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Transcrição:

Direito Previdenciário Obrigações fiscais Parte 2 Prof. Bruno Valente

Contribuições das empresas, empregadores e entidades equiparadas: - + 2,5% sobre as duas anteriores em caso de enquadramento como instituição financeira. - 1, 2 ou 3% (com aplicação do FAP -50% ou +100% sobre o percentual); - 6, 9 ou 12% (financiamento da aposentadoria especial)

Contribuições das empresas, empregadores e entidades equiparadas: - 5, 7 ou 19% (financiamento da aposentadoria especial) sobre o valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços (cooperativa de trabalho). - 15% do valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços - cooperativa de trabalho;

Forma de recolhimento das contribuições previdenciárias: A Guia da Previdência Social (GPS) é o documento hábil para o recolhimento das contribuições sociais (previdenciárias) a ser utilizada pela empresa, contribuinte individual, facultativo, empregador doméstico e segurado especial.

Prazos para o recolhimento: O prazo para o recolhimento das contribuições previdenciárias sofreu alteração em 2008. Com a edição da Medida Provisória n. 447 de 14/11/2008, convertida na Lei n. 11.933, de 28/04/2009, houve um alargamento do prazo das empresas para o devido pagamento das contribuições devidas à Previdência Social.

Conforme informa Zambitte, a recente crise financeira mundial demandou algumas ações do governo brasileiro, seja para manter a atividade econômica, ou mesmo para impedir alguma recessão mais grave. Dentre as ações adotadas, há a ampliação do prazo de recolhimento dos tributos federais, inclusive as contribuições previdenciárias.

A Medida Provisória nº. 447/08 alterou alguns artigos a Lei nº. 8.212/91 e trouxe novo prazo de recolhimento para as empresas, que deixou de ser o dia 10 (dez) do mês seguinte para ser o dia 20 (vinte). Como isso, as empresas ganham mais dez dias para adequar seu fluxo financeiro.

Art. 33 ( ) - 5º O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei.

O prazo para recolhimento das contribuições dos segurados contribuintes individuais que não prestem serviço para empresa, como também dos segurados facultativos finda todo dia 15 (quinze) do mês seguinte ao da competência.

O prazo de recolhimento das cooperativas de trabalho para as contribuições de seus cooperados, contribuintes individuais, que era até o dia 15 do mês seguinte ao da competência, também foi alterado, unificando-se a contribuição para a regra geral das empresas, ou seja, até o dia 20 do mês seguinte ao da competência.

O empregador doméstico (art. 30, V, LCSS) também se sujeitava ao prazo do dia 15 do mês seguinte ao da competência para o recolhimento da contribuição previdenciária patronal, bem como do segurado empregado doméstico que lhe preste serviço. Todavia, esta regra foi alterada pela LC 150/15.

V - o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência; Sobre a contribuição de novembro e 13º salário, vale a pena transcrever a regra específica do 6º do art. 30 da LCSS:

Art. 30 (...) 6º O empregador doméstico poderá recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço e a parcela a seu cargo relativas à competência novembro até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição referente ao 13º (décimo terceiro) salário, utilizando-se de um único documento de arrecadação.

Sobre as receitas provenientes da comercialização da produção rural, cabe à empresa adquirente, consumidora, consignatária ou a cooperativa o recolhimento da contribuição do empregador rural pessoa física, e a do segurado especial, incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização rural, até o dia 20 (vinte) do mês subseqüente ao da operação de (...)

(...) venda ou consignação da produção, independentemente de estas operações terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa física.

O produtor rural pessoa física e o segurado especial que comercializem sua produção rural diretamente no varejo à pessoa física, no exterior, a outro contribuinte individual ou a segurado especial são obrigados ao recolhimento previdenciário sobre a receita obtida com a venda dos produtos rurais até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da operação.

Cabe ainda lembrar que a Lei 11.718/08 trouxe alterações no regime jurídico do segurado especial, possibilitando a este o desenvolvimento de atividades diversas dentro de um espaço temporal estabelecido, bem como a contratação de empregados. Com isso, a lei de custeio disciplinou os prazo de contribuição para esta situações especiais, vejamos:

Art. 30. (...) XII sem prejuízo do disposto no inciso X do caput deste artigo, o produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente:

Art. 30. (...) a) da comercialização de artigos de artesanato elaborados com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar; b) de comercialização de artesanato ou do exercício de atividade artística, observado o disposto nos incisos VII e VIII do 10 do art. 12 desta Lei; e

c) de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais;

XIII o segurado especial é obrigado a arrecadar a contribuição de trabalhadores a seu serviço e a recolhê-la no prazo referido na alínea b do inciso I do caput deste artigo. Até o dia 20 da competência subsequente!

Sobre os prazos de recolhimento, importante transcrever as regras trazidas pelo 2º do art. 30 da LCSS: Art. 30 (...) 2º Se não houver expediente bancário nas datas indicadas: I - nos incisos II e V, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil imediatamente posterior; e

II - na alínea b do inciso I e nos incisos III, X e XIII, até o dia útil imediatamente anterior. Assim, para as contribuições do CI (por contra própria), do segurado facultativo e empregador doméstico, se o 15º dia do mês subsequente cair em dia em que não há expediente bancário, prorroga-se o prazo para o dia útil imediatamente posterior.

Já para as empresas e equiparados se o vigésimo dia do mês subsequente cair em dia em que não há expediente bancário, antecipa-se o prazo para o dia útil imediatamente anterior.

Outra observação importante diz respeito à contribuição trimestral. Esta forma de contribuição é garantida ao empregador doméstico, aos contribuintes individuais que prestem serviço para pessoa física, aos segurados facultativos e aos segurados especiais, que optem em contribuir (art. 200, 2º do RPS D. 3.048/99).

Decreto 3.048/99: Art. 216 (...) 15. É facultado aos segurados contribuinte individual e facultativo, cujos salários-de-contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, optarem pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias, com vencimento no (...)

(...) dia quinze do mês seguinte ao de cada trimestre civil, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia quinze.