articulações envolvidas (do ombro até os dedos) e nível de dificuldade (da atividade motora grossa para fina), avaliando a função do MS por meio de um ou múltiplos movimentos articulares e tarefas funcionais. Esse teste foi posteriormente modificado para uma versão com 17 tarefas sequenciadas para simplificação de aplicação. O WMFT avalia a velocidade de execução da tarefa através do tempo, quantifica a qualidade de movimento por meio de uma escala de habilidade funcional e mede a força de preensão e de flexão de ombro em duas tarefas específicas 12. A EHF consiste em uma escala com seis níveis, em que "zero" indica nenhuma tentativa de movimentar o MS que está sendo testado, e "cinco" indica que o movimento parece ser normal. Na versão original, os indivíduos são pontuados de acordo com a observação de alguns aspectos do movimento anormal, tais como: incoordenação entre os segmentos, déficit de coordenação fina, fluidez ou precisão, lentidão na execução da tarefa e dificuldade para atividades de resistência. Apesar de já existirem testes de avaliação do MS parético em pacientes com hemiparesia traduzidos e adaptados para a língua portuguesa, o WMFT é o

6 único que combina medidas de tempo e qualidade de execução do movimento tanto em movimentos isolados de articulações específicas como em tarefas funcionais complexas, sendo uma avaliação aplicável para pacientes com diversos níveis de acometimento. Os outros testes amplamente utilizados e validados no Brasil, como o Test d'évaluation des Membres Supérieurs de Personnes Âgées (TEMPA) e o Fugl-Meyer, avaliam apenas a função ou componentes de movimento, respectivamente 12. As escalas funcionais são utilizadas na prática da reabilitação para diagnósticos, prognósticos e resposta a tratamentos. As escalas Wolf Motor Function Test (WMFT) e Fugl-Meyer Assessment (FMA) são instrumentos amplamente citados na literatura 12. Desenvolvida por Fugl-Meyer et al. a FMA foi o primeiro instrumento quantitativo para mensuração sensório-motora da recuperação pós AVE, e é, provavelmente, a escala mais conhecida e utilizada para a pesquisa e prática clínica. A FMA caracteriza-se como um sistema de pontuação numérica acumulativa que avalia seis aspectos do paciente: a amplitude de movimento, dor, sensibilidade, função motora da extremidade superior e inferior e equilíbrio, além da coordenação e velocidade. A avaliação motora inclui mensuração do movimento, coordenação e atividade reflexa de ombro, cotovelo, punho, mão, quadril, joelho e tornozelo. Esta escala tem um total de 100 pontos para a função motora normal, em que a pontuação máxima para a extremidade superior é 66 e para a inferior 34 12. 2. Metodologia Este estudo foi realizado através de revisão bibliográfica, foram utilizadas as seguintes bases de dados como livros didáticos de fisioterapia, e bases de dados disponíveis na internet como a biblioteca virtual Scielo, PubMed, Biblioteca Virtual em saúde, LILACS. Para realizar essas buscar foi necessário a utilização das palavras chaves AVE, Acidente vascular Encefálico, Hemiparesia. Foram utilizados 18 artigos e livros nesta pesquisa. Os artigos foram analisados em relação ao ano de publicação, metodologia, testes utilizados para mensurar o ganho motor do MS parético, conclusão dos autores e país de origem. 3. Resultados e Discussão Existe hoje um grande número de abordagens para o tratamento fisioterapêutico após um AVE. Desde os anos 80, tem se destacado a importância da aprendizagem motora, particularmente por meio da abordagem da aprendizagem ou reaprendizagem motora, que propõe a prática ativa de tarefas motoras contexto-específicas com apropriado feedback.

7 Além disso, tem sido enfatizada a necessidade de basear a fisioterapia neurológica em pesquisa cientifica em áreas relevantes, tais como a neurociência, biomecânica, fisiologia do exercício e na testagem dos resultados para que se desenvolva uma fisioterapia baseada em evidência 12. Hoje existem várias terapias de reabilitação com êxito comprovado. E uma das terapias que têm demonstrando grandes resultados é a Terapia por Contensão Induzida (TCI), que tem como foco principal a desprogramação do desuso motor e não apenas da disfunção motora, manifestada pelo indivíduo hemiparético. Nesta terapia, o paciente tem seu membro não afetado imobilizado durante 90% do tempo em que permanecer acordado, recebe sessões de terapias para treino do uso do membro superior parético e é estimulado a reproduzir os movimentos nas suas AVDs. Esta terapia baseia-se no fundamento de que o uso forçado do membro superior parético irá favorecer o aprendizado motor. Desta forma, são características dessa técnica de tratamento, o uso máximo do membro afetado, a inserção do sujeito em atividades funcionais e cotidianas e a restrição do membro superior saudável nas tarefas do dia a dia 15. Atualmente o protocolo mais utilizado da TCI é o de duas semanas consecutivas, com 6 horas diárias de prática supervisionada "shaping procedures e task pratice", com o uso de uma restrição durante 90% do dia e realização do pacote de transferência, que consiste no contrato comportamental, aplicação diária da avaliação "Motor Activity Log" e prática de exercícios domiciliares. Esta terapêutica tem-se mostrado eficaz em estudos envolvendo populações com AVC, traumatismo crânio-encefálico, paralisia cerebral e em estudos que envolvam técnicas de imagem para comprovar a reorganização cortical 4. A TCI e uma técnica da reabilitação neurológica comportamental que objetiva a melhoria dos déficits resultantes de diferentes lesões no SNC através do aprendizado e aperfeiçoamento motor. Os efeitos da TCI na reabilitação funcional do membro superior mais acometido estão vinculados a reorganização cortical uso-dependente, ao aumento da área cortical motora, redução das demandas metabólicas associadas a movimentação e a superação do fenômeno descrito como não uso aprendido 5. Os artigos do GC mostraram que o tempo na realização nas atividades é diminuído após a terapia por contensão induzida, e que este tempo, apesar de aumentar após um intervalo de tempo do tratamento, se mantêm menor do que o tempo gasto antes da terapia (pós-teste). Como a função e a qualidade do movimento também seguem resultados semelhantes, porém em alguns casos houve melhora dos escores de qualidade de movimento após um intervalo de

8 tempo decorrente do tratamento, o que é uma evidência de que o paciente continua a realizar os movimentos após o tratamento e assim a melhora na qualidade do uso 15. Os artigos também evidenciam que, talvez, seja necessária uma manutenção da TCI, pois mesmo os pacientes não retornando à pontuação do pré-teste obtiveram um declínio desta pontuação, que em hipótese, poderia ser melhorada com a manutenção do tratamento 15. O treinamento intensivo e o uso forçado do membro superior parético, realizado na TCI, promovem uma reorganização cortical uso dependente. A reorganização cortical estimulada pela prática da TCI explica a permanência dos ganhos no grupo da TCI 11. Diversos estudos relatam a permanência nos ganhos obtidos na função do membro superior em pós-testes em períodos de 2 semanas a 2 anos através da aplicação da TCI, assim como no presente estudo 11. Um estudo 20 que comparou 13 pacientes com AVC, divididos em 2 grupos: o primeiro para tratamento com TCI e o segundo grupo, controle, utilizou a escala de Fulg-Meyer e a ressonância magnética como parâmetros de avaliação. Os pacientes submetidos ao tratamento com TCI exibiram melhoria significante no desempenho motor do membro afetado e maior ativação dos hemisférios cerebrais bilateralmente após a intervenção, especialmente contralateral a lesão, durante o movimento do membro acometido, outros autores afirmam que após a aplicação da TCI em hemiparéticos, leva a melhora na pontuação da EFM associada a ativação cortical de membro superior na ressonância magnética funcional. Concordando com os achados deste estudo, em que o grupo de pacientes submetidos ao TCI, obteve melhora no comprometimento motor pós-avc, após 4 meses de tratamento com frequência semanal de 3 dias com 30 minutos de duração. Similarmente, outros estudos que se utilizaram da terapia de contensão induzida na motricidade de membro superior de pacientes hemiparéticos após AVC, através de outras escalas avaliativas como o Teste de função motora de Wolf, verificaram melhora estatisticamente significante no comprometimento motor após a terapia 17. Os pacientes hemiparéticos por AVC com prejuízos na capacidade motora e atividades funcionais de membro superior, apresentam redução nas amplitudes de movimento do membro superior devido à hemiparesia. Em nosso estudo houve um ganho de amplitude de movimento do membro superior parético estatisticamente significativo em todos os grupos. Confirmado pelas bases da neurofisiologia e neuroplasticidade a respeito da reorganização do mapa cortical motor, principalmente em relação à maior representação cortical de membro superior no homúnculo de Pienfield, o que favorece a neuroplasticidade e brotamento neuronal após uma lesão diante de técnicas que estimulam a aprendizagem motora pela

9 repetição e execução da tarefa funcional, promovendo assim maiores resultados através de atividades funcionais que promovam maior ênfase na mobilidade desta articulação. Em outro estudo 24 foi aplicado o TCI em 20 pacientes hemiplégicos crônicos após AVC, durante 2 semanas, com restrição diária associado ao treino funcional repetitivo do lado comprometido, e verificou melhora na ADM do membro superior comprometido, na espasticidade e na funcionalidade de membro superior, que se manteve após 6 meses de seguimento follow-up 17. Esta pesquisa demonstrou os ganhos que os pacientes obtiveram durante as duas semanas de atendimento e após o período de 1 mês após o término do mesmo, mostrando assim a importância da utilização da TCI, mesmo de forma adaptada, como utilizado nesse estudo. A TCI é uma técnica inovadora no conceito de reabilitação do membro superior hemiparético, porém devem ser estabelecidos critérios para a seleção dos pacientes para que eles possam ser beneficiados. Uma das explicações para o sucesso dessa terapia é a possibilidade da reorganização cortical que reflete tanto em um aumento na excitabilidade dos neurônios já envolvidos em inervação dos movimentos da mão mais afetada ou aumento no tecido neuronal excitável no hemisfério lesionado 10. O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência da TCI na funcionalidade do membro superior parético em indivíduos com AVE. Os resultados mostraram diferença significativa nas avaliações pré e pós-tratamento da MAL, na quantidade e na qualidade do movimento, assim como no teste WMFT que demonstrou diferença significativa para o tempo e para qualidade de movimento. Esses dados caracterizam uma melhora significativa na funcionalidade do membro superior parético nesses pacientes. Nossos resultados corroboram estudos que demonstraram melhora na funcionalidade do membro superior acometido em pacientes após AVE com o tratamento com a TCI. Estudos demonstram que essa melhora na funcionalidade parece ser consequência da reversão do não uso aprendido e da reorganização cortical uso-dependente 8. Pesquisas têm mostrado que a TCI pode melhorar satisfatoriamente a quantidade e a qualidade de uso da extremidade acometida de pacientes crônicos após acidente vascular encefálico, tanto em laboratório e na prática clínica. Os resultados foram replicados em diferentes países, com diferentes serviços de sistemas de saúde. Além disso, atualmente a TCI é tema de um ensaio clínico multicêntrico nacional nos Estados Unidos 8. 4. Conclusão Este presente estudo pode evidenciar que a terapia por contensão induzida foi eficaz na melhora da habilidade funcional do membro superior acometido de AVE. O estudo mostrou

10 que o protocolo de 3 horas/dia, atualmente sugerido pelos criadores da terapia, mostrou-se adequado na aplicação com pacientes com desuso no membro afetado. Sugere-se a realização de novas pesquisas equivalentes na área utilizando o mesmo protocolo de aplicação da técnica. 5. Referências 1. BARCALA, Luciana; COLELLA, Fernanda; ARAUJO, Salgado A; OLIVEIRA, Claudia s. Análise do equilíbrio em pacientes hemiparéticos após o treino com o programa Wii Fit. 2011 2. MIRANDA, Gilza N; MELO, Renata A. Aplicação do protocolo modificado da terapia de restrição e indução ao Movimento em paciente com acidente vascular encefálico: estudo de caso. 2013 3. COSTA, Tatiana F; GOMES, Thayris M. Acidente vascular encefálico: características do paciente e qualidade de vida de cuidadores. 2016 4. SILVA, Lidiane A; TAMASHIRO, Venessa; ASSIS, Rodrigo D. Terapia por contensão induzida: revisão de ensaios clínicos. 2010 5. MARQUES, Rafaela N; MAGESTO, Amanda; GARCIA, Rafael. Efeitos da terapia por contensão induzida nas lesões encefálicas adquiridas. 2016 6. PAVAO, Silvia L ; SOUSA, Nara Vanessa da C; OLIVEIRA, Cinthia M; CASTRO, Pedro Cláudio G; SANTO, Maria Cecília M. O ambiente virtual como interface na reabilitação pós-ave: relato de caso, 2013 7. LIMA, Renata Cristina M; Efeitos da adição da restrição de tronco à terapia por contensão induzida modificada em ambiente domiciliar: um ensaio clínico aleatorizado, 2013 8. GIANLORENCO, Anna Carolyna Le, KIRIZAWA, Jociele M, FAGANELLO, Flávia R. Influência da terapia de contensão induzida na funcionalidade do membro superior de indivíduos hemiparéticos. 2013 9. CAVACO, Natália S, ALOUCHE, Sandra R. Instrumentos de avaliação da função de membros superiores após acidente vascular encefálico: uma revisão sistemática, 2010 10. PALAVRO, Eliane Maria B, SCHUSTER, Rodrigo C. Efeitos da Terapia de Contensão Induzida Adaptada na Funcionalidade e Qualidade de Vida de Pacientes Hemiparéticos, 2013 11. SILVA, Flávia Priscila; GONÇALVES, Sterfania; SILVA, Sidney. Terapia de Contensão Induzida Associada à Eletroestimulação Funcional na Paresia de Membro Superior. 2011

11 12. PADOVANI, Cauê; PIRES, Cristhiane Valério G; FERREIRA, Fernanda Pretti C. Aplicação das escalas Fugl-Meyer Assessment (FMA) e Wolf Motor Function Test (WMFT) na recuperaçãofuncional do membro superior em pacientespós-acidente vascular encefálico crônico: revisão de literature. 2013 13. PEREIRA, Natalia D; MICHAELSEN, Stella M; MENEZES, Isabella S. Confiabilidade da versão brasileira do Wolf Motor Function Test em adultos com hemiparesia. 2011 14. OVANDO, Angélica C; MICHAELSEN, Stella M. Treinamento de marcha, cardiorrespiratório e muscular após acidente vascular encefálico: estratégias, dosagens e desfechos, 2010 15. GAMBA, Roberta; CRUZ, Daniel M; Efeitos da Terapia por Contensão Induzida em longo prazo em pacientes pós-avc. 2011 16. FACUNDES, Jennifer S, BINDA, Aline C. Instrumentos de avaliação sensorial pósacidente vascular encefálico (AVE) descritos em português: uma revisão sistemática. 2015 17. SIQUEIRA, Aline O; BARBOSA, Richelma M. Terapia por Contensão Induzida e Treino Mental na Função de Membro Superior Pós-AVC. 2013 18. BRASIL. Ministério da Saúde. Informações de saúde. Disponível em: http://www.datasus.gov.br. Acesso durante o ano de 2017.