CONTRIBUIÇÃO À CONSULTA PÚBLICA 11/201. Nota Técnica 494/2013 SRE/ANEEL



Documentos relacionados
Incorporação do efeito da deseconomia de escala do Programa Luz para Todos. Cristine Juste

Notas metodológicas. Objetivos

4 Metodologia da Pesquisa

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 12/2015

AP 025/2011 Contribuição AES BRASIL 1

Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - FIDC Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

CONTRIBUIÇÕES À CONSULTA PÚBLICA Nº 15/2014 NOTA TÉCNICA 353/2014 SFF/ANEEL

Inventário de Bens Móveis Conceitos e Metodologia Igor Dias de Souza Diretor de Controle Patrimonial da UFF

CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À CONSULTA PÚBLICA Nº 012/2010 NOME DA INSTITUIÇÃO:

Nota Técnica n o 101/2005 SRC/ANEEL. Em 16 de setembro de 2005.

A G Ê N C I A N A C I O N A L D E E N E R G I A E L É T R I C A. S u b m ó d u l o 10. 2

Nota Técnica 113/2007 SRD/SRE/ANEEL Metodologia para Projeção de Investimentos para o Cálculo do Fator X Contribuição da Audiência Publica 052/2007

Orientação para o envio das Demonstrações Contábeis

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

Aprimoramento da metodologia utilizada pela ANEEL para o cálculo das perdas de energia elétrica

Seguem as dúvidas recebidas até o momento sobre o sistema DAweb.

RESOLUÇÃO Nº 06/10-CEPE

Gerenciamento de risco de crédito informações de Acesso Público. RB Capital DTVM

INSTRUÇÃO CVM Nº 539, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2013

PERGUNTAS E RESPOSTAS - EQUALIZAÇÃO DE ALÍQUOTAS DECRETOS nºs 442/2015 E 953/2015 ÍNDICE

Sr. Advogado, leia com atenção antes de adquirir seu certificado digital:

Pag: 1/20. SGI Manual. Controle de Padrões

FAQ (FREQUENTLY ASKED QUESTIONS)

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE RORAIMA

Especificação de Requisitos

uma nova era nas relações entre Empregadores, Empregados e Governo.

Contribuição AES BRASIL 1

CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009.

Título Custo de capital regulatório e investimentos em energia Veículo Valor Econômico Data 22 janeiro 2015 Autores Claudio J. D. Sales, Richard Lee

Política de Gerenciamento do Risco Operacional Banco Opportunity e Opportunity DTVM Março/2015

Tópico 12: Relatórios e Pareceres de Auditoria

1. REGISTRO DE ESTABELECIMENTO DE PRODUÇÃO, PREPARAÇÃO, MANIPULAÇÃO, BENEFICIAMENTO, ACONDICIONAMENTO E EXPORTAÇÃO DE BEBIDA E FERMENTADO ACÉTICO.

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA

INFORMATIVO BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE (BAS)

Agora todas as Unimeds vão falar uma só língua. Unimed do Brasil Federação São Paulo Portal Unimed

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À CONSULTA PÚBLICA Nº 005/2014

CONSIDERAÇÕES SOBRE A METODOLOGIA DE CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS. Audiência Pública 040 2ª Etapa Nota técnica 101/2011 SER/ANEEL

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS DA OABPREV-PR PARA O EXERCÍCIO DE 2007/2009

SEMINÁRIO RENOVAÇÃO DE CONCESSÕES DO SETOR PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA. Porto Alegre 05/10/2009 Luiz Carlos Guimarães ABRADEE

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS ORIENTAÇÃO TÉCNICA OCPC 08

Esta proposta altera parcialmente o Plano original de recuperação judicial, apresentado em março de 2015, após negociações com credores.

Audiência Pública nº 006/2015

Manual do Painel de Gestão

QUADRO PADRONIZADO PARA APRESENTAÇÃO DE SUGESTÕES E COMENTÁRIOS

Divulgação de Resultados 3T15

Perguntas frequentes Marcas de alto renome

Relatório dos auditores independentes sobre revisão especial das Informações Financeiras Trimestrais (IFTs) Trimestre findo em 30 de setembro de 2002

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

CONSULTA AO MERCADO RFI REQUEST FOR INFORMATION CONSOLIDAÇÃO DE DÚVIDAS APRESENTADAS

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Novo Layout NF-e versão 310

18/09/2013 UNN-OP-P0XX Versão 1.1, 18/09/2013 Página: 1 de 7. Nome: Política de Transportes. Aprovação - CEO. Nome: Depto.: Nome: Raimundo Expedito

ANEXO II DESTINAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO ANEXO 9-1-II DA INSTRUÇÃO CVM Nº. 481/ (R$) ,56

Tabela Progressiva do IR Pessoa Física - ano-calendário de Base de cálculo

OFÍCIO/CVM/SEP/GEA-1/Nº 140/2011 Rio de Janeiro, 30 de março de 2011.

CST/CSOSN - Códigos de ICMS para Utilização pelo Simples Nacional na NF-e. Matéria elaborada com base na Legislação vigente em

CNPJ: /

Operação Concorrência Leal

EDITAL CPG/IE-Nº 04/2015. PROCESSO SELETIVO Curso de Especialização em Economia do Trabalho e Sindicalismo 2016

Este documento objetiva a apresentação de nosso voto relativamente ao assunto em epígrafe, acompanhado da respectiva justificativa.

Política de Exercício de Direito de Voto em Assembleias Gerais

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Manual Verba Conceito de verba. Funcionamento Básico

Conselho Federal de Contabilidade Vice-presidência de Controle Interno INSTRUÇÃO DE TRABALHO INT/VPCI Nº 005/2012

CIRCULAR SUSEP N o 265, de 16 de agosto de 2004.

Entendimento do ICP-ANACOM. Originação de chamadas nas redes móveis nacionais

Medidas divulgadas pelo Governo Federal para o fortalecimento do setor elétrico nacional

Renda Fixa Privada Notas Promissórias NP. Notas Promissórias - NP

REGULAMENTO MODELO DE CUSTOS. Brasília, 18 de junho de 2014

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO

Manual para Preenchimento do Arquivo de Informações de Gestores de Patrimônio. Versão 1.1

Normas Contábeis Orientações da SUSEP ao Mercado de Seguros, Previdência Complementar Aberta, Capitalização e Resseguro

1º Anexo a estas Normas haverá um conjunto de Resoluções de caráter transitório que legislarão sobre assuntos específicos do Programa em Astronomia.

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS

Plano de Controle de Qualidade. Resolução 3.954

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como:

ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICIPIO DE SANGÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA EDITAL DE PROCESSO SELETIVO N 003/2015

Leilão de Venda de Energia Elétrica ANEXO III DAS DEFINIÇÕES

PORTARIA NORMATIVA nº 1/SEA - de 5/7/2010

CONTRIBUIÇÕES DA COMPANHIA PARANANENSE DE ENERGIA À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 060/2015

Importação de Itens através de Planilha de Dados

Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Características Roteamento


Aos Fundos exclusivos ou restritos, que prevejam em seu regulamento cláusula que não obriga a adoção, pela TRIAR, de Política de Voto;

MANUAL LOJA VIRTUAL - PORTAL PHARMA LINK

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

6 Quarta parte logística - Quarterização

Leitora SCR 331. Guia de Instalação

ANEXO III. Nota Técnica nº 250/2007-SRE/ANEEL Brasília, 21 de agosto de 2007 METODOLOGIA E CÁLCULO DO FATOR X

Manual. SPED Fiscal. Treinamento Escrita Fiscal. Material desenvolvido por:

DOCUMENTAÇÃO DO CANDIDATO

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 1 ESTRUTURA E CONTEÚDO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Controle de Estoque. Apresentação. Cadastro de Grupos de Produtos. Cadastro de Produtos

RESOLUÇÃO Nº 302, DE 5 DE FEVEREIRO DE 2014.

ATA - ENCONTRO TÉCNICO ABC CEF 05/02/2014 NOVAÇÃO. Perguntas, proposituras e respostas

Parecer Técnico sobre a Metodologia de Cálculo dos Custos de Pessoal na Empresa de Referência

IFRS TESTE DE RECUPERABILIDADE CPC 01 / IAS 36

Transcrição:

CONTRIBUIÇÃO À CONSULTA PÚBLICA 11/201 Nota Técnica 494/2013 SRE/ANEEL Dezembro/2013

1. SEGREGAÇÃO DO KM DE REDE EM RURAL E URBANO Sugere-se a segregação do Km de rede utilizado para o cálculo da variação do produto, na atualização dos custos operacionais, em rural e urbano, pois percebe-se que a rede rural, em função da distância, localização, relevo e dificuldade de acesso, carrega uma parcela mais representativa dos custos operacionais e, portanto, deveria possuir um peso diferenciado na atualização do produto. Entende-se que não haveria nenhuma necessidade de alteração no fluxo das informações, pois os dados continuariam sendo encaminhados pelas próprias distribuidoras, apenas de forma segregada. 2. DESCONSIDERAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS OPERACIONAIS E QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS EM O&M, ADMINISTRATIVOS E COMERCIAIS Entendemos que todo o banco de dados utilizado pela agência reguladora deve ser composto apenas por informações que possam ser validadas conforme o banco de dados de origem das distribuidoras, visto que tais valores serão utilizados para processos comparativos (benchmarking) e, sendo assim, qualquer tratamento ou classificação destes dados originais, cujos padrões não estejam bem definidos, pode permitir critérios distintos por parte dos agentes, o que prejudicaria o processo de comparação e seus resultados. Tal situação é visível na base de dados 1-C, Tabela 3, na qual a segregação da quantidade de funcionários e dos valores de custos em administrativos, O&M e comercial, da forma proposta, permite a utilização de diferentes critérios conforme a interpretação de cada distribuidora. Portanto, entende-se que tais informações segregadas não constituem uma fonte confiável para utilização no processo de benchmarking e sugere-se a sua utilização de forma consolidada, desprezando a classificação mencionada.

3. ALTERAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO DA VARIÁVEL % DE PESSOAS EM DOMICÍLIO PRECÁRIOS Grande parte das variáveis relacionadas a perdas não técnicas (base 2) possui fonte confiável, com possibilidade de atualização anual dos dados, através do CENSO/PNAD, por exemplo. Entretanto, a variável "% de pessoas em domicílios precários" possui referência ao ano 2000 e sua atualização estimada (pode levar a erros) com base no crescimento populacional. Portanto, a proposta é encontrar outra variável que represente a mesma dimensão do modelo e que tenha mais fácil construção/captura/atualização dos dados. Sugere-se, por exemplo, testar apenas o poder de explicação apenas da variável "% de pessoas em domicílios subnormais", cuja fonte é o CENSO/PNAD e que possui fácil construção/captura/atualização. 4. POSSÍVEIS INCONSISTÊNCIAS EXISTENTES NA BASE DE DADOS 4.1. Variáveis relacionadas a perdas não técnicas (base 2): algumas informações indisponíveis constam como "0" ao invés de "ND", o que pode distorcer o resultado. Deverá ser substituído em toda a base os valores de 0 por ND 4.2. Dados de caráter geral (base 4): na tabela abaixo estão dispostas as inconsistências relacionadas aos municípios da área de concessão da, as quais afetam também outras concessionárias. Código Município Observação 421360 Porto União Este município está localizado no estado de Santa Catarina, porém é atendido pela. Na Base 4 está como se fosse atendido pela CELESC. 412862 Alto Paraíso Este município não consta da Base 4. 412870 Vitorino Apareceu duas vezes na Base 4. 412850 Wenceslau Apareceu duas vezes na Base 4. Braz 412880 Xambrê Apareceu duas vezes na Base 4.

4.3. Dados de Ativos Físicos, Mercado e Consumidores (base 1A): constatadas divergências com relação ao número de unidades consumidoras referentes aos anos de 2011 e 2012, conforme tabela abaixo. Ano CP 11 2011 3.916.934 4.006.292 2012 4.037.570 4.052.920 4.4. Custos Operacionais (base 1B): as informações constantes na CP 11 não condizem com os valores apresentados pela no Ofício 20, nas rubricas de Pessoal e Outros. ANO Rubrica CP 11 Ofício 20 Pessoal 671.863,0 761.617 2011 Seguros 2.968,0 Tributos 8.326,0 39.403 Outros 38.034,0 Pessoal 779.005,6 950.289 2012 Seguros 2.683,4 Tributos 13.770,6 53.476 Outros 36.354,9 Também cabe ressaltar que os valores de Seguros e Outros são idênticos no período de 2001 a 2009. Além disto, percebe-se que os valores do ano de 2001 não estão aderentes aos valores dos outros anos, por exemplo, o valor de PMSO da em 2001 consta como R$ 2.683,70 e em 2002 está como R$ 400.932,50. 4.5. Dados de Base de Remuneração e Custo de Capital (base 1D): os valores apresentados, referente as Bases Bruta e Líquida, não condizem com os valores homologados nos processos de revisão tarifária, ocorridos nos anos de 2004, 2008 e 2012, conforme segue:

Base Bruta Base Líquida Ciclo Valores Valores CP 11 Diferença homologados homologados CP 11 Diferença 2004 5.314.932.104 6.211.291.180-896.359.076 1.315.665.335 2.172.361.101-856.695.766 2008 6.700.531.449 8.978.608.915-2.278.077.466 1.920.730.882 3.142.739.388-1.222.008.506 2012 7.622.435.793 8.174.784.350-552.348.557 2.552.250.529 2.713.279.872-161.029.343 4.6. Dados de Variáveis Ambientais (base 1E): a área de concessão constante para a é de 162.613 Km², porém o correto é 194.584 Km². Cabe ressaltar que os outros índices também serão afetados em função desta inconsistência.