Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES) da Polícia Militar do Estado de São Paulo DOUTORADO DA PM Frei David Santos, OFM - out de 2012
Dados disponibilizados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade evidenciam que a violência no Brasil tem cor, idade, nível de escolaridade e região:
Em 2010, morreram no Brasil 49.932 pessoas vítimas de homicídios, ou seja, 26,2%. De cada 100 mil habitantes, 70,6% das vítimas eram negras. Em 2010, 26.854 jovens entre 15 e 29 anos foram vítimas de homicídio. Do total, 74,6% dos jovens assassinados eram negros. 91,3%s das vítimas de homicídio eram do sexo masculino.
Em 1995, por conta da ação de grupos de extermínio contra meninos e meninas pobres e em situação de rua, na maioria negros - como a que resultou na chacina da Candelária - a Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) organizou uma campanha, chamada "Não matem nossas crianças", para denunciar a onda de violência e exigir que o quadro fosse modificado..
Mais de uma década depois, a situação não melhorou; só o foco mudou. "Essas crianças cresceram e hoje são jovens, justamente as atuais vítimas do genocídio realizado pelo aparato policial e criminal - denuncia Sônia Leite, da Executiva do Fórum Estadual de Mulheres Negras.
Conclamamos os Alunos do Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES) da Polícia Militar do Estado de São Paulo a assumir, como trabalho de CONCLUSÃO DE CURSO, este tema. Estamos tristes, pois tais dados não são liberados para a SOCIEDADE. Já os solicitamos até ao Governador Alckmin, mas estes dados não aparecem. Por quê?
Se levarmos em conta o conceito de genocídio, tal qual definido pela Resolução de 9 de dezembro de 1948, da Assembleia Geral das Nações Unidas, o termo diz respeito a todo ato que visa destruir, matar, limitar a reprodução física, cultural e social de um determinado grupo étnico-racial. A resolução vai ainda mais longe, e configura como genocídio as políticas que visam infringir condições de vida que põem o grupo em desvantagem social em relação a outros grupos em determinada sociedade.
Tema: Genocídio contra a Juventude Negra no Brasil O CASO DE SÃO PAULO. Um estudo de caso: por que o Estado de São Paulo esconde os dados? A tese a ser defendida é a de que o Estado é o que menos combate a violência contra a Juventude Negra. Como brasileiro, e acolhido por este Estado há 14 anos, gostaria de colaborar e tirar São Paulo do foco. Conto com um de Vocês abraçando este tema, pesquisando e revelando a verdade. Julgo que Alagoas, Espírito Santo e Pernambuco cujos dados são considerados verídicos estariam à frente dos dados reais de São Paulo, no NÃO COMBATE. Não revelar os dados gera a impressão de que São Paulo é O QUE MENOS COMBATE.
AS TRÊS CIDADES NUMERICAMENTE COM MAIOR POPULAÇÃO NEGRA SÃO: 3º lugar Salvador 2,7 milhões 2º lugar - Rio de Janeiro 3,0 milhões 1º lugar São Paulo 4,2 milhões
Como elas foram planejadas para evitar Injustiça contra a População Negra? Nossa missão como cidadãos é cobrar. Não obtendo resultados, somos obrigados a denunciar! Nossa missão como Igreja é dizer, confirmar e defender que a diversidade étnica é DOM de DEUS!
Pedir socorro! Renovar nossa confiança na Polícia Militar e Civil. Conclamar por Políticas Públicas! Perguntar: Como podemos ajudar?
Problema: Violência e altas taxas de homicídios contra a Juventude Negra. Objetivo: Reduzir a vunerabilidade da Juventude Negra à violência e prevenir a ocorrência de homicídios. Meta: Chegar ao nível dos Eurodescendentes. Plano: Sugerir a promoção e integração de ações de prevenção à violência, com foco no enfrentamento ao racismo nas Instituições, na transformação de territórios vulneráveis e na criação de oportunidades de inclusão social dos Jovens.
Selecionar os 150 Municípios que concentram 70% dos homicídios cometidos contra Jovens Negros com idade entre 15 e 29 anos, em 2010. Todas as Capitais estão aí incluidas. Selecionar os 30 Municipios que mais matam Negros no Estado de São Paulo. Integrar ações dos Governos Municipais, Estaduais e Federal com foco nos territórios selecionados. Definir como a PM quer a participação da sociedade civil nestas estratégias.
Firmar parcerias com Judiciário, Ministério Público e Defensorias. Ações: empreender tanto ações caracterizadas como políticas universais, destinadas a incidir em problemas relativos à população em situação de vulnerabilidade social de maneira geral, quanto ações FOCADAS, destinadas a incidir em problemas relativos exclusiva ou preponderantemente à população Jovem Negra.
1) Que os 150 Municipios, que mais matam Jovens Negros, só recebam alguma verba Estadual ou Federal depois que lançarem programas de combate ao extermínio da Juventude Negra. 2) Que os 150 Municípios, que mais matam Jovens Negros, sejam obrigados a pagar indenização aos Familiares das vítimas em 30 dias! Isto vai fazer o Poder Municipal descobrir que é mais econômico Empreender Políticas do que pagar indenizações.
Sobre matança da Juventude Negra: a Educafro participou de uma grande reunião com Representantes de vários movimentos negros e decidiu abrir ações civis públicas contra os Governos dos Estados que mais matam negros. Nessa reunião, os Representantes do Espírito Santo aceitaram receber a primeira ACP da Educafro no Brasil. Foi contra o Governo do Espiríto Santo, porque dos 10 Municípios, que mais matavam negros no Brasil, 4 estavam no próprio Estado do Epírito Santo.
O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos. Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como Irmãos. Martin Luther King
http://bandeiranegrarep.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html http://www.geledes.org.br/em-debate/colunistas/9121-a-rota-deexterminio-da-juventude-negra-brasileira http://jus.com.br/revista/texto/18646/homicidios-no-brasil-temnaturalidade-idade-cor-e-sexo http://mapadaviolencia.org.br/pdf2011/mapaviolencia2011.pdf http://www.palmares.gov.br/observatorio-afro-latino/ www.educafro.org.br/ http://pensador.uol.com.br/frases_de_martin_luther_king/ http://www.datasus.gov.br/catalogo/sim.htm
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