Laboratório de Física I. Experiência 6 Atenuação da intensidade luminosa. 1 o semestre de 2019

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Transcrição:

4310256 Laboratório de Física I Experiência 6 Atenuação da intensidade luminosa 1 o semestre de 2019 18 de dezembro de 2018

6. Atenuação da intensidade luminosa Introdução Como foi visto, a radiação pode ser absorvida, transmitida ou refletida por um corpo. Por outro lado sabemos, pela nossa experiência, que quanto maior a espessura de um corpo, menor a sua transmissibilidade. Como exemplo podemos pensar numa folha de papel: olhando através da folha em direção do Sol verificamos que a folha transmite alguma radiação visível; fazendo a mesma experiência com um livro grosso, esse não transmite radiação visível. A diferença entre o livro e uma folha separada é a sua espessura. A figura 1 ilustra, esquematicamente, o que acontece com um feixe de radiação de intensidade q 0 (W m 2 ) que, ao passar por uma espessura dx(m) de matéria é, parcialmente, absorvido, tendo, ao final, a intensidade q(w m 2 ). A atenuação de radiação e dado por q q 0 = exp( kx) q = q 0 exp( kx) O coeficiente de atenuação k, que tem como unidade o m 1 (ou mm 1, cm 1 ) é próprio do material e do comprimento de onda da radiação. Ele pode ser determinado experimentalmente medindose a intensidade de uma determinada radiação antes e depois da passagem por uma espessura conhecida do material, calculando o valor de k através da equação acima reescrita: Objetivos Espesificos: k = ln q q 0 x 1. Estudar a atenuação que um feixe de luz monocromática (laser) sofre quando interceptado por um material semitransparente. Graficar os resultados e encontrar os parâmetros da função que descreve este comportamento. 1

A B 4310256 Laboratório de Física I RELATÓRIO / / 2019 Nome: N o USP: Companheiros: Nota EXPERIÊNCIA 6 Atenuação da intensidade luminosa Através do experimento que se segue planejamos estudar a absorção de fótons em um meio material, através do processo conhecido como efeito fotoelétrico. Para estudar a atenuação da luz utilizaremos um feixe de luz monocromática (laser), um sensor da intensidade da luz (fototransistor), um multímetro digital, uma fonte de tensão cc. e um suporte com as folhas de plástico semitransparente. Procedimento: O esquema de montagem segue na figura 1. Lembre-se que a fonte não deve ultrapassar 12 volts; A seguir posicione o laser a 30 cm do fototransistor. Ligue o laser (atrás) e focalize sobre o fototransistor. Faça as respectivas ligações, conforme figura Ligue o voltímetro em tensão DC.; Otimize a iluminação sobre o sensor utilizando a leitura do voltímetro. Compare a medida com a leitura de fundo (sem luz sobre o sensor). A razão deve ser de pelo menos 100. Anote o valor da leitura e a incerteza. Lembre-se que a incerteza é 1% do valor da medida + 2 dígitos.; Valor da leitura: =

6-2 4310256 Laboratório de Física I EXPERIÊNCIA 6 As folhas devem estar entre o laser e o fototransistor. Inicialmente anote a tensão somente com o suporte. A seguir considere cada meia volta em torno do suporte, como sendo uma folha de material semitransparente e preencha a tabela a seguir. Não esqueça a incerteza na tensão. Número de folhas espessura total x, (mm) Tensão 10 3 (V ) 0 0 ± 1 0.005 ± 0.005 ± 2 0.01 ± 0.005 ± 3 0.015 ± 0.01 ± 4 0.02 ± 0.01 ± 5 0.025 ± 0.01 ± 6 0.03 ± 0.01 ± 7 0.035 ± 0.01 ± 8 0.04 ± 0.01 ± 9 0.045 ± 0.01 ± 10 0.05 ± 0.01 ± 11 0.055 ± 0.01 ± 12 0.06 ± 0.01 ± 13 0.065 ± 0.01 ± 14 0.07 ± 0.01 ± Tabela 6.1: Tensão versus número de folhas. Espessura de cada camada de plástico: 0.005 mm Faça o gráfico da tensão em função do número de folhas em papel milimetrado e ou no computador com um pacote estatístico adequado. A curva representa que função?

EXPERIÊNCIA 6 4310256 Laboratório de Física I 6-3 Faça o gráfico da tensão em função do número de folhas em papel mono-log, calcule o coeficiente angular médio e sua incerteza pelo método do paralelogramo. Neste problema quem é o coeficiente angular?

6-4 4310256 Laboratório de Física I EXPERIÊNCIA 6 1 0 0 0 1 0 0 1 0 M e e 1 A função que descreve a relação entre o número de camadas e a intensidade luminosa (medida aqui através da tensão em cima da resistência) é uma função exponencial, dada por: y = y 0 exp( kx) Entretanto como estamos trabalhando com papel Monolog na construção do gráfico (vide Construção de gráficos através do uso de papéis em escala logarítmica: mono-log e di-log, anexos). É interessante trabalhar com essa equação de forma que possamos extrapolar os parâmetros do gráfico: y = y 0 exp( kx)

EXPERIÊNCIA 6 4310256 Laboratório de Física I 6-5 Em seguida isolando α: log y = log y 0 + log exp( kx) log y = log y 0 k(log e)x α = k log e y = y 0 αx α = y 2 y 1 x 2 x 1 k = α/m e = ( ± ), mm 1 Onde e modulo M e = log e da escala na base e, asim como y 2 y 1 e x 2 x 1 são obtidas diretamente do grafíco, medindo-se as distâncias corspondentes com uma régua. Logo a função matemática que descreve esse fenômemo é: Conclusão Conforme pudemos observar pela análise do gráfico feito em papel monolog e subseqüentes extrapolações a função matemática correspondente a esse fenômeno é uma exponencial, o que confirma a premissa téorica de que conforme adicionamos as camadas essa absorção da luz assume uma curva logarítmica.