IDENTIDADE ESCOLAR: A ESCOLA PRIMÁRIA PAULISTA ( )

Documentos relacionados
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CEAD PLANO DE ENSINO

Resenha. Educar, Curitiba, n. 17, p Editora da UFPR 1

REALIDADE EDUCACIONAL BRASILEIRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA

PLANO DE ENSINO. [Digite aqui] Copyrights Direito de uso reservado à Faculdade Sumaré

Programa Analítico de Disciplina EDU223 História da Educação Brasileira

Programa Analítico de Disciplina EDU263 Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA

Universidade Federal de São Paulo Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Educação SÚMULA CURRICULAR

O ENSINO DE HISTÓRIA NA PRIMEIRA REPÚBLICA: MANUAIS DIDÁTICOS E A REFORMA JOÃO PINHEIRO

A Organização Escolar: a Escola, Planejamento, Organização e Gestão

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Franca. Curso HISL-D13 - Licenciatura Plena em História. Ênfase. Disciplina HIS1430-D - História da Educação

BIBLIOTECA CLARICE LISPECTOR

CARGA HORÁRIA GERAL: 60 h CH TEÓRICA: 80 h CH PRÁTICA: CRÉDITOS: 04 PERÍODO: I ANO/SEMESTRE: 2019/1 PROFESSORA: Marilsa Miranda de Souza 1.

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Disciplina: Instrução e educação em Goiás: História e memória Semestre 1/2018: sexta-feira 14 h as 18 h Professora: Diane Valdez

PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL

6.ª CONFERÊNCIA DA FORGES UNICAMP, CAMPINAS, BRASIL 28 A 30 NOV 2016

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

)0& ),A $"B# &2"# 8 #! 8 CD?%%56 ##" E (# # # #! (7 $FA = # 4!" >#( "B# B : 8?+GCH? 5%%6 #",!#,!! # # ; (7?

Rumo ao Oeste do Paraná: saberes elementares matemáticos no ensino primário ( )

EDITAL Nº 19 /2015 FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE BRAGANÇA PAULISTA

Plano de Ensino. Curso. Identificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Câmpus de Bauru. 1604L/1605L Física.

7 Referências bibliográficas

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESCOLAR FCL/UNESP

7. RODRIGUES, M. E. F.. A pesquisa no ensino e o ensino da pesquisa. Transinformação, Campinas, v. 15, n. 3, p , 2003.

IDENTIFICAÇÃO E CATALOGAÇÃO DA INSTRUÇÃO PÚBLICA NOS MUNICÍPIOS DE PORTO NACIONAL E NATIVIDADE (SÉC. XIX).

Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC Centro de Ciências Humanas e da Educação FAED PLANO DE ENSINO

PERMANÊNCIAS E RUPTURAS DO ENSINO DE ARITMÉTICA NO GRUPO ESCOLAR JERÔNIMO COELHO

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 1503 / 1504 / Licenciatura em Matemática. Ênfase

Disciplina: MEN 7011 Semestre: 2013/2 Turma: 06326A Nome da disciplina: Estágio Supervisionado de História I. CED523 horas-aula)

Plano de Ensino. Curso. Identificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Câmpus de Bauru. 1604L Física.

O PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (PNAIC) NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE BELÉM: IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO E TRABALHO DOCENTE

Introdução Introdução

PLANO DE CURSO PROGRAMA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS CURSO DE PEDAGOGIA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA Pró-Reitoria de Graduação Divisão de Ensino PROGRAMA DE DISCIPLINA

Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática

AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER PARA AS ESCOLAS MUNICIPAIS DO RECIFE: SUAS PROBLEMÁTICAS E POSSIBILIDADES

A institucionalização dos grupos escolares na região norte de Goiás: o grupo escolar de Porto Nacional ( )

3- ) Lista de até 10 resultados de pesquisa mais relevantes.

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO ESPORTE CEFID

Campus de Presidente Prudente PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração EDUCAÇÃO. Aulas teóricas:08 Aulas práticas: 08

Campus de Presidente Prudente PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração EDUCAÇÃO. Aulas teóricas:08 Aulas práticas: 08

Plano de Ensino. Curso. Identificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Câmpus de Bauru. 1604L/1605L Física.

Universidade Estadual de Maringá

O ENSINO DE SOCIOLOGIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NAS ESCOLSA ESTADUAIS DE DOURADOS/MS RESUMO INTRODUÇÃO

Campus de Presidente Prudente PROGRAMA DE ENSINO

ANEXOS AO EDITAL N. 22/PROPP, DE 04 DE OUTUBRO DE 2016

Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Diversidade NEPED/IFRN

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

A MESA EDUCADORA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA

FACULDADE DE CIÊNCIAS PLANO DE ENSINO

DIVISÃO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS Secretaria Geral de Cursos PROGRAMA DE DISCIPLINA

SME-SP. Coordenador Pedagógico - Ensino Superior VOLUME 1. Publicações Institucionais. (Secretaria Municipal de Educação de São Paulo)

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO FAED

ESCOLA PRIMÁRIA PAULISTA: PROPOSTAS DE MUDANÇAS INSTITUCIONAIS E PEDAGÓGICAS ( )

SISTEMA DE ENSINO INTEGRAL NAS ESCOLAS ESTADUAIS PAULISTAS: UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE SP

Dossiê: Livro Didático e Ensino de História

Instruções aos Autores

Disciplina: A escrita da história da infância: perspectivas teórico-metodológicas. Professor responsável:

A $"># %1"# 7 #! 7 BC? 45 ##" D '# # # #! '6 $EA < # 3!" =#' "># > 9 7?* FBG? 45 #"+!# +!! # # : '6? ##.0 / # #1 # 3 :+

Educação e Sociedade (GEPES). Pesquisa em Educação e Sociedade (GEPES) e do Centro Universitário UNA.

PLANO DE CURSO CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR

Interesse de pesquisa: Arte-educação, Saberes e Formação Docente, Política e História da Educação

PRODOCÊNCIA UEPB: PROFISSÃO DOCENTE, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

A INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS PRIMEIROS GRUPOS ESCOLARES NO AMAPÁ (SÉCULO XX) 1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO. Código Nome Carga horária

PROGRAMA DE ENSINO CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO SERIAÇÃO IDEAL/PERÍODO FIS0716 DIDÁTICA 2ª S / 4º P

PLANO DE ENSINO/2014

Projeto CNPq/CAPES Processo / BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. São Paulo: UNB, 2010.

Normalizaçã. ção o de Trabalhos Acadêmicos (ABNT)

Programação GT02 História da Educação. GT02 História da Educação. Local: CFH - Centro de Filosofia e Ciências Humanas - Auditório

!"#$ % & $ $ #"'( )* + ++,*)) $$'( -".#$'/ 0 1 $# 2" 3 & "$" 4 $ # $"#'/5$ 6 & 7$6 5 #$8 # $8 + 1$ 4"5$-9: 9 1$#'/ -# $$#$ -./0/0! 1/.!

Programa Analítico de Disciplina EDU241 Políticas Públicas em Educação

PLANO DE ENSINO Projeto Pedagógico: 2017

Legislação brasileira anti-preconceito anti-racismo: contextualização histórica Ementa: Objetivo:

COORDENADOR DO PROJETO / CURSO ASSINATURA

APÊNDICE A DESCRIÇÃO MÍNIMA DOS COMPONENTES CURRICULARES. Componente Curricular: Metodologia Científica CH Total: 30h

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO ESPORTE - CEFID

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS

O ESTUDO DO LUGAR NO PENSAMENTO GEOGRÁFICO E NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA

PROGRAMA DE ENSINO. DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL: Departamento de Física e Química

PLANO DE ENSINO Projeto Pedagógico: Disciplina: Legislação e Política Educacional Carga horária: 80

PROGRAMA DE ENSINO. Trabalho Educativo e os conteúdos escolares: contribuições dos fundamentos da Pedagogia Histórico-crítica

CURSO DE PEDAGOGIA NO ESTADO DE SÃO PAULO: REFLEXÃO SOBRE O ESTÁGIO E PRÁTICAS DE ENSINO i

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Linha de Pesquisa: Práticas Educativas, Políticas Educacionais e Inclusão

DESCRIÇÃO DO PROGRAMA E DOS OBJETIVOS Parte I: Questões Centrais em Educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO CURSO DE PEDAGOGIA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO Curso de Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESCOLAR FCL/UNESP

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA RESOLUÇÃO Nº 08/2011, DO CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

RESENHA REVISITANDO A HISTORIA DA ESCOLA PRIMÁRIA: OS GRUPOS ESCOLARES EM MATO GROSSO NA PRIMEIRA REPÚBLICA. Poliana Gianello Santini

SILVA, Maurício - UNINOVE - maurisil@gmail.com RESUMO

ESPECIALISTAS DA EDUCAÇÃO

PLANO DE ENSINO DIA DA SEMANA PERÍODO CRÉDITOS. Segunda-Feira Vespertino 03

INSTITUTO SANTO TOMÁS DE AQUINO ISTA

Transcrição:

1 IDENTIDADE ESCOLAR: A ESCOLA PRIMÁRIA PAULISTA (1968-1990) Daniela Cristina Lopes de Abreu 1 A implantação do sistema escolar brasileiro foi bastante lenta até os meados do século XIX. Do ponto de vista administrativo, a instrução pública paulista no Segundo Reinado precisou estruturar-se para assumir as responsabilidades educacionais descentralizadas pelo Ato Adicional de 1834 e para fazer frente ao desenvolvimento social que, em meio século, transformou São Paulo no estado líder da Federação. Com a proclamação da República, os governantes sentiram o acréscimo de responsabilidade advindo do novo regime e procuraram reformar o ensino livrando-o de todos os males. Os republicanos paulistas vislumbraram a educação como mecanismo capaz de elevar o país ao progresso desenvolvendo outros setores da sociedade. No estado de São Paulo, a criação dos grupos escolares significou a esperança de progresso e de desenvolvimento do estado e do país na perspectiva do novo regime. A construção de prédios grandiosos era uma das tentativas utilizadas pelo poder republicano de marcar o início de uma nova era. No final da Primeira República, o processo de institucionalização da escola primária já estava consolidado no estado de São Paulo. No entanto eram inúmeros os problemas que afligiam o ensino público, entre eles, a evasão, a repetência, a alta seletividade do ensino, a falta de vagas, a precariedade dos edifícios escolares, a falta de condições de trabalho do magistério primário, entre outros. Atendendo pouco mais da metade da população em idade escolar, a escola republicana exibia suas chagas. Este estudo buscou investigar as transformações ocorridas no ensino elementar nas décadas de 1970 e 1980. Além de examinar as iniciativas de mudanças institucionais e didático-pedagógicas procurou-se verificar as representações dos educadores sobre essas iniciativas, mediante a análise de artigos publicados em periódicos de circulação 1 Professora do Curso de Pós Graduação das Faculdades Asmec Sociedade Sul Mineira de Educação. Endereço: Av. 46 A n 149 Jardim Ipê Rio Claro SP Fone: (19) 3534-6858 E- mail: dani_abreu@bol.com.br

2 nacional (com o intuito de encontrar revistas com publicações regulares nas décadas de 1970 e 1980, foram selecionados dois periódicos Cadernos de Pesquisa e a Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, os quais preenchiam esse requisito), contribuindo, assim, para os estudos históricos sobre o ensino primário. Sem pretender cobrir exaustivamente todo o período, demos maior ênfase aos momentos cruciais em que medidas governamentais implicaram alterações substanciais, tais como a reforma de 1967 (unificação e facilitação dos exames de admissão; implantação do sistema de seriação em níveis para as duas primeiras séries do ensino primário; criação dos grupos escolares ginásios), a Reforma de 1971, o processo de implantação do ensino de 1º grau na rede pública de São Paulo entre os anos de 1974 e 1976 e a criação do Ciclo Básico no estado de São Paulo, em 1983. Essas mudanças, como tentamos demonstrar ao longo do estudo, não significaram apenas a transformação de um tipo de estabelecimento de ensino, mas de toda uma concepção de educação fundamental e sua organização administrativa e didático pedagógica. A extinção legal do nível primário na estrutura da educação brasileira correspondeu à supressão gradativa das escolas primárias, especialmente dos grupos escolares e escolas isoladas, cuja identidade institucional se consolidara no país durante o século XX. A eliminação formal dessa escola primária, apesar dos abalos provocados, não conseguiu dissolver completamente o modo predominante de conceber e praticar o ensino elementar. Esse processo, ainda em andamento, não esteve isento de conflitos e implicações de diversas naturezas. A difícil articulação entre as séries iniciais (1ª a 4ª série) e as séries finais (5ª a 8ª série) do ensino de 1º grau atualmente denominado Ensino Fundamental - atestam esse fato. Outros problemas, como a dualidade na formação e na carreira do magistério, os altos índices de fracasso escolar nas 1ª e 5ª séries e a falta de unidade metodológica e curricular são outros indicadores. Medidas mais recentes como a reorganização da rede estadual de ensino do estado de São Paulo (Decreto 40.473 de 21/11/1995) separando em unidades distintas as primeiras séries (1ª a 4ª) e as últimas séries (5ª a 8ª) do ensino de 1º grau e a escola organizada em ciclos, são exemplos sintomáticos. Resquícios dessa identidade institucional e cultural do ensino primário encontram-se também no imaginário e vocabulário de boa parte da população brasileira, que ainda se

3 refere à 1ª a 4ª série como o período de estudos da criança no primário ou no grupo (tomando o grupo escolar como sinônimo de ensino primário) e a 5ª a 8ª série como o período de estudos no ginásio ou colégio. Nos anos 80, a criação do Ciclo Básico no estado de São Paulo, representou mais uma iniciativa de mudança nas séries iniciais. O Ciclo Básico (CB), alterou a graduação escolar extinguindo as 1ª e 2ª séries (desseriação) e instituiu um ciclo de dois anos de duração, com vistas a atacar o problema do fracasso escolar. A organização estabelecida pelo C.B. resgatou, de certa forma, princípios da Reforma de 1967, ocasião em que as escolas públicas do estado de São Paulo foram organizadas em níveis de ensino denominados Nível I e Nível II (MONTEIRO, 1996). Interrogar sobre as transformações do ensino elementar no final do século XX, significa problematizar, por um lado, a identidade institucional da escola primária, as permanências e transformações de uma cultura escolar forjada nas primeiras décadas republicanas, e, por outro lado, inquerir sobre a possibilidade da escrita da história desse nível de ensino, nesse período. Trata-se, portanto, de um estudo amplo e aprofundado que demanda muitos investimentos investigativos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ALMEIDA, Jane Soares de. Mulher e Educação: a paixão pelo possível. São Paulo: Editora Unesp, 1998. ANTUNHA, H. A instrução Pública no Estado de São Paulo: a reforma de 1920. São Paulo: EDUSP, 1976. AZANHA, José Mário Pires. Educação, alguns escritos. São Paulo: nacional, 1987. AZEVEDO, Fernando. A educação pública em São Paulo inquérito para o Estado de São Paulo em 1926. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1937. BEISEIGEL, Celso Ribeiro.Relações entre a quantidade e a qualidade no ensino comum. In: Anais da I Conferência Brasileira de Educação. São Paulo: Cortez, p. 128-136, 1981. BUFFA, Éster. Os conflitos ideológicos ocorridos durante a tramitação da Lei de Diretrizes e Bases e a participação da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos.

4 Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 65, n. 150, maio/agost., p. 301-313, 1984.. Arquitetura Escolar. São Paulo: Brasília: EdUFSCar, INEP, 2002. CUNHA, Luiz Antônio, Educação, Estado e Democracia no Brasil. São Paulo: Cortez/Editora da Universidade Federal Fluminense/ FLACSO do Brasil, Brasília, 1991. ESCOLANO, A. Tiempo y Educación. Notas para una genealogia del almanaque escolar. In: Revista de Educación, nº 298, 1992, p. 55-79.. Educação e sociedade na Primeira República. São Paulo: EPU, 1974. FARIA FILHO, Luciano Mendes de. Dos pardieiros aos palácios: cultura escolar e urbana em Belo Horizonte na Primeira República, Passo Fundo: UPF, 2000. MITRULIS, Eleny. Os últimos Baluartes. Uma contribuição ao estudo da Escola Primária: as práticas de Inspeção Escolar e de Supervisão Pedagógica. Tese (Doutorado), USP, São Paulo, 1993. MONTEIRO, Rosana Batista Resgatando o Passado: o Ciclo Básico e a reprodução da reforma do ensino primário de 1967. Dissertação de Mestrado, Unicamp, Campinas,1996. NAGLE, Jorge A educação na Primeira República. In: FAUSTO, B. (org.) História geral da civilização brasileira, v.2, São Paulo: Difel, 1977.. Educação e sociedade na Primeira República.Rio de Janeiro: DP&A, 2001.. A reforma e o Ensino. Edart: São Paulo, 1976. PATTO, Maria Helena Souza. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. PEDROSO, Leda Aparecida. Democracia, Política e Administração Educacional: a proposta Montoro (1978-1984). Campinas. Dissertação de Mestrado, UNICAMP/ Faculdade de Educação, Campinas, 1991. PEREZ, José Roberto Rus. A questão educacional no Estado de São Paulo 1967-1990. Tese (Doutorado) UNICAMP/ Faculdade de Educação, 203p, Campinas, 1994. ROMALELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1996. SILVA, Teresa Roserley Neubauer da. e ARELANO, Lisete Regina. Gomes. Orientações Legais na Área de Currículo, nas Esferas Federal e Estadual a partir da Lei

5 5.692/71. Cadernos Cedes, n. 13, 26 44p, 1987. SOUZA, Rosa Fátima de. Templos de Civilização: um estudo sobre a implantação dos Grupos Escolares no Estado de São Paulo (1890 1910).Tese (Doutorado), USP/Faculdade de Educação, São Paulo, 1996. A difusão da escola primária em Campinas. IN: Nascimento, T. R. Q. R do [et al], Memórias da Educação: Campinas (1850-1960). Campinas: Editoria da Universidade de Campinas, (Coleção Campiniana, nº. 20),1999.. O direito à educação: lutas populares pelas escolas em Campinas. Campinas: Editora Unicamp: Área de Publicações CMU/Unicamp, 1998. SPOSITO, Marília Pontes. O povo via à escola. São Paulo: Loyola, 1984a.