Teatrinhos elétricos era o termo utilizado para se referir ao cinema no início do século XX (JAKOBSON, 1970).

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Transcrição:

TEATRINHOS ELÉTRICOS 1 : EXPERIÊNCIAS COM IMAGENS NO MARAJÓ DE FLORESTAS José Sena Filho 2 Cinema e Teatro já figuraram no arquipélago do Marajó como atividades fundamentais na dinamização das práticas artístico-culturais e convivências sociais de seus moradores, sobretudo, no decorrer da segunda metade do século XX (SENA FILHO, 2013a; COSTA, 2013). Entretanto, até este início do século XXI, tornaram-se quase extintas na vida sociocultural do Marajó. Em Breves, efetivamente, as salas de cinema deixaram de funcionar, dando lugar à outra paisagem urbana, embora se mantenham marcadas na estrutura arquitetônica e na memória de seus moradores, singrando sua passagem por aquela cidade. Já o teatro, para além da memória, se mantém na resistência de grupos locais, que reúnem crianças e jovens da região, re-narrando e re-inventando a experiência com o imaginário local. Foi com base no estudo realizado sobre as experiências sociais de moradores da região nos espaços de exibição fílmica de Breves (SENA FILHO, 2013a; 2013b; 2014; 2016) que o presente trabalho fundamentou sua proposta. Incentivado pela bolsa de Criação, Experimentação, Pesquisa e Divulgação Artística do Instituto de Artes do Pará, a pesquisa teve o objetivo de dialogar e fazer cinema e teatro junto com moradores da região, numa experiência visual imersiva na realidade sociocultural local contemporânea. Tendo em vista a complexidade da ação, este ensaio, em perspectiva etnofotográfica, narra parte do processo de construção da Intervenção de Arte realizada nas duas cidades mais importantes, política e economicamente, da Amazônia Marajoara: Soure e Breves. A experiência artística e cultural teve como resultado o documentário Teatrinhos Elétricos Itinerantes 3 e dois ensaios fotográficos, ainda inéditos, dos quais trago um, para protagonizar este espaço. Trata-se da experiência com imagens em práticas artístico-culturais na cidade de Breves, Marajó de Florestas 4. A Amazônia Marajoara é constituída por duas distintas paisagens físicas e socioculturais: o Marajó dos Campos, constituído pelos municípios de Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari, 1 Teatrinhos elétricos era o termo utilizado para se referir ao cinema no início do século XX (JAKOBSON, 1970). 2 Doutorando pelo Programa Interdisciplinar de pós-graduação em Linguística Aplicada da UFRJ/CNPq. E-mail: senaufrj@gmail.com; *Agradeço ao apoio do Instituto de Artes do Pará (atual Fundação Cultural do Estado do Pará), ao conceder a bolsa de Criação, Experimentação, Pesquisa e Divulgação Artística, Processo: 2013/203104, a qual viabilizou a realização do projeto, assim como, à equipe marajoara e belenense que tornou possível a efetivação do trabalho. 3 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-tp9k4xrldu 4 Para maiores compreensões ver Às margens do Marajó de Agenor Pacheco (Paka-Tatu, 2006). 14

Santa Cruz do Arari, Chaves, Ponta de Pedras e Muaná, e o Marajó das Florestas, conformado pelos municípios de Afuá, Gurupá, Anajás, Breves, Melgaço, Portel, Bagre, Curralinho e São Sebastião da Boa Vista. O uso dos termos ultrapassa a ideia da paisagem predominante nestes dois lados da região. Sua caracterização é realizada em perspectiva geopolítica para marcar não apenas diferenças físicas, mas também históricas e culturais na constituição de campos e florestas. Outro aspecto é a forma como discursos políticos, midiáticos e, até mesmo, acadêmicos, ao apresentarem o chamado Marajó, traduzem-no em imagens homogêneas centradas nas paisagens turísticas da região de campos, invisibilizando a diversidade histórica e cultural dos seus dezesseis municípios (PACHECO & SENA FILHO, 2014, p.208). Com base nessa compreensão territorial e política, este ensaio imerge na cidade de Breves, buscando experimentar sentidos e formas da realidade social da região de florestas, inscritas nas memórias e práticas artístico-culturais contemporâneas. No cenário que foi se constituindo, Mario Curica foi o ator social que saltou das bocas dos sujeitos daquela realidade local, inserindo um imaginário fundamental na construção da Intervenção. Mario nasceu em 1898, em Anajás, Marajó de Florestas, e se mudou para Breves em 1946. Tornou-se um dos moradores mais conhecidos da cidade, por ter ajudado a construí-la. Mario abriu ruas, expandiu sua família e marcou seu lugar na história de Breves. Fundamentalmente, era um contador de histórias, bastava interpelá-lo por alguns segundos e logo ele tinha uma historia para contar. Essas narrativas pululam até os dias de hoje o imaginário de mulheres e homens brevenses, conforme narraram sua neta Raiane Pinheiro e sua filha, dona Maria 5, e que também pode ser lido no livro Mario Curica: no imaginário popular brevense (GUEDES, 2002). A partir da imersão na cultura do outro, um modo de conhecer e experienciar o diferente (ECKERT&ROCHA, 2012) foi potencializada, e com base nesse processo, corpos e vozes foram, ao longo das semanas de preparação teatral, reencarnando performances para renarrar os causos de Mario Curica. A imersão na cidade de Breves também buscou capturar imagens daquele cotidiano. Realidades mais afastadas do centro da cidade e que evidenciaram elementos históricos, como os galpões das antigas madeireiras, e as condições de vida das famílias que viviam no seu entorno. Esta imersão foi determinante para decidirmos fazer a Intervenção de Arte na periferia da cidade e não na área central, buscando com isso, entrar em diálogo com outro público, certamente, pouco oportunizado a experienciar atividades artístico-culturais daquela natureza. Nasciam, então, novas imagens das antigas estórias da cidade que, reinventada, ganhava a praça pública e as redes telemáticas, na atmosfera cultural do Marajó no século XXI 6. 5 Entrevistas realizadas em agosto de 2013, na cidade de Breves. 6 A discussão completa da pesquisa está no artigo ainda inédito Intervenção de Arte na Amazônia Marajoara. 15

REFERÊNCIAS COSTA, Nair Borges. Memórias do teatro em Breves: arte, dramaturgia e narrativas de vida. 2013. 52p. Monografia (Graduação em Letras - Língua Portuguesa) Campus Universitário de Breves/Marajó, UFPA, Breves. ECKERT, C. & ROCHA, A. Etnografia: saberes e práticas. Iluminuras.v.9, n.21, 1-23, 2008. GUEDES, L. Mario Curica: no imaginário popular brevense. Breves: edição do autor, 2002. PACHECO, Agenor & SENA FILHO, José. Flashes de Memória: trajetórias do cinema em Breves (Marajó de Florestas - PA). In: SENA FILHO, José. (Org.) Olhares em movimento: cinema e cultura na Amazônia Marajoara. Belém: Açaí, 2014, p. 207-240. SENA FILHO, José. Cinema e Modernidade na Amazônia Marajoara: vivências em códigos refratados na cidade de Breves. 2013. 152p. Dissertação (Mestrado em Linguagens e Saberes na Amazônia). Campus Universitário de Bragança, UFPA, Bragança-PA, 2013a.. Vivências em Linguagens - experimentações entre códigos singrados na cultura. A Palavrada, v. 3, (Bragança-PA) p. 19-32, 2013b.. Olhares em movimento: cinema e cultura na Amazônia Marajoara. Belém: Açaí, 2014.. Um lugar para o cinema na periferia da Modernidade: o caso da Amazônia na primeira metade do Século XX. In: CALDAS, Cristina; ALENCAR, Larissa; SILVA JUNIOR, Fernando; (Orgs). Inclusão e preservação de saberes para o bom viver. São Carlos-SP: Pedro & João Editores, 2016, p. 453-464. 16

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