CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica Parte 5. Valter Ferreira

Documentos relacionados
1 Objetivo do Relatório Contábil-financeiro de Propósito Geral

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica Parte 4. Valter Ferreira

Questões da Prova CFC

Curso Ninjas do CFC 100% ONLINE e GRATUITO

Estrutura Conceitual da Contabilidade: Objetivos e usuários. Prof. Amaury José Rezende

Exame de Suficiência CFC Momento de Estudar

Sumário do Pronunciamento Conceitual Básico Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil- Financeiro

Prof. Esp. Salomão Soares

CONTABILIDADE GERAL CONCEITO

Estrutura Conceitual da Contabilidade: Aspectos Iniciais

CONTABILIDADE PÚBLICA. Docente: Helem Mara C. Ferreira

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica parte 8. Valter Ferreira

TEORIA DA CONTABILIDADE

CONTABILIDADE GERAL. Demonstrações Contábeis. Demonstração do Fluxo de Caixa Parte 2. Prof. Cláudio Alves

Prof. Anderson Regis Contabilidade p/ Polícia Federal Aulas.11 A 20 Contabilidade Polícia Federal Professor: Anderson Regis Aulas: 11 a 20.

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica parte 15. Valter Ferreira

Contabilidade Geral ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA- CPC 00. Questão 5: CESPE - Cont (DPU)/DPU/2016

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica parte 12. Valter Ferreira

Curso Preparatório para o Exame

Módulo7 Prof.: Egbert

Demonstração dos Fluxos de Caixa

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL E OS REFLEXOS DA LEI

DFC DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

PRONUNCIAMENTOS CPC (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS)

DFC DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA

Conceito, Campo, Objeto, Funções e Finalidade da Contabilidade. Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica parte 6. Valter Ferreira

Resolução CFC nº 1.374, de 8 de Dezembro de 2011

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO (R1)

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO (R1)

CONTABILIDADE GERAL. Investimentos. Partes Relacionadas. Prof. Cláudio Alves

Palestra. expert PDF. Trial. Principais Aspectos para o fechamento das Demonstrações Contábeis. Janeiro Elaborado por:

Análise das Demonstrações Contábeis

TEORIA DA CONTABILIDADE. Michael Dias Corrêa

Oficina Técnica. Demonstrações dos Fluxos de Caixa. O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).

CONTABILIDADE PÚBLICA

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica Parte 2. Valter Ferreira

CONTABILIDADE PÚBLICA

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica parte 11. Valter Ferreira

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica parte 13. Valter Ferreira

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO (R1)

NPC - NORMAS E PROCEDIMENTOS DE CONTABILIDADE

Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro Egbert Buarque

Análise das Demonstrações Contábeis

CONTABILIDADE GERAL. Balanço Patrimonial. Noções Gerais Parte 9. Valter Ferreira

CONTABILIDADE PÚBLICA

INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

TEORIA DA CONTABILIDADE QUESTIONÁRIO 6

CURSO COMPLETO DE TEORIA DA CONTABILIDADE. Prof. Me. Luiz Felipe F. de Andrade

CONTABILIDADE PÚBLICA

Estruturando as Rotinas Contábeis para a ECF

Demonstrações Contábeis

A NOVA CONTABILIDADE. Convergência ao Padrão Internacional. Luciano Guerra

NBC TG 48- INSTRUMENTOS FINANCEIRO

OS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS EM VIGOR NO BRASIL

Curso Preparatório para o Exame de Suficiência CFC Momento de Estudar. Aula 02

QUESTÕES EXAME SUFICIÊNCIA TEORIA DA CONTABILIDADE

Demonstrações Contábeis Publicadas sob o Ponto de Vista da Governança. Jacquelline Andrade

Palestra. expert PDF. Trial. Contabilização e Avaliação de Instrumentos Financeiros. Agosto Elaborado por:

CPC 03 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA. Prof. Ms. Mauricio F. Pocopetz

Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro Egbert Buarque

Porque ter um escritório de Contabilidade?

Estrutura Conceitual. para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil Financeiro

NOTAS EXPLICATIVAS. Prof. Eliseu Martins

CONTABILIDADE GERAL. Contabilidade - Noções Gerais. Estrutura conceitual básica Parte 3. Valter Ferreira

Maria da Conceição B.de Rezende Ladeira

Seja bem vindo 9 edição Curso Ninjas do CFC Prof. Osvaldo Marques

Prof Flávio S. Ferreira

Seja bem vindo 8 edição Curso Ninjas do CFC Prof. Osvaldo Marques

Manual das. Demonstrações Contábeis. 2ª Edição

CONTABILIDADE PÚBLICA

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS REVISÃO DE PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS N.º 10/2016

Estruturando as Rotinas Contábeis para a ECF

CONTABILIDADE DESCOMPLICADA ENTENDENDO AS PRINCIPAIS PEÇAS CONTÁBEIS

profs. Moraes Junior e Alexandre Lima 2

Contabilidade Pública Curso para Área de Controle. Professor: Vinicius Nascimento. Professor: Vinicius Nascimento.

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 16 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO NBC T 16.6 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1 de 105

Combinação de Negócios (CPC 15 IFRS 3) Prof. Eduardo Flores

Contabilidade. Resumo

Demonstração dos Fluxos de Caixa

CONTABILIDADE PÚBLICA

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erros CPC 23/IAS 8

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARÁ

Maratona de Revisão Curso Ninjas do CFC Prof. Osvaldo Marques

Contabilidade Geral EXAME CFC AULA 02 DA JORNADA DE REVISÃO PARA O EXAME CFC

1) DFC- DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 49. Contabilização e Relatório Contábil de Planos de Benefícios de Aposentadoria

Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil- Financeiro. A finalidade da Estrutura Conceitual é.

CPC 03 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA. Prof. Ms. Mauricio F. Pocopetz

NBC TG 03 (R2) DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

AULA 23: Prova Comentada.

CADERNO DE QUESTÕES Contas.cnt

A avaliação da magnitude, da distribuição no tempo e do risco dos fluxos de caixa futuros é a essência do orçamento de capital.

NBC TG 03 (R3) DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Receitas e Despesas Antecipadas. Prof: Fernando Aprato

VADE MECUM LEGISLAÇÃO CONTÁBIL

FLUXO DE CAIXA. Roger Schmeier 1 Odir Luiz Fank 2. Palavras chave: Fluxo de Caixa, DFC, Caixa, Transações 1 INTRODUÇÃO

Transcrição:

CONTABILIDADE GERAL Contabilidade - Noções Gerais Parte 5 Valter Ferreira

OB14. Diferentes tipos de recursos econômicos afetam diferentemente a avaliação dos usuários acerca das perspectivas da entidade que reporta a informação em termos de fluxos de caixa futuros. Alguns fluxos de caixa futuros resultam diretamente de recursos econômicos existentes, como, por exemplo, contas a receber. Outros fluxos de caixa resultam do uso variado de recursos combinados com vistas à produção e venda de produtos e serviços aos clientes. Muito embora fluxos de caixa não possam ser identificados com recursos econômicos individuais (ou reivindicações), usuários dos relatórios contábil-financeiros precisam saber a natureza e o montante dos recursos disponíveis para uso nas operações da entidade que reporta a informação.

OB15. Mudanças nos recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação resultam da performance financeira da entidade (ver itens OB17 a OB20) e de outros eventos ou transações, como, por exemplo, a emissão de títulos de dívida ou de títulos patrimoniais (ver item OB21). Para poder avaliar adequadamente as perspectivas de fluxos de caixa futuros da entidade que reporta a informação, os usuários precisam estar aptos a distinguir a natureza dessas mudanças.

OB16. Informações sobre a performance financeira da entidade que reporta a informação auxiliam os usuários a compreender o retorno que a entidade tenha produzido sobre os seus recursos econômicos. Informações sobre o retorno que a entidade tenha produzido servem como indicativo de quão diligente a administração tem sido no desempenho de suas responsabilidades para tornar eficiente e eficaz o uso dos recursos da entidade que reporta a informação. Informações sobre a variabilidade e sobre os componentes desse retorno também são importantes, especialmente para avaliação das incertezas associadas a fluxos de caixa futuros.

Informações sobre a performance financeira passada da entidade que reporta a informação e sobre o quão diligente a administração tem sido no desempenho de suas responsabilidades são do mesmo modo úteis para predição de retornos futuros da entidade sobre os seus recursos econômicos.

Performance financeira refletida pelo regime de competência (accruals) OB17. O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em períodos distintos.

Isso é importante em função de a informação sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação, e sobre as mudanças nesses recursos econômicos e reivindicações ao longo de um período, fornecer melhor base de avaliação da performance passada e futura da entidade do que a informação puramente baseada em recebimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo período.

OB18. Informações sobre a performance financeira da entidade que reporta a informação durante um período que são reflexos de mudanças em seus recursos econômicos e reivindicações, e não da obtenção adicional de recursos diretamente de investidores e credores (ver item OB21), são úteis para avaliar a capacidade passada e futura da entidade na geração de fluxos de caixa líquidos. Essas informações servem de indicativos da extensão em que a entidade que reporta a informação tenha aumentado seus recursos econômicos disponíveis, e dessa forma sua capacidade de gerar fluxos de caixa líquidos por meio de suas operações e não pela obtenção de recursos adicionais diretamente de investidores e credores.

OB19. Informações sobre a performance financeira da entidade que reporta a informação durante um período também podem ser indicativos da extensão em que determinados eventos, tais como mudanças nos preços de mercado ou nas taxas de juros, tenham provocado aumento ou diminuição nos recursos econômicos e reivindicações da entidade, afetando por conseguinte a capacidade de a entidade gerar a entrada de fluxos de caixa líquidos.

Performance financeira refletida pelos fluxos de caixa passados OB20. Informações sobre os fluxos de caixa da entidade que reporta a informação durante um período também ajudam os usuários a avaliar a capacidade de a entidade gerar fluxos de caixa futuros líquidos. Elas indicam como a entidade que reporta a informação obtém e despende caixa, incluindo informações sobre seus empréstimos e resgate de títulos de dívida, dividendos em caixa e outras distribuições em caixa para seus investidores, e outros fatores que podem afetar a liquidez e a solvência da entidade.

Informações sobre os fluxos de caixa auxiliam os usuários a compreender as operações da entidade que reporta a informação, a avaliar suas atividades de financiamento e investimento, a avaliar sua liquidez e solvência e a interpretar outras informações acerca de sua performance financeira.

Mudanças nos recursos econômicos e reivindicações que não são resultantes da performance financeira OB21. Os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação podem ainda mudar por outras razões que não sejam resultantes de sua performance financeira, como é o caso da emissão adicional de suas ações. Informações sobre esse tipo de mudança são necessárias para dar aos usuários uma completa compreensão do porquê das mudanças nos recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação e as implicações dessas mudanças em sua futura performance financeira.

10. (CFC 2017 Perito) De acordo com a NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, sobre o relatório contábil-financeiro de propósito geral (OB2 e OB3), aprovada pela Resolução CFC 1.374/2011, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I. O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta essa informação que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. CERTA

II. Decisões a serem tomadas por investidores existentes e em potencial relacionadas a comprar, vender ou manter instrumentos patrimoniais e instrumentos de dívida dependem do retorno esperado dos investimentos feitos nos referidos instrumentos. CERTA III. O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer informações gerenciais acerca do conjunto de entidade que reporta essa informação a credores e devedores. ERRADA IV. Decisões a serem tomadas por investidores existentes e em potencial relacionadas a quaisquer transações independentemente do retorno esperado. ERRADA

Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns). A) I, apenas. B) II, apenas. C) III e IV, apenas. X D) I e II, apenas.

11. (FGV 2018 AL RO) O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro determina quais são os usuários primários, para quem os relatórios contábil financeiros de propósito geral são direcionados. Entre os usuários primários estão A) o governo e as agências reguladoras. X B) os investidores e os credores por empréstimo. C) os diretores e os administradores. D) os clientes e os fornecedores. E) os empregados e os consumidores.

12. (FGV 2018 MPE AL) De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, assinale a opção que indica o objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral. A) Oferecer subsídio à alta administração e aos gestores da entidade, de modo que estes pautem as suas decisões relacionadas ao funcionamento regular da entidade. B) Influenciar o relacionamento de investidores, credores, fornecedores e clientes com a entidade, garantindo a segurança necessária para suas transações.

C) Fazer a diferença nas decisões dos usuários, podendo ser utilizados como dados de entrada em processos empregados para predizer futuros resultados ou para confirmar as decisões tomadas. D) X Fornecer informações contábil-financeiras que sejam úteis para os investidores, para os credores por empréstimos e para os outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. E) Garantir aos empregados e aos fornecedores da entidade que suas obrigações serão cumpridas.