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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº PR (2002/ )

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RECURSO ESPECIAL Nº RS (2003/ )

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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 295.762 - RS (2000/0140216-1) RELATOR : MINISTRO FRANCIULLI NETTO RECORRENTE : COMPANHIA SUL AMERICANA DE MADEIRAS E COMPENSADOS ADVOGADO : GERSON GIUSTO PADILHA E OUTROS RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADOR : GEORGINE SIMÕES VISENTINI E OUTROS EMENTA TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 106 DO CTN. RETROATIVIDADE DA LEI MAIS BENIGNA. ATO NÃO DEFINITIVAMENTE JULGADO. O Código Tributário Nacional, em seu artigo 106, estabelece que a lei nova mais benéfica ao contribuinte aplica-se ao fato pretérito, razão por que correta a redução da multa nos casos como os da espécie, em que a execução fiscal não foi definitivamente julgada. O referido artigo não especifica a esfera de incidência da retroatividade da lei mais benigna, o que enseja a aplicação do mesmo, tanto no âmbito administrativo como no judicial. Recurso especial provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do "A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator." Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Castro Meira e Eliana Calmon votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Francisco Peçanha Martins. Documento: 488997 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 25/10/2004 Página 1 de 4

Brasília (DF), 05 de agosto de 2004 (Data do Julgamento) MINISTRO FRANCIULLI NETTO Relator Documento: 488997 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 25/10/2004 Página 2 de 4

RECURSO ESPECIAL Nº 295.762 - RS (2000/0140216-1) RELATOR : MINISTRO FRANCIULLI NETTO RECORRENTE : COMPANHIA SUL AMERICANA DE MADEIRAS E COMPENSADOS ADVOGADO : GERSON GIUSTO PADILHA E OUTROS RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADOR : GEORGINE SIMÕES VISENTINI E OUTROS RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO FRANCIULLI NETTO (Relator): Cuida-se de recurso especial, interposto por Cia Sul Americana de Madeiras e Compensados, com fundamento na alínea "a" do inciso III do art. 105 da Constituição da República, contra v. acórdão proferido pelo egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o qual restou ementado da seguinte forma: "TRIBUTÁRIO. EMBARGOS A EXECUÇÃO FISCAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE. INOCORRÊNCIA. REDUÇÃO DO PERCENTUAL. DA MULTA DE MORA. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA. A multa moratória deflui da impontualidade do pagamento do imposto declarado pelo contribuinte ou aplicado pelo Fisco, tem previsão legal, reveste-se de nítido cunho punitivo, e, via de regra, é fixada em bases dilargadas, é irredutível, descabendo ao Poder Judiciário reduzi-la e, muito menos, cancelá-la, a não ser na hipótese de falta de previsão legal ou de extrapolar os limites de lei. A lei fiscal mais benigna não atinge ao ato jurídico perfeito, vale dizer, ao julgamento administrativo definitivo, demonstrado pelo ato de lançamento e certidão de dívida ativa. Apelo desprovido." (fl. 90) Alega a recorrente ofensa ao disposto no artigo 106, II, "c", do Código Documento: 488997 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 25/10/2004 Página 3 de 4

Tributário Nacional, ao argumento de que, inexistindo ato definitivamente julgado, retroage-se a lei posterior que comina penalidade menos severa. Vieram aos autos as contra-razões do Estado do Rio Grande do Sul (fls. 113/123), o qual, por sua vez, alega não ter havido negativa de vigência do dispositivo mencionado; que o recurso especial refere-se a direito local não-comprovado, de modo que deve incidir o art. 337 do CPC e a Súmula n.º 280 do STF; que a disposição contida no art. 106, II, "c", do CTN não alcança multas moratórias, mas apenas as de caráter essencialmente punitivo; que a retroatividade benigna só ocorre quando não-regularmente constituído o crédito tributário ou antes de aplicada a penalidade cabível. É o breve relatório. Documento: 488997 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 25/10/2004 Página 4 de 4

RECURSO ESPECIAL Nº 295.762 - RS (2000/0140216-1) RELATOR : MINISTRO FRANCIULLI NETTO RECORRENTE : COMPANHIA SUL AMERICANA DE MADEIRAS E COMPENSADOS ADVOGADO : GERSON GIUSTO PADILHA E OUTROS RECORRIDO : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADOR : GEORGINE SIMÕES VISENTINI E OUTROS EMENTA TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 106 DO CTN. RETROATIVIDADE DA LEI MAIS BENIGNA. ATO NÃO DEFINITIVAMENTE JULGADO. O Código Tributário Nacional, em seu artigo 106, estabelece que a lei nova mais benéfica ao contribuinte aplica-se ao fato pretérito, razão por que correta a redução da multa nos casos como os da espécie, em que a execução fiscal não foi definitivamente julgada. O referido artigo não especifica a esfera de incidência da retroatividade da lei mais benigna, o que enseja a aplicação do mesmo, tanto no âmbito administrativo como no judicial. Recurso especial provido. VOTO O EXMO. SR. MINISTRO FRANCIULLI NETTO (Relator): A pretensão recursal formulada merece guarida. O Código Tributário Nacional, em seu artigo 106, estabelece que a lei nova mais benéfica ao contribuinte aplica-se ao fato pretérito, razão por que correta a redução da multa nos casos como os da espécie, em que a execução fiscal não foi definitivamente julgada. Documento: 488997 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 25/10/2004 Página 5 de 4

O referido artigo não especifica a esfera de incidência da retroatividade da lei mais benigna, o que enseja a aplicação do mesmo, tanto no âmbito administrativo como no judicial. Nesse sentido, é a jurisprudência pacificada nesta Corte Superior: "TRIBUTÁRIO REDUÇÃO DA MULTA EXECUÇÃO FISCAL NÃO DEFINITIVAMENTE JULGADA APLICABILIDADE. O artigo 106 do CTN admite a retroatividade, em favor do contribuinte, da lei mais benigna, nos casos não definitivamente julgados. Recurso provido" (REsp 243.188/RS, Rel. Min. Garcia Vieira, Primeira Turma, por unanimidade, DJ 24/04/2000). A título de mero reforço, cito os seguintes julgados: REsp 250.300/RS, DJ 07/10/1999, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros; REsp 238.683/RS, DJ 23/06/2000, Rel. Min. Francisco Falcão; REsp 298.427/RS, DJ 09/06/2000, Rel. Min. Garcia Vieira; REsp 182.796/RS, DJ 30/06/2000, Rel. Min. Eliana Calmon; REsp 260.869/RS, DJ 23/08/2000, Rel. Min. Nancy Andrighi. Pelo que precede, conheço do recurso especial, para, no mérito, dar-lhe provimento, de modo que as partes arcarão com as verbas de sucumbência, atendido o valor estabelecido na origem, na proporção do respectivo decaimento. É como voto. Ministro FRANCIULLI NETTO, Relator.. Documento: 488997 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 25/10/2004 Página 6 de 4

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2000/0140216-1 RESP 295762 / RS Número Origem: 599387248 PAUTA: 01/06/2004 JULGADO: 05/08/2004 Relator Exmo. Sr. Ministro FRANCIULLI NETTO Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro FRANCIULLI NETTO Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. BRASILINO PEREIRA DOS SANTOS Secretária Bela. BÁRDIA TUPY VIEIRA FONSECA AUTUAÇÃO RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO PROCURADOR : COMPANHIA SUL AMERICANA DE MADEIRAS E COMPENSADOS : GERSON GIUSTO PADILHA E OUTROS : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL : GEORGINE SIMÕES VISENTINI E OUTROS ASSUNTO: Execução Fiscal - Embargos CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator." Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Castro Meira e Eliana Calmon votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Francisco Peçanha Martins. O referido é verdade. Dou fé. Brasília, 05 de agosto de 2004 BÁRDIA TUPY VIEIRA FONSECA Secretária Documento: 488997 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 25/10/2004 Página 7 de 4