Neutralizando o impacto ambiental



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Transcrição:

INFORMAÇÕES EMPRESARIAIS SELECIONADAS - Nº 182 - AGOSTO/SETEMBRO 2007 - www.pactum.com.br Neutralizando o impacto ambiental # O aquecimento global está alterando legislações governamentais, rompendo prioridades da vida empresarial, atraindo investidores e estimulando a criação de negócios. Mas talvez a maior revolução seja a ascensão de uma economia calcada na preservação dos recursos naturais do planeta: o mercado de créditos de carbono, instituído em 1997 por meio do Protocolo de Kyoto. O acordo determinou que os países desenvolvidos que não conseguem diminuir seus níveis de poluição podem comprar os créditos de carbono dos países emergentes. Em suma, o que deixa de ser emitido por uns compensa o excedente de outros. Nos últimos anos, o assunto foi desviado das áreas científicas restritas: elevou-se ao centro da estratégia de grandes corporações e do debate político em países como Alemanha e Estados Unidos, dentre vários outros. Atentas a essa situação, empresas em todo o mundo começam a agir. No Brasil, cada vez mais corporações passam a se conscientizar do impacto de suas atividades no meio ambiente e buscam maneiras de compensar o planeta por suas interferências no ecossistema. A neutralização do carbono engloba diferentes níveis organizacionais, como iniciativas diárias nos diversos departamentos de uma empresa, em eventos, na prestação de serviços ou na fabricação de produtos. É importante estar à frente nesta tendência. O vice-presidente, Francisco Boeira, ressalta a importância da rápida adesão ao assunto como forma de antecipar-se e destacar-se perante a concorrência. Quem adotar as medidas agora pode gerar créditos e negociar nas bolsas, inclusive recuperando o investimento ecológico, além de proporcionar benefício à natureza. Se aguardar muito, a empresa poderá ficar defasada, pois as novas práticas adotadas em cada segmento tendem a se tornar padrão. Assim como nessa nova vertente da economia, é preciso estar em constante processo de adequação às novas exigências do mercado. Leia mais sobre o assunto na página 5. Doutrina: a importância da ecoeficiência página 6 Entrevista: a diversificação da Portobello página 8 Parcelamento de dívida do ICMS em até 15 anos página 4 Participação na 12ª Copa de Tênis em MG página 2 1

Notícias Pactum de MG patrocina a 12ª Copa Sinduscon de Tênis A Pactum de Minas Gerais é um dos principais patrocinadores da Copa Sinduscon (MG) de Tênis/ 2007. O evento está na sua 12ª edição e é promovido pela Dynamis Tennis Center, no bairro Olhos d'água, em Belo Horizonte. A Copa Sinduscon-MG (foto ao lado), disputada por empresários mineiros de 30 de julho a 4 de agosto, aconteceu paralelamente ao torneio Internacional BH Tênis Open. MG: curso sobre atualização fiscal Foi realizado no dia 26 de julho de 2007, na cidade de Três Marias (MG), um curso sobre atualização fiscal de IR, CSLL, PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. A apresentação foi ministrada pelos profissionais da Pactum Martina Robinson, do Paraná, e Nilson Guerra, do Rio Grande do Sul. Apresentação da Orquestra de São Paulo A Unidade da Pactum de São Paulo presenteou seus clientes, prospects e parceiros com mais uma apresentação da Orquestra de São Paulo (foto ao lado). O evento ocorreu no dia 28 de junho, na Sala São Paulo. Os convidados, que foram recebidos com um coquetel, puderam desfrutar de uma noite especial com a apresentação da orquestra. Palestra sobre o Super Simples Patrícia Tarnowski Lisboa, advogada da Pactum de Santa Catarina, ministrou palestra intitulada O Super Simples e as Empresas de Construção Civil, em 2 de agosto, no Sindicato das Construtoras do Oeste (Sinduscon), de São Miguel do Oeste. Participaram 15 construtoras da região. Editorial Diferencial competitivo Com a evolução das relações cada vez mais intersubjetivas e dinâmicas, surge a gestão de direitos como ferramenta estratégica. De fato, o mundo aponta para uma crescente escala de universalidade de direitos, todos apontando aos seus titulares. Duas implicações daí decorrem: a necessidade de controle e consciência destes direitos, suas implicações e decorrentes oportunidades. Atualmente, atitudes envolvendo gestão ambiental se tornam instrumentos interessantes de gestão de direitos. Questões sobre responsabilidade civil, prevenção de passivos nas relações trabalhistas, gerenciamentos de risco e planejamentos sucessórios têm atingido bons resultados, demonstrando que o controle dos direitos é um diferencial. A interação recíproca entre o detentor de direitos e o controlador das ferramentas estratégicas leva certamente ao bem comum. A militante busca planejada pela redução do ônus tributário, consciência institucional, gestão ambiental, eficácia recíproca na relação trabalhista, evolução e democratização do conhecimento transforma o universo dos direitos das empresas em diferencial competitivo de ponta. Luiz Henrique Cóser 2 DataPactum é uma publicação bimestral distribuída gratuitamente aos clientes e parceiros da Pactum Consultoria Empresarial Endereço: Avenida Independência, 1.199 - CEP 90035-077 - Porto Alegre -RS Telefone: (51) 3314-1414 Fax: (51) 3311-0438 E-mail: rs@pactum.com.br Direto com a Presidência: direto.presid@pactum.com.br www.pactum.com.br Comissão Editorial: Denise Mari de Andrade, José Luis Cardoso, Vinicius Piazzeta e André Crossetti Execução: Contexto Marketing Editorial Ltda. Telefones: (51) 3395-2515/3395-2404 Jornalista Responsável: Milene Leal (Reg. Prof. nº 7036/30/42) Redação: Ana Carolina Bolsson Editoração: Henrique Santos Atendimento: Izabella Boaz Projeto Gráfico: Carmen Fonseca Os artigos assinados publicados nesta edição não traduzem, necessariamente, a opinião da Pactum

Redirecionamento de execução fiscal contra sócio O redirecionamento da execução fiscal contra o sócio e contra o administrador empresarial somente pode ser feito após executados os bens da devedora principal (empresa). Contra o redirecionamento prematuro da execução cabe ação por parte do redirecionado, para pedir prosseguimento da execução contra a devedora principal. (Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul) Imunidade tributária A imunidade prevista no art. 150, VI, da Constituição Federal (imunidade tributária para livros, jornais e periódicos) alcança a importação de filme Bopp (filme usado para laminação de capas de livros), ficando esta dispensada do pagamento do ICMS. (Supremo Tribunal Federal) Prescrição para cobrança previdenciária O STJ afastou a aplicação do prazo de dez anos para a cobrança de contribuições previdenciárias, declarando a inconstitucionalidade do artigo 45 da Lei nº 8.212, de 1991. O texto estabelece o prazo de dez anos para a decadência de tributos, mas o STJ entendeu que a regra só poderia ser criada por lei complementar. Assim, vale o prazo do Código Tributário Nacional (CTN), que é de cinco anos. (Superior Tribunal de Justiça) ICMS: Programas para TV a cabo As produtoras de programas para TV a cabo ou comerciais que efetivamente não distribuem tais programas por nenhum meio físico ao público em geral, mas apenas contratam com a operadora/ distribuidora de sinais de TV, não estão sujeitas à incidência do ICMS, uma vez que os serviços que prestam não estão previstos na LC n. 87/1996. (Superior Tribunal de Justiça) Jurisprudência $$$$$ Incidência de ISS em corretagem As operações de corretagem de câmbio e relativas a valores mobiliários estão abrangidas na competência tributária concedida à União conforme Constituição Federal, não podendo o Município cobrar ISS sobre estes serviços. (Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul) Indenização por danos morais O ajuizamento indevido de execução fiscal poderá justificar o pedido de ressarcimento de danos morais, quando ficar provado ter ocorrido abalo moral. (Superior Tribunal de Justiça) Correção por dano moral decorrente de ato ilícito Na indenização por dano moral decorrente de ato ilícito, o prazo para incidência da correção monetária sobre o valor fixado começa a contar da data em que se deu a condenação. (Superior Tribunal de Justiça) Inconstitucionalidade da base de cálculo Concedida segurança para o efeito de declarar o direito da impetrante ao recolhimento das contribuições ao PIS e da Cofins de acordo com a sistemática disposta nas LCs 7/70 e 70/91. (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) 3

Legislação ICMS/PR: material de uso e consumo não-incidente O Paraná concedeu a nãoincidência do ICMS nas transferências de material de uso e consumo e ativo permanente, inclusive quanto ao diferencial de alíquotas. Foram esclarecidos ainda os procedimentos para determinação de base de cálculo e determinado que o cálculo será obtido a partir de diferença aritmética simples entre a alíquota interna e a interestadual. (Decreto n. 1.303; 15.08.2007) Processamento de Exportação Foi concedida autorização ao Poder Executivo para criar, nas regiões menos desenvolvidas, Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), que são áreas de livre comércio destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem exportados, sendo consideradas zonas primárias para efeito de controle aduaneiro. (Lei n. 11.058; DOU 23.07.2007) Parcelamento de dívida do ICMS/SP em até 15 anos 4 O Estado de São Paulo lançou o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), uma nova modalidade de parcelamento para promover a regularização dos créditos do Estado decorrentes de débitos de ICMS, constituídos ou não, inclusive os inscritos em Dívida Ativa, ajuizados ou a ajuizar, em razão de fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2006. Máximo de parcelas: 180 # Benefícios Pagamento em parcela única: desconto de 60% dos juros de mora; desconto de 75% das multas moratórias e punitivas; honorários advocatícios reduzidos para 1%. Pagamento parcelado: desconto de 40% dos juros de mora; desconto de 50% das multas punitivas e moratórias; honorários advocatícios reduzidos para 1%. Valor mínimo das parcelas: Nenhuma parcela poderá ser inferior a R$ 500, considerada a totalidade dos débitos que forem incluídos no mesmo pedido de parcelamento. Nos parcelamentos de 121 a 180 meses, a primeira parcela não poderá ser inferior a 1% da média da receita auferida no exercício de 2006 de todos os estabelecimentos da pessoa jurídica e nenhuma das parcelas subseqüentes poderá ter valor inferior ao da primeira parcela ou da parcela mínima (R$ 500). Acarretará a exclusão do PPI: a inobservância de qualquer das exigências estabelecidas no Decreto nº 51.960 de 04/07/2007; atraso superior a 90 dias contados do vencimento, no recolhimento das parcelas subseqüentes; a não apresentação da garantia prevista na opção de parcelamento em até 180 meses, na forma prevista no Decreto nº 51.960 de 04/ 07/2007, no prazo de 90 dias contados da celebração do parcelamento, ou sua desconstituição; a não-comprovação da desistência e do recolhimento das custas e encargos de eventuais ações, embargos à execução fiscal, impugnações, defesas e recursos apresentados nos âmbitos judicial e administrativo; o inadimplemento do imposto devido, por qualquer estabelecimento da pessoa jurídica beneficiária do parcelamento, relativamente a fatos geradores ocorridos após o parcelamento; a declaração incorreta do valor atualizado do depósito judicial, para fins de abatimento do saldo devedor; o não pagamento da primeira parcela ou da parcela única após a adesão ao PPI do ICMS. # Prazo O prazo para formalizar o pedido de adesão ao PPI encerrase às 24h do dia 30 de setembro de 2007. (Decreto n. 51.960; DOE/SP 05.07.2007)

Destaque Capa $$$$$ Multidisciplinaridade em serviços Marcelo Leal atua na área empresarial de São Paulo Mário Vilalba, de São Paulo, é especialista em consultoria fiscal tributária A atual realidade do mercado exige que uma assessoria seja capaz de prestar serviços além das questões demandadas. Mais do que fornecer informações técnicas ou simplesmente acompanhar os processos judiciais, é preciso estar próximo à empresa para ajudá-la na tomada de decisões. É um trabalho integrado aos objetivos e estratégias de cada empresa. Para isso, é preciso estar atualizado, acompanhar o que de mais novo há no mercado e colocar tudo isso à disposição dos clientes de modo profissional. Seguindo esse conceito, a Pactum conta com uma nova assessoria multidisciplinar. Entre os profissionais dessa área está o advogado e sócio da unidade paulista, Marcelo Leal. Não só acompanhamos os procedimentos societários como agimos diretamente ao lado do alto escalão, analisando a viabilidade das decisões. Marcelo já faz parte de uma realidade que tende a ser padrão para as empresas: é auditor-líder certificado pela britânica Batalas, órgão que certifica auditores para implantação dos procedimentos de aquisição do certificado ISO 14001, relativo às obrigações ambientais. Implementamos a parte física e tecnológica para que a empresa esteja adequada às demandas ecológicas, com o conseqüente acompanhamento administrativo e jurídico. Também em São Paulo atua Mário Afonso Vilalba, especialista em Consultoria Fiscal Tributária. Diferentemente do usual, esta área de atuação não tem como ponto de partida apenas o tributo, como muitos esperam do Direito Tributário em uma acepção mais simples. Cuidamos diretamente da matéria que gera este tributo, o verdadeiro ponto de partida. Segundo Mário, o primeiro passo é adequar os procedimentos da empresa. Normas como a nota fiscal eletrônica, por exemplo, já estão sendo devidamente implementadas em alguns clientes para que se encaixem em uma nova realidade. A etapa seguinte é a estratégia para a economia tributária do cliente. E não falamos só em solução de problemas, mas na prevenção deles, principalmente, afirma. A mineira Mayra Mattar atua na gestão de direitos na área empresarial. Desde a identificação das necessidades passando pelo treinamento e coordenação das equipes até a execução do trabalho. Segundo a advogada, o primeiro passo é avaliar a situação da empresa. Em seguida, vem o levantamento dos pontos onde são necessárias melhorias, bem como a implantação delas a terceira etapa. Depende do cliente se ele quer contratar somente o diagnóstico dos problemas ou a implantação propriamente dita das medidas que cada caso requer. Mayra Mattar atua na gestão de direitos A prevenção de problemas é um ponto em comum entre os assessores da consultoria multidisciplinar, como observa o diretor vice-presidente, Francisco Boeira: Uma empresa não precisa estar necessariamente com sérios problemas para nos procurar. Trabalhamos de uma forma profilática, a fim de evitá-los. Se o cliente quer dar um passo importante, pode contar com pessoas capacitadas para a análise dos riscos e tomada de decisões, finaliza. 5

Doutrina A empresa ecoeficiente e o compliance ambiental 6 A filosofia da prevenção está cada vez mais em evidência e traz benefícios econômicos Marcelo Leal é advogado da Pactum em São Paulo A corrida em busca da ecoeficiência foi lançada no final do século passado, com a regulamentação de uma série de normas ambientais fiscalizadoras das atividades poluentes. A percepção de que é necessário explorar, com profundidade, o sentido de cidadania tem impulsionado o setor empresarial para ações concretas rumo à melhoria da qualidade de vida em nosso planeta. A empresa moderna percebe que é responsabilidade de todos agirem de modo a minimizar e prevenir impactos ambientais negativos sobre o meio ambiente e passa a incluir o conceito em seu planejamento estratégico. Em diversos setores da indústria, por exemplo, a introdução de práticas de prevenção à poluição e a busca de tecnologias mais limpas têm demonstrado que a filosofia da prevenção está cada vez mais em evidência e não somente é uma ferramenta efetiva para um gerenciamento ambiental mais eficiente, como também traz uma série de benefícios econômicos. Neste sentido, cresce a percepção de que meio ambiente deve ser encarado como um conceito amplo, envolvendo todos os aspectos que possam vir a influenciar a relação do ser humano com a natureza, jamais excluindo deste contexto o ambiente urbano. Seguindo essa tendência, muitas empresas têm investido recursos de maneira significativa na minimização dos impactos ambientais de seu processo produtivo, passando a atuar cada vez mais de forma preventiva com relação a eventuais passivos que possam estar sendo gerados. O aumento de regras relacionadas ao meio ambiente, a rigidez destas normas e o crescimento da procura por produtos ambientalmente responsáveis têm levado algumas empresas a buscar uma postura preventiva em relação a possíveis riscos ambientais. Esse comportamento é notado pelo aumento significativo do número de consultas enviadas à área jurídico-empresarial da Pactum, nos últimos tempos, em relação à adoção de planos de compliance ambiental, ou seja, medidas de adequação das empresas à legislação em vigor para evitar riscos de passivos desnecessários. A função do compliance ambiental é monitorar e assegurar o cumprimento das normas e regras de uma empresa. Com a implantação desse sistema, a empresa não só se certifica de que as normas ambientais aplicáveis àquela atividade estão sendo cumpridas, como também previne eventuais infrações do órgão fiscalizador. Importante ressaltar que, além do cumprimento da legislação ambiental, a inserção desse mecanismo tem contribuído na valorização das ações de certas empresas que, ao praticar esse monitoramento, tornam suas práticas mais transparentes ao mercado investidor. Além disso, o cumprimento de um rigoroso monitoramento auxilia no processo de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) ou de captura de carbono (ou seqüestro de carbono), contribuindo com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), estabelecido pelo Protocolo de Quioto.

Defesa Fiscal $$$$$ Denúncia espontânea Nova decisão determina que não incide multa ex officio sobre os tributos e encargos cujos débitos foram confessados no REFIS antes da exclusão da espontaneidade do contribuinte. (Conselho de Contribuintes) Reforma e regeneração de pneus Não estão sujeitos à retenção na fonte de CSLL, Cofins e PIS/Pasep os valores recebidos de outra empresa a título de pagamento pela prestação de serviços de recauchutagem, reforma ou regeneração de pneus, por não se enquadrarem no conceito de manutenção. (Solução de Consulta - RFB- 8ª Região Fiscal) Notas # Lançado o manifesto Contra a CPMF Foi lançado em junho o movimento nacional Contra a CPMF, que tem como objetivo a extinção da cobrança de 0,38% da Contribuição Provisória por Movimentação Financeira. A mobilização ocorre meses antes do fim do imposto, previsto para 31 de dezembro, no entanto, uma emenda constitucional proposta pelo Senado vai tentar prorrogá-lo por mais quatro anos. Para que seja realizado um plebiscito nacional sobre o imposto, é necessário um milhão de assinaturas, que estão sendo recolhidas no próprio site do manifesto (www.contraacpmf.com.br/). A Fiesp está à frente do movimento, que conta com a participação de 24 entidades. # Parceria para projetos ambientais A Pactum fechou recentemente uma parceria com a empresa Munduscarbo para a realização de projetos no âmbito da geração de Créditos de Carbono. O escopo desta parceria consiste na apresentação aos clientes de uma proposta para a avaliação e posterior geração de projetos para obtenção de Créditos de Carbono no âmbito das normas do Protocolo de Kyoto. Também serão realizadas avaliações de soluções para problemas ambientais (emissão de poluentes, destinação/tratamento de produtos contaminantes). Segundo as partes, existe a possibilidade de explorar o potencial das opções jurídico-tributárias do gerenciamento dos referidos créditos e que devem ser objeto de destaque junto às empresas. # Mais de um milhão de NF-e emitidas O número de notas fiscais eletrônicas (NFe) emitidas em todo o País já passa de um milhão, segundo informações da Receita Federal. A NF-e, além de reduzir custos para as empresas e modernizar a gestão, permite aos fiscos combaterem a sonegação de impostos. De acordo com a Receita, também evita a concorrência desleal, porque os impostos passam a ser cobrados de todos. # Previsão de crescimento da economia brasileira Os economistas brasileiros revisaram para cima a previsão de crescimento da economia do país este ano, mas agora esperam uma menor valorização do real frente ao dólar. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Banco Central (BC), os economistas elevaram sua previsão para o crescimento econômico brasileiro em 2007 de 4,6%, há uma semana, para 4,62%. 7

Empreendedores Setor de revestimentos cerâmicos vislumbra futuro de crescimento Fundada em 1979, na cidade de Tijucas, em Santa Catarina, a Portobello é uma das indústrias de revestimentos cerâmicos e porcelanatos mais importantes do mundo. Produz até 22 milhões de metros quadrados anuais de pisos. O presidente da empresa, César Gomes Júnior, comanda um parque industrial com 1,6 mil colaboradores diretos e cerca de 6 mil indiretos. Capacidade produtiva, design, tecnologia e uma eficiente estrutura de comercialização são alguns dos aspectos que garantem à empresa a liderança no setor. Leia a seguir a entrevista com César Gomes sobre o crescimento e as perspectivas da Portobello. 8 A diversificação de produto é um dos diferenciais da Portobello. Como a empresa encara a questão de novas competências? A Portobello sempre foi reconhecida pela qualidade de seus produtos. Contudo, as atuais competências da empresa estão menos para a produção e muito mais para a comercialização. A prova é sua política multicanal e seu foco em serviços, tudo visando à estratégia de ampliação de mercado e à maior acessibilidade de seus públicos-alvo. A rápida expansão registrada nos últimos anos deve ter exigido um novo sistema de gestão e de distribuição na empresa. Como esse crescimento foi conduzido na Portobello? Recentemente mudamos todo nosso sistema de gestão, com softwares e processos. Isso foi feito para permitir que César Gomes Júnior é nossa estratégia de presidente da Portobello crescimento pudesse ocorrer sem maiores problemas e minimizasse os impactos que uma política de vendas por múltiplos canais exige. Operar com revestimentos cerâmicos deve exigir uma logística diferenciada. Quais os maiores problemas enfrentados nesse sentido? A Portobello é reconhecida por sua sofisticada logística, necessária para sustentar, principalmente, a entrega de nossos produtos aos clientes finais que compram na Portobello Shop, nossa rede de franquias. En- tregamos nossos produtos, em qualquer quantidade, na casa dos clientes, de Pelotas a Manaus. Atualmente, câmbio, tributo e juros são considerados os maiores empecilhos para o desenvolvimento das empresas brasileiras. Como a empresa dribla ou minimiza esses altos encargos? Em face da perda de competitividade nas vendas para o mercado externo, optamos por qualificar nossas vendas, reduzindo volume e selecionando clientes. O Sr. acredita que o governo tenha dado um impulso ao setor? O PAC é uma promessa e acreditamos que a construção civil é a bola da vez. Quanto da produção é exportado atualmente? Exportamos 37% da nossa produção. A Portobello tem uma forte política de reposição de recursos naturais. De que maneira isso se desenvolve e qual o custo real final para o consumidor? A Portobello tem entre seus principais compromissos a sustentabilidade. Nossas decisões obedecem rigorosamente ao respeito ao meio ambiente. Como tem sido o encaminhamento dos jovens atendidos pelo Projeto Pescar no mercado de trabalho? Temos um Conselho de Responsabilidade Social muito atuante que nos ajuda nas políticas sociais, notadamente, voltadas para as cidades próximas de nossa empresa, com prioridade para os jovens. Como o Sr. avalia o mercado para o segmento de revestimentos cerâmicos? Vislumbramos uma situação promissora. O segmento da construção civil e, por conseqüência, o de revestimentos dá claros sinais de que se fortalecerá.