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PROJETO DE LEI Nº 004/2013. O Prefeito Municipal de Governador Lindenberg ES, Estado do Espírito Santo apresenta o presente projeto de lei;

Transcrição:

1 de 35 Unidade Auditada: SECRETARIA DE INFRAEST.FOMENT.DA PESCA E AQUI Exercício: 2011 Processo: 00350.001422/2012-74 Município - UF: Brasília - DF Relatório nº: 201203403 UCI Executora: SFC/DRAGR - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Análise Gerencial Senhor Coordenador-Geral, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201203403, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pela SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E FOMENTO DA PESCA E AQUICULTURA. 1. Introdução Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 16/04/2012 a 24/04/2011, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela Unidade Auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. 2. Resultados dos trabalhos Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a não conformidade com o inteiro teor das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN-TCU-63/2010 e pelas DN TCU 108/2010 e 117/2011, tendo sido adotadas, por ocasião dos trabalhos de auditoria conduzidos junto à Unidade, providências que estão tratadas em itens específicos deste relatório de auditoria. Em acordo com o que estabelece o Anexo III da DN-TCU-117/2011, e em face dos exames realizados, efetuamos as seguintes análises: 2.1 Avaliação da Conformidade das Peças

2 de 35 Durante análise da conformidade das peças do Relatório de Gestão da Unidade para o exercício de 2011, foi observada a ausência do Quadro A.5.2 Situações que reduzem a força de trabalho da UJ, necessário para verificar a presença de servidores cedidos, em licença ou demais situações que impactam na execução das atividades da Unidade e que, em que pese ser de confecção da área de Recursos Humanos, deve constar no Relatório de Gestão da Unidade, já que o quadro permite uma análise de situações que prejudicam a capacidade operacional da SEIF. Por meio da S.A. nº 201203403/02, foi solicitado que a Unidade apresentasse o supramencionado quadro à equipe de auditoria, tendo em vista sua ausência no Relatório de Gestão. Por meio do Ofício nº 081/2012 - SEIF/MPA a Unidade apresentou um quadro que não correspondia ao solicitado pela equipe de auditoria. Em contato com a SEIF, foi informado que o quadro incorreto foi apresentado pelo setor de Recursos Humanos e que seria solicitado a apresentação do quadro correto. Posteriormente, por meio do Ofício nº 194/2012 - SEIF/MPA de 23 de maio de 2012, a Unidade encaminhou o quadro correto, indicando que há dois servidores inicialmente lotados na SEIF que, no momento, se encontram ocupando funções de confiança em outras Unidades. As demais peças do processo de contas e as demais informações do Relatório de Gestão foram apresentadas pela Unidade e contemplam os formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 108/2010 e 117/2011 e da Portaria-TCU nº 123/2011. 2.2 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão Os resultados quantitativos e qualitativos das três ações sob coordenação da Unidade que possuem maior materialidade são os seguintes: CÓDIGO/TÍTULO DA AÇÃO 10B5 - Apoio à implantação de infraestrutura aquícola e pesqueria (infraestruturas apoiadas) 7618 - Implantação de terminais pesqueiros (terminais implantados) 6948 - Apoio ao funcionamento de unidades integrantes da cadeia produ va pesqueira (Unidade Secretaria de Infraestrutura e Fomento da Pesca e Aquicultura 1342 Desenvolvimento Sustentável da Pesca Meta Física PrevisãoExecução Execução/Previsão (%) 945 9 0,95% Atos e Fatos que prejudicaram o desempenho Con genciamentos orçamentários; Problemas rela vos ao cumprimentos das diversas etapas preliminares requeridas à implantação de 12 1 8,30% infraestruturas 64 0 0,00% aquícolas e pesqueiras, como, por exemplo, as licenças ambientais. Análise do Controle Interno Frente à presença de atrasos na liberação dos recursos, a Unidade deve adotar providências com vistas à solução do descompasso entre a execução sica e financeira, situação que vem se repe ndo ao longo dos anos.

3 de 35 apoiada) Além das situações causadas frente aos contingenciamentos, deve-se atentar para o fato de que os critérios utilizados para criação das metas são frágeis, em parte pela difícil mensuração dos indicadores. No caso da ação de implantação dos TPPs, por exemplo, a implantação de um TPP pode levar anos, sendo que a Unidade deve avaliar a pertinência em dividir a implantação do terminal em percentuais de execução, de tal maneira que o estágio em que se encontra cada terminal ficasse refletido nos indicadores. Já com relação à ação 10B5, dada a sua capilaridade, que envolve desde a aquisição de caminhões frigoríficos e fábricas de gelo até a celebração de convênio para reforma de embarcações, é necessário o desenvolvimento de unidades de medida que permitam uma avaliação mais real das atividades implementadas. 2.3 Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ Os seguintes indicadores foram analisados pela equipe de auditoria com vistas a avaliar se estes estão devidamente formulados e permitem uma real avaliação da política pública. Ação(código e descrição) ou Área da gestão 7618 - Implantação de Terminais Pesqueiros 7618 - Implantação de Terminais Pesqueiros 10B5 - Apoio à Implantação de Infraestrutura Aquícola e Pesqueira 10B5 - Apoio à Implantação Fórmula Nome dodescrição do de Indicador Indicador cálculo Completude e validade Acessib e Compr Compara bilidade Auditab.Economic Mede o nº de terminais pesqueiros Percentual deimplantados (Nº de terminais implantados/nº de implantados terminais em relação ao terminais pesqueiros pesqueiros NÃO SIM SIM SIM NÃO nº de terminais pesqueiros programados para a Ação programados) * 100 Mede o custo [(custo total de médio Custo médio implantação de aplicado por terminais por terminal terminal pesqueiros/ nº de implantado pesqueiro terminais NÃO em relação implantado implantados)/(valor ao valor previsto LOA/meta previsto SIM SIM SIM NÃO em relação ao previsto na LOA física LOA)-1] * 100 Mede o nº de Percentual deinfraestruturas (nº de Infraestrutura aquícolas e infraestruturas pesqueira epesqueiras apoiadas/nº de aquícola apoiadas em NÃO SIM infraestruturas apoiada emrelação ao nº programadas) * relação aode 100 programado infraestruturas SIM SIM NÃO programadas Custo médiomede, em %, (custo total/ nº de por o custo médio infraestru infraestrutura aplicado em apoiada)/custo NÃO SIM SIM SIM NÃO

4 de 35 de infraestrutura total previsto na apoiada em Infraestrutura em relação ao LOA/nº de relação ao Aquícola e previsto na infraestrutura valor previsto Pesqueira LOA previsto na LOA Com relação ao primeiro indicador - percentual de terminais pesqueiros implantados a deficiência está na unidade de medida definida. Utilizar a quantidade de terminais implantados por ano como referência de execução da ação prejudica a análise já que a implantação de um TPP, em regra, leva anos. Dessa maneira, caso a obra de um terminal tenha avançado, mas não tenha sido concluída, essa fato será desconsiderado. A Unidade deve avaliar a possibilidade de alterar a unidade de medida da ação, elencando, por exemplo, o percentual no ano em que avançaram as atividades adstritas à implantação dos terminais. Quanto ao terceiro indicador elencado, relativo à ação 10B5, este se torna de pouca valia em face dos recursos desta ação abranger atividades de difícil agregação entre elas, como a aquisição de bens e a reparação de barcos, não sendo possível aferir em qual área os resultados alcançados estão relacionados. Neste caso, a Unidade deve avaliar a oportunidade de criar indicadores distintos, relativos aos impactos positivos das aquisições de bens, preferencialmente pontuando esses bens, e dos serviços prestados. 2.4 Avaliação do Funcionamento do Sistema de Controle Interno da UJ Controle Interno é o conjunto de atividades, planos, métodos, indicadores e procedimentos interligados, utilizado com vistas a assegurar a conformidade dos atos de gestão e a concorrer para que os objetivos e metas estabelecidos para as unidades jurisdicionadas sejam alcançados (IN TCU nº 63/2010). Com objetivo de avaliar a estrutura de controles internos instituída pela SEIF, com vistas a garantir que seus objetivos estratégicos para o exercício fossem atingidos, nas áreas de convênios e gestão de bens adquiridos para consecução das ações sob coordenação da Unidade, foram analisados os seguintes componentes do controle interno: ambiente de controle, avaliação de risco, procedimentos de controle, informação e comunicação e monitoramento. a) Ambiente de Controle O ambiente de controle estabelece a fundação para o sistema de controle interno da Unidade, fornecendo disciplina e estrutura fundamental (COSO, 2006). Deve demonstrar o grau de comprometimento em todos os níveis da administração com a qualidade do controle interno em seu conjunto (Resolução nº 1.135/2008, do Conselho Federal de Contabilidade). Conforme registrado no Quadro XXIV do item 8 do Relatório de Gestão do Exercício de 2011, a Unidade indicou na maioria de suas respostas que o ambiente de controle é parcialmente válido. Este resultado foi confirmado por evidências obtidas durante a execução dos trabalhos de Auditoria, dentre as quais podem ser destacadas: a) existência e utilização de rede interna (intranet) e externa (internet) para divulgação das principais políticas, notícias, diretrizes, normativos; b) existência de código de ética profissional do servidor; c) inexistência de manuais com normas e procedimentos prevendo sistemas de autorizações e aprovações, linhas de autoridade definidos e o estabelecimento de práticas operacionais e de rotinas; d) organograma disponibilizado na internet atualizado; b) Avaliação de Risco Avaliação de risco é o processo de identificação e análise dos riscos relevantes para o alcance dos

5 de 35 objetivos da entidade para determinar uma resposta apropriada. Em relação a este componente, a Unidade Jurisdicionada indicou na maioria das respostas do Relatório de Gestão de 2011 como neutra. Entretanto, essa informação não é confirmada em razão de a SEIF não dispor de identificação clara dos processos críticos, além de não haver um diagnóstico dos riscos nas áreas de convênios e gestão de bens que permitam detectar a probabilidade de ocorrência desses riscos e a consequente adoção de medidas para mitigá-las. c) Procedimentos de Controle Procedimentos de controle são as políticas e procedimentos estabelecidos pela administração da Unidade que ajudam a assegurar que as diretrizes estejam sendo seguidas. Os trabalhos realizados na Unidade nas áreas de convênios e gestão de bens tiveram por objetivo avaliar se os procedimentos estão efetivamente instituídos e se têm contribuído para o alcance dos objetivos estratégicos fixados pela Administração da Unidade. Nesse sentido, destaca-se a seguir os pontos fracos e fortes nas áreas supracitadas, identificados por meio dos trabalhos de auditoria Anual de Contas do Exercício de 2011, cujos resultados estão diretamente relacionados com as fragilidades que resultaram nas constatações demonstradas neste relatório: a) deficiências na fiscalização dos convênios; b) liberação de parcelas das transferências voluntárias sem prévia avaliação do que já foi executado; c) Falta de estruturação da logística de fiscalização dos caminhões frigoríficos e caminhões feira; d) Fragilidades quando da exigência, por parte da Unidade, do monitoramento da utilização dos bens. d) Informação e Comunicação O sistema de informação e comunicação da entidade do setor público deve identificar, armazenar e comunicar toda informação relevante, na forma e no período determinados, a fim de permitir a realização dos procedimentos estabelecidos e outras responsabilidades, orientar a tomada de decisão, permitir o monitoramento de ações e contribuir para a realização de todos os objetivos de controle interno (Resolução nº 1.135/2008, do Conselho Federal de Contabilidade). Em relação à adoção de práticas para divulgação e tratamento de informações relacionadas a atividades necessárias ao alcance dos objetivos da Unidade, destaca-se a disponibilidade de intranet, bem como de página própria na internet, onde são divulgados tanto os atos normativos como informações atualizadas relacionadas às ações relevantes desenvolvidas pela Unidade. Portanto, a avaliação apresentada pela Unidade, conforme registrado no Quadro XXIV do item 8 do Relatório de Gestão, pode ser considerado. e) Monitoramento Monitoramento é um processo que avalia a qualidade do desempenho dos controles internos ao longo do tempo. Envolve a avaliação do desenho e da tempestividade de operação dos controles, a verificação de inconsistências dos processos ou implicações relevantes e a tomada de ações corretivas. No âmbito externo, pode ser destacada a atuação da Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União sobre as atividades desempenhadas pela Unidade no Exercício de 2011. Já no âmbito interno, verificam-se importantes fragilidades no controle interno, ocasionando debilidades na gestão dos convênios e dos bens sob coordenação da Unidade que vêm prejudicando a execução das ações. 2.5 Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias

6 de 35 A avaliação das transferências de recursos mediante convênio teve por objetivo verificar a consistência das informações prestadas pela Unidade no Relatório de Gestão, o volume de recursos transferidos e a estrutura de controles internos da SEIF para a área de transferências de recursos, tendo sido escopo do trabalho de auditoria os seguintes convênios que se encontravam em execução ou foram firmados no exercício de 2011, e que possuíam, entre aqueles celebrados com entidades privadas, a maior materialidade: Número SICONV Objeto CNPJ Convenente Data davalor global celebração (R$) do Convênio 722991 Implantação de unidades de04089290/0001-42 29/12/2009 619.902,88 beneficiamento de carapaças de crustáceos em empresas interessadas, com mercado garantido para o produto final. 717862 Criar alternativas de geração de02806229/0001-43 03/12/2009 385.200,00 trabalho e renda nas comunidades pesqueiras de Parintins, promovendo a inserção produtiva das comunidades através do processo de geração e incubação dos empreendimentos populares e solidários e arranjos produtivos locais, gerados através do CIPAR/Parintins, relacionados ao ordenamento pesqueiro local. 752229 ATEPA - Assistencia Técnica e63087001/0001-35 30/12/2010 808.139,90 Extensão Pesqueira e Aquicola em Municípios do Território Baixo-Sul da Bahia. 755072 Fomentar os processos de03000665/0001-93 31/12/2010 727.963,40 organização, acesso a políticas públicas, gestão, melhoria da produção, beneficiamento e comercialização por meio da prestação de serviços de assistência técnica, extensão e capacitação aos pescadores artesanais e aquicultores familiares. 763253 Qualificar os gestores e trabalhadores05921745/0001-07 30/12/2011 401.210,45 dos empreendimentos da pesca artesanal da região sul do Brasil, com a oferta de técnicas e procedimentos de gestão de negócios, beneficiamento de produtos,

7 de 35 produção de insumos e tecnologias da informação 763154 Disponibilizar ações de assistência02003277/0001-01 28/12/11 1.016.099,75 técnica, extensão pesqueira e aquícola e organização social aos pescadores artesanais e aquicultores familiares do território do Bico do Papagaio e região do Estreito Em relação à justificativa da celebração dos convênios, observou-se, de maneira geral, a falta de análise criteriosa da motivação para celebração do convênio, além de uma análise atenta quanto à capacidade operacional da entidade e às informações acerca do período de execução e dos valores de contratação de serviços previstos na proposta das convenentes. Em relação à fiscalizaç?o da execução, observou-se, mediante análise dos pocessos de celebração dos convênios, deficiências na fiscalização que incluíam debilidades quanto à realização de fiscalizações in loco do convênio, liberação de parcelas dos recursos sem a análise, seja in loco, seja por meio do Siconv, das atividades executadas com os valores que já haviam sido liberados, além de aditivamentos com dilação de prazo para execução do convênio sem análise das justificativas apresentadas pela convenente. 2.6 Avaliação da Entrega e do Tratamento das Declarações de Bens e Rendas Quanto ao atendimento das obrigações estabelecidas na Lei nº 8.730/93 relacionadas à entrega e ao tratamento das declarações de bens e rendas, evidenciou-se a atuação dos controles internos quando da solicitação de que fossem apresentadas, para confirmação de entrega, as declarações de bens e rendas dos ocupantes de cargos comissionados da Unidade Constatou-se ainda, para a integridade dos servidores, a existência e arquivamento da declaração disciplinada na Portaria Interministerial MP/CGU nº 298/2007, que autoriza o acesso à Declaração de Ajuste Anual do IR apresentada à Secretaria da Receita Federal do Brasil. 2.7 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU No ano de 2011 o Tribunal de Contas da União emitiu o Acórdão nº 909/2011 - Plenário, apresentando recomendações e determinações ao MPA que abrangiam atividades desenvolvidas no âmbito da Unidade examinada no que diz respeito à construção do Terminal Pesqueiro do Rio de Janeiro. No caso em tela, o MPA decidiu pela mudança do local de instalação do TPP, atendendo ao item 9.2.3 do Acordão: "... 9.2.3. caso o órgão licenciador ou a autoridade aeronáutica concluam pela inviabilidade da instalação do TPP/RJ na localidade definida ou o MPA opte por instalá-lo em outra localidade, comunique, imediatamente, o fato a este Tribunal;" Por meio de apresentação à equipe de auditoria de cópia do Ofício nº 206/2011 - SE/MPA, de 27 de setembro de 2011, ficou evidenciado que o Ministério informou ao Tribunal acerca da decisão de não instalar o terminal no bairro da Ribeira, local inicialmente indicado.

8 de 35 2.8 Ocorrência(s) com dano ou prejuízo: Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário. 3. Conclusão Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas,e as providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria. Brasília/DF, 25 de julho de 2012. Achados da Auditoria - nº 201203403 1. CONTROLES DA GESTÃO 1.1. Subárea - CONTROLES EXTERNOS 1.1.1. Assunto - ATUAÇÃO DO TCU/SECEX NO EXERCÍCIO 1.1.1.1. Informação Implementação das recomendações e determinações do Tribunal de Contas da União. No âmbito de processo para apurar possíveis irregularidades praticadas nos procedimentos adotados para a construção do terminal pesqueiro público do Rio de Janeiro, o Tribunal de Contas da União emitiu o Acórdão nº 909/2011 - Plenário, apresentando recomendações e determinações ao MPA que abrangiam atividades desenvolvidas no âmbito da Unidade examinada, conforme apresentado abaixo: 9.2. com amparo no art. 250, inciso II, do Regimento Interno/TCU, determinar ao Ministério da Pesca e Aquicultura MPA que: 9.2.1. condicione a continuidade da Concorrência nº CO-001/2010, destinada à contratação de empresa para a execução de todas as atividades e serviços necessários para construir as instalações do Terminal Pesqueiro Público do Estado do Rio de Janeiro TPP/RJ, ou dos atos dela decorrentes, no caso de já estar concluída, à observância dos seguintes procedimentos: 9.2.1.1. emissão, pelo órgão ambiental competente, das licenças prévia e de instalação; 9.2.1.2. adoção efetiva de medidas que mitiguem o perigo aviário relacionado ao empreendimento, como aquelas relacionadas no Aviso nº 022/2010-MPA;

9 de 35 9.2.2. encaminhe a este Tribunal os documentos comprobatórios das providências indicadas nos subitens precedentes, tão logo sejam concluídas, incluindo cópias do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Sobre o Meio Ambiente EIA/Rima, da Licença Ambiental Prévia LP e da Licença Ambiental de Instalação LI, e de eventuais novos pareceres técnicos e despachos emitidos no âmbito do Comando da Aeronáutica a respeito do assunto, bem como o detalhamento das medidas mitigadoras dos focos de atração de aves; 9.2.3. caso o órgão licenciador ou a autoridade aeronáutica concluam pela inviabilidade da instalação do TPP/RJ na localidade definida ou o MPA opte por instalá-lo em outra localidade, comunique, imediatamente, o fato a este Tribunal; Em análise ao Relatório de Gestão, foi verificado que foi preenchido o quadro Deliberações do TCU atendidas no exercício, apresentando as seguintes providências que foram adotadas para atendimento das recomendações do TCU: "Encaminhamento do Memorando nº 245/2011 Seif/MPA, de 02/08/2011, à Secretaria Executiva solicitando manifestação e orientação sobre a intenção do MPA em instalar o TPP em outra área. Recebimento do Memorando nº 482/2011 SE/MPA, de 02/09/2011com orientações de que o TPP não seria implantado no terreno da Ribeira e o TCU deveria ser informado sobre a verificação em curso da possibilidade de construí-lo em outra localidade. Recebimento do Memorando nº 99/2011 Dilog/Seif/MPA, de 08/09/2011 o qual sugere que a SE envie Aviso Ministerial ao TCU com a informação da opção de instalar o terminal em localidade diversa. Encaminhamento do Memorando nº 308/2011 Seif/MPA, de 15/09/2011 o qual solicita à SE o envio de Aviso Ministerial ao TCU com a informação da opção de instalar o terminal em localidade diversa" Tendo em vista a incompletude das informações apresentadas no Relatório de Gestão, em particular no que concerne à efetiva comunicação ao TCU das providências a serem adotadas pela Unidade, foi solicitado, por meio da S.A. 201203403/02, que a Seif apresentasse as medidas adotadas por essa Secretaria e pelo MPA para definição da nova localidade em que será instalado o TPP do Rio de Janeiro, bem como apresentasse cópia do documento que comunicou ao Tribunal de Contas da União a opção de instalar o terminal em localidade diversa à previamente determinada. Por meio do Ofício nº 081/2012 Seif/MPA, a Unidade apresentou a seguinte manifestação: O Tribunal de Contas da União - TCU, mediante Aviso nº 411-Seses-TCU-Plenário, em 13 de abril de 2011, encaminhou ao MPA o Acórdão proferido nos autos do processo TC 028.744/2010-1, no qual condicionou a continuidade da concorrência acima à observância, dentre outros, dos seguintes procedimentos: a) Emissão pelo órgão ambiental competente das licenças prévia e de instalação; b) Adoção efetiva de medidas que mitiguem o perigo aviário relacionado ao empreendimento; c) Encaminhamento ao Tribunal dos documentos comprobatórios das providências anteriores; d) Comunicação ao Tribunal caso o MPA optasse por instalar o Terminal em outra localidade, ou caso

10 de 35 o órgão licenciador ou a autoridade aeronáutica concluíssem pela inviabilidade da instalação do TPP/RJ na localidade definida. As diligências empreendidas pela Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Estado do Rio de Janeiro para a obtenção do licenciamento mencionado não lograram sua emissão pelo órgão ambiental competente: o Instituto Estadual do Ambiente Inea/RJ. Por conseguinte, o Secretário de Infraestrutura e Fomento, no que concerne às diretrizes para orientar as ações da Seif/MPA na implantação do TPP/RJ, solicitou da Secretaria-Executiva manifestação sobre se o MPA optaria por instalar o Terminal em localidade diferente daquela situada no Bairro da Ribeira, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, por meio do seu memorando nº. 245/2011/Seif/MPA, de 02 de agosto de 2011. Em resposta, a Secretária-Executiva informou a esta Seif/MPA o seguinte (in verbis): O terreno localizado no Bairro da Ribeira para implantação do TPP/RJ deverá ser devolvido à SPU uma vez que o TPP não poderá ser ali construído; Informar o TCU que estamos verificando a possibilidade de construí-lo em outra localidade. A Seif/MPA elaborou naquela oportunidade minuta de correspondência para cumprimento da decisão acima, no sentido de ser comunicada ao citado Tribunal a possibilidade do Terminal em comento ser construido em outra localidade. Apresenta-se anexa (Anexo 11) cópia do Ofício exarado em 27/09/2011 pela Secretária Executiva do MPA, de nº. 206/2011, que comunicou ao Senhor Presidente do TCU a opção de instalar o terminal em localidade diversa à previamente determinada, no bairro da Ribeira, Ilha do Governador. Cumpre registrar que a tarefa de identificação de áreas alternativas que possam ser disponibilizadas para a implantação do empreendimento em tela, conforme determinação exarada pela Secretaria Executiva do MPA, encontra-se presentemente em fase de verificação no âmbito deste Ministério, mediante a diligente atuação da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Estado do Rio de Janeiro. Nesse mister, estão sendo considerados pela SFPA/RJ os atributos referentes à: a) adequação técnica da área avaliada, decorrente da sua compatibilidade com os requisitos dimensionais concernentes aos Projetos Executivos já elaborados, assim como da condição do seu correspondente canal de acesso, aferida com o apoio do INPH - Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias; b) obtenção da necessária manifestação favorável dos órgãos da Administração Pública nas três esferas de governo, concernente ao atendimento aos requisitos ambientais, às normas construtivas locais e aos requisitos de sanidade, de planejamento urbano/uso do solo, e de dominialidade pública. Adicionalmente, foi apresentada anexa ao Ofício a documentação que deu ciência ao TCU acerca da decisão do MPA de alterar a localização de implantação do Terminal Pesqueiro. 1.2. Subárea - CONTROLES INTERNOS 1.2.1. Assunto - AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS 1.2.1.1. Informação Ausência do quadro A.5.2 - Situações que reduzem a força de trabalho da UJ no Relatório de Gestão da Unidade.

11 de 35 Durante análise da conformidade das peças do Relatório de Gestão da Unidade para o exercício de 2011, foi observada a ausência do Quadro A.5.2 Situações que reduzem a força de trabalho da UJ, necessário para verificar a presença de servidores cedidos, em licença ou demais situações que impactam na execução das atividades da Unidade e que, em que pese ser de confecção da área de Recursos Humanos, deve constar no Relatório de Gestão da Unidade, já que o quadro permite uma análise de situações que prejudicam a capacidade operacional da SEIF. Por meio da S.A. nº 201203403/02, foi solicitado que a Unidade apresentasse o supramencionado quadro à equipe de auditoria, tendo em vista sua ausência no Relatório de Gestão. Por meio do Ofício nº 081/2012 - SEIF/MPA a Unidade apresentou um quadro que não correspondia ao solicitado pela equipe de auditoria. Em contato com a SEIF, foi informado que o quadro incorreto foi o apresentado pelo setor de Recursos Humanos e que seria solicitado a apresentação do quadro correto. Posteriormente, por meio do Ofício nº 194/2012 - SEIF/MPA de 23 de maio de 2012, a Unidade encaminhou o quadro correto, indicando que há dois servidores inicialmente lotados na SEIF que, no momento, se encontram ocupando funções de confiança em outras Unidades. 2. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 2.1. Subárea - REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS 2.1.1. Assunto - CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS 2.1.1.1. Informação Análise da entrega da declaração de bens e rendas pelos dirigentes da Unidade. O inciso VII do art. 1º da Lei nº 8.730/1993 estabelece que é obrigatória, por parte de todos quantos exerçam cargos eletivos e cargos, empregos ou funções de confiança, na administração direta, indireta e fundacional, de qualquer dos Poderes da União, a apresentação de declaração de bens, com indicação das fontes de renda, no momento da posse ou, inexistindo esta, na entrada em exercício de cargo, emprego ou função, bem como no final de cada exercício financeiro, no término da gestão ou mandato e nas hipóteses de exoneração, renúncia ou afastamento definitivo, por parte das autoridades e servidores públicos. Com vistas a verificar o cumprimento de tal disposto por parte dos dirigentes da SEIF, foi solicitado, por meio da S.A. nº 201203403/03, que a Unidade designasse servidor para acompanhar a equipe de auditora na tarefa de verificar a apresentação da declaração de bens e rendas por parte dos dirigentes da Unidade. Após a separação por parte do setor de Recursos Humanos das declarações, a equipe de auditoria verificou que foram devidamente apresentadas as declarações dos dirigentes, em conformidade com a Lei nº 8.730/1993. 3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA PESCA. 3.1. Subárea - APOIO E IMPLANTAçãO IE AQUICOLA E PESQUEIRA 3.1.1. Assunto - PROGRAMAÇÃO DOS OBJETIVOS E METAS

12 de 35 3.1.1.1. Informação Informação básica da ação 10B5 - Apoio e Implantação de Infra-Estrutura Aqüícola e Pesqueira. Trata-se da Ação 10B5 - Apoio e Implantação de Infra-Estrutura Aqüícola e Pesqueira, cuja finalidade é gerar rede estratégica e regionalizada de infra-estrutura para o desenvolvimento e o bom funcionamento das cadeias produtivas aqüícola e pesqueira integradas, promovendo a pesquisa, o ensino, o consumo, a comercialização, o beneficiamento e a produção, com qualidade, segurança, rentabilidade e sustentabilidade. A forma de implementação dessa ação é direta e descentralizada. O montante de recursos executados nesta Ação, no exercício de 2011, está discriminado no quadro abaixo: Ação Governamental Despesas Liquidadas (R$) Restos a pagar de exerc anteriores pagos em 2011 10B5 - Apoio e Implantação de Infra-Estrutura Aqüícola e Pesqueira. 2.593.908,45 26.739.917,16 No exercício de 2011, a execução da ação envolveu, por exemplo, pagamento pela aquisição de caminhões frigoríficos, de fábricas de gelo e de despolpadeiras de peixe, além da celebração de convênios para reforma da frota pesqueira artesanal e para a elaboração de estudos para implantação de infraestrutura pesqueira, o que demonstra a capilaridade da ação e a sua utilização pela Unidade para a execução de diversos projetos para apoio à infraestrutura aquícola e pesqueira. De acordo com informações constantes no Relatório de Gestão, foi verificada uma baixa execução física da ação, em que pese o valor significante de restos a pagar de exercícios anteriores pagos no exercício. 3.1.2. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 3.1.2.1. Informação Impacto de limitações orçamentárias na execução das ações sob coordenação da SEIF. Em consulta ao Siafi Gerencial, foi verificada uma baixa execução financeira das ações sob coordenação da SEIF, fato que se alinha ao baixo cumprimento das metas físicas, conforme tabela abaixo: Ação Meta Física Realizada Despesa do exerc de 2011 que foi liquidada (R$)* 10B5 0,90% 2.593.908,45 (1,53%) 6948 0,00% 0 7618 16,67% 3.978.850,88 (9,88%) 8888 0,00% 0 8889 0,00% 0 * Em parênteses o percentual em relação à dotação orçamentária da ação

13 de 35 Por meio da S.A. 201203403/02, foi solicitado à Unidade que justificasse o baixo cumprimento das metas físicas das ações, bem como a reduzida execução financeira. Por meio do Ofício nº 081/2012 - Seif/MPA, a Unidade apresentou a seguinte manifestação: "Como já abordado no Relatório de Gestão, houve em 2011 um grande volume de recursos inscritos em Restos a Pagar em virtude inclusive da limitação orçamentária e notadamente financeira ainda em 2010. Dessa forma, houve, por exemplo, atraso no pagamento de parcelas de convênios o que prejudicou o cumprimento dos cronogramas de execução e, consequentemente, contribuiu para a existência de grande volume de empenhos inscritos em Restos a Pagar cuja execução somente se deu no ano subsequente, ou seja, em 2011. No que tange à estratégia, houve prevalência da opção em dar continuidade às ações já iniciadas e com recursos já comprometidos em vez de dar início a novas iniciativas." É fundamental para o desenvolvimento das políticas públicas que os recursos financeiros estejam disponíveis tempestivamente, de tal maneira que o cumprimento das metas físicas reflita a correta aplicação dos recursos. É necessária a ampliação de tratativas entre o MPA e o órgão repassador dos recursos, com vistas a melhorias na execução financeira das ações. 3.1.2.2. Constatação Deficiências no monitoramento da utilização dos caminhões frigoríficos e caminhões feira cedidos a entidades beneficiárias públicas e privadas por meio de termos de permissão de uso. De acordo com o fluxo apresentado pela Unidade por meio do Ofício nº 081/2012 SEIF/MPA, a SEIF é responsável pelo monitoramento e acompanhamento das permissões de uso firmadas pelo Ministério para utilização, pelas entidades permissionárias, dos caminhões frigoríficos e caminhões feira adquiridos para subsidiar o desenvolvimento da atividade pesqueira, promovendo o transporte entre as localidades produtoras do pescado e as áreas de comercialização. Após a celebração do Termo de Permissão de Uso, as entidades são responsáveis pelo preenchimento do Formulário de Utilização dos Caminhões Frigoríficos, de periodicidade trimestral, indicando as condições de manutenção do veículo e a finalidade de utilização deste, encaminhando à SEIF os formulários. Já semestralmente, as SFPAs são responsáveis pelo preenchimento do Formulário de Monitoramento e Avaliação do Uso da Frota dos Caminhões, onde avalia a utilização dos caminhões sob gestão das entidades beneficiárias, aferindo se o caminhão está sendo utilizado para a finalidade definida, a periodicidade do uso, além das condições de conservação, devendo também encaminhar seus relatórios à SEIF. Finalmente, cabe à SEIF consolidar e avaliar as informações dos formulários, devendo demandar às Superintendências ações complementares quando necessário, determinar a rescição do permissão de uso quando, com base nos fatos relatados nos formulários, julgar pertinente, assim como exigir das partes responsáveis o efetivo preenchimento e encaminhamento dos formulários quando não realizado no prazo determinado. Por meio do Ofício nº 081/2012 SEIF/MPA, a Unidade encaminhou relação de todas as entidades com que foram celebrados Termos de Permissão de Uso dos caminhões frigoríficos e caminhões feira. Após seleção de amostra, foi solicitado à Unidade, por meio da S.A. 201203403/05 os formulários de utilização dos caminhões e formulário de monitoramento e avaliação do uso da frota das seguintes permissionárias: Caminhões Frigoríficos Placa UF Localidade Capacidade (t) Entidade JJU-7781 AC Plácido de Castro 1,5 Colônia Z-09 NOP-2318 AM Manaus 6 SEPROR JHN-8823 DF Brasília 4 SEAPA

14 de 35 JVK-0373 PA Abaetetuba 8 Pref Municipal NSU-3032 PA Santana do Araguaia 8 Colônia Z-54 JJU-7821 RJ Rio de Janeiro 1,5 Colônia Z-33 JHN-7263 RS Tapes 4 Assoc dos Pesc de Tapes MHI-9383 SC Penha 6 COOPERMAP JJU-7851 SP Itanhaém 1,5 AMIBRA JJU-7931 TO Caseara 4 Colônia Z-06 Caminhões Feira Placa UF Localidade Entidade JHI-1062 CE Fortaleza Sec Des Agrário JHT-1091 ES Serra Pref Municipal JIB-9819 MS Dourados Pref Municipal JIH-1082 PA Parauapébas Pref Municipal JIE-9022 PR Londrina Pref Municipal JIB-9899 RR Boa Vista Sec Especial de Agric JIB-9889 SC Itajaí Pref Municipal Em reposta à solicitação da CGU, a Seif encaminhou, por meio do Ofício nº 082/2012-SEIF/MPA, os seguintes formulários: Caminhões frigoríficos Localidade Plácido de Castro/AC Tapes/SC Formulários apresentados - Relatório trimestral de utilização dos caminhões frigoríficos - Período de 01/02/2011 a 30/04/2011; - Formulário de monitoramento e avaliação do uso da frota dos caminhões frigoríficos Primeiro semestre de 2011; - Relatório trimestral de utilização dos caminhões frigoríficos Período de 01/02/2011 a 30/04/2011; - Formulário de monitoramento e avaliação do uso da frota dos caminhões frigoríficos Primeiro semestre de 2011; Brasília/DF Abaetetuba/PA Santana do Araguaia/PA Penha/SC Itanhaém/SP - Relatório trimestral de utilização dos caminhões frigoríficos Períodos de 01/02/2011 a 30/04/2011; 01/05/2011 a 30/07/2011; 01/11/2011 a 31/01/2012; - Formulário de monitoramento e avaliação do uso da frota dos caminhões frigoríficos Primeiro semestre de 2011; Segundo semestre de 2011; - Relatório trimestral de utilização dos caminhões frigoríficos Período de 01/02/2011 a 30/04/2011; - Relatório trimestral de utilização dos caminhões frigoríficos Período de 01/02/2011 a 30/04/2011; - Relatório trimestral de utilização dos caminhões frigoríficos Período de 01/11/2011 a 31/01/2012; - Foi rescindido o termo de permissão de uso após a fiscalização da SFPA/SP verificar que o caminhão se encontrava sem uso.

15 de 35 Caminhões feira Localidade Dourados/MS Formulários apresentados Formulário de monitoramento: uso e aproveitamento do módulo de apoio à cadeia produtiva Caminhão feira Primeiro semestre de 2011 Verificamos que dos 34 formulários solicitados mediante a S.A. 201203403/05, a Unidade apresentou apenas 11. Causa: Não adoção de providências, por parte da Unidade, com vistas à efetiva comprovação de que os caminhões frigoríficos e caminhões feira estão sendo utilizados em conformidade com os Termo de Permissão de Uso firmados. Manifestação da Unidade Examinada: A Seif informou o seguinte acerca dos formulários de utilização e monitoramento do uso dos caminhões frigoríficos: "No que tange ao caminhão frigorífico cedido para a AMIBRA de Itanhaém/SP, informo que o Termo de Permissão de Uso foi rescindido por este Ministério, conforme extrato de rescisão publicado no D.O.U de 07/02/2012, em razão da constatação, pela Superintendência Federal de Pesca e Aquicultura em São Paulo SFPA/SP, mediante inspeção in loco (cf. documentação em anexo), do estado de ociosidade do alegado bem móvel. Esta Seif, mediante o Memorando nº 021/2012, de 15/02/2012 (cópia anexa), comunicou a rescisão e orientou a SFPA/SP a manter contato com a AMIBRA no sentido de agendar a restituição do caminhão ao MPA. Relativamente às entidades SEPROR, de Manaus, Colônia Z-06, de Caseara/TO, e Colônia Z-33 do Rio de Janeiro, não obstante terem recebido os expedientes desta Seif reiterando o encaminhamento de tais relatórios devidamente preenchidos (conforme cópias anexas), até o momento ainda não fomos atendidos. Diante disso, informamos que está em curso nova tentativa (re-reiteração) junto a esses permissionários, no sentido de que restituam os formulários devidamente preenchidos, sob pena de rescisão do termo de permissão de uso firmado, conforme previsto em cláusula específica do citado instrumento. No que diz respeito aos Relatórios de Monitoramento e Avaliação do Uso da Frota de Caminhões Frigoríficos das entidades constantes da Solicitação Prévia de Auditoria, informo que já foram encaminhados a esta Seif os relatórios de monitoramento aplicados às entidades SEAPA/DF, Associação dos Pescadores de Tapes/RS e Colônia Z-09, de Plácido de Castro/AC (cópias anexas). Com relação às demais entidades (excetuando a AMIBRA, de Itanhaém/SP cujo TPU foi rescindido), cumpre informar que, mediante os memorandos datados de 25/04/2011 (cópias anexas), esta SEIF encaminhou em anexo os formulários de Monitoramento e Avaliação do Uso da Frota às SFPAs dos Estados do Amazonas, Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Tocantins, para serem aplicados por técnicos daquelas SFPAs, mediante inspeção in loco nas sedes das entidades beneficiadas. Até a presente data ainda não foram restituídos os relatórios preenchidos. No que concerne à aplicação dos Relatórios de Monitoramento e Avaliação do Uso da Frota de Caminhões Frigoríficos cumpre informar, ainda, que nos dias 14 a 16 de dezembro de 2010, foi realizado

16 de 35 nas dependências deste Ministério treinamento, o qual contou com a participação de 2 servidores de cada SFPA, onde foram ministradas palestras por representantes dos setores deste MPA, responsáveis pela gestão de bens móveis cedidos a órgãos e entidades mediante termo de permissão de uso. Na ocasião foi demonstrada a importância do monitoramento do uso de tais bens, bem como detalhada a metodologia de aplicação dos formulários e esclarecidas dúvidas específicas acerca da aplicação do mesmo, dentre outros." Após a ciência do Relatório Preliminar de Auditoria n.º 201203403, a SEIF informou, mediante o Ofício SEIF/MPA n.º 225/2012, de 20/07/2012, em relação à recomendação 1: "Esta Coordenação Geral de Logística - COLOG - responsável pela gestão dos caminhões feira e frigoríficos já havia feito tal planejamento de viagem (vide anexo) na qual consta a interação e cooperação de cada superintendência no processo de modo a otimizar a questão tempo e custo da operação. Faz-se necessário ressaltar que atuaremos de forma a fiscalizar por amostragem tendo como objetivo entidades cujos itens de monitoramento encontram-se em desconformidade com o estabelecido pelo MPA em termo de permissão de uso." Foi apresentado, em anexo, como planejamento de viagem um cronograma (planilha) de fiscalização, nos Estados de AM, CE, SC, RJ, PR, ES, RS e RO, a ser realizada nos meses de setembro e novembro. Cabe salientar que o documento não apresenta o quantitativo de caminhões a ser fiscalizado em cada Estado. Em relação à recomendação 2: "Esta Coordenação Geral de Logística - COLOG - já fez, por meio de uma empresa legalmente contratada pelo MPA para "construir" sistemas informatizados, um projeto (infra citado) cujo objetivo é disponibilizar no sítio deste MPA os formulários de modo que sejam preenchidos pelos responsáveis legais, fiscalizados e aprovados pelas SFPAs e auditados pelo ministério da Pesca e Aquicultura, por meio desta Coordenação." Foi apresentado, em anexo, o projeto de junho de 2012 com o seguinte escopo: Sistema de Informática para Monitoramento e Avaliação dos Caminhões Feira e Frigoríficos. Cabe destacar que não foi informada o nome da empresa legalmente contratada pelo MPA para "construir" o referido sistema informatizado. Análise do Controle Interno: A comparação entre a quantidade de formulários de utilização e de monitoramento da utilização dos caminhões frigoríficos solicitados pela equipe de auditoria e os efetivamente entregues pela Unidade evidenciam fragilidades no acompanhamento e monitoramento por parte da SEIF. Dos 34 formulários solicitados pela equipe, somente 11 foram entregues, e a manifestação da unidade evidencia que esta requisita o encaminhamento dos formulários às entidades beneficiárias, mas não são tomadas medidas com vistas ao efetivo cumprimento da diligência. É condição essencial para o monitoramento e avaliação da utilização dos bens cedidos (caminhões frigoríficos e caminhões feira), o recebimento dos formulários das entidade beneficiárias. Mais essencial, ainda, é a necessidade das Superintendências realizarem semestralmente o monitoramento desta utilização pelas entidades e repassarem as informações à Seif. Sem a apresentação dos formulários, fica inviabilizada a análise do cumprimento das exigências para manutenção da permissão de uso pelas entidades, assim como a avaliação se a Política Pública, da maneira como foi formulada, está gerando os benefícios esperados e se a população-alvo está sendo de fato atendida. Recomendações: Recomendação 1:

17 de 35 Elaborar plano de fiscalização com vistas a aferir, em conjunto com as SFPAs, a situação atual de todos os caminhões frigoríficos e caminhões feira cedidos, verificando as condições de uso e manutenção destes, bem como se estão sendo utilizados em consonância com a finalidade proposta. Recomendação 2: Adotar providências para o fiel cumprimento do cronograma de envio do formulário trimestral de utilização dos caminhões pelas entidades beneficiadas, assim como pelo envio dos formulários semestrais de monitoramento da utilização dos caminhões frigoríficos e caminhões feira por parte das Superintendências, condicionando a manutenção da permissão de uso à comprovação semestral da devida utilização e manutenção destes. 3.1.3. Assunto - PROCESSOS LICITATÓRIOS 3.1.3.1. Constatação Ausência de fundamento técnico para ampliação de estudo da cadeia produtiva do Espírito Santo, resultando em incremento de R$ 80.429,19 no valor do contrato. O MPA contratou, após a realização da Tomada de Preços nº 05/2009, a empresa CNPJ 59.527.788/0001-31 para a realização de estudo para caracterização da cadeia produtiva do litoral sul do Espírito Santo, e para realização de estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para instalação de infra-estrutura de apoio à pesca na região. O valor total do contrato nº 28/2010 foi de R$ 405.429,19. O contrato inicial firmado com a empresa era de R$ 325.000,00, e os trabalhos se restringiriam ao litoral sul do Espírito Santo, tendo em vista que, de acordo com estudos prévios realizados pelo Ministério, a maior parte da produção pesqueira do Estado está concentrada na região sul, em particular, nos municípios de Itapemirim, Piúma, Marataízes, Anchieta e Guarapari. Com base nos estudos mencionados, a Unidade examinada decidiu pela contratação de empresa para caracterização da cadeia produtiva do litoral sul do Espírito Santo, e para realização de estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para instalação de infra-estrutura de apoio à pesca na região, não abrangendo o litoral norte do ES frente à maior relevância do litoral sul no contexto da pesca do Estado. Por meio do Memorando nº 224/2010 SFPA/ES-MPA, o Superintendente Federal da Pesca e Aqüicultura no ES solicitiou que o estudo fosse estendido ao litoral norte do Estado, não havendo, todavia, qualquer justificativa técnica que corroborasse tal extensão. Por meio da Nota Técnica nº 191/2010 - Colog/Dilog/Seif/MPA, assinada pelos então Coordenador e Coordenador-Geral da Colog/Dilog/Seif/MPA foi recomendada a extensão do estudo; sendo que após as aprovações superiores, houve a celebração de termo aditivo que resultou em incremento de R$ 80.429,19 no valor pago à empresa. Por meio da S.A. 201203403/03 foi solicitado à Unidade que justificasse a extensão do estudo sem embasamento técnico que suporte tal decisão. Causa: Aditamento de contrato, que resultou em incremento de R$ 80.429,19, sem fundamentação técnica. Cumpre destacar que o contrato ora analisado se encontrava vigente no exercício de 2011, compondo, desta maneira, o escopo da auditoria. Todavia, os atos de gestão evidenciados nesta constatação são

18 de 35 relativos a exercícios anteriores a 2011. Manifestação da Unidade Examinada: Mediante o Ofício n.º 167/2012 - Seif/MPA, de 24/04/2012, a Unidade se manifestou com o seguinte teor: "No processo n.º 00350,001437/2009-37 constam dois documentos técnicos que justificam a extensão do estudo, originalmente limitado ao litoral sul do Estado do Espírito Santo, de tal forma a englobar também o litoral norte. O primeiro documento que justifica tecnicamente o aditamento do contrato nº 28/2010 consiste na manifestação do Superintendente Federal da Pesca e Aquicultura no Espiríto Santo, Sr. Cledson de Sousa Felippe, consubstanciada no Memorando nº 224/2010-SFPA/ES, de 11/08/2010 (fl. 1.105 do processo nº 00350,001437/2009-37, cópia anexa) encaminhado ao então titular da Secretaria de Infraestrutura e Fomento da Pesca e Aquicultura. Nos termos do citado expediente, a solicitação de ampliação do estudo foi motivada considerando os seguintes principais aspectos (in verbis): (...) reporto-me a questão de extrema relevância para a sustentabilidade produtiva da pesca do estado do Espírito Santo, em especial, a necessidade endógena de governo em relação à busca contínua de indicadores de viabilidade, efetividade e eficácia do sistema operativo das políticas públicas de fomento e desenvolvimento da cadeia produtiva pesqueira (grifo nosso) (...) considerando também que o setor pesqueiro capixaba atua, no conjunto, ao longo de todo litoral capixaba, chegando até a extrapolar os limites geográficos do estado, vimos solicitar a Vossa Senhoria, os bons préstimos desta Secretaria de Infraestrutura e Fomento, no sentido de proceder o estudo de viabilidade econômica, técnica e ambiental da cadeia produtiva do pescado do Litoral Sul do Espírito Santo, sejam estendidos para o litoral norte do Espírito Santo, tendo em vista a existência de relações econômicas, de captura de recursos pesqueiros, humanas, logística e infraestrutura de uso comum das diversas frotas pesqueiras do sul quanto do norte do estado e pelo fato de tratar-se de zona onde compreende os grandes pesqueiros, tanto para lagosta, camarão, demersais e pelágicos, base estratégica para viabilidade e sustentabilidade da cadeia produtiva pesqueira do sul quanto do norte do estado do Espírito Santo (grifo nosso). O segundo documento técnico que subsidiou a análise do aditamento contratual consiste na Nota Técnica nº 191/2010 - Colog/Dilog/Seif/MPA, de 30/09/2010 (fls. 1.116/1.119 do processo nº 00350,001437/2009-37, cópia anexa), na qual foi avaliada a solicitação da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura do Espírito Santo (SFPA/ES) de expandir o estudo. Em conformidade com a referida Nota Técnica, a proposta da SFPA/ES de expansão do estudo e consequente aditamento do contrato nº 28/2010 foi considerada meritória nos seguintes termos (in verbis): Quanto ao mérito, verifica-se que a proposta apresentada atende à demanda de inclusão no estudo do litoral norte do estado do ES, contemplando a caracterização da cadeia produtiva, a análise das relações de mercado (oferta/demanda) e as análises técnicos-econômico-ambientais das infraestruturas pesqueiras a serem apoiadas, com destaque para o futuro Centro Integrado da Pesca Artesanal e Aquicultura (Cipar) de Conceição da Barra. Além disso, o escopo adicional também abrange a avaliação das perspectivas para o desenvolvimento da pesca artesanal no litoral norte do estado do ES. Tendo em vista o alinhamento estratégico da solicitação apresentada pela SFPA/ES de inclusão do litoral norte do estado do ES no estudo, bem como a adequação do escopo e orçamento apresentados pela contratada para contemplar esta demanda, conclui-se que é pertinente e oportuna a proposta de termo aditivo contratual (grifos nossos)"

19 de 35 Após encaminhamento pela CGU do Relatório Preliminar de Auditoria nº 201203403, a Unidade, por meio do Ofício nº 225/2012- Sief/MPA, encaminhou a Nota Técnica nº 04/2012 - Dilog/Seif/MPA apresentando novas manifestações acerca da constatação. Na Nota Técnica, a Unidade reitera, no parágrafo 2.2.4, o posicionamento de que "a ampliação do estudo apresentada pela SFPA/ES foi justificada tecnicamente na manifestação oficial exarada pelo próprio Superintendente da SFPA/ES, a qual foi entendida à época pelas autoridades competentes do MPA como elemento técnico adequado e suficiente para fundamentar tecnicamente a ampliação do referido estudo." Ademais, também é informado, no parágrafo 2.3.3, que o fiscal do contrato "no exercício de suas atribuições de acompanhamento e fiscalização do contrato, tão somente recomendou e submeteu à considerações superior a celebração do Termo Aditivo ao contrato com fundamento nas devidas justificativas técnicas apresentadas pela SFPA/ES". Finalmente, no parágrafo 2.4.15, é informado que, de acordo com as conclusões do estudo, recomendou-se a realização de investimentos tanto no norte como no litoral sul capixaba, a exemplo do Cipar de Conceição da Barra. Análise do Controle Interno: O que se depreende da manifestação da Unidade é que a extensão do estudo para o litoral norte do Espírito Santo se fundamentou em um pedido do Superintendente Federal da Pesca e Aquicultura do ES, não sendo apresentado nenhum estudo técnico que motivasse tal extensão. A decisão inicial de realizar o trabalho no litoral sul do estado teve embasamento em estudo técnico, com apresentação de dados estatísticos que demonstraram que a principal área de pesca do ES é o litoral sul, em particular o município de Itapemirim, não sendo realizado trabalhos técnicos acerca da situação da pesca no litoral norte do estado. Ademais, o resultado do estudo contratado indica as seguintes infraestruturas para melhoria da pesca no litoral do ES: terminal pesqueiro público de Vitória (remodelagem operacional), terminal pesqueiro público de Itaipava (implantação), Centro Integrado da Pesca Artesanal da Marataízes (implantação) e Centro Integrado da Pesca Artesanal de Conceição da Barra (implantação). A quantidade e a complexidade das infraestruturas indicam o destaque do litoral sul na atividade pesqueira do estado. No que concerne aos esclarecimentos adicionais apresentados pela Unidade por meio da Nota Técnica nº 04/2012 - Dilog/Seif/MPA, cumpre salientar que os seguintes documentos subsidiaram a elaboração do Termo de Referências do estudo, e, consequentemente, a sua realização no litoral sul do ES: O Plano de Ação para o Desenvolvimento da Pesca de Itaipava caracteriza a área do litoral sul do ES e a sua importância para a pesca de atuns e afins, e destaca que o distrito de Itaipava foi responsável, em 2006, pelo desembarque de 6,8% da produção nacional de Espadarte e 23,06% da albacora-laje. Informa também que, em função da falta de estrutura na região, a frota desembarca em outras localidades, o que torna a estatística sub-amostrada. O Plano Operacional de Ação para o Desenvolvimento do Setor Pesqueiro: Ações para o Desenvolvimento do Setor Pesqueiro de Itaipava destaca a estratégia operacional na região, bem como as infraestruturas de suporte ao desembarque e apoio a embarcações que necessitam de melhorias ou construção para apoio à estrutura de pesca na região. Também fundamentou a proposta de estudo no litoral sul do ES o Relatório de Atividades do Monitoramento da Frota Pesqueira de Itaipava, onde é destacado que o Município de Itapemirim abriga o maior número de pescadores, embarcações e possui uma produção de mais de 20% de toda a produção do estado.

20 de 35 A Nota Técnica nº 03/2009 - COGPIN/DIDEP/SUDAP/SEAP/PR consolida as informações apresentadas nos Planos e Relatórios supramencioandos, e tem como objeto a proposta de implantação de obras de infraestrutura pesqueira em Itaipava tendo em vista a importância da Frota de Itaipava para a pesca de atuns e afins e considerando que essa frota deixa de desembarcar na região frente à falta de estrutura. A Nota Técnica destaca a necessidade de realização de estudos prévios e estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para dimensionamento e implantação de futuras obras na região de Itaipava. Os documentos listados acima evidenciam que o estudo para caracterização das infraestruturas a serem implantadas no litoral sul do ES foi subsidiado por trabalhos anteriores, enquanto não há documento que corrobore a solicitação do Superintendente da Pesca e Aquicultura do ES para extensão do estudo para o litoral norte, e, ademais, a solicitação do Superintendente não pode ser considerado uma análise técnica. Ademais, cumpre ressaltar que o Termo de Referência do estudo contratado destacava no parágrafo 3.1.2 (fl.52) que, caso a influência da cadeia produtiva da pesca seja maior que as localidades listadas como referência (Vitória, Itapemirim, Piúma, Marataízes, Anchieta e Guarapari), deveriam ser levantados dados relativos a esses demais municípios não indicados no Termo de Referência, situação que não foi verificada no caso em análise, evidenciando que o estudo foi ampliado sem o levantamento de dados da pesca relativos aos municípios do litoral norte que foram abrangidos, em contrário ao disposto no Termo de Referência. Quanto à apuração de responsabilidade, há uma linha de responsabilização que envolve desde os técnicos que recomendaram a extensão do estudo sem fundamentação técnica, até aqueles que aprovaram a extensão do estudo. Não está isento de responsabilidade aquele que se manifestou em acordo com a ampliação do estudo sem fundamento técnico. Ademais, o TCU exime de responsabilização o fiscal do contrato nos casos em que este não possua condições apropriadas para o desempenho de suas atribuições, nos termos do Acórdão nº 839/2011 Plenário. Finalmente, em que pese o estudo recomendar a construção de um Cipar em Conceição da Barra, o mesmo estudo evidencia que Vitória e o litoral sul são responsáveis por 81,87% da produção pesqueira capixaba, estando, inclusive, 17 das 21 empresas de pesca do estado nessa região. Tais dados evidenciam as diferenças na atividade pesqueira do litoral norte e sul do ES. Recomendações: Recomendação 1: Fundamentar as decisões da Unidade em estudos técnicos, com caracterização da área objeto do investimento e retorno econômico e social almejados com o investimento, seja este um estudo ou construção de benfeitorias, apurando responsabilidade quando a ampliação do contrato não observar tais requisitos, como ocorreu no contrato nº 28/2010. Recomendação 2: Apurar responsabilidade pelo incremento, sem fundamentação técnica, de R$ 80.429,19 no valor do contrato nº 28/2010. 3.1.4. Assunto - CONVÊNIOS DE OBRAS E SERVIÇOS 3.1.4.1. Constatação