TREINAMENTO EM BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO

Documentos relacionados
Doenças Transmitidas por Alimentos. Prof.: Alessandra Miranda

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA)

Vigilância Sanitária de Alimentos. Bactérias causadoras de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)- II

Boas Práticas para a Conservação dos Alimentos. Palestrante: Liza Ghassan Riachi CICLO DE PALESTRAS ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

Universidade Federal do Rio de Janeiro Disciplina: Saúde Coletiva. Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)

APRESENTAÇÃO. Ana Luiza Câmara Primeira Dama do Estado de Pernambuco

Doenças de origem alimentar. alimentar

Disciplina: Controle de Qualidade Série: 2ª Turmas: L/N/M/O Curso: Técnico em Agroindústria

Surto de Infecção Alimentar por Salmonella enterica sorotipo Enteritidis em festa de casamento, Município de São Paulo Setembro de 2006

AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA DOS EQUIPAMENTOS E ALIMENTOS SERVIDOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE UM HOTEL NA CIDADE DE FORTALEZA

Staphylococcus aureus

Microbiologia Prof. Márcia G. Perdoncini

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1

Clostridiose Alimentar (C. perfringens)

QUALIDADE DOS ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. Alessandra Reis Nutricionista de Qualidade- IBRefeições

Alterações microbianas em alimentos Wladimir Padilha da Silva

Segurança dos alimentos sob a perspectiva da culinária JAPONESA. Portaria Municipal 1109/2016

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1

Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por Alimentos no Brasil

LEVANTAMENTO DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS RELATIVOS À OCORRÊNCIAS/ SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS 1

Vigilância Sanitária de Alimentos. Bactérias causadoras de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SANDUÍCHES NATURAIS COMERCIALIZADOS EM ARAPONGAS PARANÁ SILVA, M.C; TOLEDO, E

DTA. Profª. Natália Pessoa 24/03/2014

MÓDULO IV Controlo de Perigos

DTA por Bacillus cereus

Estabilidade do produto

07/06/2015 Imprimir Higiene e Segurança Alimentar: o que significa? Qual a sua... Interessante Naturlink

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO MINAS FRESCAL PRODUZIDOS POR PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO MUNICIPIO DE GUARAPUAVA E REGIÃO

Shigella. Topicos. Prof. Assoc. Mariza Landgraf. Introdução. Características da doença Tratamento Prevenção e Controle 03/04/2017

BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR. DENISE FIGUEIREDO Medica-Veterinária

PREVENÇÃO NA PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS

AVALIAÇÃO DO BINÔMIO TEMPO X TEMPERATURA DE PREPAROS ALIMENTARES EM UMA UNIDADE PRODUTORA DE REFEIÇÕES DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA/PB

Faculdade de Veterinária Dept. de Veterinária Preventiva Curso de Zootecnia. Aspectos ligados a produção higiênica de carnes

Ilustrações das páginas 16, 33, 37, 39, 45, 64, 99, 125, 152, 154, 155, 173 e capa: Atilano Suarez

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DA POPULAÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS EM PATÊ DE PEITO DE PERU SABOR DEFUMADO DURANTE 45 DIAS DE ARMAZENAMENTO

HIGIENE E MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

TÍTULO: ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ESPONJAS UTILIZADAS NA HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS DE COZINHA DE RESTAURANTES DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO

HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR

Doenças veiculadas por água contaminada

NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 01/2015

Secretaria de Vigilância em Saúde Coordenação de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Vigilância Epidemiológica do Botulismo

Prevenção de Toxinfeções Alimentares

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UNIRIO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE ESCOLA DE NUTRIÇÃO PROGRAMA DE DISCIPLINA

ANÁLISE DE PRESENÇA DE Staphylococcus aureus EM QUEIJOS ARTESANAIS, COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE APUCARANA- PR

TÍTULO: PESQUISA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS, ESCHERICHIA COLI E SALMONELLA SPP EM KETCHUPS E MAIONESES EMBALADOS EM SACHÊS.

MICRO-ORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

Fontes de m.o. 16/09/2015. Fontes de m.o. Plantas. algumas plantas produzem metabolitos antimicrobianos. interiores geralmente estéreis

DA COZINHA AO PRATO: ANÁLISE MICROBIANA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL EM PEQUENAS AGROINDÚSTRIAS DA REGIÃO OESTE DO ESTADO DE SANTA CATARINA.

Disciplina: Controle de Qualidade Série: 2ª Turmas: L/N/M/O. Curso: Técnico em Agroindústria. Professora: Roberta M. D.

Salmonella spp. Prof. Bernadette D G M Franco 2018

Boas Práticas nos Serviços de Alimentação

CLOSTRIDIOSES EM AVES

Introdução. Graduando do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 3

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS POLPAS E SUCOS DE FRUTAS, UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Carbúnculo ou antraz Bacillus anthracis

Princípios e Recomendações Maio 2006 João Carlos Dória Médico Veterinário D. R. Veterinária

Curso de Introdução ás Boas Práticas de Higiene e Fabrico

DTA ESTAFILOCÓCICA. Intoxicação alimentar típica causada por enterotoxinas estafilocócicas;

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM PRODUÇÃO, HIGIENE E TECNOLOGIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE MÃOS DE MANIPULADORES, MÁQUINAS DE MOER CARNE E FACAS DE CORTE, EM SUPERMERCADOS DA CIDADE DE APUCARANA- PR

QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE LANCHES COMERCIALIZADOS NO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFPEL, RS

DOENÇAS DE ORIGEM BACTERIANA VEICULADAS POR ALIMENTOS

GABARITO: PROVA ESCRITA

Bactérias de interesse clínico transmitidas por alimentos

D TA p o r C l o s tridium p e r f r ingens

11/03/2011. Elaboração de Alimentos. Ministério da Agricultura

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENFERMAGEM BACHARELADO EM SAÚDE COLETIVA CRISTIANE HAUSCHILDT

Orientações para estabelecimentos comerciais de alimentos

03/11/2011. Bactérias de interesse clínico transmitidas por alimentos. Microrganismos patogênicos causadores de doenças. Profa. Vânia Lúcia da Silva

Challenge testing and shelf-life studies

11/03/2018 INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS ASPECTOS HISTÓRICOS. INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE CARNE BOVINA MOÍDA COMERCIALIZADA EM LIMOEIRO DO NORTE-CE

Guia para os estudantes

PESQUISA DE SALMONELLA EM MOLHOS PRODUZIDOS E COMERCIALIZADOS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO NA CIDADE DE MONTES CLAROS MG

Campylobacter jejuni

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde. Rejane Maria de Souza Alves COVEH/DEVEP/SVS/MS 2006

MICRO-ORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

As dúvidas mais comuns sobre a infecção urinária

MO cuja presença ou ausência proporciona uma evidência indireta referente a uma característica particular do histórico da amostra

Incidência de Salmonella sp, em Queijos Tipo Minas Frescal Comercializados em Feiras Livres do DF

O papel da vigilância sanitária na prevenção das doenças transmitidas por alimentos (DTA)

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PÓS-GRADUAÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Paulo César Santos Ramos, Solange Souza Pires e Denise de Oliveira Chaves GTVISA/RO Yete Baleeiro Brack VISA/PVH Anizete Vani Paiko e Maria do Carmo

R D C N º A N V I S A

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ALIMENTOS EM UNIDADES DE NUTRIÇÃO HOSPITALAR: SEGURANÇA ALIMENTAR ALIADA AO PROCESSO DE CONVALESCÊNCIA

CONTAGEM DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS EM ALIMENTOS COMO TEMA GERADOR NO ENSINO DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS

06/10/2017. Microbiologia da água

MONITORAMENTO DA TEMPERATURA DE PREPARAÇÕES FRIAS DE UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO COMERCIAL DA CIDADE DE SANTA MARIA -RS 1 RESUMO

IMPORTÂNCIAS DAS BACTÉRIAS

PREVINA-SE CONTRA FEBRE TIFÓIDE

XI Encontro de Iniciação à Docência

" O professor é aquele que faz brotar duas idéias onde antes só havia uma"

INCIDÊNCIA DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA) NO ESTADO DE PERNAMBUCO, UM ACOMPANHAMENTO DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS NOS ÚLTIMOS ANOS

Transcrição:

TREINAMENTO EM BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO Manipulador de Alimentos Perigos, Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) Coordenação e Apresentação Luciana Riato Sanches

Cumprimento as regras da resolução RDC n. 216/04 Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA Estabelece as Boas Práticas para Serviços de Alimentação e Nutrição. A legislação atual está mais atuante e completa.

O que são Boas Práticas? São práticas de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores. O objetivo das Boas Práticas é evitar a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados.

QUEM É MANIPULADOR DE ALIMENTOS? TODAS AS PESSOAS QUE TRABALHAM COM ALIMENTAÇÃO SÃO CONSIDERADAS MANIPULADORES DE ALIMENTOS, OU SEJA, QUEM PRODUZ, COLETA, TRANSPORTA, RECEBE, PREPARA E/OU DISTRIBUI O ALIMENTO.

SEGURANÇA ALIMENTAR Garantir acesso ao alimento em quantidade e qualidade adequadas, de forma permanente; Aproveitar ao máximo os nutrientes; Preparar alimentos de forma que não ofereçam perigo à saúde.

Vídeo 10 cuidados para manipulador de alimentos https://www.youtube.com/watch?v=omqswkcmjzc

SISTEMA DE SEGURANÇA DE ALIMENTOS

O QUE SÃO PERIGOS? Perigo é tudo aquilo que pode causar algum mal à saúde da pessoa. OS PRINCIPAIS PERIGOS SÃO OS BIOLÓGICOS, OS MICROORGANISMOS

ONDE ESTÃO OS MICROORGANISMOS? Utensílios Alimentos Poeira, chão PRINCIPALMENTE NAS PESSOAS Ar, água Pragas/Superfície de animais e plantas

ONDE ESTÃO OS MICROORGANISMOS? Bom, pelo visto, estão em todos os lugares!

O QUE OS MICROORGANISMOS PRECISAM PARA SE MULTIPLICAR? ALIMENTO ÁGUA TEMPERATURA

O QUE OS MICROORGANISMOS PRECISAM PARA SE MULTIPLICAR? Calor e Temperatura: Conhecida como Zona de Perigo, a melhor temperatura para o desenvolvimento das bactérias é de 37 C, a mesma temperatura do corpo humano. Entre 5 C e 60 C as bactérias podem se multiplicar rapidamente e fora desta faixa de temperatura, o seu desenvolvimento é reduzido. A maioria das bactérias, morrem numa temperatura superior a 100 C e abaixo de 0 C, elas pouco se multiplicam.

TEMPERATURA DE PERIGO

O QUE OS MICROORGANISMOS PRECISAM PARA SE MULTIPLICAR? Umidade/alimento: Os alimentos com altos teores de proteínas, pois contém alto teor de umidade natural, são os preferidos pelas bactérias e incluem-se nesta categoria os produtos cárneos e seus derivados, ovos, leite e derivados, frangos sendo por isso chamados de alimentos de alto risco.

O QUE OS MICROORGANISMOS PRECISAM PARA SE MULTIPLICAR? Tempo: Num ambiente que proporciona calor, umidade e alimento, as bactérias iniciam a sua multiplicação em 10 a 20 minutos, podendo num espaço de 30 minutos, se multiplicar até um número suficiente para causar intoxicação alimentar. Manter produtos de origem animal, fora de ambientes de frios o menor tempo possível. APÓS ALGUMAS HORAS

BACTÉRIAS EM MULTIPLICAÇÃO

A CONTAMINAÇÃO MICROBIANA DOS ALIMENTOS OCORRE... Pela utilização de matéria prima contaminada; Pela contaminação cruzada de alimentos cozidos com crus; Pela utilização de equipamentos que não foram adequadamente limpos; Pessoas infectadas (portadoras de infecções no período de incubação) tocaram o alimento; Manipuladores de alimentos sem hábitos higiênicos; Alimentos contaminados pela água durante a produção; Alimentos contaminados durante o armazenamento devido a presença de pestes, sujeira no local, disposição incorreta no local; Através do ar, especialmente com bolores.

COMO ACONTECE A CONTAMINAÇÃO? Cabelo Bigode

COMO ACONTECE A CONTAMINAÇÃO? Dinheiro Aliança

COMO ACONTECE A CONTAMINAÇÃO?

Quantidades de bactérias em nosso corpo, após tomarmos banho: Couro cabeludo: 1 milhão/cm3 Testa: 10 mil a 100 mil/cm2 Secreção nasal: 10 milhões/g Saliva: 75 milhões/ml Axilas: 10 milhões/cm2 Mãos: até 62.500 bactérias por poro

Já imaginou ficar sem tomar banho e sem trocar de roupa??

A MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA DOS ALIMENTOS OCORRE QUANDO... Os alimentos cozidos foram deixados a temperatura ambiente; Os alimentos foram resfriados inadequadamente; Alimentos quentes foram armazenados a temperaturas que permitem a multiplicação microbiana; Os alimentos foram preparados meio dia ou mais, antes de serem servidos (e então resfriados inadequadamente).

O QUE OS MICROORGANISMOS PODEM CAUSAR? Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) O que são DTA? São as doenças causadas pelo consumo de alimentos contaminados por perigos biológicos.

Doenças Transmitidas por Alimentos Acontecem principalmente com: Crianças Mulheres grávidas Pessoas debilitadas, em recuperação ou sob medicação Idosos

Principais Sintomas de DTA Diarréia; Náusea; Vômito; Dor de cabeça; Dor abdominal; Febre; Formação de gases; Fadiga; Perda de apetite.

PRINCIPAIS BACTÉRIAS causadoras de doença alimentar toxiinfecções

Salmonella spp Algumas espécies de salmonella podem produzir dois tipos de doenças de origem alimentar. As gastroenterites, caracterizadas por infecção no intestino, e as febres entéricas, que são mais graves e conhecidas como febres tifo, constituindo infecções generalizadas.

Salmonella spp Os principais alimentos propícios ao crescimento desta bactéria são os produtos de confeitaria, maionese, produtos de ovos e as carnes (frango) e derivados.

Restaurante famoso indeniza casal intoxicado por salmonella Restaurante localizado na cidade de Braço do Norte, foi condenado pela 3ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça ao pagamento de R$ 50 mil à um casal, acometido de grave infecção intestinal após ingerir alimentos contaminados com a bactéria salmonella, em almoço dominical naquele estabelecimento. Por conta da intoxicação, a mulher, então grávida de seis meses, foi internada em hospital com risco de vida, e acabou perdendo o feto horas mais tarde. Testemunhas que também almoçaram no restaurante naquele mesmo dia e igualmente sofreram problemas de saúde, com intoxicação alimentar a partir de salmonella. Informações trazidas aos autos dão conta ainda que, um mês antes dos fatos, dois empregados do restaurante, que trabalhavam na manipulação dos alimentos, realizaram exames em hospital local, com a constatação que eram portadores da salmonella sp. "Portadores da bactéria podem contaminar outras pessoas", garantiu a infectologista, do Hospital São João Batista, em resposta a quesitos formulados judicialmente. Outra testemunha, que também precisou internar-se na ocasião, relatou suspeitar de uma sobremesa de morango preparada a base de ovo cru como origem da intoxicação.

Salmonela causou intoxicação alimentar que matou comerciante Foi divulgado oficialmente ontem o primeiro laudo com as prováveis causas da intoxicação alimentar que atingiu 107 pessoas e provocou uma morte em Balneário Arroio do Silva, no Extremo-sul de Santa Catarina. A análise foi feita em amostras recolhidas nas fezes e sob as unhas de quatro funcionários da cozinha de um restaurante bastante movimentado. Segundo os técnicos do Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen), três das análises deram positivas para salmonela. "Tudo indica que a intoxicação tenha sido realmente provocada por essa bactéria. Porém, essa análise não é definitiva. Encaminhamos também água, massa e ovos para o Lacen, diz o técnico da Vigilância Sanitária Regional. Segundo ele, o restaurante foi multado e permanece lacrado até segunda ordem. "A decisão final ficará nas mãos da Vigilância Sanitária do Estado", destaca. O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil e o laudo divulgado ontem pelo Lacen deve ser anexado ao inquérito. Os responsáveis pelo restaurante, que seguem sem falar com a imprensa, podem até mesmo ser indiciados por homicídio culposo. O delegado que comanda as investigações, deve concluir o inquérito em 30 dias. Os sintomas da intoxicação começaram a ser manifestar depois que as vítimas almoçaram num restaurante de Balneário Arroio do Silva. Um dia depois, 107 pessoas deram entrada no Hospital Regional de Araranguá apresentando sinais de intoxicação. Entre elas, o comerciante Neoci Alano, 66, que não reagiu à medicação. Ele chegou a ser transferido para o Hospital São João Batista, em Criciúma, mas acabou morrendo.

Staphylococcus aureus É a doença de origem alimentar mais comum e resulta da ingestão de alimentos contaminados com a toxina produzida por essa bactéria.

MANIPULADORES DE ALIMENTOS - Fontes de contaminação mais freqüentes Bactérias presentes nas mucosas da nasofaringe e nas mãos.

Staphylococcus aureus ** O cozimento não destrói as toxinas, já que resistem à temperatura de ebulição. Podem resistir a 4 horas de fervura.

Staphylococcus aureus Alimentos muito manipulados ou que não são acondicionados em temperatura ideal após o cozimento oferecem maior risco.

Staphylococcus aureus Equipamentos mal higienizados e produtos de origem animal contaminados também são vias de transmissão.

Staphylococcus aureus: portadores entre manipuladores de alimentos das principais casas comerciais de Araraquara. Foram colhidas amostras de mãos e fossas nasais de 48 manipuladores de alimentos das principais casas comerciais da cidade de Araraquara, Estado de São Paulo (Brasil). Dentre os indivíduos foram encontrados 44,1% e 34,8% que portavam Staphylococcus aureus em fossas nasais e mãos, respectivamente. Dos 12 portadores do microorganismo, concomitantemente em mãos e fossas nasais, 75,0% apresentaram cepas com vínculo epidemiológico. Os achados mostram o risco potencial representado pelas mãos nas intoxicações alimentares.

Staphylococcus aureus enterotoxigênico em doces cremosos vendidos em padarias e confeitarias conceituadas do município de São Paulo, Brasil. A partir de 100 amostras de doces cremosos coletados em 40 padarias e confeitarias conceituadas da cidade de São Paulo (Brasil), foi realizada a contagem de S. aureus por grama de alimento. As cepas isoladas, após terem sido identificadas morfológica e bioquimicamente, foram submetidas a provas de fagotipagem e à verificação da capacidade produtora de enterotoxina. Das 100 amostras de doces examinadas, 38,0% foram positivas para S. aureus e originárias de 21 (52,5%) dos 40 estabelecimentos visitados.

Intoxicação estafilocócica em restaurante institucional Foi investigado um surto de intoxicação alimentar ocorrido em um restaurante institucional. Cinqüenta e seis pessoas, de um total de 88, foram acometidas de vômitos, diarréia, dores abdominais, prostração, febre e cefaléia após ingerirem uma refeição composta de sanduíche de galinha, refresco de laranja e pudim de leite. Os sintomas apareceram entre uma hora e meia e 12 horas após a ingestão da refeição e duraram 24 a 36 horas. As taxas de ataque específico foram de 64% para o sanduíche de galinha, de 61% para o refresco de laranja e de 60% para o pudim. Estes resultados, juntamente com os obtidos nos questionários aplicados às pessoas que ficaram doentes, forneceram provas circunstanciais que permitiram concluir que ocorreu uma intoxicação alimentar provocada pelo sanduíche de galinha contaminado com enterotoxina A de Staphylococcus aureus.

Bacillus cereus Os esporos de B. cereus podem sobreviver à fervura, germinando e multiplicando-se rapidamente em temperatura ambiente.

Bacillus cereus Ingestão de alimentos mantidos em temperatura ambiente por longo tempo, depois de cozidos. Surtos com vômitos predominantes são mais comumente associados ao arroz cozido que permaneceu em temperatura ambiente, entretanto, outros produtos têm sido implicados em surtos como batatas, massas e queijos. Uma larga variedade de alimentos tem sido implicada em surtos tais como carnes, leite, vegetais, peixes,molhos, pudins, sopas, assados e saladas.

Escherichia coli Esta bactéria faz parte da flora intestinal normal dos homens.

Escherichia coli Qualquer alimento contaminado com fezes humanas de indivíduo doente, seja diretamente ou via água contaminada.

Clostridium botulinum Quando a bactéria anaeróbica encontra condições favoráveis de crescimento no alimento, ela produz uma poderosa toxina (veneno) que pode ter efeito letal.

Clostridium botulinum Os esporos dessa bactéria sobrevivem ao cozimento, à defumação e à salga.

Clostridium botulinum A maior causa de surtos de botulismo tem sido a ingestão de alimentos conservados ou semiconservados em latas, vidros ou produtos curados, dos quais o oxigênio tenha sido removido.

Clostridium perfringens É uma bactéria comum no solo e em terrenos encharcados, e ainda em vegetais. Produz uma toxina no intestino quando são ingeridos alimentos contaminados pela bactéria em sua forma vegetativa.

Clostridium perfringens Os produtos que contém carne bovina ou de aves, geralmente com molhos mantidos em temperatura ambiente, são os principais alimentos em que há proliferação dessa bactéria.

Contaminação por matérias estranhas (fragmentos de insetos, larvas, pêlos de roedores)

Organização Mundial de Saúde OMS os relatos de DTAs pode ser 300 a 350 vezes + do que a notificada

SOMOS AGENTES DE SAÚDE INDEPENDENTE DA NOSSA FORMAÇÃO, A PARTIR DO MOMENTO EM QUE ESTAMOS NA ÁREA DE ALIMENTOS.

Vídeo POP 005- coleta de amostras de alimentos https://www.youtube.com/watch?v=6uewmbjld5u