UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE ESTUDOS EM DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO E REGIONAL IEDAR CURSO: CIÊNCIAS ECONÔMICAS PLANO DE ENSINO APRENDIZAGEM Disciplina: ECO 01100 Formação Econômica do Brasil Carga horária: 60h 4 créditos Período letivo: 2º período de 2019 Turma: 2016 Professor: Evaldo Gomes Júnior E-mail: evaldo.gomes@unifesspa.edu.br EMENTA Acumulação primitiva do capital no Brasil; Antigo sistema colonial, economia mercantil escravagista nacional; Capital cafeeiro vs. capital industrial; A origem da burguesia brasileira; Industrialização retardatária até a crise de 1929 e da economia agroexportadora. OBJETIVO Apresentar e analisar o processo de formação da economia brasileira, desde o início da colonização até o processo de industrialização restringida. Discutir as dinâmicas de expansões e crises econômicas neste período. Analisar a formação econômica do Brasil a partir de seus principais intérpretes. MÉTODO DE TRABALHO Aulas expositivas com uso de quadro e projeção (data show). Discussões em sala em torno dos temas da aula e das análises feitas pelos autores. É imprescindível a leitura prévia dos textos indicados para o bom desempenho na disciplina. Dúvidas e sugestões devem ser feitas pessoalmente ou enviadas por e-mail.
FORMAS E MOMENTOS DE AVALIAÇÃO Uma avaliação em sala e apresentação de seminário. Os pesos de cada uma destas atividades são apresentados abaixo: Atividade Escala de nota Peso Avaliação em sala Zero a dez 4,0 Seminário Zero a dez 6,0 Obs.: 1) Para fazer a prova de segunda chamada é necessária a apresentação de atestado médico; 2) Plágio implica em nota nula. Avaliação em Sala Ao final do semestre uma aula será dedicada para avaliação dos alunos por meio de elaboração de textos sobre temas discutidos na disciplina e a economia brasileira em seu estágio atual. Esta avaliação em sala estará condicionada ao desempenho dos grupos nos seminários. Caso haja dificuldades na elaboração e apresentação dos seminários os estudantes serão avaliados por meio de prova escrita e individual, substituindo a proposta inicial deste parágrafo. Seminário Os seminários deverão abordar as temáticas de seus respetivos itens do conteúdo programático como forma de síntese, além de expressarem a percepção dos apresentadores em relação ao tema estudado e às teses desenvolvidas pelos autores propostos. Além disso, os seminários, por seu caráter propositivo, deverão expressar a criatividade dos alunos na interlocução em sala de aula por meio do uso de vários instrumentos audiovisuais (projeção de filmes, sons e imagens; e uso da lousa) e também por meio de diversas formas de interação (rodas de discussão, apresentação oral, distribuição de material impresso etc.). Não é necessária a utilização de todos esses expedientes, mas sim sua adequada apropriação pelo grupo. Os parâmetros de avaliação dos seminários serão os seguintes: Clareza e Objetividade (2,5 ptos) Pontualidade (0,75 pto) EXC (10,0) BOM (7,0) REG (5,0) INS (2,5) NÃO CONT. (zero)
Domínio do conteúdo (2,5 pts) Uso de instrumentos audiovisuais (0,75 pto) Interlocução com a turma (1,5 pto) Participação em debates dos seminários de outros grupos (2,0 ptos) Cada seminário será apresentado por grupos de duas a três pessoas. Os grupos e seus respectivos temas de apresentação serão definidos por sorteio no primeiro dia de aula. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E CRONOGRAMA 1. Acumulação primitiva do capital no Brasil 1.1 Expansão colonial europeia; 1.2 Portugal na expansão ultramarina; 1.3 O sentido da ocupação europeia nas Américas; 1.4 Colônias de exploração e povoamento. I, cap. 1. Leituras: Furtado (2007), cap. I-VII; Prado Jr. (1981), cap. 1-3; Ribeiro (1977), parte 2. Antigo sistema colonial 2.1 Constituição do sistema; 2.2 Complexo açucareiro; 2.3 Dinâmica e geografia da economia escravista colonial; 2.4 Economia escravista mineira; cap. 1. Leituras: Furtado (2007), cap. VIII-XV; Prado Jr. (1981), cap. 4-11; Freyre (2017),
3. Crise do sistema colonial e formação do Estado nacional 3.1 Decadência da mineração; 3.2 Revoltas regionais e unidade territorial; 3.3 Aspectos econômicos da independência do Brasil; 3.4 Fim da etapa colonial no Império: comércio mundial, elites regionais, força de trabalho e ocupação territorial. Leituras: Furtado (2007), cap. XVI-XIX; Prado Jr. (1981), cap. 12-15; Mello (2009), cap. 1; Novais (1989), Introdução e cap. 2. 4. Economia mercantil e transição ao trabalho assalariado 4.1 Segunda fase do Império; 4.2 Dinâmica da economia mercantil-escravista cafeeira nacional; 4.3 Economia mercantil-servil amazônica; 4.4 Transição ao trabalho livre; 4.5 Encerramento do intermédio imperial. Leituras: Furtado (2007), cap. XX-XXIX; Prado Jr. (1981), cap. 16-20; Mello (2009), cap. 1; Abreu (2014), cap. 1; Silva (1995), cap. 2 e 3. 5. Industrialização retardatária até a crise de 1929 e da economia agro-exportadora. 5.1 Capital cafeeiro e capital industrial; 5.2 Política econômica da república velha; 5.3 Formação da industrialização retardatária; 5.4 Crise de 1929 e fim da economia primário-exportadora; 5.5 Deslocamento do centro dinâmico. Leituras: Furtado (2007), parte V; Prado Jr. (1981), cap. 21-27; Oliveira (2003), tópicos I, II e III; Abreu (2014), cap. 2 e 3; Silva (1995), cap. 4. Aula 01 Apresentação da disciplina Aula 02 Expansão colonial europeia Aula 03 Portugal na expansão ultramarina Aula 04 O sentido da ocupação europeia nas Américas
Aula 05 Colônias de exploração e povoamento Aula 06 Seminário 1 Darcy Ribeiro Introdução e Primeira parte A civilização ocidental e nós de As Américas e a Civilização Aula 07 Constituição do sistema Aula 08 Complexo açucareiro Aula 09 Dinâmica e geografia da economia escravista colonial Aula 10 Economia escravista mineira Aula 11 Seminário 2 Gilberto Freyre Características gerais da colonização portuguesa no Brasil: formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida em Casa Grande e Senzala Aula 12 Decadência da mineração Aula 13 Revoltas regionais e unidade territorial Aula 14 Aspectos econômicos da independência do Brasil Aula 15 Fim da etapa colonial no Império: comércio mundial, elites regionais, força de trabalho e ocupação territorial Aula 16 Seminário 3 Fernando Novais Capítulos I e II de Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808) Aula 17 Segunda fase do Império Aula 18 Dinâmica da economia mercantil-escravista cafeeira nacional Aula 19 Economia mercantil-servil amazônica Aula 20 Transição ao trabalho livre Aula 21 Encerramento do intermédio imperial Aula 22 Seminário 4 Clóvis Moura Características Gerais, Os escravos nos movimentos políticos e Quilombos e Guerrilhas em Rebeliões da Senzala Aula 23 Capital cafeeiro e capital industrial Aula 24 Política econômica da república velha Aula 25 Formação da industrialização retardatária Aula 26 Crise de 1929 e fim da economia primário-exportadora Aula 27 Deslocamento do centro dinâmico Aula 28 Seminário 5 João Manuel Cardoso de Mello Introdução e Capítulo II de Capitalismo Tardio Aula 29 Avaliação final em sala Aula 30 Avaliação da disciplina BIBLIOGRAFIA BÁSICA ABREU, Marcelo de Paiva (org.). A ordem do progresso: dois séculos de política econômica no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo, Companhia das Letras Editora Nacional, 34ª ed. 2007.
PRADO JÚNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1981. SILVA, Sergio. Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil. São Paulo: Ed. Alfa-Omega, 8ª. Ed., 1995. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala: formação da economia brasileira sob o regime da economia patriarcal. 51ª edição. 10ª reimpressão. Global Editora: São Paulo, 2017. MELLO, João Manuel Cardoso de. O capitalismo tardio. São Paulo, Editora Unesp, 2009. MOURA, Clóvis. Rebeliões da senzala. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988. NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1989. OLIVEIRA, Francisco de. A Economia Brasileira: crítica à razão dualista. Editora Boitempo, 2003. RIBEIRO, Darcy. As Américas e a Civilização. Petrópoles: Vozes, 1977.