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Transcrição:

GOVERNO DA PARAÍBA Secretaria de Estado da Receita Conselho de Recursos Fiscais Processo nº 146.875.2011-1 Acórdão 281/2014 Recurso VOL/CRF 221/2013 RECORRENTE: GOLDEN IMPORTADORA E EXPORTADORA LTDA. RECORRIDA: GERÊNCIA EXEC. DE JULGAMENTO DE PROCESSOS FISCAIS. PREPARADOR: RECEBEDORIA DE RENDAS DE CAMPINA GRANDE. AUTUANTE: JOSELINDA GONÇALVES MACHADO. RELATORA: CONSª. MARIA DAS GRAÇAS D. OLIVEIRA LIMA IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA SOB REGIME DE DRAWBACK. ISENÇÃO CONDICIONADA. REGULARIDADE QUANTO ÀS OBRIGAÇÕES CONSTANTES NO RESPECTIVO ATO CONCESSÓRIO. CONDIÇÃO CUMPRIDA. INEXISTÊNCIA DO ILÍCITO FISCAL DENUNCIADO. AUTO DE INFRAÇÃO IMPROCEDENTE. REFORMADA A DECISÃO RECORRIDA. RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO. A fruição do benefício fiscal da isenção do ICMS incidente nas operações de importação de mercadorias sob o Regime de Drawback está condicionada à observância das exigências previstas no respectivo ato concessório, inclusive a que se refere à efetiva exportação do produto resultante da aplicação da mercadoria importada, de forma que, comprovada a regularidade fiscal quanto ao referido ato, reputa-se insubsistente a denúncia fiscal que pretendeu exigir o pagamento do referido imposto. A C O R D A M os membros deste Conselho de Recursos Fiscais, a unanimidade, e, de acordo com o voto da relatora pelo recebimento do RECURSO VOLUNTÁRIO por regular e tempestivo e, quanto ao mérito, pelo seu PROVIMENTO, para reformar a sentença prolatada na primeira instância, e julgar IMPROCEDENTE o Auto de Infração de Estabelecimento nº 93300008.09.00000581/2011-88, lavrado em 22 de dezembro de 2011, contra a empresa GOLDEN IMPORTADORA E EXPORTADORA LTDA., inscrita no CCICMS sob o nº 16.138.734-9, eximindo-a de quaisquer ônus oriundos desta ação fiscal. Desobrigado do Recurso Hierárquico, na expressão do artigo 84, parágrafo único, IV, da Lei nº 10.094, de 27.09.2013.

Continuação do Acórdão nº 281/2014 2 P.R.E. de 2014. Sala das Sessões Pres. Gildemar Pereira de Macedo, em 29 de agosto Maria das Graças Donato de Oliveira Lima Consª. Relatora Gianni Cunha da Silveira Cavalcante Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros, PATRÍCIA MÁRCIA DE ARRUDA BARBOSA, JOÃO LINCOLN DINIZ BORGES, ROBERTO FARIAS DE ARAÚJO, DOMÊNICA COUTINHO DE SOUZA FURTADO e FRANCISCO GOMES DE LIMA NETTO. Presente a Assessora Jurídica SANCHA MARIA FORMIGA CAVALCANTE E RODOVALHO DE ALENCAR. Assessora Jurídica

Continuação do Acórdão nº 281/2014 3 GOVERNO DA PARAÍBA Secretaria de Estado da Receita Secretaria de Estado da Receita PROCESSO Nº 1468752011-1 Recurso VOL/CRF N.º 221/2013 Conselho de Recursos Fiscais RECORRENTE : GOLDEN IMPORTADORA E EXPORTADORA LTDA. RECORRIDA : GERÊNCIA EXEC. DE JULGAMENTO DE PROCESSOS FISCAIS. PREPARADOR: RECEBEDORIA DE RENDAS DE CAMPINA GRANDE. AUTUANTE(S) : JOSELINDA GONÇALVES MACHADO. RELATORA : CONSª. MARIA DAS GRAÇAS D. OLIVEIRA LIMA IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA SOB REGIME DE DRAWBACK. ISENÇÃO CONDICIONADA. REGULARIDADE QUANTO ÀS OBRIGAÇÕES CONSTANTES NO RESPECTIVO ATO CONCESSÓRIO. CONDIÇÃO CUMPRIDA. INEXISTÊNCIA DO ILÍCITO FISCAL DENUNCIADO. AUTO DE INFRAÇÃO IMPROCEDENTE. REFORMADA A DECISÃO RECORRIDA. RECURSO VOLUNTÁRIO PROVIDO A fruição do benefício fiscal da isenção do ICMS incidente nas operações de importação de mercadorias sob o Regime de Drawback está condicionada à observância das exigências previstas no respectivo ato concessório, inclusive a que se refere à efetiva exportação do produto resultante da aplicação da mercadoria importada, de forma que, comprovada a regularidade fiscal quanto ao referido ato, reputa-se insubsistente a denúncia fiscal que pretendeu exigir o pagamento do referido imposto. Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc... RELATÓRIO Em análise, neste egrégio Conselho de Recursos Fiscais, o Recurso VOLUNTÁRIO interposto em face da decisão monocrática que julgou PROCEDENTE o Auto de Infração de Estabelecimento nº 93300008.09.00000581/2011-88, lavrado em 22 de dezembro de 2011, o qual acusa a empresa acima identificada, GOLDEN IMPORTADORA E EXPORTADORA

Continuação do Acórdão nº 281/2014 4 LTDA., de cometimento da irregularidade abaixo transcrita juntamente com a correspondente nota explicativa: FALTA DE RECOLHIMENTO DO ICMS Falta de recolhimento do imposto estadual. Nota Explicativa - A empresa deixou de cumprir as obrigações referentes ao Ato Concessório nº 20060059338, cuja validade expirou em 27.04.2007. Através do referido ato a empresa efetuou importações DI 06/0463832-3, sob o Regime de Drawback. Constamos que não ocorreu a exportação dos produtos industrializados, contrariando o inciso II, parágrafo único do art. 615 c/c o art. 620 do RICMS/PB. Por considerar infringido o art. 106 c/c os artigos acima citados, todos do RICMS/PB, a autuante procedeu ao lançamento de ofício, exigindo o ICMS no valor de R$ 76.299,61, ao mesmo tempo em que sugeriu a aplicação de multa por infração em igual importe - R$ 76.299,61 -, com base no art. 82, II, e, da Lei nº 6.379/96, perfazendo, ambas as quantias, o crédito tributário no montante de R$ 152.599,22. Documentos instrutórios constam às fls. 6 a 18. Regularmente cientificada do resultado da ação fiscal, em 24.12.2011, consoante atesta o Aviso de Recebimento, de fl. 5-A, a autuada deixou de apresentar defesa, tornando revel, consoante confirma o TERMO DE REVELIA, de fl. 19, datado de 6.2.2011. Após a prestação de informação sobre a inexistência de antecedentes fiscais (fl. 20) e a conclusão dos autos (fl. 21), os mesmos foram remetidos à Gerência de Julgamento de Processos Fiscais, onde foram distribuídos ao julgador fiscal, Anísio de Carvalho Costa Neto, que em seu julgamento decidiu pela PROCEDÊNCIA do auto de infração, conforme a sentença ementada às fls. 27 a 29. Regularmente cientificada da decisão monocrática, conforme atesta o Aviso de Recebimento, de fl. 33, assinado por seu receptor, em 22.3.2013, a empresa recorre tempestivamente a esta Corte de Julgamento, alegando, basicamente, os seguintes fatos: - A empresa obteve suspensão da carga tributária pela importação, utilizando-se do Relatório Unificado de Drawback para informar os documentos registrados no SISCOMEX, tais como o RE Registro de Exportação, a DI Declaração de Importação, e o RES Registro de Exportação Simplificado. - Para provar a observância do Ato Concessório nº 20060059338, colacionase o Termo de Verificação Fiscal, emitido pela equipe de despacho aduaneiro da Secretaria da Receita Federal do Brasil, que certifica a adimplência do referido ato concessório. - Os fatos que originaram a prova da adimplência são os seguintes: emissão do Termo de Intimação nº -36/2008 e notificação, pela Receita Federal, para apresentação de

Continuação do Acórdão nº 281/2014 5 cópia do Ato Concessório nº 20060059338 e do Resumo das Exportações, invoices e até cópia dos BLS - Bill of Landings (conhecimentos de embarque que compõem o manifesto de carga). - Junta-se, ainda, dados da baixa do ato concessório e documento parcial onde insumos foram aplicados pela adimplência do referido ato. Com essas considerações, requer a reforma da decisão monocrática, para que seja reconhecida a adimplência do ato concessório em foco e, por consequência, decretada a insubsistência do libelo basilar ou, no caso de assim não ser entendido, pugna-se pela adoção de diligência, a fim de requisitar à Receita Federal a confirmação do alegado, com vistas a priorizar a verdade material que interessa ao Processo Administrativo Tributário. Acosta documentos às fls. 42 a 46 (Termo de Verificação Fiscal, cópia de Aviso de Recepção). Comparecendo aos autos para apresentar contrarrazões, à fl. 48, a autuante informa que a lavratura do Auto de Infração em foco se baseou nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, segundo os quais a empresa encontrava-se em situação de inadimplência total quanto às obrigações constantes do Ato Concessório, de acordo com o sistema SISCOMEX, administrado pelo referido órgão federal. Adiante, realça que, diante dos elementos apresentados pela empresa, na oportunidade do Recurso Voluntário em tela, a Fiscalização entrou em contato telefônico e via e- mail com a auditora da Receita Federal, que fez o Termo de Verificação Fiscal, e a mesma confirmou a regularidade fiscal da empresa em relação ao Ato Concessório em questão (sic.). 51 a 60. Após esses esclarecimentos, junta cópia do Termo de Verificação Fiscal, às fls. Remetidos a este Conselho de Recursos Fiscais, os autos foram, a mim, distribuídos, segundo critério regimentalmente previsto, para o fim de apreciação e julgamento. Está relatado. VOTO A exigência que motivou o presente contencioso fiscal tem origem na delação fiscal que imputou à autuada a prática ilegal falta de cumprimento das obrigações referentes ao Ato Concessório nº 20060059338 - cuja validade expirou em 27.04.2007 -, visto que, mediante esse Ato, a interessada efetuou importações sob o Regime de Drawback, conforme atestaria a Declaração de Importação nº 06/0463832-3, porém não realizou a exportação dos produtos por ela industrializados, o que teria contrariado o disposto no inciso II, do parágrafo único, do art. 615, c/c o art. 620 do RICMS/PB.

Continuação do Acórdão nº 281/2014 6 Com efeito, os documentos de fls. 9 a 18 comprovam a ocorrência do fato que deu origem à denúncia fiscal, pois a empresa não atendeu à Notificação nº 93300008.12.00006716/2011-79, de fl. 4, através do qual foi intimada a recolher espontaneamente o ICMS referente à mencionada operação. Efetivamente, conforme o art. 2º, 1º, inciso I, do RICMS/PB, o imposto incide também sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade (Lei nº 7.334/03). O fato gerador do ICMS, nessa hipótese de incidência, está delineado no art. 3º, IX, do citado diploma legal, que o considera ocorrido no momento: do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior (Lei nº 7.334/03). Resta claro, pois, a configuração do ICMS Importação no momento descrito na norma supra. Mas, por razões de políticas fiscais e de incentivo ao desenvolvimento desse segmento da economia foi concedido tratamento fiscal mais brando para a importação de mercadorias sob Regime de Drawback, mediante a concessão de isenção do imposto, observadas as condições para fruição de benefício fiscal, conforme se infere do art. 615 do RICMS/PB, ou seja, somente se aplica às mercadorias beneficiadas com suspensão dos impostos federais sobre importação e sobre produtos industrializados, das quais resultem, para exportação, produtos industrializados ou arrolados na lista de que trata a cláusula segunda do Convênio ICMS nº 15/91, de 25 de abril de 1991 (art.615, 1º, I, a e b ). O atendimento à finalidade última do Estado incentivo ao desenvolvimento da economia requer o estabelecimento de medidas assecuratórias do efetivo cumprimento das condições acima, mediante a comprovação de exportação do produto resultante da industrialização da mercadoria importada, conforme a previsão infra: Art.615 (...) 1º... I -... II fica condicionada à efetiva exportação, pelo importador do produto resultante da industrialização da mercadoria importada, comprovada mediante a entrega, à repartição a que estiver vinculado, da cópia da Declaração de Despacho de Exportação DDE, devidamente averbada com o respectivo embarque para o exterior, até 45 dias após o término do prazo de validade do Ato Concessório, do regime ou, na inexistência deste, de documento equivalente, expedido pelas autoridades competentes. 2º. Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se: I - empregada no processo de industrialização, a mercadoria que for integralmente incorporada ao produto a ser exportado;

Continuação do Acórdão nº 281/2014 7 II - consumida, a mercadoria que for utilizada diretamente no processo de industrialização, na finalidade que lhe é própria, sem implicar sua integração ao produto a ser exportado. Considerando as condições acima transcritas, observa-se, a partir do documento de fls. 42 a 45, e da informação prestada pela própria autuante, no contra-arrazoado, de fl. 48, que a recorrente comprovou sua regularidade fiscal relacionada ao Ato Concessório nº 20060059338, inclusive quanto às exportações dos produtos industrializados (vide informações constantes nos documentos de fls. 45 e 53 a 60). Portanto, comprovada a inexistência do ilícito denunciado, não há razão para declarar a subsistência do auto infracional. EX POSITIS, V O T O - pelo recebimento do Recurso Voluntário por regular e tempestivo e, quanto ao mérito, pelo seu PROVIMENTO, para reformar a sentença prolatada na primeira instância, e julgar IMPROCEDENTE o Auto de Infração de Estabelecimento nº 93300008.09.00000581/2011-88, lavrado em 22 de dezembro de 2011, contra a empresa GOLDEN IMPORTADORA E EXPORTADORA LTDA., inscrita no CCICMS sob o nº 16.138.734-9, eximindo-a de quaisquer ônus oriundos desta ação fiscal. 2014. Sala das Sessões Pres. Gildemar Pereira de Macedo, em 29 de agosto de MARIA DAS GRAÇAS D. DE OLIVEIRA LIMA Conselheira Relatora