Conjuntura Macroeconômica Semanal

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Transcrição:

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Conjuntura Macroeconômica Semanal 12 de maio de 2017 Mercado de crédito deve apresentar melhor dinamismo no segundo semestre Daniela Cunha de Lima No primeiro trimestre deste ano, o desempenho do mercado de crédito continuou moderado. Assim como observado ao longo de 2016, verificamos diferenças entre os comportamentos da carteira de pessoa física e jurídica. Enquanto a carteira de pessoa física cresceu 1,0% no trimestre (expansão de 1,5% se descontarmos os efeitos sazonais), a carteira de pessoa jurídica contraiu 3,0% (queda de 1,0% na série dessazonalizada). De fato, o mercado de crédito tem respondido de forma lenta e defasada em relação à atividade econômica. Assim, reforçamos nossa expectativa de crescimento de 1,0% da carteira total de crédito neste ano, após contração de 3,5% observada em 2016. Acreditamos que o crédito mostrará sinais de recuperação no segundo semestre, como reflexo da flexibilização monetária já em curso e melhor desempenho da atividade econômica. CONJUNTURA MACROECONÔMICA SEMANAL Na carteira de pessoa física, as maiores contribuições para o bom desempenho do primeiro trimestre vieram das linhas de crédito imobiliário, rural e consignado, com crescimento acumulado do estoque no período de 1,8%, 4,6% e 1,7% respectivamente. Enquanto a expansão recente do crédito rural parece ser temporária, como reflexo da maior safra agrícola, o melhor desempenho das outras duas linhas se mostra mais permanente. A carteira de pessoa jurídica continua refletindo de forma defasada o fraco desempenho da economia, a queda do faturamento das empresas e a retração nos investimentos. No primeiro trimestre, as principais contribuições para a contração da carteira vieram das linhas de desconto de duplicatas e BNDES, com recuos de 9,7% e 1,2%, respectivamente. Condições positivas do mercado de trabalho sustentarão a continuidade da normalização monetária nos Estados Unidos Estevão Augusto Oller Scripilliti Os resultados recentes dos indicadores de atividade dos EUA, em particular do PIB do primeiro trimestre, têm frustrado as expectativas do mercado. Apesar disso, entendemos que a manutenção do dinamismo do mercado de trabalho deve ser o principal argumento para a sustentação da estratégia do Federal Reserve de normalização gradual da política monetária ao longo de 2017. Entendemos que a tendência de redução do desemprego seguirá presente nos próximos trimestres, diante da manutenção do ritmo atual de geração de novas vagas. Assim, os riscos são de que a taxa de desemprego chegue a níveis inferiores a 4% em 2018, com pressões crescentes sobre os salários ao longo desse período. Com essa perspectiva, parece-nos prudente que o Federal Reserve, apesar da frustração com o resultado do PIB do primeiro trimestre, não altere sua avaliação de que a política monetária deverá continuar a ser normalizada de forma gradual. Qualquer discussão sobre a revisão da estratégia do Federal Reserve neste momento parece precipitada. Portanto, apesar das surpresas negativas de curto prazo com o desempenho da atividade econômica, mantemos nossa expectativa de mais duas altas da taxa de juros neste ano e de início do processo de redução do balanço do banco central norte-americano. Apenas uma nova frustração de grande magnitude com o resultado do PIB neste segundo trimestre (crescimento abaixo de 1,5%) poderia nos levar a reavaliar nossa visão para a política monetária dos EUA neste momento. 1

Mercado de crédito deve apresentar melhor dinamismo no segundo semestre Daniela Cunha de Lima No primeiro trimestre deste ano, o desempenho do mercado de crédito continuou moderado. Assim como observado ao longo de 2016, verificamos diferenças entre os comportamentos da carteira de pessoa física e jurídica 1. Enquanto a carteira de pessoa física cresceu 1,0% no trimestre (expansão de 1,5% se descontarmos os efeitos sazonais), a carteira de pessoa jurídica contraiu 3,0% (queda de 1,0% na série dessazonalizada). De fato, o mercado de crédito tem respondido de forma lenta e defasada em relação à atividade econômica. Assim, reforçamos nossa expectativa de crescimento de 1,0% da carteira total de crédito neste ano, após contração de 3,5% observada em 2016. Acreditamos que o crédito mostrará sinais de recuperação no segundo semestre, como reflexo da flexibilização monetária já em curso e melhor desempenho da atividade econômica. 45,0% 35,0% 25,0% 15,0% 5,0% 40,7% 17,5% 12,9% 23,8% 19,1% 17,5% 16,4% 17,2% 8,9% 13,6% Pessoa Física Pessoa Jurídica 8,3% 3,7% Gráfico 1: Estoque total de crédito pessoa física e jurídica (variação em 12 meses) -5,0% -8,5% -15,0% mar/08 jul/08 nov/08 mar/09 jul/09 nov/09 mar/10 jul/10 nov/10 mar/11 jul/11 nov/11 mar/12 jul/12 nov/12 mar/13 jul/13 nov/13 mar/14 jul/14 nov/14 mar/15 jul/15 nov/15 mar/16 jul/16 nov/16 mar/17 Fonte: BCB, Bradesco Cenário Doméstico Na carteira de pessoa física, as maiores contribuições para o bom desempenho do primeiro trimestre vieram das linhas de crédito imobiliário, rural e consignado, com crescimento acumulado do estoque no período de 1,8%, 4,6% e 1,7% respectivamente. Enquanto a expansão recente do crédito rural parece ser temporária, como reflexo da maior safra agrícola, o melhor desempenho das outras duas linhas se mostra mais permanente. Em relação à carteira de crédito imobiliário, ainda que tenhamos observado desaceleração do crescimento nos últimos trimestres, essa linha continua ganhando participação na carteira total de crédito à pessoa física. Hoje já representa 34,4% da carteira de pessoa física total e 71,0% do estoque de crédito direcionado à pessoa física. A carteira de consignado também tem se expandido e corresponde a quase metade do crédito à pessoa física com recursos livres. Ainda que o crédito consignado público tenha a maior representatividade dentre os três tipos de consignado (público, privado e INSS), os empréstimos direcionados a beneficiários do INSS têm apresentado a maior taxa de crescimento (cerca de 15% na comparação interanual). Ao contrário do observado na maior parte das linhas à pessoa 1 A análise deste relatório se baseia nos dados do Sistema Financeiro Nacional, disponibilizados publicamente pelo Banco Central em www.bcb.gov.br 2

física, a taxa de crescimento do crédito consignado INSS quase não desacelerou nos últimos 3 anos, como reflexo não apenas do crescente número de beneficiários, como também do importante papel que alguns aposentados cumprem no orçamento familiar. A despeito dos ajustes ainda em curso do mercado de trabalho, a taxa de inadimplência para o crédito à pessoa física com recursos livres ficou praticamente estável. Ao longo de 2016, a inadimplência dessa carteira recuou 0,2 p.p. (de 6,2% em dezembro de 2015 para 6,0% em dezembro de 2016, já descontados os efeitos sazonais), apesar do aumento da taxa de desemprego (que subiu de 9,6% para 12,6% no mesmo período, na série dessazonalizada). 60,0% 50,0% 55,8% Pessoa Física - total Imobiliário - PF Consignado - PF Gráfico 2: Pessoa física - variação em 12 meses 40,0% 37,6% 30,0% 20,0% 20,4% 10,0% 0,0% mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 6,5% 5,6% 3,7% Fonte: BCB, Bradesco Já a carteira de pessoa jurídica continua refletindo de forma defasada o fraco desempenho da economia, a queda do faturamento das empresas e a retração nos investimentos. No primeiro trimestre, as principais contribuições para a contração da carteira vieram das linhas de desconto de duplicatas e BNDES, com recuos de 9,7% e 1,2%, respectivamente (contribuindo juntas com mais de 60% da queda de 1,1% registrada pela carteira de pessoa jurídica no período). Como reflexo da recessão dos últimos anos, o crédito à pessoa jurídica vem apresentando desempenho muito aquém daquele registrado pela pessoa física. Apenas em 2016, a carteira recuou 9,5%, resultado da contração de 10,2% da carteira de recursos livres (capital de giro, que representa quase metade, caiu 15%) e da queda de 9% da carteira de recursos direcionados (na qual o BNDES representa 70%). Também observamos elevação da taxa de inadimplência da carteira de recursos livres no ano passado, cuja taxa passou de 4,7% em dezembro de 2015 para 5,5% no final de 2016. Apesar de essa tendência não ter sido interrompida nos primeiros meses do ano (atualmente, a taxa de inadimplência é de 5,7%), acreditamos que a recuperação da economia esperada para o segundo semestre de 2017 deverá contribuir positivamente para o recuo dessa taxa. Cenário Doméstico 35% 25% 15% 5% -5% -15% -25% -35% -5,0% 22,1% -2,3% 27,7% 1,3% 20,4% -11,3% Concessão PJ recursos livres (eixo esquerda) IBC-BR (eixo direita) 11,0% 14,0% -2,0% 3,4% 3,1% -21,3% dez/01 mar/02 jun/02 set/02 dez/02 mar/03 jun/03 set/03 dez/03 mar/04 jun/04 set/04 dez/04 mar/05 jun/05 set/05 dez/05 mar/06 jun/06 set/06 dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 15% 10% 5% 0,2% 0% -5,6% -5% -10% -15% Gráfico 3: Concessão à pessoa jurídica com recursos livres e IBC-br (variação semestral dessazonalizada e anualizada) Fonte: BCB, Bradesco 3

Em suma, o desempenho da carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional nos últimos trimestres acompanhou a desaceleração da atividade econômica brasileira. No primeiro trimestre, o estoque total de crédito do Sistema Financeiro Nacional recuou 1,1%, descontados os efeitos sazonais e, na comparação interanual, a queda chegou a 2,7%. Acreditamos que a retomada da confiança e da atividade econômica de forma mais persistente e sustentável no segundo semestre, combinada à flexibilização da política monetária, impulsionará gradualmente o mercado de crédito ao longo deste ano. Dessa forma, esperamos crescimento de 1,0% para a carteira total de crédito em 2017. Média (2010-2014) 2015 2016 2017 Crédito Total 16,1% 6,7% -3,5% 1,0% Recursos Livres 11,8% 3,8% -5,0% 0,9% Pessoa Física 11,3% 2,8% 0,4% 1,8% Pessoa Jurídica 12,5% 4,9% -10,2% 0,0% Recursos Direcionados 22,9% 9,8% -2,1% 1,0% Tabela 1: Projeções para o desempenho da carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional (variação interanual) Fonte: BCB, Bradesco Cenário Doméstico 4

Condições positivas do mercado de trabalho sustentarão a continuidade da normalização monetária nos Estados Unidos Estevão Augusto Oller Scripilliti Os resultados recentes dos indicadores de atividade dos EUA, em particular do PIB do primeiro trimestre, com crescimento de 0,7%, têm frustrado as expectativas do mercado. Apesar disso, entendemos que a manutenção do dinamismo do mercado de trabalho deve ser o principal argumento para a sustentação da estratégia do Federal Reserve de normalização gradual da política monetária ao longo de 2017. A criação liquida de vagas permanece em ritmo intenso, com 170 mil e 175 mil vagas nas médias de 3 e 6 meses, respectivamente, o que é compatível com a continuidade da queda da taxa de desemprego dos EUA. Estimamos que sob as atuais condições do mercado de trabalho - com espaço para alguma elevação gradual da taxa de participação e modesto fluxo de novos entrantes no mercado de trabalho -, a criação de vagas necessária para a estabilização do desemprego está ligeiramente acima de 100 mil vagas mensais. Com isso, a criação atual de 175 mil vagas por mês continua a produzir uma queda consistente da taxa de desemprego, que se encontra em 4,4%, muito próxima do nível mais baixo da série histórica, de 3,8%, conforme ilustrado no gráfico 1. 19,0 17,0 15,0 Taxa Desemprego Taxa Desemprego Ampla (U6) Média Média U6 17,1 Gráfico 1: Taxa de desemprego com ajuste sazonal 13,0 11,0 10,4 10,0 9,0 8,8 8,6 7,0 6,8 6,3 5,0 3,0 3,8 mar/95 ago/95 jan/96 jun/96 nov/96 abr/97 set/97 fev/98 jul/98 dez/98 mai/99 out/99 mar/00 ago/00 jan/01 jun/01 nov/01 abr/02 set/02 fev/03 jul/03 dez/03 mai/04 out/04 mar/05 ago/05 jan/06 jun/06 nov/06 abr/07 set/07 fev/08 jul/08 dez/08 mai/09 out/09 mar/10 ago/10 jan/11 jun/11 nov/11 abr/12 set/12 fev/13 jul/13 dez/13 mai/14 out/14 mar/15 ago/15 jan/16 jun/16 nov/16 abr/17 4,4 5,0 4,4 Fonte: BLS, Bradesco Cenário Externo Além do movimento observado no desemprego amplo, há melhoras cada vez mais contundentes também em medidas alternativas de desemprego, dentre as quais a que incorpora à estatística de desempregados os empregos em tempo parcial por razões econômicas. Nessa medida, a taxa de desemprego encontra-se em 8,6%, ainda 1,8 ponto percentual acima do menor nível histórico (6,8%). Segundo essa medida, ainda estaríamos um pouco mais distantes do nível de pleno emprego, sinal de que existe algum grau de ociosidade remanescente no mercado de trabalho. De fato, observa-se um contingente significativo de pessoas que gostariam de trabalhar em tempo permanente mas que, por ora, têm acessado apenas os empregos em tempo parcial. Se considerarmos, de forma simplificada, que o desemprego restrito poderá chegar à mesma distância do menor nível da série histórica que a observada no desemprego amplo, teríamos mais 1,0 milhão de pessoas (pouco menos de 1 ponto percentual do estoque de empregados atual) que poderiam migrar de empregos em tempo parcial para empregos em tempo permanente. No ritmo atual de redução dos empregos em tempo parcial, teríamos aproximadamente um ano para chegar a esse ponto, conforme sugerido pelo gráfico 2. 5

7,0% 6,0% 5,0% 6,5% 6,6% 5,1% Gráfico 2: Emprego em tempo parcial sobre o total de ocupados 4,2% 4,0% 3,5% 3,3% 3,4% 3,0% 3,2% 2,8% 2,4% 2,0% abr/96 nov/96 jun/97 jan/98 ago/98 mar/99 out/99 mai/00 dez/00 jul/01 fev/02 set/02 abr/03 nov/03 jun/04 jan/05 ago/05 mar/06 out/06 mai/07 dez/07 jul/08 fev/09 set/09 abr/10 nov/10 jun/11 jan/12 ago/12 mar/13 out/13 mai/14 dez/14 jul/15 fev/16 set/16 abr/17 Fonte: Bloomberg, Bradesco O resíduo de ociosidade remanescente no mercado de trabalho justifica a ausência, até aqui, de pressões salariais mais disseminadas na economia. Mas, como observamos, tal folga ainda presente tende a desaparecer em um horizonte relativamente curto, de até 12 meses, segundo nossas estimativas. Os aumentos de salários têm ocorrido de forma gradual e, por enquanto, não representam risco de curtíssimo prazo à manutenção das condições monetárias acomodatícias atuais. Medidas alternativas bastante acompanhadas pelos analistas mostram ganhos salariais próximos de 3%, para os trabalhadores que não mudaram de emprego nos últimos 12 meses, e ao redor de 4%, para os trabalhadores que mudaram de emprego recentemente (conforme ilustrado no gráfico 3). Informações qualitativas apresentadas mensalmente no Livro Bege do Federal Reserve corroboram a avaliação de que as pressões salariais têm aumentado gradualmente. As unidades regionais do Federal Reserve, inclusive, vêm apontando elevação da rotatividade de emprego, com sinais de aquecimento mais espalhado da demanda por trabalhadores entre os diferentes setores e qualificações de mão-de-obra. 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 6,4 4,2 4,5 6,5 2,9 4,0 4,6 3,3 Trabalhadores que permaneceram no emprego Trabalhadores que trocaram de emprego 4,8 3,8 3,8 2,9 2,7 4,4 3,5 3,0 Gráfico 3: Salário médio dos trabalhadores que permaneceram e dos que mudaram de emprego nos últimos 12 meses (variação interanual) 1,0 1,1 1,3 1,6 0,0 abr/97 out/97 abr/98 out/98 abr/99 out/99 abr/00 out/00 abr/01 out/01 abr/02 out/02 abr/03 out/03 abr/04 out/04 abr/05 out/05 abr/06 out/06 abr/07 out/07 abr/08 out/08 abr/09 out/09 abr/10 out/10 abr/11 out/11 abr/12 out/12 abr/13 out/13 abr/14 out/14 abr/15 out/15 abr/16 out/16 abr/17 Fonte: CPS, BLS, Fed Atlanta, Bradesco Cenário Externo Entendemos que a tendência de redução do desemprego seguirá presente nos próximos trimestres, diante da manutenção do ritmo atual de geração de novas vagas. Assim, os riscos são de que a taxa de desemprego chegue a níveis inferiores a 4% em 2018, com pressões crescentes sobre os salários ao longo desse período. Com essa perspectiva, parece-nos prudente que o Federal Reserve, apesar da frustração com o resultado do PIB do primeiro trimestre, não altere sua avaliação de que a política monetária deverá continuar a ser normalizada de forma gradual. Qualquer discussão sobre a revisão da estratégia do Federal Reserve neste momento parece precipitada. Além disso, uma eventual revisão poderia trazer o risco da autoridade monetária ficar atrás da curva, em um momento em que se acumulam evidências de que o mercado de trabalho se aproxima do pleno emprego e de que as pressões salariais tendem a se intensificar. Portanto, apesar das surpresas negativas de curto prazo com o desempenho da atividade econômica, 6

mantemos nossa expectativa de mais duas altas da taxa de juros neste ano e de início do processo de redução do balanço do banco central norteamericano. Apenas uma nova frustração de grande magnitude com o resultado do PIB neste segundo trimestre (crescimento abaixo de 1,5%) poderia nos levar a reavaliar nossa visão para a política monetária dos EUA neste momento. Cenário Externo 7

Quadro de Projeções - PIB real mundial e países selecionados 2008-2018 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017p 2018p Países Desenvolvidos 0,1-3,4 3,1 1,7 1,2 1,2 1,9 2,2 1,7 1,9 1,9 Estados Unidos -0,3-2,8 2,5 1,6 2,2 1,7 2,4 2,6 1,6 1,9 2,2 Área do Euro 0,4-4,5 2,1 1,5-0,9-0,3 1,2 2,0 1,7 1,8 1,7 Alemanha 0,8-5,6 4,0 3,7 0,7 0,6 1,6 1,5 1,8 1,9 1,7 França 0,2-2,9 2,0 2,1 0,2 0,6 0,6 1,3 1,2 1,3 1,4 Itália -1,1-5,5 1,7 0,6-2,8-1,7 0,1 0,8 0,9 1,0 1,1 Reino Unido -0,6-4,3 1,9 1,5 1,3 1,9 3,1 2,2 1,8 2,0 1,5 Japão -1,1-5,4 4,2-0,1 1,5 2,0 0,3 1,2 1,0 1,1 0,5 Países Emergentes 5,8 2,9 7,5 6,3 5,3 5,0 4,6 4,2 4,1 4,5 4,8 China 9,6 9,2 10,6 9,5 7,9 7,8 7,3 6,9 6,7 6,6 6,3 Coreia 2,8 0,7 6,5 3,7 2,3 2,9 3,3 2,6 2,7 2,3 2,3 Rússia 5,2-7,8 4,5 4,0 3,5 1,3 0,7-3,7-0,2 1,1 2,5 Índia 3,9 8,5 10,3 6,6 5,5 6,5 7,2 7,9 6,8 7,0 7,0 América Latina 4,0-1,8 6,1 4,6 3,0 2,9 1,0 0,1-1,0 1,2 2,4 Brasil 5,1-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,5-3,8-3,6 0,3 2,5 Argentina 4,1-5,9 10,1 6,0-1,0 2,4-2,5 2,6-2,3 2,5 3,0 Chile 3,5-1,6 5,8 6,1 5,3 4,0 2,0 2,3 1,6 1,8 2,5 Colômbia 3,5 1,7 4,0 6,6 4,0 4,9 4,4 3,1 2,0 2,2 3,5 México 1,4-4,7 5,1 4,0 4,0 1,4 2,3 2,6 2,3 1,8 2,0 Peru 9,1 1,0 8,5 6,5 6,0 5,8 2,4 3,3 3,9 3,4 4,0 Mundo 3,0-0,1 5,4 4,2 3,5 3,4 3,5 3,4 3,1 3,4 3,6 Fonte: FMI Elaboração e (p) projeção: BRADESCO Quadro de Projeções Macroeconômicas Externas 8

Quadro de Projeções Macroeconômicas - Ano base 2008-2018 Quadro de Projeções Macroeconômicas Domésticas 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017* 2018* ATIVIDADE, INFLAÇÃO E JUROS PIB (%) 5,1-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,5-3,8-3,6 0,3 2,5 Agropecuária (%) 5,5-3,8 6,8 5,6-3,1 8,4 2,8 3,6-6,6 6,0 3,5 Indústria (%) 3,9-4,8 10,4 4,1-0,7 2,2-1,5-6,3-3,8 0,5 4,0 Serviços (%) 4,8 1,9 5,8 3,4 2,9 2,8 1,0-2,7-2,7 0,0 2,0 Consumo Privado (%) 6,4 4,2 6,4 4,8 3,5 3,6 2,3-3,9-4,2 0,0 2,0 Consumo da Adm. Pública (%) 2,1 2,9 3,9 2,2 2,3 1,5 0,8-1,1-0,6 0,5 1,5 Investimento (FBKF) (%) 12,7-1,9 17,8 6,6-2,6 5,9-4,2-13,9-10,2 2,5 6,0 Exportações Bens e Serviços Não Fatores (%) 0,4-9,2 11,7 4,8 0,3 2,4-1,1 6,3 1,9 2,0 4,0 Importações Bens e Serviços Não Fatores (%) 17,0-7,6 33,6 9,4 0,7 7,2-1,9-14,1-10,3 4,0 5,0 PIB (R$) - bilhões (Preços Correntes) 3.110 3.333 3.886 4.374 4.806 5.316 5.779 6.000 6.267 6.594 7.118 PIB (US$) - bilhões 1.695 1.669 2.208 2.611 2.460 2.464 2.455 1.801 1.796 2.132 2.237 População - milhões 191,5 193,5 195,5 197,4 199,2 201,0 202,8 204,5 206,1 207,7 209,2 PIB per capita - US$ 8.717 8.469 11.084 13.229 12.345 12.255 12.110 8.808 8.713 10.268 10.696 Produção Industrial - IBGE (%) 3,1-7,1 10,2 0,4-2,3 2,0-3,3-8,3-6,6 1,0 4,0 Taxa Média de Desemprego - IBGE (1) 8,1 8,6 8,3 7,6 7,3 7,2 6,7 8,4 11,5 12,9 12,8 Vendas no Comércio Varejista - Restrita (%) 9,1 5,9 10,9 6,7 8,4 4,3 2,2-4,2-6,2 0,0 2,5 IPCA - IBGE (%) 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 6,3 3,7 4,1 IPC - FIPE (%) 6,2 3,7 6,4 5,8 5,1 3,9 5,2 11,1 6,5 4,0 4,0 IGP-M - FGV (%) 9,8-1,7 11,3 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 7,2 2,7 4,5 IGP-DI - FGV (%) 9,1-1,4 11,3 5,0 8,1 5,5 3,8 10,7 7,2 2,5 2,5 Taxa Selic (final de período) % 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 13,75 8,00 8,00 Taxa Selic nominal (acumulado 12 meses) % 12,48 9,92 9,78 11,62 8,48 8,21 10,91 13,29 14,03 10,04 7,83 Taxa Selic real / IPCA (acumulado 12 meses) % 6,2 5,4 3,7 4,8 2,5 2,2 4,2 2,4 7,3 6,1 3,6 Taxa Selic real / IGP-M (acumulado 12 meses) % 2,4 11,8-1,4 6,2 0,6 2,6 7,0 2,5 6,4 7,2 3,2 EXTERNO, CÂMBIO, RISCO E BOLSA Balança Comercial - BCB (US$ bilhões) 23,8 25,0 18,5 27,6 17,4 0,4-6,6 17,7 45,0 55,2 43,2 Exportações (US$ bilhões) 198,4 153,6 201,3 255,5 242,3 241,6 224,1 190,1 184,5 210,5 214,4 Importações (US$ bilhões) 174,6 128,7 182,8 227,9 224,9 241,2 230,7 172,4 139,4 155,3 171,2 Corrente de Comércio (% PIB) 22,0 16,9 17,4 18,5 19,0 19,6 18,5 20,1 18,0 17,2 17,2 Déficit em serviços e rendas (US$ bilhões) -58,7-54,6-97,2-107,6-94,5-78,9-100,3-79,3-71,5-83,9-95,7 Saldo em conta-corrente (US$ bilhões) -30,6-26,3-75,8-77,0-74,2-74,8-104,2-58,9-23,5-25,3-48,5 Saldo em conta-corrente (% PIB) -1,8-1,6-3,4-2,9-3,0-3,0-4,2-3,3-1,3-1,2-2,2 Investimento Direto no País (US$ bilhões) 50,7 31,5 88,5 101,2 86,6 69,2 96,9 75,1 78,9 75,0 78,8 Taxa de câmbio (final de período) R$ / US$ 2,34 1,74 1,67 1,88 2,04 2,34 2,66 3,90 3,26 3,10 3,25 Taxa de câmbio (média anual) R$ / US$ 1,83 2,00 1,76 1,67 1,95 2,16 2,35 3,33 3,49 3,09 3,18 Desvalorização nominal ponta (%) 31,94-25,49-4,09 12,58 8,94 14,64 13,39 47,01-16,51-4,91 4,84 Desvalorização nominal média (%) -5,82 8,98-9,93-4,85 16,66 10,44 9,06 41,55 4,76-11,39 2,87 Reservas internacionais (US$ bilhões) - liquidez 206,8 239,1 288,6 352,0 378,6 375,8 374,1 368,7 372,2 377,4 383,5 Dívida Externa Total Médio e Longo Prazo (US$ bilhões) 198,3 198,2 256,8 297,3 316,7 312,0 348,7 334,7 323,7 330,2 336,8 Dívida Externa / Exportações 1,0 1,3 1,3 1,2 1,3 1,3 1,6 1,8 1,8 1,6 1,6 Reservas Internacionais / Importações 1,2 1,9 1,6 1,5 1,7 1,6 1,6 2,1 2,7 2,4 2,2 Rating Soberano Moody's Ba1 Baa3 Baa3 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa3 Ba2 - - Rating Soberano S&P BBB- BBB- BBB- BBB BBB BBB BBB- BB+ BB - - IBOVESPA - Pontos 37.550 68.588 69.305 56.754 60.952 51.507 50.007 43.349 60.227 - - FISCAL Resultado primário do setor público (R$ bilhões) 103,6 64,8 101,7 129,0 105,0 91,3-32,5-111,2-155,8-170,0-123,9 Resultado primário do setor público (% PIB) 3,3 1,9 2,6 2,9 2,2 1,7-0,6-1,9-2,5-2,6-1,7 Resultado nominal do setor público - sem câmbio (% PIB) -2,0-3,2-2,4-2,5-2,3-3,0-6,0-10,2-9,0-8,7-6,7 Dívida Bruta do Setor Público (R$ bilhões) 1.740,9 1.973,4 2.011,5 2.242,2 2.579,2 2.740,2 3.252,5 3.926,8 4.354,7 5.011,2 5.820,6 Dívida Bruta do Setor Público (% PIB) 56,0 59,2 51,8 51,3 53,7 51,5 56,3 65,5 69,5 76,0 81,8 Dívida Bruta do Setor Público - Reservas Internacionais (% PIB) 41,4 46,7 39,4 36,2 37,6 35,0 39,1 41,5 50,1 58,7 65,0 Dívida Líquida do Setor Público (% PIB) 37,6 40,9 38,0 34,5 32,2 30,5 32,6 35,6 45,9 46,6 48,1 (1): Em 2016, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) foi descontinuada e apenas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua passará a existir. / A série foi retropolada até 2012.. Atualizado com dados até 12/maio/2017 Em relação a 2016, todos os dados reportados são efetivos com exceção dos dados do PIB e das vendas no comércio varejista. Fonte: Dados oficiais para números efetivos Elaboração e (*)projeção: BRADESCO 9

Equipe Técnica Equipe Técnica Fernando Honorato Barbosa Economista Chefe Economistas: Ana Maria Bonomi Barufi / Andréa Bastos Damico / Constantin Jancso / Daniela Cunha de Lima / Ellen Regina Steter / Estevão Augusto Oller Scripilliti / Fabiana D Atri / Igor Velecico / Leandro Câmara Negrão / Marcio Aldred Gregory / Myriã Tatiany Neves Bast / Priscila Pacheco Trigo / Regina Helena Couto Silva / Thomas Henrique Schreurs Pires Estagiários: Alexandre Stiubiener Himmestein/ Bruno Sanchez Honório / Christian Frederico M. Moraes / Felipe Alves Fêo Emery de Carvalho / Felipe Yamamoto Ricardo da Silva / Mariana Silva de Freitas / Rafael Martins Murrer O BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). 10