Informações preliminares:...2



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Transcrição:

INDICE Informações preliminares:...2 Dados gerais de identificação da unidade Apresentação Rol de ações do Plano Plurianual de Governo (PPA) no Banco Central do Brasil Comentários sobre:...10 Execução e avaliação dos programas de Governo Medidas para saneamento de disfunções estruturais ou situacionais que prejudicaram o alcance de metas e objetivos Indicadores de gestão no Bacen e instrumentos de aferição da satisfação de clientes/usuários Programa Desenvolvimento do Sistema Financeiro Nacional:...14 Visão geral do programa e das ações Detalhamento das ações executadas no âmbito do BC Pag. Programa Gestão das Políticas Monetária, Cambial e de Crédito:...61 Visão geral do programa e das ações Detalhamento das ações executadas no âmbito do BC Outros programas:...106 Visão geral dos programas e das ações Detalhamento das ações executadas no âmbito do BC Demonstrativo do fluxo financeiro de projetos ou programas financiados com recursos externos: Planilha da execução com recursos do BIRD e comentários adicionais...108 Transferências de recursos mediante convênio, acordo, ajuste, contrato de repasse, termo de parceria ou outros instrumentos congêneres - instrumentos em vigor em 2005...109 Anexo I - Levantamento de dados estatísticos...116 Anexo II - Aferição da satisfação de clientes/usuários...119 Anexo III - Anexo IV - Anexo V - Anexo VI - Fundos administrados pelo BC...121 Gastos com Cartões de Crédito...122 Organograma...125 Fiscalização e controle exercidos sobre a Fundação Banco Central de Previdência Privada Centrus...126 2

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DO BRASIL AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO RELATÓRIO DE GESTÃO 2005 APRESENTAÇÃO O presente Relatório de Gestão, que integra a Prestação de Contas do Presidente do Banco Central do Brasil ao Tribunal de Contas da União exercício de 2005 - foi elaborado em conformidade com a Decisão Normativa nº 71/2005 do Tribunal de Contas da União e em consonância, ainda, com o contido no Manual do Serviço de Administração Financeira do Banco Central do Brasil (MSF 66-03-02-00). O Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, o Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Responsabilidade Fiscal direcionam claramente o foco da gestão pública para a qualidade na utilização dos recursos públicos. Assim, apresenta-se neste relatório a atuação do Banco Central segundo os Programas do Governo Federal e suas respectivas ações, desenvolvidas no âmbito da Instituição. Foram envidados esforços no sentido de adequar as informações à proposta de estrutura do Relatório de Gestão, objeto da Decisão Normativa acima citada. O Banco Central do Brasil, criado pela Lei nº 4.595, de 31.12.1964, é uma Autarquia Federal vinculada ao Ministério da Fazenda, com sede e foro na Capital da República e atuação em todo o território nacional. Tem por finalidade a formulação, a execução, o acompanhamento e o controle das políticas monetária, cambial, de crédito e de relações financeiras com o exterior; a supervisão, disciplina e fiscalização do sistema financeiro nacional; e, ainda, a gestão dos serviços do meio circulante. As competências do Banco Central estão definidas no art. 164 da Constituição Federal, na Lei nº 4.595 e em legislação complementar. Sua missão institucional, revista periodicamente pela alta administração da Instituição, conforme metodologia do planejamento institucional, é: "Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro nacional". O Banco Central tem sede em Brasília, com representações regionais em outras nove localidades, indicadas abaixo: Localidade Endereço Telefones (PABX) Belém Boulevard Castilhos Franca, 708 - Centro Fone: (91) 3181-2008 Caixa Postal: 651 CNPJ: 00.038.166/0002-88 66010-020 - Belém PA Belo Horizonte Avenida Álvares Cabral, 1605 - Santo Agostinho Fone: (31) 3253-77180 CNPJ: 00.038.166/0003-69 30170-001 - Belo Horizonte - MG. e 3253-7422 Brasília (Sede) SBS Quadra 3 Bloco B - Ed. Sede Fone: (61) 3414-1414 Caixa Postal: 08670 CNPJ: 00.038.166/0001-05 70074-900 - Brasília DF Curitiba Rua Carlos Pioli, 133 - Bom Retiro Fone: (41) 3313-2800 CNPJ: 00.038.166/0004-40 80520-170 - Curitiba PR. Fortaleza Avenida Heráclito Graça, 273 - Centro Fone: (85) 3211-5436 e Caixa Postal: 891 3211-5429 CNPJ: 00.038.166/0005-20 60140-061 - Fortaleza CE Porto Alegre Rua 7 de Setembro, 586 - Centro Caixa Postal: 919 Fone: (51) 3215-7100 CNPJ: 00.038.166/0006-01 90010-190 - Porto Alegre - RS Recife CNPJ: 00.038.166/0007-92 Rio de Janeiro CNPJ: 00.038.166/0010-98 Salvador CNPJ: 00.038.166/0008-73 Rua da Aurora, 1259 - Santo Amaro 50040-090 - Recife PE Avenida Presidente Vargas, 730 - Centro Caixa Postal: 495 20071-001 - Rio de Janeiro - RJ Avenida Garibaldi, 1211 - Ondina Caixa Postal: 44 40176-900 - Salvador BA. 3 Fone: (81) 3413-4207 e 3413-4200 Fone: (21) 3805-5244 Fone: (71) 3203-4545 e 3203-4500

Localidade Endereço Telefones (PABX) São Paulo Avenida Paulista, 1804 - Bela Vista Caixa Postal: 894 Fone: (11) 3491-6122 CNPJ: 00.038.166/0009-54 01310-922 - São Paulo SP Localidades onde as atividades do Departamento do Meio Circulante (Mecir) são desenvolvidas em endereços distintos dos citados: Localidade Endereço Telefone Curitiba Rua Cândido Lopes, 35 - Centro (41) 3304-7374 80020-060 - Curitiba - PR Porto Alegre Avenida Alberto Bins, 348 - Centro (51) 3215-7380 90030-140 - Porto Alegre RS. Rio de Avenida Rio Branco, 30 - Centro (21) 3805-6281 Janeiro 20090-001 - Rio de Janeiro - RJ. Salvador Avenida da França, s/n - Anexo ao Banco do Brasil - Comércio 40010-000 - Salvador - BA. (71) 3322-6555 ramal 022 Dados do SIAFI: a) Função de governo: executora; b) Gestão: 17804; c) Unidade Gestora: 173057; d) Situação: ativo. Observaram-se as seguintes mudanças de estrutura no Banco Central do Brasil, no exercício de 2005: a) Reestruturação da Diretoria de Fiscalização (Difis), com a extinção dos seguintes departamentos: Desin, Decif, Defin, Decec, a redefinição das funções do Departamento de Supervisão Direta - Desup e a criação de cinco novos departamentos, Desuc, Desig, Decic, Decop e Decap, por intermédio do Voto BCB 169/2005, de 15.06.2005, os quais ficaram responsáveis pelas atividades a seguir descritas: Departamento de Supervisão de Bancos e de Conglomerados Bancários DESUP Fiscalização das instituições financeiras bancárias (exceto cooperativas de crédito) e demais instituições vinculadas aos respectivos conglomerados, excetuando-se as administradoras de consórcio vinculadas a instituições bancárias; Departamento de Supervisão de Cooperativas e Instituições Não Bancárias e de Atendimento de Demandas e Reclamações DESUC Fiscalização das cooperativas de crédito, sociedades de crédito ao microempreendedor, administradoras de consórcio, agências de fomento e demais entidades financeiras independentes (corretoras, distribuidoras, financeiras, associações de poupança e empréstimo, sociedade de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil, e companhias hipotecárias), bem como os conglomerados financeiros que não possuam entre suas empresas bancos de qualquer espécie; tratamento e acompanhamento das questões trazidas pelo cidadão relativamente a todas as instituições sob a supervisão do Banco Central, principalmente no que se refere a denúncias e reclamações; Departamento de Supervisão Indireta e Gestão da Informação DESIG Fiscalização indireta das instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional e das administradoras de consórcios mediante o monitoramento contábil, de riscos de mercado, de liquidez e de crédito das mencionadas instituições, coleta e gestão das informações encaminhadas por essas instituições em atendimento às demandas de informação do Banco Central para fins de supervisão e, sobretudo, para estudos de estabilidade financeira e risco sistêmico; gerenciamento dos pedidos de informações recebidos do poder judiciário referentes a existência de disponibilidade de valores em nome de pessoas físicas e jurídicas no sistema bancário. 4

Departamento de Combate a Ilícitos Financeiros e Dupervisão de Câmbio e Capitais Internacionais DECIC Fiscalização das operações cambiais e de capitais internacionais, incluindo a coleta e gestão de informações sobre os respectivos fluxos: ações de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e relacionamento com outros órgãos nacionais e internacionais vinculados ao tema. Departamento de Controle de Gestão e Planejamento da Supervisão DECOP No âmbito da Área de Fiscalização, será o responsável pelo: Planejamento e controle de gestão das ações de fiscalização e do gerenciamento dos projetos estratégicos: elaboração e execução orçamentária: assessoria ao desenvolvimento de sistemas; formulação, coordenação de ações de treinamento e demais atividades de suporte logístico; prestação de assessoria ao Diretor de Fiscalização nos aspectos de relacionamento com organismos de supervisão de outros países e nas definições de diretrizes para a instauração de processos administrativos punitivos. Departamento de Controle e Análise de Processos Administrativos Punitivos DECAP Condução, controle, análise e decisão dos processos administrativos punitivos instaurados pela Área de Fiscalização. b) Criação da Gerência de Segurança (GERSE), pelo Voto BCB 287/2005, de 27/10/2005, vinculada à Diretoria de Administração (DIRAD) com atribuições de planejamento, administração, operacionalização e controle de todas as atividades de segurança no Banco Central, em todas as praças; c) Mudança na sigla de designação da Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil, que passa a ser PGBCB, com as mesmas atribuições que lhe compete, conforme Portaria 31.175, de 28/06/2005 Todas as ações do Banco Central fazem parte de programas de governo inscritos no Plano Plurianual (PPA), sendo que as ações finalísticas, ou seja, aquelas diretamente vinculadas à missão institucional, fazem parte dos programas "Desenvolvimento do Sistema Financeiro Nacional" e "Gestão das Políticas Monetária, Cambial e de Crédito", ambos gerenciados por membros da diretoria colegiada. Para fins deste relatório, foi obedecida a estrutura correspondente à do PPA, ou seja, associando-se as atividades e projetos (e as unidades administrativas que os implementam) a programas e ações do plano plurianual. Cabe ressaltar que as realizações das unidades da áreameio e de assessoramento são apresentadas no escopo das ações em que foram inscritas suas dotações orçamentárias, embora seus serviços se destinem a toda a organização e, conseqüentemente, a todas as ações do PPA de responsabilidade do Banco Central. Em relação ao cumprimento, no âmbito de cada ação, das metas físicas estabelecidas no PPA, cumpre registrar que os produtos estabelecidos são, em geral, inadequados para refletir o real objetivo da atuação do Banco, e que o próprio conceito de "meta", apontando uma quantidade de produto que se pretende atingir, não condiz com o que é efetivamente realizado - em geral trata-se de estimativas baseadas em médias históricas, impróprias para refletir o desempenho de programas caracterizados como de gestão de políticas, como é o caso do programa "Gestão das Políticas Monetária, Cambial e de Crédito" ou de natureza complexa como o programa "Desenvolvimento do Sistema Financeiro Nacional". Nesse sentido, é mais adequada a consulta, adiante, ao texto introdutório de cada programa, no qual são comentadas as principais realizações, assim como o detalhamento da atuação dos diversos setores da Instituição. Não obstante, apresentamos a seguir, os objetivos e as metas pactuados na Lei Orçamentária Anual. 5

Programa: Desenvolvimento do Sistema Financeiro Nacional - 0776 Problema: Necessidade de manutenção de um sistema financeiro nacional sólido, ou seja, sem ocorrência de situações de iliqüidez das instituições financeiras e demais instituições sob supervisão do BCB, e, ainda, de irregularidades de outras naturezas que possam acarretar fragilidades ao sistema financeiro nacional ou prejuízos a seus correntistas, seus clientes e à economia como um todo. Objetivo: Assegurar a solidez do sistema financeiro nacional Público Alvo Instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central Ações (Produto/Unidade de Medida) Metas Físicas Metas Financeiras Previsto Realizado Previsto Realizado Assistência Médica e Odontológica aos Servidores, Empregados e seus Dependentes - 2004 (PESSOA 30.790,00 27.995,00 14.483.616 14.483.616 BENEFICIADA/UNIDADE) Assistência Pré-Escolar aos Dependentes dos Servidores e Empregados - 2010 (criança de 0 a 6 914,00 812,00 746.153 679.059 anos atendida/unidade) Auxílio-Alimentação aos Servidores e Empregados - 2012 (SERVIDOR BENEFICIADO/UNIDADE) 5.254,00 4.654,00 9.578.693 7.933.578 Auxílio-Transporte aos Servidores e Empregados - 2011 (SERVIDOR BENEFICIADO/UNIDADE) 560,00 360,00 684.769 395.794 Capacitação para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de atuação do BACEN junto ao Sistema Financeiro Nacional - 3588 (PROFISSIONAL 60,00 0,00 500.000 0,00 CAPACITADO/UNIDADE) Construção de Edifício do Banco Central do Brasil em Curitiba - PR - 1655 (OBRA REALIZADA/% de 39,00 40,343 10.568.589 10.568.589 execução física) Construção de Novo Edifício do Banco Central do Brasil no Rio de Janeiro - RJ - 7686 (OBRA 3,00 0,793 100.000 7.933 EXECUTADA/% de execução física) Contribuição à Previdência Privada - 0110 (Não Informado / Não Informado) Contribuição da União, de suas Autarquias e Fundações para o Custeio do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais. Estudos para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de atuação do BACEN junto ao Sistema Financeiro Nacional - 3593 (ESTUDO REALIZADO/UNIDADE) Gestão e Administração do Programa - 2272 (Não Informado / Não Informado) Ordenamento do Sistema Financeiro Nacional - 2091 (HOMOLOGACAO CONCEDIDA/UNIDADE) Regulamentação do Sistema Financeiro Nacional - 2099 (Norma publicada/unidade) Sistema de Informações Banco Central do Brasil - SISBACEN - 2089 (sistema mantido/unidade) Supervisão do Sistema Financeiro Nacional - 2832 (FISCALIZACAO REALIZADA/UNIDADE) Sem Produto/Unidade de Medida Sem Produto/Unidade de Medida 21.202.358 20.192.783 114.092.984 113.963.490 (*) 2,00 0,00 1.500.000 0,00 0,00 32.704,00 636.675.842 628.672.054 4.000,00 3.601,00 450.000 278.757 160,00 181,00 450.000 293.110 1,00 1,00 81.221.684 76.041.275 2.600,00 2.070,00 7.053.412 5.833.701 TOTAL 899.308.100 879.343.739 (*) Este valor realizado da Ação Contribuição da União para o Custeio do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais não foi capturado do Siafi pelo Sigplan, portanto o valor total do Programa que consta do Sigplan é de R$ 765.380.249,00. 6

Programa: Gestão das Políticas Monetária, Cambial e de Crédito 0771 Problema: O processo inflacionário promove a dispersão dos preços relativos, o que gera má distribuição dos recursos e reduz o bem estar da sociedade. Outro efeito é a perda da capacidade de avaliação dos custos e valores, que dificulta o planejamento e o crescimento consistente da economia. Assim, a estabilidade de preços é condição básica para a manutenção do crescimento sustentado. Objetivo Assegurar o cumprimento das metas para a inflação definidas pelo Governo Federal Público Alvo Governo Federal Ações (Produto/Unidade de Medida) Metas Físicas Metas Financeiras Capacitação de Servidores Públicos Federais em Processo de Qualificação e Requalificação - 4572 (SERVIDOR CAPACITADO/UNIDADE) Formulação e Gerenciamento da Política Monetária, Cambial e de Crédito - 2098 (Norma publicada/unidade) Publicidade de Utilidade Pública - 4641 (Não Informado / Sem Produto/Unidade de Não Informado) Medida Previsto Realizado Previsto Realizado 5.012,00 5.975,00 3.468.060,00 2.781.246,00 645,00 695,00 7.743.869,00 6.260.246,00 4.000.000,00 1.234.150,00 TOTAL 15.211.929,00 10.275.642,00 PROGRAMAS E AÇÕES - Participação do Banco Central O Banco Central participa de quatro programas, sendo responsável por dois deles e por duas operações especiais. I - Programas de Gestão de Políticas Públicas Referem-se a programas que resultam na formulação, coordenação, supervisão e divulgação de políticas públicas. 1) Gestão das Políticas Monetária, Cambial e de Crédito Órgão Responsável: Banco Central do Brasil Gerente: Afonso Sant'Anna Bevilaqua - Tel: (61) 3414-3231/5244 - e-mail: afonso.bevilaqua@bcb.gov.br Gerente-Executivo: Katherine Hennings - Tel: (21) 3805-5244 - e-mail: katherine.hennings@bcb.gov.br Ações Tipo de Ação Formulação e Gerenciamento das Políticas Monetária, Cambial e de Crédito. Publicidade de Utilidade Pública. Capacitação de Servidores Públicos Federais em Processo de Qualificação e Requalificação Unidades participantes Atividade Unidades da Presi, Dipec, Dipom e Direx e o Mecir Atividade Secre/Surel Atividade Depes 7

2) Gestão da Participação em Organismos Internacionais Órgão Responsável: Ministério das Relações Exteriores MRE Ações Tipo de Ação Contribuição ao Centro de Estudos Monetários Latino-Americanos CEMLA Contribuição ao Conselho Internacional de Museus - ICOM Contribuição ao Instituto Internacional de Finanças - IIF II - Programas Finalísticos Operação Especial Operação Especial Operação Especial Unidades participantes Derin Secre/Surel Derin Referem-se a programas que resultam em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade. 1) Desenvolvimento do Sistema Financeiro Nacional Órgão Responsável: Banco Central do Brasil Gerente: João Antônio Fleury Teixeira - Tel: (61) 3 414-1100 - e-mail: fleury@bcb.gov.br Gerente Executivo: José Clovis. B. Dattoli - Tel: (61) 3414-1070 - e-mail: clovis.dattoli@bcb.gov.br Supervisão do Sistema Financeiro Nacional Regulamentação do Sistema Financeiro Nacional Ordenamento do Sistema Financeiro Nacional Ações Tipo de Ação Sistema de informações Banco Central do Brasil - SISBACEN Gestão e Administração do Programa Assistência Médica e Odontológica aos Servidores, Empregados e seus Dependentes Assistência Pré-Escolar aos Dependentes dos Servidores e Empregados Auxílio-Alimentação aos Servidores e Empregados Auxílio-Transporte aos Servidores e Empregados Contribuição à Previdência Privada Unidades participantes Atividade Unidades da Difis e da Dilid Atividade Denor Atividade Deorf Atividade Deinf Atividade Unidades da Dirad Atividade Depes Atividade Depes Atividade Depes Atividade Depes Atividade Depes Construção de Edifício do Banco Central do Brasil em Curitiba PR Projeto Demap Construção do Edifício do Mecir no Rio de Janeiro RJ Projeto Demap Estudos para Aperfeiçoamento dos Instrumentos de Atuação do Bacen junto ao Sistema Financeiro Nacional Contribuição da União, de suas Autarquias e Fundações para o Custeio do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais Projeto Operação especial Gepro Depes e Ministério da Previdência Social 8

III - Operações Especiais Referem-se às despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resultam em produto e não geram contraprestação sob a forma de bem ou serviço. Referem-se aos Encargos Especiais relativos a transferências, ressarcimentos, indenizações e outras afins, que representam agregação neutra. 1) Cumprimento de Sentenças Judiciais Órgão Responsável: Banco Central do Brasil Ações Cumprimento de Sentença Judicial Transitada em Julgado (Precatórios) Devida pela União, Autarquias e Fundações Públicas Cumprimento de Débitos Judiciais Periódicos Vincendos Devidos pela União, Autarquias e Fundações Públicas Federais Unidades participantes PGBCB e Deafi PGBCB e Deafi 2) Serviço da Dívida Externa (Juros e Amortizações) Órgão Responsável: Banco Central do Brasil Ações Amortização e Encargos de Financiamento da Dívida Contratual Externa Unidades participantes Deafi EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE GOVERNO As unidades que compõem o Banco Central do Brasil orientam sua atuação pela execução das ações de Programas do Governo Federal inscritos no PPA. O acompanhamento da execução das ações do PPA é realizado por meio do Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento (Sigplan), do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), no qual são registrados, mensalmente, os dados relativos à realização da meta física definida para a ação e das restrições e dificuldades detectadas, bem como das providências adotadas para solução dos problemas. Trimestralmente as informações registradas pelos Coordenadores de Ações são validadas pelo Gerente-Executivo do Programa. A avaliação dos programas é realizada anualmente e registrada em módulo específico do Sigplan. Essas informações estão disponibilizadas para consulta na página www.sigplan.gov.br, na Internet. Ao longo do presente relatório, no detalhamento de cada ação, serão apontadas as principais realizações, assim como as restrições sofridas e as providências adotadas, representando um quadro abrangente, tanto da atuação finalística da Instituição quanto dos aspectos administrativos internos. MEDIDAS PARA SANEAMENTO DE DISFUNÇÕES ESTRUTURAIS OU SITUACIONAIS De maneira geral, os coordenadores de ações apontam as dificuldades orçamentárias e, sobretudo, as financeiras como elementos perturbadores do bom andamento dos trabalhos. A relativa imprevisibilidade e a inconstância do fluxo de recursos financeiros provocam atrasos e distorções na execução das atividades, chegando mesmo à suspensão de projetos. Outra restrição importante apontada por vários coordenadores diz respeito à falta de pessoal qualificado, devido à irregularidade na realização de concursos e na evasão de novos servidores, já treinados, para outras instituições públicas ou para a iniciativa privada. 9

INDICADORES DE GESTÃO/ INSTRUMENTOS DE AFERIÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS CLIENTES/USUÁRIOS O Banco Central reporta-se a diferentes usuários/beneficiários, compreendendo, resumidamente, o Governo Federal, os órgãos e entidades integrantes do sistema financeiro nacional e a população usuária dos serviços das instituições inscritas em seu raio de ação, o que torna especialmente complexa a tarefa de selecionar ou desenvolver indicadores. Como executor de políticas governamentais, a Instituição tem por finalidade cumprir o mais fielmente possível as diretrizes governamentais; na qualidade de órgão supervisor, zelar pela integridade e bom funcionamento do sistema financeiro e, ainda, como prestador de serviços diretos e indiretos à população, relacionar-se com os diversos setores da sociedade. Finalmente, no espaço intrainstitucional, dá-se a relação com os servidores, empresas prestadoras de serviços, estagiários e menores-aprendizes. Logo, diante do amplo espectro de atuação, a avaliação da eficácia e da efetividade de seu desempenho não poderia passar por um único instrumento de medição. Cabe informar, contudo, que os dois principais macroprocessos do Banco Central e que correspondem aos dois programas do PPA geridos pela autarquia contam com indicador de desempenho (eficácia). Assim, atribuiu-se como indicador do programa "Gestão das Políticas Monetária, Cambial e de Crédito" o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), utilizado na mensuração da inflação no período e balizado pelas metas para a inflação estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Por razões conceituais, o programa, classificado na categoria "gestão de políticas públicas", não conta mais com o indicador. No entanto, no âmbito do Banco Central, ele continua sendo utilizado, uma vez que expressa com alto grau de coerência o resultado que se busca por meio da execução de suas ações. Em relação ao programa "Desenvolvimento do Sistema Financeiro Nacional", foi aceito pelo Ministério do Planejamento o indicador: "nível de enquadramento às exigências de capitalização por parte das instituições financeiras e conglomerados bancários", que reflete, ainda que parcialmente, a eficácia da atuação do Banco Central quanto à manutenção de condições seguras no ambiente do sistema financeiro nacional. Objetivando avaliar o desempenho do programa, a Diretoria de Fiscalização ficou encarregada de calcular e divulgar esse índice. A partir de 2005 foram iniciados estudos e pesquisas visando à construção de indicadores de desempenho para diversas atividades realizadas na Instituição. Atualmente, algumas áreas procedem ao regular levantamento de dados estatísticos (ver Anexo I) decorrentes da execução de suas atividades, que poderão vir a serem utilizados na definição dos indicadores de gestão da organização. Merece registro a redução obtida com a aquisição de passagens aéreas. A política adotada possibilitou uma economia de R$ 8.278.865,36, se compararmos o valor pago pelas tarifas promocionais em relação ao valor que seria gasto, caso fosse utilizada a tarifa balcão. Os descontos obtidos em 2005 representaram uma economia de 55,45%. Comparando-se com a redução obtida no exercício de 2004 (53,24%), constata-se que houve um ganho de eficiência da ordem de 2,21% Quanto aos instrumentos de aferição da satisfação dos clientes/usuários, cumpre informar que ainda não foi desenvolvida metodologia consistente para avaliar de forma sistemática, a satisfação dos usuários dos serviços do Banco Central. No entanto, algumas iniciativas têm sido empreendidas, como pesquisas junto ao público nas Centrais de Atendimento ao Público; pesquisas sobre a relação do brasileiro com o dinheiro e divulgação do ranking das instituições financeiras relativamente ao número de reclamações recebidas. No Anexo II são apresentadas as formas atuais de aferição da satisfação dos clientes/usuários dos serviços do Banco Central, por área. ATUAÇÃO DO BANCO CENTRAL JUNTO AO CIDADÃO No que diz respeito aos indicadores sociais, destacam-se, como marcos das principais vertentes da interação direta do Banco Central com a sociedade, as seguintes iniciativas: 10

1 - CENTRAL DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO (CAP) Relacionamento Institucional O contato das Centrais de Atendimento ao Público (CAPs) do Banco Central com diversas instituições, tais como Receita Federal, Procuradorias Gerais e Associações de Magistrados dos Estados, Tribunais de Pequenas Causas, Defensorias Públicas dos Estados, Procons estaduais e municipais, Associações de Defesa da Cidadania e dos Consumidores, Secretarias de Educação e Cultura, embaixadas e consulados, universidades e comunidade acadêmica proporcionou valiosas oportunidades para implementar a integração do Banco Central com vários segmentos da sociedade e divulgar à comunidade os produtos e serviços oferecidos. Tais ações foram particularmente desenvolvidas no âmbito das Gerências Técnicas regionais da Secre/Surel, até julho/2005, a partir de quando se verificou a transferência, para o recém-criado Departamento de Supervisão de Cooperativas e Instituições Não Bancárias e de Atendimento a Demandas e Reclamações - Desuc, do total de recursos humanos localizados nas dependências regionais da Secre/Surel. O permanente contato entre as CAPs e as instituições financeiras e administradoras de consórcios colaborou sensivelmente para a promoção dos avanços na qualidade do atendimento prestado pelas instituições aos clientes e usuários do sistema financeiro nacional. Números Também o contato com órgãos de classe proporcionou maior transparência às ações das Centrais de Atendimento ao Público na defesa dos interesses do cidadão. Sob esse aspecto, destaca-se a participação no VI Seminário de Atendimento Bancário da Febraban, por meio de participação em grupo de trabalho cujo tema foi "A educação para o consumo como princípio básico de cidadania". Atendimento ao Cidadão Durante o ano, centenas de milhares de cidadãos foram diretamente atendidos pelas Centrais, por meio dos quatro possíveis canais interativos de contato direto da sociedade com o Banco Central: o telefone 0800-992345, correspondências, e-mails (a partir da criação do RDR, internet) e atendimento presencial, em cada uma das dez Centrais de Atendimento ao Público da Instituição. No final do primeiro semestre foi aprovado o Voto BCB-169/2005, que dispõe sobre reorganização administrativa da Área de Fiscalização e sobre transferência para a Área de Fiscalização de atividades desenvolvidas pelas Centrais de Atendimento ao Público (CAPs). Conforme texto do Voto, com a aquisição pelo Banco de um sistema informatizado de gestão integrada, que incluía o módulo CRM (Customer Relationship Management), haveria a "racionalização dos atuais procedimentos de trabalho destinados ao atendimento aos pedidos de informação, denúncias/reclamações formuladas pelos cidadãos". Com isso, servidores anteriormente dedicados ao atendimento ao público foram deslocados para atividades de fiscalização, tendo sido concentrados os atendimentos por carta, telefone e Internet na Sede, em Brasília, a cargo da Central de Atendimento ao Público, instância integrante da Secretaria de Relações Institucionais do BC. Assim, passou a ser competência da Área de Fiscalização "a adoção dos procedimentos de apuração de denúncias/reclamações apresentadas pelo cidadão e supervisão das soluções dadas pelas instituições autorizadas a funcionar por esta Autarquia". A partir de 19/9/2005 foram implantados a nova sistemática de atendimento telefônico e o RDR (sistema do módulo CRM), no qual não há mais a figura das denúncias, sendo as reclamações classificadas em três grupos: reclamações sobre assuntos não-normatizados pelo BC/CMN; reclamações sobre assuntos normatizados pelo BC/CMN nas quais não se verificam indícios de descumprimento das normas; e reclamações sobre assuntos normatizados pelo BC/CMN nas quais verificam-se indícios de descumprimento das normas, e que podem ser julgadas procedentes ou improcedentes, após análise das respostas oferecidas aos reclamantes e ao BC via RDR. Os registros desse período indicam uma acentuada queda no número de atendimentos. Até 19/9/2005, foram respondidos 306.539 pedidos de informações e atendidas 17.425 denúncias (sendo 14.344 julgadas procedentes) e 4.691 reclamações. 11

2 - OUTRAS AÇÕES VOLTADAS DIRETAMENTE AO CIDADÃO Pesquisas Sociais Dando continuidade à pesquisa sobre o dinheiro brasileiro, denominada: "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", foi feita a etapa quantitativa, subsidiada pelos resultados obtidos na pesquisa qualitativa realizada no final de 2004. A pesquisa, realizada de 23 a 27 de agosto de 2005, com abordagem pessoal e domiciliar, teve por objetivo colher informações importantes sobre o comportamento do brasileiro no manuseio do nosso dinheiro, considerando cuidados para sua conservação, hábitos de uso de cédulas e moedas e reconhecimento dos elementos de segurança. O questionário foi aplicado a uma amostra de 2.055 pessoas, considerando um nível de confiança de 95% e erro de 3%, do universo das capitais brasileiras e cidades do interior e região metropolitana com 100 mil ou mais habitantes. Resultados obtidos: Para a população, o dinheiro ainda é a forma mais freqüente de pagamento, exceto em compras de supermercado e de roupas e calçados de maior valor. No comércio a tendência se mantém; Em relação à conservação do dinheiro, focou-se o modo de guarda e organização das notas e moedas. A maior parcela dos entrevistados declara ter cuidado com o dinheiro e considera o atributo de conservação "não estar rasgada" como importante; Quanto aos hábitos de uso, o foco foi o montante e o tipo de cédula e moeda portado pelo cidadão. A maior parte da população adulta costuma portar pequenos valores em cédulas menores, além de algumas moedas; A questão do troco também foi incluída na pesquisa. A idéia foi identificar a maior necessidade de cédulas e moedas no comércio e como os comerciantes as obtêm; Quanto aos itens de segurança, foi identificado que boa parte da população recordase de campanhas veiculadas pela TV e tem pouco conhecimento dos itens de segurança, sendo os mais lembrados a marca d'água e o fio de segurança. No comércio é comum o hábito de conferir a autenticidade das notas, porém isso não acontece entre a população. Também foi investigado o comportamento do comércio ao receber notas falsas: grande parte das empresas absorve o prejuízo enquanto uma minoria declara "passar a nota para frente". Sítio na Internet e Publicações Periódicas Em 2005, o sítio do BC na internet registrou 2.252.176 usuários diferentes atendidos, movimento 31% maior que o do ano anterior. Nesse ano, tornaram-se disponíveis o cadastro dos agentes autorizados a operar no mercado de câmbio, com atualização diária, e a página informativa do Subgrupo de Trabalho nº 4: Assuntos Financeiros (SGT-4), órgão do Mercosul responsável pela integração financeira do Bloco. Além disso, em conformidade com a política de inclusão social do governo central e atendendo ao disposto no Decreto 5.296, de 2.12.2004, que regulamentou as Leis 10.048 e 10.098, de 8.11.00 e 19.12.00 respectivamente, o Deinf implementou, com a participação da Surel, alterações que permitem às pessoas portadoras de deficiência visual o acesso às informações divulgadas pela internet. Tal acesso é feito por meio de programas leitores de tela que emulam voz. O Dosvox (programa livre) é uma dessas ferramentas e foi desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ. As mudanças também melhoraram a acessibilidade do sítio para os usuários que dispõem de navegadores gratuitos. O Banco Central editou e distribuiu, para mais de 5.400 assinantes, boletins, catálogos e manuais contendo dados, análises e orientações sobre economia e finanças, de interesse nacional e internacional. 12

Museu de Valores O Museu de Valores, em Brasília e nas representações regionais do Banco, recebeu cerca de 20 mil visitantes, entre público geral e escolas atendidas pelo Projeto Museu-Escola, mediante atendimento especializado com palestras e visitas guiadas. Programa de Educação Financeira (PEF) Em 2005, o Banco Central deu continuidade ao Programa de Educação Financeira, que envolve campanhas e ações educativas que visam propiciar orientação à sociedade sobre assuntos financeiros em geral, destacando o papel do Banco Central como agente promotor da estabilidade da economia. Para alcançar seus objetivos, é imprescindível que os cidadãos, independentemente do segmento social a que pertençam, adquiram um grau razoável de entendimento das relações econômicas que influenciam suas vidas. Alguns números dão idéia da amplitude do programa. O projeto Museu-Escola atendeu 3.500 alunos, que receberam palestras sobre o dinheiro em 25 visitas feitas por servidores do BC a escolas, e outros 9.300 alunos de 180 escolas, que realizaram visitas guiadas ao Museu de Valores. Além desses alunos, mais 8.600 pessoas conheceram o acervo do Museu. O Banco Central também participou de vários programas ao longo do ano, como a Feira do Livro de Brasília, a Semana dos Museus e o Congresso de Educação. O programa BC e Universidade, formado por palestras de servidores do BC para universitários sobre a atuação e as funções da autoridade monetária, teve público de 2 mil estudantes. Além disso, foram distribuídos em torno de 300 mil exemplares de publicações do Banco Central, como revistas, folhetos, cartazes, livretos e cartilhas. Segurança da moeda Com o objetivo de facilitar o troco, ampliar as opções de cédulas disponíveis e reduzir o custo de manutenção do meio circulante, foram colocadas em circulação, em 2005, cerca de 119 milhões de cédulas das denominações de 2 e de 20 Reais, sendo 61 milhões de 2 Reais e 58 milhões de 20 Reais. Ainda, para atender as necessidades de troco da sociedade, o Banco Central, em 2005, colocou em circulação 897 milhões de moedas metálicas, representando um aumento de 9% de moedas em poder do público. Alem disso, o Banco Central e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos assinaram um Convênio de Cooperação Mútua. Pelo acordo, os Correios divulgarão, em todo o País, a campanha de segurança da moeda e, em contrapartida, o Bacen capacitará os funcionários daquela instituição na identificação de cédulas e moedas suspeitas. Dentro da Ação Permanente de Divulgação dos Elementos de Segurança do Real, o Banco Central promoveu e ministrou 334 cursos e palestras e 12 exposições itinerantes, com o objetivo de esclarecer como identificar e o que fazer com cédulas e moedas falsificadas. Cerca de 68 mil pessoas foram capacitadas nos chamados Eventos de Divulgação dos Elementos de Segurança do Real, no ano. Inclusão Digital O projeto de inclusão digital permite aos participantes uma melhor inserção no mercado de trabalho e tem como foco a valorização das pessoas que prestam serviço ao Banco Central. O projeto atinge os terceirizados do Banco e os adolescentes aprendizes do Centro Salesiano do Menor (Cesam). Para os adolescentes do Cesam, o curso faz parte do Programa de Formação Profissional Básica em Auxiliar de Serviços Administrativos, com habilitação em Operador de Microcomputador, incluindo Windows, Word, Excel e Internet. Em 2005, foram entregues 127 certificados de conclusão do curso. 13

Relatório de Gestão Programa: Desenvolvimento do Sistema Financeiro Nacional Foi alterada, no PPA 2004-2007, a composição desse programa, com a inclusão das seguintes ações não contigenciáveis: "Assistência Médica e Odontológica aos Servidores, Empregados e seus Dependentes", "Assistência Pré-Escolar aos Dependentes dos Servidores e Empregados", "Auxílio-Alimentação aos Servidores e Empregados" e "Auxílio-Transporte aos Servidores e Empregados", Contribuição da União, de suas Autarquias e Fundações para o Custeio do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais, cujo responsável pela ação é o Ministério da Previdência Social, além da ação "Gestão e Administração do Programa" (que engloba, os pagamentos aos servidores da ativa e as atividades afetas às ações do antigo programa "Apoio Administrativo"). O presente texto contempla apenas as ações núcleo do programa, dando uma visão das principais realizações do Banco Central nesse âmbito. Ação: Ordenamento do Sistema Financeiro Nacional A área de organização do sistema financeiro do Banco Central, responsável pela ação Ordenamento do SFN, examinou e solucionou 3.601 processos, no ano de 2005, que constituíram a demanda das instituições financeiras, demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, administradoras de consórcios e, ainda, de outros agentes econômicos que pleitearam atuar no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Referidos processos concentraram-se, principalmente, em assuntos como constituição, autorização para funcionamento, transferência de controle societário, transformação de cooperativas de crédito, atos de cisão, fusão ou incorporação, mudanças de objeto social, cancelamentos de autorização para funcionamento, correspondentes no país, atos de eleição e de reforma estatutária, além das autorizações para operações de administradoras de consórcios, dentre outros. Necessário registrar que o exame desses pleitos, que impactado de forma significativa pelo aumento do grau de complexidade decorrente do dinâmico processo de adaptação do marco regulamentar às melhores práticas internacionais na área de licenciamento de instituições financeiras, constituiu-se em parte das atividades da área. A ele devem ser acrescentadas ações direcionadas a prover, de forma qualitativa, o ordenamento do SFN, tais como os projetos voltados para o segmento de microfinanças e para o exame dos atos de concentração envolvendo instituições financeiras e seus reflexos sobres os níveis de concorrência no sistema financeiro. É, ainda, digno de destaque, o desenvolvimento de outros trabalhos objetivando conferir maior transparência às atividades da área, relacionados com a evolução estrutural do SFN, na forma de relatórios e participações de servidores em eventos representando o Banco Central, ministrando palestras e compondo a administração de convênios, sempre visando a melhor condução de suas atribuições. Ainda dentro da filosofia de maior transparência, encontra-se em desenvolvimento o projeto de elaboração do Manual de Organização do Sistema Financeiro (Sisorf), devidamente enquadrado dentre os objetivos estratégicos do Banco Central. O manual tem o propósito de fornecer meio de consulta às informações sobre os aspectos legais, regulamentares e operacionais, bem como, às rotinas e procedimentos envolvidos no trabalho da área de organização do sistema financeiro e deverá propiciar melhor instrução dos processos, contribuindo para reduzir as exigências de complementação e, em conseqüência, diminuição dos custos para a sociedade. 14

Ação: Regulamentação do Sistema Financeiro Nacional No ano de 2005 foram editadas 181 resoluções, circulares e cartas-circulares, dentre as quais destacamos, a seguir, aquelas de maior relevância no que se refere a impacto social e à regulamentação prudencial: 1 - Operações de Microcrédito Em complementação à Lei 11.110, de 2005, que instituiu o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) - relativamente à parcela dos recursos de depósitos à vista destinada às operações de microcrédito -, foi editada regulamentação contendo: os parâmetros para que uma operação seja considerada como de microcrédito produtivo orientado, as instituições que estão obrigadas a realizar tais operações e as instituições caracterizadas como de microcrédito produtivo orientado. Adicionalmente, foi determinada a utilização de metodologia baseada no relacionamento direto com o empreendedor no local onde executada a atividade econômica e que referidas operações sejam destinadas a pessoas físicas e jurídicas empreendedoras de atividades produtivas de pequeno porte com renda bruta anual de até 60 mil reais e para o financiamento de bens, serviços e capital de giro, essenciais ao empreendimento. A norma mantém o limite anteriormente estabelecido de taxa de juros de 2% ao mês para microcrédito em geral e de até 4% ao mês para microcrédito produtivo orientado. Eleva o valor máximo para 5 mil reais, admitindo a contratação de operações de até R$ 10.000 reais, essas últimas limitadas a 20% do total. Limita a taxa de abertura de crédito em função dos prazos praticados e autoriza a aceitação, como garantia, do aval solidário, da alienação fiduciária, da fiança e outras modalidades. Eleva, também, de R$ 1.000 para até R$ 1.500, o valor das operações caracterizadas como microcrédito produtivo, mas que não se enquadram nas condições de microcrédito produtivo orientado, com vistas a contemplar operações do Programa de Inclusão Digital, instituído pelo Governo Federal com o objetivo de possibilitar à população de baixa renda a aquisição de microcomputadores de baixo custo. 2 - Segmento Cooperativo Objetivando dar continuidade ao processo de consolidação do segmento de cooperativas de crédito no País, empreendido pelo Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil, foi aprimorada a regulamentação do segmento, ressaltado que as principais medidas visaram o melhor aproveitamento de ganhos de escala no setor cooperativo, ampliação da capacidade de prestação de serviços das cooperativas singulares de crédito aos associados e à população em geral, adequação dos limites de exposição por cliente a situações específicas dos sistemas cooperativos, aprimoramento do papel exercido pelas cooperativas centrais de crédito na supervisão e controle das filiadas, inclusive quanto à auditoria das cooperativas singulares. Além disso, foram vedadas a concessão de financiamento da cooperativa a seus associados para aquisição de cotas-partes da própria cooperativa e a coobrigação em financiamento concedido por terceiros com esse fim. Adicionalmente, foi estabelecida disciplina própria para a certificação de empregados de cooperativas de crédito singulares, em condições similares às estabelecidas para as demais instituições financeiras. De acordo com a regulamentação, devem ser considerados aptos, em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida capacidade técnica, os empregados dessas instituições que mantenham relacionamento com clientes em atividades de distribuição e mediação de títulos, valores mobiliários e derivativos, observado cronograma até junho de 2008, compatível ao concedido às demais instituições financeiras, para o atendimento integral da determinação. Autoriza, ainda, a atuação das cooperativas de crédito em atividades de distribuição de cotas de fundos de investimento abertos, em razão da crescente participação do setor cooperativo de crédito no acesso da população aos serviços financeiros, tanto de seus associados quanto de outros usuários das cooperativas de crédito singulares, as quais atuam, muitas vezes, em nome de outras instituições financeiras, especialmente dos bancos cooperativos, na condição de correspondentes, oferecendo ao público produtos e serviços dessas instituições. 15

3 - Crédito Imobiliário No início do ano, foram implementadas importantes alterações no direcionamento dos recursos captados em depósitos de poupança, em função das projeções feitas para a necessidade de novos financiamentos. Embasados nas informações mensais do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), estudos apontaram que seriam necessárias novas contratações da ordem de 8 bilhões de reais para o ano de 2005. Esse valor representava aumento de 166% em relação ao montante financiado no ano de 2004, cerca de 3 bilhões de reais. A principal mudança foi o estabelecimento de metas para aplicações em financiamentos imobiliários: para os meses de janeiro, fevereiro e março, a meta para os novos financiamentos concedidos, no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), foi fixada em 30% acima dos valores verificados em igual período de 2004; para os meses de abril, maio e junho, em 45% acima dos valores verificados em igual período de 2004; e no terceiro e quarto trimestres de 2005, em 50% acima dos valores verificados em igual período de 2004. Outras alterações foram: o aumento dos limites operacionais do SFH, particularmente dos valores de imóveis e financiamentos; a revisão dos fatores de multiplicação utilizados no direcionamento obrigatório; a autorização para a aplicação, aos imóveis usados, dos mesmos fatores de multiplicação aplicáveis a financiamentos para aquisição de imóveis de baixo valor e a criação do depósito interfinanceiro imobiliário. Vale destacar ainda o impacto causado pela revisão dos fatores de multiplicação aplicáveis aos financiamentos para aquisição de imóveis de baixo valor e concessão de desconto na taxa de juros. O saldo total dos financiamentos para aquisição desses imóveis, incluindo o efeito do multiplicador,que era de apenas R$5 milhões em janeiro, aumentou para R$200 milhões em junho e em outubro alcançou R$530 milhões. Além disso, já há instituições praticando taxas inferiores aos 12% - custo efetivo máximo para o mutuário final. Com base nas estatísticas disponíveis para o ano de 2005, atualizadas até o mês de dezembro, constata-se que as medidas adotadas afetaram positivamente o mercado de crédito imobiliário. No período de janeiro a dezembro de 2005, o montante de novos financiamentos foi 56% superior ao concedido no mesmo período de 2004 (R$ 3 bilhões), tendo sido atingido o equivalente a R$4,7 bilhões em novos financiamentos. 4 - Inclusão Bancária - Simplificação Foram estabelecidos procedimentos específicos para a abertura, manutenção e movimentação de contas de depósitos à vista no País, de titularidade de pessoas físicas brasileiras que se encontrem temporariamente no exterior, admitindo, de forma análoga, a abertura de contas de depósitos de poupança não vinculadas a contas de depósitos à vista de mesma titularidade. Dessa forma, os recursos podem ser depositados diretamente em contas de depósitos de poupança de titularidade daquelas pessoas, abertas no País, reduzindo os custos, para as mencionadas pessoas físicas, de remessa de recursos para aplicação no Brasil. O dispositivo relativo à limitação de movimentação de recursos nas contas de depósitos em questão também sofreu ajuste. Foi estendida, ainda, a prerrogativa de aceitação de cartão de crédito, emitido no País ou no exterior, como instrumento de realização de depósitos nessas contas. Ainda, com vistas a facilitar a realização de operações de pequeno valor, como as de microcrédito e de microfinanças, beneficiando parcela da população que não podia realizar operações de empréstimos consignados em folha de pagamentos, em função de restrições cadastrais, mesmo na hipótese de a operação visar à solução de pendências financeiras anteriores ou viabilizar a recuperação financeira dessas pessoas, foi dada maior flexibilidade na escolha do instrumento apropriado para a constituição do crédito, com o aprimoramento do dispositivo regulamentar. 16

5 - Regras Prudenciais 5.1 Netting (Acordo para compensação e liquidação de obrigações) Em decorrência da edição da Lei 11.101, de 2005 (nova Lei de Falências), a regulamentação para a realização de acordo para a compensação e a liquidação de obrigações no âmbito do Sistema financeiro Nacional (SFN), foi aprimorada, com o estabelecimento, como condição para eficácia dos acordos, da obrigatoriedade de serem firmados em contrato específico constituído mediante instrumento público ou instrumento particular. Além disso, foram aprimorados os requisitos de transparência na realização de tais acordos. 5.2 - Registro de Títulos Objetivando complementar a regulamentação que determina que as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil somente admitam em suas carteiras, e nos respectivos fundos administrados, títulos registrados em sistemas de registro e de liquidação autorizados por aquela autarquia ou pela CVM, vedação essa que não englobava os títulos de crédito, e tendo em vista a prática, usual no mercado, de resgate antecipado de títulos, principalmente operações envolvendo Certificado de Depósito Bancário (CDB), foi determinado o registro tanto dos títulos e valores mobiliários emitidos pelas referidas instituições quanto dos acordos envolvendo os respectivos resgates antecipados, o que poderá proporcionar ao Banco Central do Brasil e à CVM meios de melhor controlar e acompanhar as operações dessas instituições, bem como o perfil dos papéis emitidos. Ademais, a partir de março, foi determinado as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil o registro de títulos e valores mobiliários de emissão, aceite ou garantia, exceto ações, em sistemas de registro e de liquidação financeira autorizados pela referida autarquia ou pela CVM, com vistas ao acompanhamento tempestivo das operações, reforçando as medidas de monitoramento do risco de liquidez. Foi determinado, também, a partir de dezembro, que instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil registrem os títulos e valores mobiliários de sua propriedade em contas próprias e individualizadas mantidas em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos, bem como identifiquem os títulos e valores mobiliários classificados na categoria "mantidos até o vencimento". Tais medidas visam assegurar maior transparência às carteiras das instituições financeiras, baseadas em títulos e valores mobiliários. Visa permitir, igualmente, acompanhamento mais eficiente da situação patrimonial por meio dos procedimentos de supervisão direta ou indireta. 5.3 - Mercado de Câmbio Outra importante alteração regulamentar ocorrida no ano de 2005 foi a unificação dos Mercados de Câmbio de Taxas Flutuantes e de Câmbio de Taxas Livres no "Mercado de Câmbio", que engloba as operações de compra e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior e as operações com ouroinstrumento cambial, realizadas por intermédio das instituições autorizadas a operar no Mercado de Câmbio pelo Banco Central do Brasil. 5.4 - "Lavagem de Dinheiro" A Lei 10.701, de 2003, ao alterar a Lei 9.613, de 1998, que dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores, instituiu a obrigatoriedade de manutenção, no Banco Central do Brasil, de registro centralizado de dados formando o cadastro geral de correntistas e clientes de instituições financeiras, bem como de seus procuradores. Em cumprimento ao citado dispositivo, entrou em operação, em julho de 17

2005, o Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional - CCS, que permite o armazenamento de dados em uma base centralizada e a consulta detalhada, por autoridades competentes, a informações acerca de contas de depósitos e também de ativos financeiros sob a forma de bens, direitos e valores mantidos ou administrados em instituições do SFN. Os dados a serem armazenados na base centralizada são o número de inscrição no CPF ou no CNPJ e o CNPJ da instituição com a qual mantenha relacionamento, e a data de início e de fim, se for o caso, do relacionamento com a instituição. É importante ressaltar que o CCS observa os dispositivos legais relativos ao sigilo de dados e ao sigilo bancário, bem como às garantias de privacidade. A consulta detalhada das informações sobre um correntista ou cliente pode ser efetuada de duas maneiras: a primeira, a partir de um número de CPF ou CNPJ, obtêmse informações sobre o tipo de conta de depósitos ou dos ativos financeiros que são mantidos pelo correntista ou cliente na instituição; os nomes completos dos correntistas ou clientes e, quando houver, dos representantes legais ou convencionais; o tipo de vínculo do detentor do CPF ou CNPJ, se titular ou representante legal ou convencional; cada data de início e, se for o caso, de término dos diversos tipos de relacionamento entre o detentor do CPF ou CNPJ e a instituição (contas de depósitos à vista, de poupança, para investimento e tituladas por residentes, domiciliados ou com sede no exterior ou outros ativos financeiros). Na segunda modalidade de detalhamento, as mesmas informações são obtidas a partir de um número de conta de depósitos de um cliente ou correntista. A utilização do CCS por parte do Poder Judiciário pode ser feita mediante a celebração de convênios com tribunais de todo o País, o que permitirá aos juízes a requisição de informações cadastrais e seu atendimento pelas instituições financeiras em tempo real. Vale destacar que a informação resultante da pesquisa por detalhamento somente será acessível pelo próprio usuário demandante, seja esse o Banco Central do Brasil ou a autoridade legalmente competente que procedeu à requisição. 6 - Instituição de Controles no Banco Central do Brasil Buscando o aperfeiçoamento de rotinas e instrumentos empregados na supervisão do SFN, o Banco Central do Brasil adquiriu sistema informatizado de gestão integrada, que contribuirá para a racionalização dos atuais procedimentos de trabalho destinados ao atendimento de pedidos de informações, denúncias e reclamações formuladas pelos cidadãos. Para que esse novo sistema de atendimento seja eficaz, foi instituído o sistema de Registro de Denúncias, Reclamações e Pedidos de Informações - RDR. Por meio do RDR, disponibilizado na página do Banco Central do Brasil na internet, as denúncias e as reclamações serão encaminhadas às instituições financeiras, demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e administradoras de consórcios, que por sua vez terão prazo para responder diretamente ao interessado e, ato contínuo, enviar cópia eletrônica da resposta e dos respectivos anexos àquela autarquia, relatando as providências adotadas ou prestando as informações pertinentes. Ação: Sistema de Informações Banco Central do Brasil - Sisbacen Na área da Tecnologia da Informação (TI), implementou-se a organização do parque de servidores para os ambientes de produção, homologação e desenvolvimento na sede e regionais (cerca de 400 máquinas servidoras); a monitoração dos recursos e serviços do ambiente operacional; a criação do Portal Corporativo, o Plano de Contingência dos CSI s, a consolidação e a melhoria contínua do processo de desenvolvimento de software conclusão de 6 projetos relacionados ao assunto; execução de 7 projetos com repercussão no âmbito do Deinf, destacando-se a elaboração do PDTI 2006-2008 e a contratação de Fábrica de Software; a nova sistemática de ressarcimento do Sisbacen; a Política de Segurança da TI no Banco Central do Brasil; a criação do Portal de Segurança em TI; atualização da Solução Corporativa Antivírus; atualização da capacidade da Rede WAN; otimização dos servidores de acesso à Internet; atualização do Sistema de Armazenamento de Dados (plataforma alta); consultas a credenciados do PASBC na Intranet; SCIG Sistema de custos e informações gerenciais. 18

Foram adquiridos equipamentos e soluções de informática tais como: hardware de plataforma baixa; adequação da infra-estrutura de hardware e software para atender às demandas corporativas - conclusão de 24 projetos relacionados ao assunto, destacando-se os projetos de aquisição de sistema de armazenamento de dados plataforma distribuída, aquisição de sistema de backup e novo contrato de fornecimento de software Microsoft para servidores, desktops e notebooks; atualização da rede local do edifício sede núcleo e seis andares; Voz sobre IP Telefonia sob a Rede de Comunicação de Dados; implantação de sistema de videoconferência no Bacen; acesso ao Sisbacen via Internet; solução de Datawarehouse para os sistemas SCR e Unicad. Soluções de TI demandadas pelas diversas áreas do Banco em 2005 foram implantadas, o que contribui para o cumprimento da missão institucional do Banco Central, destacando-se as seguintes realizações: i) favorecendo a inserção no ambiente internacional: adaptação da contabilidade do Banco Central ao IASB (International Accounting Standards Board); monitoramento das operações de Câmbio em plataforma Web; Datamart das contas CC5, para monitoramento das operações feitas nessas contas; adaptação dos aplicativos de recebimento e tratamento de dados do sistema CBE Capitais Brasileiros no Exterior/2005 anos base 2002 e 2004. ii) iii) iv) manutenção da solidez do sistema financeiro nacional: CCS Cadastro de clientes do SFN; Multas Cosif e Central de Risco de Crédito, adequação às novas regras vigentes (resolução 2901) e automação no controle das cobranças das multas; SCR Sistema de Informações de Crédito do Banco Central; Manual do Crédito Rural na Internet; Publicador da Ata do Copom; RCO Remuneração Mensal do Compulsório, Direcionamento de Poupança, multas e históricos literais dos lançamentos SLB e CBC; STN acerto para tratar Darfs RF11 e Rf14; STR tarifação de serviços. apoio ao desenvolvimento das atribuições institucionais: BacenJud etapa 1; Catálogo da Procuradoria; FJud PCAD acompanhamento de Feitos Judiciais da Procuradoria Geral; SISAUEX acompanhamento de auditoria por órgãos de controle externos. SIDAD Sistema de Indicadores Dirad (etapa 1). provimento de moeda e informações sobre o uso do dinheiro para a sociedade: Agendamento de visitas ao Museu de Valores, pela Internet. v) desenvolvimento organizacional: Implantação e operacionalização do Escritório de Projetos; Criação do Portal e Fórum do Desenvolvedor; Criação e divulgação do grupo de qualidade do PDS-BC. Ação: Supervisão do Sistema Financeiro Nacional A Diretoria de Fiscalização do Banco Central promoveu em 2005 a reorganização de sua estrutura operacional, com foco, principalmente, na necessidade de um acompanhamento mais rigoroso dos segmentos compostos pelas cooperativas de crédito, sociedades de crédito ao microempreendedor, administradoras de consórcios, agências de fomento e demais instituições não vinculadas a conglomerados bancários, bem como na necessidade de se segregar as atividades de proposição dos processos administrativos punitivos das de análise e decisão desses processos. No ano de 2005, o Banco Central realizou 2.070 atividades de fiscalização direta e indireta, no Brasil e nas agências e subsidiárias de bancos brasileiros localizados no exterior, com o objetivo de analisar estratégias, políticas de gerenciamento de riscos, situação econômico-financeira e cumprimento da regulação vigente. Foram verificados a estrutura e os procedimentos adotados pelas instituições no que se refere à prevenção no uso do Sistema Financeiro Nacional - SFN para lavagem de dinheiro. 19

Cabe destacar o avanço na implementação da metodologia de classificação de instituições financeiras (rating), de acordo com o nível de risco apresentado, que permite análise mais sistematizada das instituições e, conseqüentemente, um melhor planejamento das atividades de supervisão. O Sistema de Informações de Crédito do Banco Central SCR teve sua implantação concluída, propiciando maior capacidade de monitoramento do risco de crédito do SFN. O sistema introduziu facilidades de compartilhamento de informações com o sistema financeiro, via internet, permitindo melhorar a análise na concessão de crédito pelas instituições e a conseqüente redução do risco de crédito. Em cumprimento à Lei 10.701, de 2003, o Banco Central implantou em 25.7.2005 o Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional CCS, um sistema de informações que proporciona maior agilidade aos trabalhos de investigação conduzidos pelos órgãos públicos, CPI s e Poder Judiciário. Podem ser obtidos junto ao CCS os nomes das instituições com as quais se relacionam os clientes e os correntistas do sistema financeiro, bem como seus representantes legais e procuradores. Em atendimento as demandas oriundas do Poder Legislativo, por meio de sete Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) e Comissões Mistas Parlamentares de Inquérito (CPMI), o Banco Central empreendeu significativo esforço visando encaminhar tempestivamente essas demandas ao sistema financeiro, receber a documentação solicitada e encaminhá-la às Comissões requerentes. Em relação ao atendimento às solicitações do Poder Judiciário, foram processadas, em 2005, cerca de 680 mil pedidos de informações sobre a existência de contas-correntes, aplicações financeiras, determinações de bloqueios e desbloqueios de contas envolvendo pessoas físicas e jurídicas e comunicação e extinção de falências. Tais pedidos foram realizados pela internet, por intermédio do sistema BacenJud, que proporciona o envio de ordens judiciais ao SFN de maneira rápida, segura e econômica. Ademais, foram atendidos, aproximadamente, 140 mil pedidos pela forma tradicional, ou seja, correspondência em papel, procedimento no qual esta Autarquia transcreve e divulga ofícios a todos os integrantes do sistema financeiro. Relativamente aos processos administrativos punitivos, foram decididos cerca de 2.906, resultando na aplicação de penas de advertência, multas e inabilitações para atuar no SFN. Desse total, 2.735 referem-se a processos de multa por não pagamento de importação, 62 por sonegação de cobertura cambial em exportação, 70 por infrações a normativos de natureza cambial e 39 por irregularidades de natureza financeira. No tocante aos processos de liquidação/intervenção, registramos que no transcorrer de 2005 foi decretada a liquidação extrajudicial em sete instituições, sendo seis consórcios e uma cooperativa de crédito. Ocorreu a transformação de intervenção para liquidação extrajudicial de uma corretora e um banco, além da intervenção em uma empresa não financeira. No mesmo período, foram encerrados 15 regimes especiais: nove por decretação de falência, quatro por transformação em liquidação ordinária, um por prosseguimento de empreendimento empresarial fora do SFN e uma cessação de intervenção. Permaneciam em curso 76 processos de liquidação relativos a quinze bancos, 26 consórcios, oito distribuidoras, onze corretoras, sete empresas não financeiras, cinco sociedades de arrendamento mercantil, duas financeiras e duas cooperativas de crédito. Em conseqüência das decretações de regime especial de liquidação, foram instaurados nove inquéritos e realizadas oito comunicações de indício de crime ao Ministério Público Federal. 20