LEI COMPLEMENTAR N 17/2017

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Transcrição:

LEI COMPLEMENTAR N 17/2017 INSTITUI O CÓDIGO DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO NO MUNICÍPIO DE TABAPORÃ. Faço saber que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PREMILINARES Artigo 1. Esta Lei disciplina os projetos e a execução de loteamento, desmembramentos e unificações de terrenos no Município de Tabaporã. Parágrafo Único. Para os efeitos desta Lei, considera-se: I. Loteamento. A subdivisão de um terreno em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação de logradouros públicos, ou prolongamento ou modificação das vias existentes; II. Desmembramento. A subdivisão de um terreno em lotes destinados à edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, sem abertura de novas vias ou logradouros públicos, nem prolongamento ou modificações das vias existentes; III. Unificação. A junção de dois ou mais lotes para formarem apenas um imóvel, respeitadas as dimensões mínimas previstas nesta Lei. Artigo 2. A execução de qualquer parcelamento do solo para fins urbanos dependerá sempre de prévia licença e fiscalização municipal, obedecidas as normas desta Lei, da legislação federal n 6.766/79 e legislação pertinente. Artigo 3. O parcelamento do solo para fins urbanos será permitido somente dentro do Perímetro Urbano. Artigo 4. O parcelamento da terra se subordinará às diretrizes das Leis em vigor no aspecto Físico Territorial quanto ao arruamento e à destinação das áreas, de forma a permitir o desenvolvimento urbano integrado. Parágrafo 1. A Municipalidade, poderá limitar a aprovação de parcelamento da terra, para evitar excessivo número de lote e o consequente investimento sub-utilizado em obras de infraestrutura e custeio de serviços, bem como o surgimento de situações que caracterizem degradação ambiental; 1

Parágrafo 2. Para os efeitos do disposto nesta Lei, o parcelamento do solo poderá ser dividido em etapas de execução discriminadas no projeto completo. Artigo 5. Não poderá o parcelamento da terra: I. Em terrenos alagadiços, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas, e em terrenos sujeitos a inundações; II. Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados; III. Em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento); IV. Em terrenos onde as condições geológicas não aconselhem a edificação; V. Em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis. VI. CAPÍTULO II DO PROCESSO DE PARCELAMENTO Artigo 7. O interessado em qualquer projeto de parcelamento, deverá requeres previamente ao Órgão Municipal de Planejamento, através de consulta de viabilidade, as diretrizes a serem obedecidas, de acordo com a legislação vigente. Parágrafo 1. O requerimento será instruído com levantamento planialtimétrico do terreno, com curvas de nível de metro em metro, e indicação dos cursos d água e bosques existentes, além dos arruamentos contíguos a todo o perímetro. Parágrafo 2. As diretrizes urbanísticas fornecidas ao interessado conterão: a) O traçado e faixa de domínio das vias projetada; b) A localização aproximada dos equipamentos urbanos e comunitários e das áreas livres de uso público; c) Os limites das zonas de uso, das faixas sanitárias e das faixas non aedificandi ; d) Dimensões mínimas dos lotes. e) Artigo 8. Com base nas diretrizes fornecidas pela Administração Municipal, e cumpridas as exigências de projeto desta Lei, o interessado elaborará o projeto que será analisado para efeito de liberação do alvará de licença para o início das obras. Parágrafo Único. Não poderá ser aprovado projeto de parcelamento de loteador, seja o proprietário ou o executor do loteamento que possuir outro processo de parcelamento em situação irregular. 2

Artigo 9. O prazo máximo para análise de projetos e expedição do alvará de licença para o início das obras será de 30 (trinta) dias, a contar da data de aceitação do projeto definitivo. Artigo 10. Expedido o alvará de licença para o início das obras, o loteador poderá início às obras, mediante comunicação dirigida à Administração Municipal. Artigo 11. O prazo para execução das obras será de 2 (dois) anos, contados a partir da data do licenciamento, o qual deverá ser anualmente renovado. Parágrafo Único. O loteador que não cumprir prazo disposto neste artigo, ficará sujeito à multa de 20 (vinte) até 50 (cinquenta) unidades fiscais municipais (UFM), reaplicáveis semestralmente até a conclusão da obra. Artigo 12. Uma vez realizadas as obras, e estando quitados os tributos municipais, a Administração Municipal, a requerimento do interessado e após as competentes vistorias, aprovará o parcelamento fornecendo certidão e cópia visada do projeto, a ser averbada no Registro de Imóveis pelo interessado. Parágrafo 1. A Municipalidade poderá aprovar parcelamentos com as obras de infraestrutura incompletas, desde que o loteador ofereça, como garantia de sua execução, imóvel a ser caucionado, em valor correspondente ao das obras a serem executadas, conforme avaliação órgão competente. Parágrafo 2. Caso o imóvel a ser caucionado nos termos do Parágrafo 1, deste artigo faça parte do parcelamento pelo qual está servindo de garantia, ele deverá ser previamente desmembrado, ou a escrituração da caução deverá ser simultaneamente à escrituração do parcelamento. Artigo 13. Depois de aceitas as obras de abertura de um logradouro pela Municipalidade o Prefeito Municipal baixará decreto reconhecendo-o como logradouro público, e dar-lhe-á denominação mediante lei aprovada pela Câmara de Vereadores. Parágrafo Único. Não poderão ser nominadas, nem serão reconhecidas como ruas públicas oficiais os logradouros que não dispuserem da infra-estrutura prevista nesta Lei. Artigo 14. É vedado vender ou prometer vender parcela ou lote de parcelamento não aprovado pela Municipalidade e não registrado no Registro de Imóveis competente, impondo-se a quem o fizer as penalidades da Legislação Federação em vigor. Parágrafo Único. A aprovação mencionada no Caput deste artigo refere-se àquela que é concedida após a execução total do loteamento, e não à concessão do alvará para início das obras. CAPÍTULO III DOS REQUESITOS URBANÍSTICOS Artigo 15. Os loteamentos deverão atender pelo menos aos seguintes requisitos: 3

I. As áreas destinadas ao sistema de circulação, à implantação de equipamentos, urbanos e comunitários, bem como a espaços livres de uso público serão proporcionais à gleba e nunca inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da área loteável; II. As áreas verdes serão no mínimo iguais a 10% (dez por cento) da área loteável, devendo o restante das áreas pública serem destinados a equipamento comunitários e sistema viário; III. Os lotes terão as áreas e testadas mínimas previstas no Anexo desta Lei; IV. Os imóveis urbanos poderão ser desmembrados em 3 (três) parcelas, podendo duas delas serem servidas por servidão particular com a largura mínima de 5 m (cinco metros). V. Na localidade de Texto Alto o lote mínimo terá 1.000 m² (um mil metros quadrados), tanto para loteamentos como para desmembramentos. VI. O comprimento das quadras dos loteamentos não poderá ser superior a 300 m (trezentos metros), devendo o arruamento ser compatível com as ruas existentes e projetadas em seu entorno; VII. Nos imóveis servidos por servidão particular, não poderão ser autorizadas construções em nome de terceiros; VIII. Para imóveis com área acima de 3.000 m² (três mil metros quadrados), a testada aumentará em 1 m (um metro), para cada 1.000 m² (mil metros quadrados de área), limitado a 40 m (quarenta metros) de testada. IX. As áreas públicas (a serem entregues ao Município terão no mínimo 30% (trinta por cento) de seu total em um só perímetro, onde possa ser inscrito um círculo com raio mínimo de 10 m (dez metros), e em terreno com declividade inferior a 30% (trinta por cento); X. As tubulações que não passarem pelas vias públicas terão faixas sanitárias non aedificandi com largura mínima de 3,00 m (três metros). Parágrafo 1. Para os lotes maiores que o previsto no Anexo desta Lei, a testada deverá ser proporcionalmente ampliada. Parágrafo 2. Mediante a autorização da Câmara Municipal, o Executivo Municipal poderá dispor, exclusivamente para fins de utilidade pública, das áreas recebidas nos termos deste artigo. Artigo 16. Aplicam-se aos desmembramentos, no que couber, os requisitos urbanísticos exigidos aos loteamentos, em especial os itens III, VI e IX, exigindo-se ainda área verde na proporção de 10% (dez por cento) da área a ser desmembrada quando esta for superior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados). CAPÍTULO IV DOS PROJETOS DE PARCELAMENTO Artigo 17. O pedido de licença para aprovação do projeto de loteamento e início das obras será instruído com os seguintes documentos: I. Requerimento solicitando licença assinado pelo proprietário e pelo loteador com firma reconhecida; 4

II. Título de propriedade dos terrenos, transcrito no Registro de Imóveis; III. Instrumento de liberação pelo INCRA, quando for o caso; IV. Certidões Negativas de ônus reais, de tributos municipais e de ações civis e criminais, expedidas pelos órgãos competentes; V. Autorização expressa de credor hipotecário, passada em cartório, quando for o caso; VI. Declaração de possibilidade de abastecimento d água potável fornecida pelo órgão competente; VII. Declaração da possibilidade de fornecimento de energia elétrica fornecida pelo órgão competente; VIII. Cópias dos projetos urbanístico e complementares, e memorial descritivo dos mesmos; IX. Cópia da consulta de viabilidade autorizando o loteamento; X. ART do responsável técnico; XI. Laudo geotécnico do loteamento, quando exigido pela Municipalidade. Parágrafo 1. Em caso de loteamento de parte do terreno, as plantas do projeto urbanístico referidas no item VIII, deverão abranger a totalidade do imóvel. Parágrafo 2. O loteamento poderá fazer aprovação preliminar do projeto urbanístico, desde que atenda aos itens I, II, III, VI, VII e IX. Artigo 18. O pedido de licença para desmembramento será acompanhado dos seguintes documentos: I. Requerimento solicitando licença, assinado pelo proprietário e/ou loteador, com firma reconhecida; II. III. Título de propriedade dos terrenos transcrito no Registro de Imóveis; IV. Certidões negativas de ônus reais, de tributos municipais e de ações civis e criminais, expedidos pelos órgãos competentes; V. Autorização expressa de credor hipotecário, passada em cartório, quando for o caso; VI. Três cópias do projeto urbanístico; VII. Cópia da consulta de viabilidade autorizando o desmembramento; VIII. ART do responsável técnico; IX. Comprovação da existência de rede de abastecimento d água e de energia elétrica no local X. Memorial descritivo especificando a destinação dos esgotos domésticos, e a descrição das áreas públicas, se houver. Artigo 19. O projeto urbanístico, em 3 vias, deverá conter: I. Planta geral de localização que compreenda a região onde o terreno estiver localizado, os logradouros vizinhos e o zoneamento previsto na Lei de Zoneamento; II. Planta planialtimétrica na escala mínima de 1 : 500 indicando: a) Norte Magnético e verdadeiro; 5

b) Pontos de amarração ou de referência da obra; c) Cursos d água, áreas alagadiças e mananciais, se houver; d) Alinhamento das vias públicas existentes e respectivo gabarito; e) Edificações existentes; f) Subdivisão das quadras em lotes com as respectivas dimensões e numeração; g) Sistema de vias com a respectiva hierarquia; h) Dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais das vias; i) Perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças; j) Marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos das curvas e linhas projetadas; k) Em planta e perfis todas as linhas de escoamento das águas pluviais e respectivas bocas de lobo; l) Praças e demais áreas públicas estabelecidas pela legislação vigente, observados os critérios mínimos previstos nesta Lei; m) Áreas de preservação permanente, faixas sanitárias e faixas non aedificandi estabelecidas pela legislação vigente; n) Linhas de transmissão de energia e suas faixas de domínio, se houver; o) Áreas destinadas à instalação de bombas de recalque e reservatório de água, se houver; p) Quadro resumo das diversas áreas indicadas no projeto. Artigo 20. Os projetos complementares deverão constar de: I. Projeto de rede de abastecimento d água aprovada pelo órgão competente; II. Projeto de rede elétrica e de iluminação pública aprovado pelo órgão competente; III. Projeto de rede de escoamento das águas pluviais dimensionadas, conforme cálculo de vazão do trecho ou bacia contribuinte, obedecendo os seguintes critérios: a) Precipitação pluviométrica mínima de 100 mm/h (cem milímetros por hora); b) Rede principal e secundária, com tubulação em ambos os lados da rua, com diâmetro mínimo de 0,40 m (quarenta centímetros) e rede transversal com diâmetro de 0,30 m (trinta centímetros); c) Caimento mínimo da tabulação igual a 2% (dois por cento) e profundidade e recobrimento igual a 1,00 m (um metro); d) Localização das bocas-de-lobo e da canalização pública receptora, com respectivo diâmetro; e) Canalização em galerias ou em canal aberto, obras de arte (pontes, pontilhões, muros de arrimo, etc...) todas em concreto armado e com projeto completo. Parágrafo 1. Caso venha a instalar-se estação de tratamento de esgotos (ETE) na cidade, será exigido projeto de rede de esgotos cloacais, aprovado pelos órgãos competentes. Parágrafo 2. Quando a canalização pública for insuficiente ou não existir na rua onde o loteamento desaguar suas águas pluviais, a solução do problema será indicada pela Municipalidade e executada pelo loteador; 6

Parágrafo 3. Onde não existir rede de água, o loteador deverá, com aprovação do órgão competente, executar o projeto de abastecimento a partir da capacitação em manancial existente na área ou partir de poços artesianos. Parágrafo 4. Caso o órgão competente não assuma a operação do sistema de abastecimento, este deverá funcionar em sistema de condomínio do qual participação todos os compradores de lotes e o loteador. Artigo 21. Todas as plantas dos projetos deverão conter assinatura do proprietário e responsável técnico, anexada a ART respectiva. CAPÍTULO V DA EXECUÇÃO DAS OBRAS DOS LOTEAMENTOS Artigo 22. O loteador deverá executar os seguintes serviços conforme os projetos já liberados: I. Demarcação das quadras com marcos de concreto com dimensões de 12 x 12 x 60 cm; II. Terraplanagem de todas as ruas; III. Implantação dos meio-fios em pedra ou concreto pré-moldado, rejuntados com argamassa de cimento; IV. Obras de consolidação e arrimo, pontilhões e qualquer obra de arte necessária à conservação das ruas; V. Rede de abastecimento d água potável, com sistema de captação e tratamento se for o caso; VI. Rede de eletrificação e iluminação pública; VII. Rede de esgotamento de águas pluviais, com bocas de lobo em alvenaria de tijolo maciço e grelha de ferro ou concreto armado; VIII. Ensaibramento da pista de rolamento com material de boa qualidade em camada compacta e com espessura mínima de 20 cm (vinte centímetros); IX. Recomposição vegetal de todos os taludes; X. Rede de esgoto cloacal, quando for o caso. Artigo 23. As canalizações deverão ser recobertas após autorização por escrito do Órgão Municipal de Planejamento, o qual poderá exigir pranchões de concreto para assentamento das tubulações de águas pluviais. Artigo 24. A pavimentação das vias será executada pela Municipalidade através do sistema de contribuição de melhoria, a requerimento dos interessados. Parágrafo 1. Quando o loteador se dispuser a executar a pavimentação das ruas deverá fazer comunicação por escrito neste sentido ao Órgão Municipal de Planejamento. 7

Parágrafo 2. Nos desmembramentos decorrentes de transmissão por sucessão inter-vivos ou causa-mortis, exclusivamente de caráter hereditário, será permitido o parcelamento do imóvel independentemente dos padrões da Tabela I do artigo 15 desta Lei, devendo por ocasião do desmembramento ser efetuada a prova documental da aquisição hereditária, devendo ser observado, apenas, os limites mínimos da Tabela referida. (360m2 e 12,00 de testada). Parágrafo 3. O parcelamento de imóvel independentemente dos padrões da Tabela I do Artigo 15 desta Lei, também poderá ser autorizado, desde que comprovada a existência de edificações, autorizadas ou não em data anterior a vigência desta Lei, devendo ser observado apenas os limites mínimos da Tabela referida. (360m2 e 12,00 m de testada). O respectivo requerimento deverá estar acompanhado do Alvará de Construção, Cadastro Imobiliário, ou ainda, através de Certidão do órgão competente da Administração Municipal. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 25. Todos os parcelamentos de terrenos no Município de Tabaporã, a qualquer título, deverão ser aprovados pela Municipalidade na forma desta Lei. Artigo 26. O registro dos parcelamentos e os contratos a ele vinculados obedecerão à Lei Federal 6766/79. Artigo 27. O proprietário do terreno parcelado sem autorização da Municipalidade ou em desacordo com o projeto aprovado, será obrigado a reparar os danos ambientes provenientes de escavações e quaisquer outras obras ou serviços executados no imóvel, a critério do órgão municipal competente. Parágrafo 1. Os responsáveis por parcelamento do solo efetuados sem autorização da Municipalidade ou em desacordo com o projeto aprovado, estarão sujeitos ainda a multa de 20 (vinte) até 50 (cinquenta) unidades fiscais municipais (UFM), sem prejuízo das sanções civis e criminais que couberem. Parágrafo 2. Nas reincidências a multa será aplicada em dobro, sucessivamente, até a solução pelo responsável das irregularidades verificadas. Artigo 28. A aplicação das penalidades obedecerá as normas gerais constantes do Código de Obras ou da Lei Federal 6766/79, conforme o caso. Artigo 29. Nenhum benefício do poder público será estendido a terrenos parcelados sem autorização da Municipalidade. Parágrafo 1. Não serão fornecidos alvará de licença para construção, reforma ou demolição em lotes resultantes de parcelamentos não aprovados pela Municipalidade. 8

Parágrafo 2. Nas desapropriações não se indenizarão as benfeitorias ou construções realizadas em parcelamento irregulares, nem se considerarão como terrenos parcelados, ou parceláveis, para fins de indenização, as glebas parceladas sem a devida autorização. Artigo 30. A responsabilidade pelas diferenças constatadas entre as dimensões existentes nos lotes e a planta aprovada, ou pelos custos de compatibilização das ruas com o sistema viário existente ou planejado será exclusivamente do responsável pelo parcelamento. Artigo 31. Nenhuma responsabilidade recairá sobre a Municipalidade em conseqüência de prejuízos causados a terceiros em virtude do licenciamento de parcelamentos de solo e da execução das respectivas obras. Artigo 32. A presente lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Gabinete do Prefeito Municipal de Tabaporã, Estado de Mato Grosso em 12 de Dezembro de 2017 SIRINEU MOLETA Prefeito Municipal 9