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Transcrição:

TERMO DE REFERÊNCIA SERVIÇOS NÃO CONTINUADOS (não alterar os campos em cinza) TR nº MODALIDADE TEMA PROCESSO SELETIVO TR_16_2015_PDHC Produto Sistematização de Experiências Inovadoras Parecer Nº 00558/2015/CONJUR-MDA/CGU/AGU, de 08.07.2015 e Despacho nº 00791/2015/CONJUR-MDA/CGU/AGU, de 16.07.2015, amparados na Portaria FUNDAMENTO LEGAL MDA nº 47/2014, de 11 de julho de 2014 e compatibilização com as Diretrizes e Contratações e Aquisições do FIDA, vinculadas ao Acordo de Empréstimo FIDA Nº CONTEXTUALIZAÇÃO/ JUSTIFICATIVA 2000000436 e Empréstimo Fiduciário Nº 2000000437. A partir de 2003 o desenvolvimento rural no Brasil incorporou à formulação de um novo enfoque territorial integrado, em contraponto aos enfoques setoriais tradicionais. Essa nova abordagem foi endossada pelo Ministério da Integração Nacional, pelo Ministério do Desenvolvimento Social, e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT). Na sua estratégia o Governo Federal definiu como prioridade o aumento da eficácia e cobertura de políticas para reduzir a pobreza e as desigualdades mediante uma melhor articulação das políticas. Foram investidos grandes volumes de recursos orçamentários em políticas e programas para reduzir a pobreza e as desigualdades e fortalecer a participação da sociedade civil na formulação e implementação das políticas. Em 2008, foi criado o Programa Territórios da Cidadania, sob a coordenação da SDT, tendo como objetivo promover o desenvolvimento econômico e o acesso universal a programas básicos, mediante uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável. Nesse novo arranjo os territórios são constituídos por conjuntos de municípios vizinhos que têm características econômicas e ambientais comuns, e também uma identidade e coesão social e cultural. O principal instrumento de ação desta política é o Colegiado Territorial, integrado por representantes de organizações das três esferas governamentais (municipal, estadual e federal) e da sociedade civil. Os Colegiados têm responsabilidades de planejar e articular ações dos diversos atores presentes nos territórios e promover um monitoramento e controle participativos sobre programas e políticas públicas. Apesar dos impactos positivos das políticas e estratégias adotadas pelo Governo Federal para reduzir a pobreza e as desigualdades, grande parte da população, em particular no Nordeste semiárido ainda é afetada. Nessa região a alta incidência de pobreza está relacionada em parte com as dificuldades das famílias para se adaptar às características naturais da zona semiárida: chuvas insuficientes e irregulares, altas temperaturas o ano todo, alta evapotranspiração e solos superficiais e pedregosos. Além disso, a região tem uma longa história de problemas estruturais como a concentração da terra, a dificuldade no acesso a água e um acesso difícil à educação. Contudo, a região semiárida também tem potencial, e a primeira fase do Projeto Dom Helder mostrou várias lições sobre sua maximização. O Projeto Dom Helder Camara (PDHC) teve início em 2001, por intermédio de parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). Em sua primeira fase o Projeto atuou em oito territórios da cidadania, sendo eles: Sertão do Apodi, no estado do Rio Grande do Norte; Inhamuns/Crateús e Sertão Central no estado do Ceará; Cariri Ocidental no estado da Paraíba; Sertão do Pajeú e Sertão do Araripe, no estado de Pernambuco; Serra da Capivara, no estado do Piauí; e Alto Sertão Sergipano, no estado de Sergipe, beneficiando diretamente 15.021 famílias. Alinhado com a política de desenvolvimento territorial da SDT o Projeto Dom Helder Camara atuou nos Territórios da Cidadania de forma integrada com os Colegiados e Comitês Territoriais. O Projeto implementou ações referenciais de combate à pobreza e apoio ao desenvolvimento rural sustentável no semiárido do Nordeste, com base nos princípios da agroecologia e de convivência com o semiárido, articulando às dimensões sociopolíticas, ambientais, culturais, econômicas e tecnológicas e por processos participativos de planejamento, gestão e controle social. Ao longo de sua atuação se consolidou, fundamentalmente, pela adoção de metodologias inovadoras, de alternativas de produção e de tecnologias apropriadas às características da população e condições do semiárido. Também se destacou por desenvolver uma proposta 1

de Assessoria Técnica Permanente, multidimensional, diferenciada, concebida como uma ação contínua e sistêmica, focada nas demandas, objetivos e áreas de resultado de interesse das famílias beneficiárias, possibilitando dessa forma o acesso a políticas e programas públicos dos agricultores familiares e grupos vulneráveis (mulheres, jovens e comunidades tradicionais). A experiência do Projeto Dom Helder Camara demonstrou que é possível uma contribuição importante às políticas públicas, experimentando novas metodologias e alternativas de produção em menor escala que podem se tornar referência para a formulação de políticas públicas, e facilitando o acesso da população a políticas e programas públicos. A segunda fase do Projeto Dom Helder Camara (PDHC), da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), também resultante de um acordo de empréstimo entre a República Federativa do Brasil e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), propõe-se contribuir para a redução da pobreza rural e das desigualdades no Nordeste semiárido por meio de ações para: a) fortalecer a articulação de políticas e programas públicos; b) melhorar o acesso da população rural a políticas e programas públicos; c) gerar inovações úteis para melhorar a produção e a renda dos beneficiários e que possam ser usadas como referências para melhorar as políticas e programas públicos; d) fortalecer as capacidades das comunidades e assentamentos e suas organizações para acessar as políticas e programas públicos, para participar dos processos de desenvolvimento ao nível dos seus territórios, e para gerir seus sistemas produtivos de forma sustentável nas suas diferentes dimensões (social, econômica, ambiental e institucional); e) promover a geração e aumento da renda das famílias a partir da abordagem agroecológica que melhore a convivência com o semiárido e gere oportunidades para o acesso a mercados em condições favoráveis; e, f) contribuir para a redução das desigualdades de gênero, geração, raça e etnia. A área de abrangência do Projeto incluirá um total de 129 municípios, localizados nos oito Territórios da Cidadania, da primeira fase, incluindo também o Território do Alto Sertão Alagoano, no estado de Alagoas. Dos 129 municípios contemplados, 77 foram atendidos durante a primeira fase do Projeto. Os municípios selecionados revelam características associadas à concentração da pobreza e elevada desigualdade, expressas nos seguintes indicadores: menor Índice de Desenvolvimento Humano - IDH territorial; maior concentração de beneficiários/as do Programa Bolsa Família; maior concentração de agricultores/as familiares e assentados/as da reforma agrária; maior concentração de populações tradicionais, quilombolas e indígenas; baixo dinamismo econômico, segundo a tipologia das desigualdades regionais constantes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração Nacional; convergência de programas de apoio ao desenvolvimento de distintos níveis de governo; e maior concentração de municípios de menor IDEB - Índice de Desenvolvimento de Educação Básica. A seleção das comunidades rurais a serem incorporadas no Projeto também vai dialogar com parte desses critérios. O público-alvo do Projeto é composto por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades tradicionais (indígenas e quilombolas) com especial atenção a mulheres e jovens. Na segunda fase do projeto aproximadamente 27.000 famílias serão beneficiárias de assessoria técnica (15.000 receberão serviços provenientes dos contratos com fundos do projeto e outras 12.000 por intermédio dos contratos a serem efetuados pela Secretaria da Agricultura Familiar - SAF e INCRA, inclusive os do Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF). Entretanto, para que as lições aprendidas na primeira fase possam ser aproveitadas, e para que alguns experimentos inovadores tenham prosseguimento, o Projeto continuará atendendo a 30% das famílias atendidas na primeira fase, pelo menos durante os três primeiros anos. No início da segunda fase do Projeto, estão previstas as seguintes ações: Contratação da equipe do Projeto; Elaboração do Planejamento Operativo Anual com as famílias beneficiárias; Seleção das novas famílias; Prestação de Assessoria Técnica para as famílias da segunda fase; Instalação da nova Unidade de Coordenação Territorial - UCT do Território do Alto Sertão Alagoano; e, Organização com os Comitês Territoriais/ Colegiados Territoriais da seleção das famílias a serem liberadas para a assistência técnica pública. Considerando esse conjunto de ações, o Projeto Dom Helder Camara 2

necessitará contar com uma equipe de consultores especializados. Nesse contexto, o apoio do Projeto Dom Helder Camara é fundamental para contribuir com as ações para a redução da pobreza rural e das desigualdades no Nordeste semiárido, junto aos Colegiados e Planos Territoriais e às estratégias da SDT/MDA para o desenvolvimento sustentável dos territórios rurais. Para tanto, busca-se qualificar estas ações por meio da contratação de consultoria técnica especializada, voltada para execução das atividades da segunda fase do Projeto, relacionadas à sistematização de experiências inovadoras. OBJETIVOS DA CONSULTORIA ENQUADRAMENTO DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES Contribuir para melhorar a articulação e integração de políticas públicas de redução da pobreza e de desigualdades no Semiárido, da região Nordeste, e aperfeiçoá-las por meio da aplicação de metodologias inovadoras, especialmente nas políticas de combate à pobreza, financiamento, apoio à comercialização, acesso à água, tecnologias, organização produtiva para mulheres, entre outras, conforme previsto no Acordo de Empréstimo, em articulação com as orientações estratégicas do MDA, voltadas para o desenvolvimento das ações da 2ª Fase do PDHC. Objetivo Imediato: Fortalecer a articulação para implementação de políticas e programas públicos existentes por meio de ações nos territórios que compõem a área de atuação do projeto e no âmbito do MDA, aproveitando as experiências inovadoras consideradas bem sucedidas na primeira fase do projeto, com o objetivo de melhorar as políticas e programas públicos para reduzir a pobreza rural e as desigualdades no Nordeste semiárido. 1. Apresentar subsídios técnicos e metodológicos para contribuir com as sistematizações de experiências inovadoras do projeto e sua difusão mediante materiais de comunicação social. 2. Apresentar subsídios técnicos e metodológicos para o planejamento das atividades do componente de diálogo, integração de políticas públicas e disseminação de experiências inovadoras. 3. Apresentar subsídios técnicos e metodológicos para orientar as ações de planejamento, monitoria e avaliação relacionadas à elaboração de termos de referência necessários a execução do componente de diálogo, integração de políticas públicas e disseminação de experiências inovadoras. 4. Apresentar recomendações para incorporar as dimensões de gênero, raça-etnia e geração ou juventude nos espaços de diálogo sobre políticas públicas. 5. Apresentar subsídios técnicos e metodológicos para a sistematização e difusão de metodologias inovadoras aplicadas pelo projeto, consideradas como bem avaliadas e bem sucedidas. 6. Apresentar subsídios técnicos e metodológicos para a produção de relatórios de atividades e indicadores relacionados a sistematização de experiências inovadoras nos territórios de atuação do Projeto Dom Helder Camara. 7. Realizar visitas técnicas para levantar subsídios para a elaboração dos produtos contratados. 8. Participar de reuniões e apresentar o resultado dos produtos junto aos gestores do Projeto Dom Helder Camara quando solicitado. 3

PRODUTOS ESPERADOS Produto 1: Documento técnico contendo propostas de orientações para 24 (vinte e quatro) sistematizações de experiências inovadoras de desenvolvimento rural sustentável no Semiárido. Produto 2: Documento técnico contendo propostas para confecção de 12 (doze) folhetos sobre a experiência do Projeto Dom Helder Camara. Produto 3: Documento técnico contendo propostas de orientações para realização de 5 (cinco) estudos de caso da experiência do Projeto Dom Helder Camara. Produto 4: Documento técnico contendo propostas de orientações para publicação de 3 (três) livros sobre a experiência do Projeto Dom Helder Camara. Produto 5: Documento técnico contendo propostas de orientações para realização de 6 (seis) vídeos sobre a experiência do Projeto Dom Helder Camara. Produto 6: Documento técnico contendo análise das sistematizações planejadas e executadas no primeiro ano, da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara, à luz dos marcos iniciais do componente de Diálogo, Integração de Políticas e Disseminação de Experiências Inovadoras estabelecidos no desenho original do Projeto e no Manual de Implementação do Projeto (MIP). Produto 7: Documento técnico contendo propostas de orientações para monitoramento da sistematização de experiências no âmbito da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara, incluindo a produção científica e relatórios dos estagiários. Produto 8: Documento técnico contendo propostas de orientações para monitoramento da confecção de folhetos sobre a experiência do Projeto Dom Helder Camara. Produto 9: Documento técnico contendo propostas de orientações para monitoramento da realização de estudos de casos sobre a experiência do Projeto Dom Helder Camara. Produto 10: Documento técnico contendo propostas de orientações para monitoramento da publicação de livros sobre a experiência do Projeto Dom Helder Camara. Produto 11: Documento técnico contendo propostas de orientações para monitoramento da realização de vídeos sobre a experiência do Projeto Dom Helder Camara. Produto 12: Documento técnico contendo análise das sistematizações planejadas e executadas no segundo ano, da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara, à luz dos marcos iniciais do componente de Diálogo, Integração de Políticas e Disseminação de Experiências Inovadoras estabelecidos no desenho original do Projeto e no Manual de Implementação do Projeto (MIP). 4

FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA Graduação em Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas ou Ciências Humanas. Forma de cálculo: 1 (um) ponto por ano de atuação profissional, com pontuação máxima de 10 (dez) pontos. A pontuação será baseada na análise da descrição das atividades de cada experiência profissional constantes do CV apresentado pelo candidato. Será desclassificado o candidato que não atingir o tempo mínimo de experiência. 1ª FASE (caráter eliminatório e classificatório) QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS, A SEREM INFORMADAS NO CURRÍCULO. Observações: - Não serão consideradas experiências em estágios; - Docência e trabalhos voluntários, somente serão considerados quando houver ligação com trabalhos práticos e/ou de pesquisa e dentro da experiência requerida; Experiência mínima de 7 (sete) anos em desenvolvimento rural sustentável no semiárido. - Fica desclassificado o candidato que não atingir o tempo mínimo de experiência exigido no TR. EXPERIÊNCIA DESEJÁVEL Forma de cálculo: 1 (um) ponto por ano de experiência, com pontuação máxima de 5 (cinco) pontos. A pontuação será baseada na análise da descrição das atividades de cada experiência profissional constante do CV apresentado pelo candidato. No Projeto Dom Helder Camara. Participação em processos de implantação e sistematização de experiências em desenvolvimento rural no semiárido. PÓS-GRADUAÇÃO (TEMPO MÍNIMO EXIGIDO) Com Especialização: 5 anos Com Mestrado: 4 anos 5

Possuindo o candidato as qualificações de pós-graduação, o tempo mínimo exigido de atuação profissional altera-se para os anos respectivamente indicados na tabela ao lado. Observações: É adotada a seguinte pontuação na fase de avaliação curricular: Com Doutorado: 2 anos - Especialização: 1 ponto; - Mestrado: 2 pontos; - Doutorado: 3 pontos. 2ª FASE (caráter classificatório) TEMAS A SEREM ARGUIDOS NA FASE DE ENTREVISTAS (PONTUAÇÃO MÁXIMA: até 20% dos pontos máximos possíveis. Esta fase se baseará na análise dos critérios descritos, por gestor especialista na área técnica afeta ao TR, a partir de suas percepções sobre o desempenho do candidato) 3ª FASE (caráter eliminatório e classificatório) APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA 1. Conhecimento sobre Desenvolvimento Rural no semiárido brasileiro; 2. Conhecimentos sobre agroecologia; 3. Conhecimento e experiência em articulação federativa, diálogos com a sociedade civil organizada, com instrumentos de acompanhamento de projetos e programas voltados para a agricultura familiar; 4. Capacidade de comunicação: domínio dos temas, clareza das ideias e argumentação; 5. Disponibilidade para dedicação ao trabalho e viagens. O candidato deverá apresentar os documentos abaixo relacionados: a) Cópia autenticada da comprovação da escolaridade e dos títulos informados no currículo (diplomas de graduação, pós-graduação, mestrados, doutorados, declarações, etc.); b) Comprovação de inscrição na Previdência Social; c) Declaração assinada negativa de vínculo estatutário e empregatício com a Administração Pública Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal, direta ou indireta, bem como de empregados de suas subsidiárias e controladas; e, d) Comprovação de cada experiência profissional relacionada no currículo apresentado; d.1) A comprovação da experiência por meio de declaração deverá demonstrar também a legitimidade do declarante para assiná-la; d.2) No caso de carteira de trabalho, anexar declaração do empregador que descreva atividades desempenhadas. 6

INSUMOS DESCRIÇÃO DE CUSTOS (SE HOUVER) VALOR DO CONTRATO PRAZO DE EXECUÇÃO SEDE DOS TRABALHOS NOME DO SUPERVISOR APROVAÇÃO DOS PRODUTOS INFORMAÇÕES ADICIONAIS Passagens e diárias de acordo com disponibilidade financeira do projeto. PRODUTO VALOR (R$) CRONOGRAMA DE ENTREGA (MÊS) FORMA DE PAGAMENTO % 1 19.699,20 Mês 2 10% 2 15.759,36 Mês 4 8% 3 15.759,36 Mês 6 8% 4 15.759,36 Mês 8 8% 5 15.759,36 Mês 10 8% 6 15.759,36 Mês 12 8% 7 15.759,36 Mês 14 8% 8 15.759,36 Mês 16 8% 9 15.759,36 Mês 18 8% 10 15.759,36 Mês 20 8% 11 15.759,36 Mês 22 8% 12 19.699,20 Mês 24 10% TOTAL: 196.992,00 (CENTO E NOVENTA E SEIS MIL, NOVECENTOS E NOVENTA E DOIS REAIS). 24 (vinte e quatro) meses. Recife - PE, com disponibilidade para viagem em todo o Território Nacional. GERALDO FIRMINO DA CARGO DO SILVA SUPERVISOR DIRETOR - PROJETO DOM HELDER CAMARA GERENTE ADMINISTRATIVO PROJETO DOM HELDER CAMARA 1. Serão considerados cursos de Pós-graduação lato sensu em nível de Especialização aqueles com no mínimo 360 horas de carga-horária, em conformidade com o Art. 5º da Resolução nº 01, de 08 de junho de 2007, da Câmara de Educação Superior do Ministério da Educação. 2. O Processo de Seleção é composto de 3 (três) fases: a) Primeira Fase: eliminatória e classificatória, consistente na avaliação curricular realizada por Comissão de Seleção, com base nos requisitos estabelecidos no edital perfazendo 80% (oitenta por cento) da pontuação total; b) Segunda Fase: classificatória e eliminatória, consistente na entrevista realizada por ao menos dois servidores da área técnica interessada, com base nos critérios estabelecidos no edital, perfazendo 20% (vinte por cento) da pontuação total, realizada com os 5 (cinco) primeiros colocados por vaga da Primeira Fase; e, c) Terceira Fase: eliminatória e classificatória, consistente na averiguação da comprovação pelo candidato das informações constantes no currículo selecionado na Primeira Fase. 3. A comissão de seleção analisará apenas os currículos que estiverem em conformidade com o modelo estabelecido no Anexo I da Portaria MDA nº 47/2014. 4. Adverte-se, que segundo a Lei nº 9.610/98 e demais normativos que tratam de direitos autorais fica proibida a reprodução de textos de terceiros, somente admitida na forma e limites autorizados por essa mesma Lei Ordinária, e desde que seja realizada em qualquer caso a remissa à obra e declarada à respectiva autoria, quando esta for de conhecimento público. 7