RESUMO MÍNIMO DE DADOS DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO: QUE REALIDADE? QUE PERSPETIVAS?



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Transcrição:

RESUMO MÍNIMO DE DADOS DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO: QUE REALIDADE? QUE PERSPETIVAS? REABILITAÇÃO GLOBAL VII Encontro de Reabilitação Universidade Fernando Pessoa - Ponte de Lima 8 e 9 junho 2012 fernando petronilho ESE Universidade do Minho 1

DO CAMINHO PERCORRIDO projeto que decorreu no espaço temporal entre 2003 e 2006 parceria entre a ARS Norte e a então ESE S. João (atual ESEP) grupo de trabalho de 25 enfermeiros de diferentes competências e contextos clínicos definir um modelo de RMDE que viabilizasse a produção de indicadores da qualidade do exercício profissional dos enfermeiros produção de mais de 200 indicadores (estrutura, processo, resultado) 2

OS DESAFIOS, O POTENCIAL E AS OPORTUNIDADES Há uma evolução demográfica das populações que implica necessidades em cuidados de saúde claramente identificadas. mais dependentes no autocuidado a necessidade de integrar no dia-a-dia regímenes terapêuticos cada vez mais complexos de promover os processos adaptativos às famílias que integram dependentes fenómenos estes que parecem constituir um grande desafio, mas também um grande potencial e uma oportunidade inquestionável para a ação profissional dos enfermeiros e, em particular, para os enfermeiros especialistas em reabilitação 3

DA REFORMA DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS Definição e contratualização de um conjunto de indicadores de saúde (de resultado) associado à ação profissional autónoma dos enfermeiros (???) 4

A REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS (RNCCI, 2006) como resposta a uma parte substantiva dos desafios que se colocam ao modelo de organização dos cuidados de saúde e das próprias famílias indicadores associados aos processos adaptativos dos familiares cuidadores que monitorizem a sua mestria para tomar conta (???) indicadores focalizados no autocuidado (???) Sistema de Informação da REDE (???) 5

DA EVIDÊNCIA EMPÍRICA Variadíssimos estudos empíricos revelam que as decisões inadequadas, relativamente ao processo de preparação da alta clínica hospitalar e de continuidade de cuidados na comunidade, onde os enfermeiros [reabilitação] devem ter uma ação profissional importante e de grande responsabilidade, têm implicações negativas muito significativas nas transições saudáveis das famílias que integram membros dependentes no autocuidado. (Brereton & Nolan, 2000; Bowles, 2000; Driscoll 2000; Shyu, 2000a; Shyu, 2000b; Henderson & Zernike, 2001; Bowles et al., 2002; Wennman-Larsen & Tishelman, 2002; Coleman et al., 2004; Lucke et al., 2004; Sit et al., 2004; Stoltz, Udén & Willman, 2004; Lage, 2007; Stajduhar & Davies, 2005; Levine et al., 2006; Rotondi et al., 2007; Petronilho, 2007, 2010, 2012; Turner et al., 2007; Pringle et al, 2008; Shyu et al, 2008; Negarandeh et al, 2011). 6

DA RNCCI ARTIGOS 4º (OBJETIVOS) E 6º (PRINCÍPIOS) ressaltam dois conceitos centrais da enfermagem e, muito em particular, da enfermagem da reabilitação: 1. a transição para a dependência no autocuidado (Orem, 2001; Meleis et al 2000, 2010) 2. a transição para o exercício do papel de prestador de cuidados (Schumacher et al, 2000; Shyu, 2000, 2008; Meleis et al 2000, 2010) 7

desígnio dos cuidados de enfermagem desafios que se colocam aos enfermeiros constituam um recurso significativo que permita ajudar as pessoas a vivenciar as transições da forma mais saudável possível considerando que as mudanças ocorridas associadas aos processos de saúdedoença e de desenvolvimento ao longo do ciclo de vida, tornam as pessoas mais vulneráveis e expostas a riscos que potencialmente afetam a sua saúde e o bemestar crucial para a enfermagem, nas diferentes dimensões - prática, gestão, formação e investigação sobre os cuidados de enfermagem sermos capazes de evidenciar junto dos decisores, aos diferentes níveis de gestão, o impacto na saúde e bemestar dos cidadãos PRODUÇÃO DE INDICADORES DA QUALIDADE 8

CONTINUAMOS INCAPAZES DE PRODUZIR INFORMAÇÃO SISTEMATIZADA Quais são as principais necessidades da população [portuguesa] em cuidados de enfermagem [reabilitação] a nível local, regional ou nacional? Quais as respostas que os enfermeiros [reabilitação] oferecem à população face a essas necessidades? Quais os resultados em saúde mais sensíveis aos cuidados de enfermagem [reabilitação]? filipe pereira (2004) 9

IMPORTA CLARIFICAR O CONCEITO RMDE É um conjunto mínimo de dados de itens de informação com definições e categorias uniformes, relacionadas com dimensões específicas de enfermagem que respondem às necessidades de informação de vários utilizadores de dados no sistema de saúde. O RMD inclui os itens específicos de informação que são utilizados de forma regular pela maioria dos enfermeiros em todos os locais de prestação de cuidados (Werley E Lang, 1998; Werley et. Al. 1991) A sua estrutura substantiva, sob o ponto de vista do valor clínico, corresponde aos elementos básicos do processo de enfermagem: DIAGNÓSTICOS, INTERVENÇÕES E RESULTADOS DE ENFERMAGEM 10

RESUMO MÍNIMO DE DADOS (REQUISITOS): Uso de uma linguagem comum classificada de enfermagem Sistemas de Informação de Enfermagem consistentes Sistemas de Informação de Enfermagem integrados nos Sistemas de Informação da Saúde (American Nurses Association - ANA, 1995) 11

RMDE (OS PROPÓSITOS) Traduzir ganhos em saúde sensíveis aos cuidados de enfermagem (indicadores de resultado); Comparar a prática de enfermagem a diferentes níveis; Traduzir as principais necessidades em cuidados de enfermagem (indicadores de processo); Fornecer informação útil para a promoção, definição e avaliação de programas de melhoria contínua da qualidade (6ª categoria dos enunciados descritivos); Disponibilizar informação útil capaz de influenciar as decisões políticas em saúde. filipe pereira (2003) 12

INDICADORES DA QUALIDADE A elaboração de indicadores da qualidade no exercício profissional da enfermagem, independentemente da respectiva natureza ou finalidade, deverá subordinar-se às categorias dos Enunciados Descritivos enfermeiros (OE) de qualidade do exercício profissional dos 1. Satisfação do cliente 2. Promoção da saúde 3. Prevenção de complicações 4. Bem estar e auto cuidado 5. Readaptação funcional 6. Organização dos cuidados de enfermagem 13

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO J1 Cuida de pessoas com necessidades especiais, ao longo do ciclo de vida, em todos os contextos da prática de cuidados; J2 Capacita a pessoa com deficiência, limitação da atividade e ou restrição da participação para a reinserção e exercício da cidadania; J3 Maximiza a funcionalidade desenvolvendo as capacidades da pessoa. Aprovado em Assembleia do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Reabilitação (09/2010) Aprovado em Assembleia Geral Extraordinária (11/2010) 14

PROCESSO DE CUIDADOS DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO (ATIVIDADE DIAGNÓSTICA, PLANEAMENTO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO) DEVE FOCALIZAR-SE... [ ] funcionalidade a nível motor, sensorial, cognitivo, cardio--respiratório, alimentação, da eliminação e da sexualidade[ ] [ ] utiliza escalas e instrumentos de medida para avaliar as funções: cardio - respiratória; motora, sensorial e cognitiva; alimentação; eliminação vesical e intestinal; sexualidade [ ] [ ] Atividades de Vida Diárias (AVD s) [ ] [ ] aspetos psicossociais que interferem nos processos adaptativos e de transição saúde/doença e ou incapacidade [ ] [ ] produtos de apoio (ajudas técnicas e dispositivos de compensação) [ ] 15

PROCESSO DE CUIDADOS DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO (ATIVIDADE DIAGNÓSTICA, PLANEAMENTO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO) DEVE FOCALIZAR-SE... [ ] auto -cuidado e da continuidade de cuidados nos diferentes contextos (internamento / domicílio / comunidade) [ ] conhecimentos sobre legislação e normas técnicas promotoras da integração e participação cívica ; [ ] barreiras arquitetónicas ; [ ] pareceres técnico -científicos sobre estruturas e equipamentos sociais da comunidade ; [ ] indicadores sensíveis aos cuidados de enfermagem de reabilitação para avaliar ganhos em saúde, a nível pessoal, familiar e social (capacitação, autonomia, qualidade de vida) Aprovado em Assembleia do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Reabilitação (09/2010) Aprovado em Assembleia Geral Extraordinária (11/2010) 16

O QUE TEMOS DE GARANTIR PARA DEFINIR UM RMDE REABILITAÇÃO Definir as áreas (focos) sensíveis aos cuidados de enfermagem de reabilitação (a utilização da CIPE como modelo de análise pode ser uma opção ); Definir as intervenções com integridade referencial com as áreas sensíveis aos cuidados de enfermagem de reabilitação; Definir os indicadores da qualidade (estrutura, processo, resultado); Viabilizar a operacionalização dos indicadores (parametrização dos conteúdos/ engenharia informática; utilização de SIE que reúnam os requisitos necessários) ; Consumir a informação produzida pelos indicadores e com base nessa informação, implementar programas de melhoria contínua da qualidade (6ª categoria de enunciados descritivos, OE). 17

RESUMO MÍNIMO DADOS ENFERMAGEM REABILITAÇÃO (RMDER), UMA PROPOSTA POSSÍVEL Processos corporais Processos adaptativos (associado às transições) 18

PROCESSOS CORPORAIS CORE DE FOCOS Limpeza das vias aéreas/expetorar Rigidez articular /Pé equino Úlcera de Pressão Obstipação Terapêuticas de enfermagem: - prevenção de complicações - Conhecimentos e capacidades (MESTRIA) Aspiração Maceração desidratação (CIPE versão 1, 2005) 19

PROCESSOS ADAPTATIVOS (ASSOCIADO ÀS TRANSIÇÕES) CORE DE FOCOS Aceitação do estado saúde (dimensão transversal) Membro da Família Prestador de Cuidados (cuidador informal) Autocontrolo do Padrão respiratório ( cinesiterapia respiratória ) Autocontrolo da incontinência intestinal Autocontrolo da incontinência urinária Capacidade para gerir o regime Terapêuticas de enfermagem: - Conhecimentos e capacidades (MESTRIA) Stress/ Membro da família prestador de cuidados Comunicação (afasias, disartrias) Edifício residencial (barreiras arquitetónicas, acessibilidades à PMC, ) (CIPE versão 1, 2005) 20

PROCESSOS ADAPTATIVOS (ASSOCIADO ÀS TRANSIÇÕES) Autocuidado Cuidar da Higiene Pessoal Arranjar-se Auto elevar-se Transferir-se Virar-se Andar/Usar cadeira de rodas Alimentar-se Usar o Sanitário Terapêuticas de enfermagem: - Conhecimentos e Capacidades (MESTRIA) Produtos de apoio/ Ajudas técnicas Vestir-se ou Despir-se Deglutir/Capacidade para Deglutir (CIPE versão 1, 2005) 21

Taxas médias de utilização de produtos de apoio/ajudas técnicas considerados necessários, por tipo de autocuidado, 3 meses após a alta hospitalar 90 80 70 60 50 40 30 20 10 52,7 13,7 4,3 46,7 64,6 23,5 35,5 46,8 28 77,2 73,6 0 22

QUAIS OS INDICADORES NO RMDE REABILITAÇÃO? Indicadores de estrutura Existência de produtos de apoio/ajudas técnicas por tipo de autocuidado e no domínio da prevenção de complicações (ex. úlceras de pressão) Existência de um Sistema de Informação em Enfermagem [reabilitação] Existência de manual de acolhimento (ex. nos contextos de internamento) Existência de guias informativos (ex. incorporado no processo de preparação do regresso a casa) 23

QUAIS OS INDICADORES NO RMDE REABILITAÇÃO? Indicadores de Processo (traduzem necessidades em cuidados) % de casos de dependência no autocuidado (diferentes tipos de autocuidado) % de casos de úlcera de pressão % de casos de risco de úlcera de pressão Tx de utilização de produtos de apoio/ajudas técnicas 24

QUAIS OS INDICADORES NO RMDE REABILITAÇÃO? Eficácia de diagnóstico (traduzem capacidade de diagnóstico) Taxa de eficácia diagnostica do Risco de Rigidez articular Taxa de eficácia diagnostica do Risco de Aspiração Taxa de eficácia diagnostica do Risco de Úlcera de pressão Taxa de eficácia diagnostica do Risco de Obstipação Taxa de eficácia diagnostica do Risco de Maceração Taxa de eficácia diagnostica do Risco de Desidratação 25

QUAIS OS INDICADORES NO RMDE REABILITAÇÃO? Resultado (ganhos em saúde) Tx eficácia prevenção úlcera pressão Tx eficácia prevenção desidratação Tx eficácia prevenção rigidez articular Tx eficácia prevenção da aspiração Tx eficácia prevenção maceração Tx eficácia prevenção obstipação 26

QUAIS OS INDICADORES NO RMDE REABILITAÇÃO? Resultado (ganhos em saúde, evolução no status diagnóstico) Ganhos em independência no autocuidado Taxa de resolução da Dependência no autocuidado Ganhos em Conhecimento sobre estratégias adaptativas para o autocuidado Ganhos em Capacidade para o autocuidado Ganhos em Conhecimento do MFPC sobre assistir no autocuidado Ganhos em Capacidade do MFPC para assistir no autocuidado 27