ANÁLISE DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PACIENTES DE UTI DE 2007 A 2017: REVISÃO SISTEMATICA DA LITERATURA ANA FLORISE, M. O 1.; RAIMUNDO NONATO, C. M.J 2 1 Biomédica e Graduanda do Curso de Farmácia da Faculdade de Ciências e Tecnologias do Maranhão (FACEMA). Caxias-MA, Brasil. 2 Farmacêutico Bioquímico Doutor em Agentes Infecciosos e Parasitários pela (UFPA). Para-Brasil RESUMO Objetivo: Analisar as interações medicamentosa em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva entre os anos de 2007 à 2017. Método: Estudo de revisão sistemática de caráter qualitativo e exploratório. Utilizou-se 11 artigos após aplicação dos critérios de inclusão que foram: publicações em língua portuguesa e espanhola, completos e gratuitos, disponíveis nas bases de dados Scielo, Lilacs, Pubmed e Google Acadêmico. Resultados e Discussão: As interações medicamentosas podem produzir eventos adversos, muitas vezes negativo induzindo ao insucesso terapêutico do paciente. Alguns fatores interferem no aparecimento dessas interações, como: idade, gênero, número de fármacos utilizados, característica dos medicamentos, fisiologia do paciente, tipos e estagio da enfermidade e duração do tratamento. Conclusão: Esse presente trabalho é essencial para que se possa compreender a realidade dos hospitais e do serviço farmacêutico quanto a interações medicamentosas. Sugere-se a continuidade das pesquisas sobre a temática, sobretudo na busca de novas tecnologias de monitoramento das interações medicamentosas, como também, promovendo discussões a respeito do papel do farmacêutico clínico na promoção do uso correto e racional dos fármacos. _ ABSTRACT Objective: To analyze the drug interactions in Intensive Care Unit patients between 2007 and 2017. Method: A systematic review of a qualitative and exploratory study. Eleven articles were used after application of the inclusion criteria, which were: Portuguese and Spanish publications, complete and free, available in the databases Scielo, Lilacs, Pubmed and Google Scholar. Results and discussion: Drug interactions can produce adverse events, often negative inducing the patient's therapeutic failure. Some factors interfere in the appearance of these interactions, such as: age, gender, number of drugs used, characteristics of medications, patient physiology, types and stage of the disease and duration of treatment. Conclusion: This essential work is
present so that it is possible to understand, in real time, two hospitals for pharmaceutical services as well as for drug interactions. Suggestions are made for research on the subject, especially in the search for new technologies for the monitoring of drug interactions, as well as promoting discussion of the role of clinical pharmacist in the promotion of the rational and rational use of two drugs. Keywords - Drug Interactions. UTI. Hospital. Adverse effects. INTRODUÇÃO Segundo Hammes (2008), com auxilio de um grupo de profissionais da saúde pacientes em estado grave, são levados as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), locais que monitoram e acompanham o paciente para restaurar seu quadro clínico. Os pacientes na UTI fazem uso de um elevado número de fármacos devido a complexidade terapêutica e devido a isso tem maior chance de desenvolver uma interação medicamentosa. (CARVALHO et al, 2013) METODOLOGIA Estudo de revisão sistemática de caráter qualitativo e exploratório. Utilizou-se 11 artigos após aplicação dos critérios de inclusão que foram: publicações em língua portuguesa e espanhola, completos e gratuitos, disponíveis nas bases de dados Scielo, Lilacs, Pubmed e Google Acadêmico. RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 01: Organograma de Seleção dos artigos selecionados Identificados 107 Selecionados 28 Não Selecionados 79 Não atendem 17
Atendem 11 Fonte: Autora Própria, 2018. a seguir: O presente estudo apresentou os seguintes quesitos que nortearam as discussões a) Conceito de Interação Medicamentosa Observou-se nos estudos de Almeida (2007), Mazzola (2011) e Oliveira-Paula (2014), a definição de interação medicamentosa em que, para eles é uma combinação de fármacos provocando alterações no efeito de ambos, após, ou antes de sua utilização, atestando assim fracasso nos resultados no tratamento do paciente.. a)fatores de risco para ocorrência de interações medicamentosas Verifica-se que há fatores que promovem a ocorrência das interações medicamentosas como os destacados por Plaza (2010), Mazzola (2011), Vieira (2012), Carvalho (2013), Alvim (2015) e Garske (2016), como os pacientes hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde eles estão mais propensos em apresentar eventos adversos uma vez que a exposição a um número grande de remédios contribuem para essa circunstância, também, o tempo de internação em UTI, número quantitativo de fármacos utilizados no tratamento de acordo com a enfermidade o estado de gravidade da patologia, idade fisiológica do paciente, onde idosos possuem maior vulnerabilidade imunológica. Por outro lado, outros estudos promovem mais conceitos a respeito das enfermidades consideradas de alto risco, destacam-se Hammes (2008) e Oliveira-Paula (2014), onde falam sobre a insuficiência renal, hepatopatias como a hepatite viral aguda e a cirrose, além do quadro de choque. b) Classificação das interações medicamentosas
Para Almeida (2007), Lima; Cassiani (2009), Plaza (2010), Mazzola (2011), Vieira (2012), Carvalho (2013), Oliveira-Paula (2014), Alvim (2015), Garske (2016) e Moreira (2017) teve consenso no uso do sistema de banco Micromedex Healthcare Series. Por outro lado, para Hammes (2008), o utilizou o software ifacts 2005 versão para Palm OS. Por conseguinte, Almeida (2007), Hammes (2008), Plaza (2010), Mazzola (2011), Alvim (2015), Garske (2016) e Moreira (2017), selecionaram-se os critérios de classificação quanto a gravidade. Considerou-se como alta ou maior, o paciente que tem risco de morte, onde é necessária uma interferência médica. Moderada, quando há chances de agravamento, e baixa gravidade, quando só afeta o efeito clínico. c) Dados relevantes nas pesquisas de 2007 a 2017 dentro da limitação dessa presente estudo Segundo, Almeida (2007), Lima & Cassiani (2009), Plaza (2010), Vieira (2012), e Carvalho (2013), os fármacos fenitoina e fentanil apareceram nas prescrições dos pacientes de unidade de terapia intensiva em maior proporcção quando comparado aos outros medicamentos. Também, porque analgesia é uma área recorrente dentro do setor de UTI, (Mazzola, et. Al., 2011). CONCLUSÃO Esse presente trabalho é essencial para que se possa compreender a realidade dos hospitais e do serviço farmacêutico quanto a interações medicamentosas. Sugere-se a continuidade das pesquisas sobre a temática, sobretudo na busca de novas tecnologias de monitoramento das interações medicamentosas, como também, promovendo discussões a respeito do papel do farmacêutico clínico na promoção do uso correto e racional dos fármacos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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