Aula Quais o objeto, órgão competente para julgamento, legitimados ativos e efeitos na arguição de descumprimento de preceito fundamental?

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Transcrição:

Turma e Ano: 2016 (Master A) Matéria / Aula: Controle de Constitucionalidade Avançado - 13 Professor: Marcelo Leonardo Tavares Monitor: Paula Ferreira Aula 13 EXERCÍCIOS 1 Ação direta de inconstitucionalidade por omissão de órgão administrativo estadual frente à Constituição Federal, pode ser proposta pelo: ( ) Chefe do Ministério Público local junto ao Tribunal de Justiça do Estado. ( ) Procurador-Geral do Estado, junto ao Supremo Tribunal Federal. (X) Procurador-Geral da República junto ao Supremo Tribunal Federal. ( ) Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça local. 1 - Quais o objeto, órgão competente para julgamento, legitimados ativos e efeitos na arguição de descumprimento de preceito fundamental? RESPOSTA: Objeto: evitar ou reparar lesão a preceito fundamental causado por ato do poder público (ação autônoma, preventiva ou repressiva) ou quando for relevante fundamento de controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal (por equiparação ou equivalência). Órgão competente: STF. Legitimados: Ativos são os mesmos da ADI e passivo é o órgão responsável pela edição do ato que teria agredido o preceito fundamental. Efeitos da decisão: erga omnes e vinculante, e, dependendo do conteúdo, pode ser ex nunc ou ex tunc. 2 O que é inconstitucionalidade por omissão, e qual ou quais os institutos processuais positivados na Constituição Federal que visam a correção desse vício? RESPOSTA: A inconstitucionalidade por omissão total é a ausência ou falta de regulamentação de norma constitucional de eficácia limitada, já a parcial é a regulamentação insuficiente de norma constitucional de eficácia limitada. Os institutos processuais que visam corrigir esse vício são: ADO ou MI.

3 - Em ação declaratória de constitucionalidade julgada procedente, o Supremo Tribunal federal considerou válido determinado dispositivo legal. Indaga-se: se vier a ser posteriormente ajuizada ação direta de inconstitucionalidade tendo por objeto o mesmo dispositivo legal, pode o STF voltar a se pronunciar sobre a matéria? RESPOSTA: a decisão do Supremo que julga procedente o pedido em ADC produz efeitos erga omnes e vinculante, fazendo coisa julgada. Em principio, o Supremo não poderia reapreciar a matéria por estar abrangida pela coisa julgada, porém, excepcionalmente, o Supremo pode relativizar a coisa julgada, superando a preliminar, para, eventualmente, declarar a inconstitucionalidade da norma (inconstitucionalidade superveniente). Portanto, em principio há a proteção da coisa julgada, porém, eventualmente, o Supremo pode superála. 4 - É admissível o controle concentrado de constitucionalidade de lei municipal em face de Constituição Estadual quando se tratar de norma de reprodução de preceito constitucional federal de observância obrigatória pelos Estados? Justifique a resposta de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em vigor. RESPOSTA: Sim, o fato da CE trazer um dispositivo de reprodução obrigatória da CF não tira a competência do TJ para enfrentar a questão, apesar do parâmetro da CE ser o mesmo da CF, formalmente são dispositivos diferentes que irão fixar duas competências: para o julgamento de ADI, será o STF e quando o paradigma for a CE, será TJ. Inclusive é possível haver dois processos simultâneos, sendo de bom tom que o Supremo exija o sobrestamento da ADI estadual enquanto ele julga a ADI federal. 5 - Quem atua no polo passivo na relação processual da ação direta de constitucionalidade? RESPOSTA: Ninguém, não há ocupante do polo passivo na ADC. Em razão disso, a controvérsia sobre a constitucionalidade chega ao Supremo através de um requisito da petição inicial que é a demonstração da existência de controvérsia judicial relevante (controvérsia indireta). O próprio requerente é responsável por demonstrar que existe controvérsia que abala a presunção relativa daquela norma. Isto é um requisito da petição inicial, e, portanto, se ela não trouxer essa controvérsia, deve ser arquivada pelo relator. 6 - No Brasil atual, convivem dois sistemas de controle judicial de constitucionalidade das leis. O controle difuso, ou por via de exceção, e o controle

concentrado e abstrato, ou por via de ação direta. Este último é atribuição exclusiva do STF e tem por finalidade a obtenção da declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade do ato normativo, visando a segurança das relações jurídicas e à defesa da Constituição da República. Acerca do sistema atual de controle concentrado e abstrato de constitucionalidade, julgue os itens abaixo. 1 (VERDADEIRA) A ação de inconstitucionalidade por omissão visa à expedição de medida para tornar efetiva a norma constitucional, podendo a omissão ser total ou parcial, importando a procedência da ação no reconhecimento, pelo STF, da inércia do poder público, não cabendo ao STF suprir a omissão, mas antes cientificar o poder inadimplente para que adote as providências necessárias à concretização do texto constitucional. 2 (FALSA) É requisito essencial à ação declaratória de constitucionalidade a comprovação de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da lei ou ato normativo objeto da ação, que tanto pode ser de origem federal ou estadual. As decisões do STF nessas ações produzem eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e ao Poder Executivo. ADC apenas pode ter por objeto lei ou ato normativo federal. 3 (FALSA) O controle concentrado de constitucionalidade aplica-se, em regra, a atos normativos posteriores à promulgação da Constituição da República; contudo, a jurisprudência do STF não veda a declaração de inconstitucionalidade de atos normativos anteriores à Constituição da República. Jurisprudência do STF é muito firme pela impossibilidade de declaração de inconstitucionalidade de atos normativos anteriores à Constituição da República. Trata-se esta questão como fenômeno da lei no tempo, na recepção. Mesmo quando a analise é em sede de ADPF, continua-se tratando como fenômeno da lei no tempo. 4 (FALSA) Segundo a jurisprudência do STF, é possível o controle de constitucionalidade de normas constitucionais originárias frente às chamadas cláusulas pétreas, de modo a garantir a observância dos princípios constitucionais mais relevantes inscritos nessas cláusulas. Supremo, pela aplicação do princípio da unidade da Constituição, entende não ser possível a declaração da inconstitucionalidade de norma original. 5 (VERDADEIRA) Nos termos da jurisprudência do STF, os atos e tratados internacionais incorporados formalmente ao direito brasileiro estão sujeitos ao controle concentrado de constitucionalidade. 7 - A respeito do controle judicial de constitucionalidade, julgue os itens a seguir.

1) No controle difuso de constitucionalidade, o Poder Judiciário, ao solucionar um litígio, incidentalmente, deve analisar a constitucionalidade da lei no caso concreto. Nesse tipo de controle, por via de exceção ou defesa, não se faz necessária a indicação do dispositivo constitucional violado pela norma considerada incompatível, porque toda e qualquer declaração de inconstitucionalidade possui causa de pedir aberta, que permite examinar a questão por fundamento diverso daquele alegado por qualquer dos litigantes. VERDADEIRA O fato da causa de pedir ser aberta, por exemplo, em uma ADI, não dispensa que aquele que propõe ADI aponte a norma constitucional que ele entende violada. É uma obrigação, na ADI, apontar a norma constitucional que se entende inconstitucional, e isso não retira a natureza aberta da causa de pedir. A consequência desta natureza é que, mesmo que o Supremo entenda que não deva acolher a argumentação feita na petição inicial (mas ela deve ser feita), se entender que outro dispositivo constitucional foi violado, deve declarar a inconstitucionalidade da norma. Entretanto, no controle difuso, não há necessidade, até porque o juiz poderia conhecer mesmo de ofício a inconstitucionalidade. 2) No julgamento de embargos infringentes contra decisão proferida em recurso de apelação, o órgão fracionário de determinado tribunal de justiça, por voto da maioria absoluta, pode declarar, por via difusa, a inconstitucionalidade de uma norma, ainda que a constitucionalidade dessa norma não tenha sido objeto de anterior pronunciamento do STF ou de qualquer outro tribunal. FALSA O órgão fracionário não pode declarar a inconstitucionalidade, pois, se agisse assim estaria ferindo a regra da reserva do plenário prevista no artigo 97, CF, que exige que a declaração de inconstitucionalidade seja feita pela maioria do plenário ou do órgão especial do tribunal, portanto, um órgão fracionário não pode. Este apenas deixaria de remeter a questão ao órgão especial ou plenário se antes já houvesse uma manifestação de inconstitucionalidade desta norma pelo plenário do STF ou do Tribunal, o que não é o caso. 3) É cabível reclamação ao STF contra decisão de primeiro grau de jurisdição, para assegurar efeito vinculante das decisões proferidas tanto em ação declaratória de constitucionalidade (ADC), quanto em ação direta de inconstitucionalidade (ADIN). VERDADEIRA se a decisão na ADI ou ADC produz efeitos vinculantes, é cabível reclamação. 4) Uma ADIN interventiva proposta pelo procurador-geral da República, que detém legitimidade exclusiva, possui finalidade jurídica e política, pois pretende a declaração de

inconstitucionalidade formal ou material de lei ou ato normativo estadual, por violação a um dos princípios sensíveis constitucionais, e a decretação de intervenção federal em estadomembro ou no DF. VERDADEIRA a representação de inconstitucionalidade interventiva é uma ação da competência concentrada do STF que tem por legitimado exclusivo o PGR, possuindo dupla finalidade: primeiro uma finalidade jurídica de fazer o controle de constitucionalidade de uma lei ou ato do poder público estadual e a segunda é propiciar que o Supremo requisite ao Presidente da República a decretação de intervenção, que tem finalidade política. Esta questão será melhor estudada no tema Intervenção. 8. Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta. I. A ação declaratória de inconstitucionalidade não está sujeita a prazo de prescrição, mas pode estar sujeita a prazo decadencial. II. Pode haver controle concentrado de constitucionalidade de ato normativo municipal pelo Supremo Tribunal Federal no âmbito de arguição de descumprimento de preceito fundamental. III. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pela Casa da Moeda do Brasil. O artigo 21, CF prevê as competências exclusivas da União, apenas indicando que emitir moeda é competência exclusiva da União, mas não fala onde elas devem ser emitidas. IV. Não é possível, na ordem constitucional brasileira, em razão do princípio da isonomia, tratamento favorecido a determinadas classes de empresas. a) Está correta apenas a assertiva II. b) Estão corretas apenas as assertivas I e III. c) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV. d) Estão corretas apenas as assertivas II, III e IV. 9 - Assinale a opção correta acerca do controle de constitucionalidade de leis no ordenamento jurídico nacional. A) Se determinado legitimado constitucional ajuizar, perante o STF, ação direta de inconstitucionalidade, tendo por objeto emenda constitucional pendente de publicação oficial, então, nesse caso, de acordo com entendimento do STF, mesmo que a publicação venha a ocorrer antes do julgamento da ação, a hipótese será de não conhecimento da ação direta de inconstitucionalidade, uma vez ausente o interesse processual. Supremo tem precedente de aproveitamento da ADI, na qual foi proposta uma ADI equivocadamente atacando uma PEC, mas, no decorrer da ação, esta PEC foi transformada em EC.

B) Sabe-se que o STF tem reconhecido, excepcionalmente, a possibilidade de modulação ou limitação temporal dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, mesmo quando proferida em sede de controle difuso. Nesse sentido, revela-se aplicável, segundo entendimento da Suprema Corte, a mesma teoria da limitação temporal dos efeitos, se e quando o colegiado, ao julgar determinada causa, nela formular juízo negativo de recepção, por entender que certa lei pré-constitucional se mostra materialmente incompatível com normas constitucionais a ela supervenientes. Supremo aceita modulação de efeitos em controle difuso, mas não quando este se trata de recepção. C) De acordo com posicionamento do STF, a existência de processos ordinários e recursos extraordinários deve excluir, a priori, o cabimento da arguição de descumprimento de preceito fundamental, em decorrência do princípio da subsidiariedade. Entendimento atual do Supremo é que, se não couber controle objetivo, cabe ADPF. Portanto, o fato de haver processo ordinário ou recurso extraordinário não impediria o cabimento da ADPF. D) Conforme posicionamento do STF, não deve ser extinta a reclamação constitucional ajuizada para garantir a autoridade de decisão proferida pelo tribunal em medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade, quando for reconhecida a prejudicialidade da ação direta por perda superveniente de objeto. E) A decisão que concede medida cautelar em ação declaratória de constitucionalidade é investida da mesma eficácia contra todos e efeito vinculante presentes na decisão de mérito, razão pela qual é cabível o ajuizamento de reclamação em face de decisão judicial que, após a concessão da cautelar, contrarie o entendimento firmado pelo STF, desde que a decisão tenha sido exarada em processo sem trânsito em julgado, ou seja, com recurso pendente. A reclamação, segundo entendimento da Suprema Corte, tem natureza de remédio processual de função corregedora. 10 - Considerando a doutrina e a jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca do controle de constitucionalidade no sistema jurídico brasileiro. A) Não se admite a concessão de medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade por omissão, em razão da natureza e da finalidade desse tipo de ação. B) A arguição de descumprimento de preceito fundamental constitui instrumento adequado a viabilizar revisão ou cancelamento de súmula vinculante. existe procedimento próprio na lei que trata de súmula vinculante. C) O controle prévio ou preventivo de constitucionalidade não pode ocorrer pela via jurisdicional, uma vez que ao Poder Judiciário foi reservado o controle posterior ou repressivo, realizado tanto de forma difusa quanto de forma concentrada. em princípio, o

controle judicial é repressivo, porém, existe a possibilidade de controle preventivo de constitucionalidade pelo judiciário. D) Nenhum órgão fracionário de tribunal dispõe de competência para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos emanados do poder público, visto tratarse de prerrogativa jurisdicional atribuída, exclusivamente, ao plenário dos tribunais ou ao órgão especial, onde houver. Obs. Existe hipótese excepcional em que o órgão fracionário poderá julgar quando tiver conhecimento de manifestação anterior do plenário do Tribunal ou plenário do Supremo, porém, é a melhor alternativa. E) A revogação de lei ou ato normativo objeto de ação direta de inconstitucionalidade não implica perda de objeto da ação. 11 - No que se refere à ADI, à ADC e à ADPF, assinale a opção correta. A) Ao contrário do rito da ADI e da ADC, não há, no procedimento da ADPF, previsão de medida liminar. B) Lei ou ato normativo distrital, ainda que de natureza municipal, que contrariar preceito inserido na CF pode ser objeto de ADI perante o STF. C) O relator da ADPF, constatando a ausência de requisitos necessários ou mesmo a inépcia da inicial, deverá indeferir a petição inicial, em decisão irrecorrível. Decisão recorrível através do Agravo regimental. D) O STF admite a figura do amicus curiae na ADC, sem, contudo, reconhecer-lhe a faculdade de interpor recurso quanto à matéria objeto do processo objetivo, salvo quando se insurge contra a decisão que não admite sua intervenção. E) Na ADI por omissão, é obrigatória a oitiva do procurador geral da República e do advogado-geral da União. JURISPRUDÊNCIA 1) Fica clara neste primeira decisão que, quando há verificação da compatibilidade de ato normativo anterior á Constituição por ADPF, o Supremo não declara a inconstitucionalidade, diz que a norma não foi recepcionada. Supremo continua tratando a questão como fenômeno da lei no tempo, mesmo sem sede de ADPF. ADPF: vinculação de vencimentos e superveniência da EC 19/1998. Ante o óbice à vinculação ou à equiparação de vencimentos consagrado pela EC 19/1998, a alcançar quaisquer espécies remuneratórias, o Plenário julgou

parcialmente procedente pedido formulado em arguição de descumprimento de preceito fundamental para declarar não recepcionado, pela citada emenda, o art. 65 da LC 22/1994 do Estado do Pará, no trecho em que vincula os vencimentos dos delegados de polícia aos dos procuradores de estado ( correspondendo a de maior nível ao vencimento de Procurador do Estado de último nível )... ADPF 97/PA, rel. Min. Rosa Weber, 21.8.2014. (ADPF- 97) 2) No caso, houve um erro grosseiro na elaboração da petição inicial. O Supremo entende ser possível a aplicação da fungibilidade, mudando a classe, por exemplo, de uma ADPF para uma ADI ou ao contrário, porém, quando há um erro grosseiro este princípio não é aplicado. ADPF: fungibilidade e erro grosseiro. O Plenário desproveu agravo regimental em arguição de descumprimento de preceito fundamental, na qual se discutia a inconstitucionalidade por omissão relativa à Lei 12.865/2013. O Tribunal, de início, reconheceu a possibilidade de conversão da arguição de descumprimento de preceito fundamental em ação direta quando imprópria a primeira, e vice-versa, se satisfeitos os requisitos para a formalização do instrumento substituto. Afirmou que dúvida razoável sobre o caráter autônomo de atos infralegais impugnados, como decretos, resoluções e portarias, e alteração superveniente da norma constitucional dita violada legitimariam a Corte a adotar a fungibilidade em uma direção ou em outra, a depender do quadro normativo envolvido. Ressaltou, porém, que essa excepcionalidade não estaria presente na espécie. O recorrente incorrera naquilo que a doutrina processual denominaria de erro grosseiro ao escolher o instrumento formalizado, ante a falta de elementos, considerados os preceitos legais impugnados, que pudessem viabilizar a arguição. No caso, ainda que a arguição de descumprimento de preceito fundamental tivesse sido objeto de dissenso no STF quanto à extensão da cláusula da subsidiariedade, nunca houvera dúvida no tocante à inadequação da medida quando o ato pudesse ser atacado mediante ação direta de inconstitucionalidade. Por se tratar de impugnação de lei ordinária federal pós-constitucional, propor a arguição em vez de ação direta, longe de envolver dúvida objetiva, encerraria incontestável erro grosseiro, por configurar atuação contrária ao disposto no 1º do art. 4º da Lei 9.882/1999. Os Ministros Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia negaram provimento ao agravo por outro fundamento. Consideraram

que o requerente, Sindicato Nacional das Empresas de Medicina de Grupo, por não ser uma confederação sindical, não preencheria o requisito da legitimação ativa ad causam. ADPF 314 AgR/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 11.12.2014. (ADPF-314) 3) Trata da impossibilidade de proposição de ADI perante o Supremo tendo por objeto lei municipal contestada em face da Constituição Federal. ADI - Lei Municipal - Incompetência do STF. ADI 5.089-MC/CE. RELATOR: Ministro Celso de Mello EMENTA: CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE. LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL. AÇÃO DIRETA AJUIZADA, ORIGINARIAMENTE, PERANTE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. FALTA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DA SUPREMA CORTE. INVIABILIDADE DE FISCALIZAÇÃO ABSTRATA DE CONSTITUCIONALIDADE, MEDIANTE AÇÃO DIRETA, DE LEI MUNICIPAL CONTESTADA EM FACE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DOUTRINA. PRECEDENTES. POSSIBILIDADE, TÃO SOMENTE, DE CONTROLE INCIDENTAL DE LEI MUNICIPAL, CONFRONTADA COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, EM FISCALIZAÇÃO REALIZADA, DE MODO DIFUSO, NO EXAME DE UMA DADA SITUAÇÃO CONCRETA. CONTROLE PRÉVIO DO PROCESSO OBJETIVO DE FISCALIZAÇÃO CONCENTRADA DE CONSTITUCIONALIDADE PELO RELATOR DA CAUSA. LEGITIMIDADE DO EXERCÍCIO MONOCRÁTICO DESSE PODER PROCESSUAL (RTJ 139/67, v.g.). AÇÃO DIRETA NÃO CONHECIDA. 4) O paradigma a ser objeto de controle na ADI estadual é a norma da Constituição do Estado, mesmo que seja uma norma cujo conteúdo seja de reprodução obrigatória da Constituição da República. O TJ não tem competência para decidir a questão quando for o próprio dispositivo formal da CF, somente quando for da CE. Controle Abstrato Tribunal de Justiça Constituição Estadual Único Parâmetro de Controle. Rcl 16.431-MC/RS. RELATOR: Ministro Celso de Mello EMENTA: FISCALIZAÇÃO NORMATIVA ABSTRATA. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. TRIBUNAL DE JUSTIÇA. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA. POSSIBILIDADE (CF, ART. 125, 2º). PARÂMETRO ÚNICO DE CONTROLE: A CONSTITUIÇÃO DO PRÓPRIO

ESTADO-MEMBRO OU, QUANDO FOR O CASO, A LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE, CONTUDO, QUANDO SE TRATAR DE JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL IN ABSTRACTO NO ÂMBITO DO ESTADO-MEMBRO, DE ERIGIR-SE A PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA COMO PARADIGMA DE CONFRONTO. APARENTE USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE, EM SUA CONDIÇÃO DE guardiã primacial da Constituição Federal (Rcl 337/DF, Rel. Min. PAULO BROSSARD, Pleno). MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA. 5) Autora se qualifica como entidade qualificativa sindical, no enquanto ela não tem o registro sindical em órgão estatal competente. ADPF Coisa Julgada Inadmissibilidade Registro Sindical. ADPF- MC 288/DF. RELATOR: Ministro Celso de Mello. EMENTA: CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO. AUTORA QUE SE QUALIFICA COMO ENTIDADE CONFEDERATIVA SINDICAL. INEXISTÊNCIA, CONTUDO, QUANTO A ELA, DE REGISTRO SINDICAL EM ÓRGÃO ESTATAL COMPETENTE. A QUESTÃO DO DUPLO REGISTRO: O REGISTRO CIVIL E O REGISTRO SINDICAL. DOUTRINA. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (RTJ 159/413-414, v.g.). CADASTRO NACIONAL DE ENTIDADES SINDICAIS MANTIDO PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO: COMPATIBILIDADE DESSE REGISTRO ESTATAL COM O POSTULADO DA LIBERDADE SINDICAL (SÚMULA 677/STF). AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO REGISTRO SINDICAL COMO FATOR DE DESCARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE PARA AGIR EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO ABSTRATA. FEDERAÇÃO SINDICAL, MESMO DE ÂMBITO NACIONAL, NÃO DISPÕE DE LEGITIMIDADE ATIVA PARA O AJUIZAMENTO DE ADPF. PRECEDENTE ESPECÍFICO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM RELAÇÃO À PRÓPRIA FASUBRA. INADMISSIBILIDADE DA ADPF QUANDO AJUIZADA CONTRA DECISÃO JÁ TRANSITADA EM JULGADO. CONTROLE PRÉVIO DAS CONDIÇÕES DA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL PELO RELATOR DA CAUSA. LEGITIMIDADE DO EXERCÍCIO DESSE PODER MONOCRÁTICO (RTJ 139/67, v.g.). ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO NÃO CONHECIDA.

6) Não se pode impugnar por ADPF decisões judiciais transitadas em julgado, protegidas pelo manto da coisa julgada. ADPF - Impugnação a decisões judiciais transitadas em julgado - Inadmissibilidade - Lei pós-constitucional Inviabilidade. ADPF 81- MC/DF. RELATOR: Ministro Celso de Mello. EMENTA: ADPF. CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO. LEGITIMIDADE ATIVA DA ENTIDADE DE CLASSE ARGUENTE. PRECEDENTE. FISCALIZAÇÃO CONCENTRADA DE CONSTITUCIONALIDADE: PROCESSO DE CARÁTER OBJETIVO IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO DE SITUAÇÕES INDIVIDUAIS E CONCRETAS. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE CONTROVÉRSIA JURÍDICA RELEVANTE. PRESSUPOSTO NECESSÁRIO E ESSENCIAL AO VÁLIDO AJUIZAMENTO DA ADPF. INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE QUALQUER ESTADO DE INCERTEZA OU DE INSEGURANÇA NO PLANO JURÍDICO, NOTADAMENTE PORQUE JÁ DIRIMIDO O DISSENSO INTERPRETATIVO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES ESPECÍFICOS SOBRE O LITÍGIO EM QUESTÃO. SUPERVENIÊNCIA, ADEMAIS, DE LEGISLAÇÃO MODIFICADORA, EM PONTO RELEVANTE, DO ESTATUTO BÁSICO DISCIPLINADOR DA MATÉRIA. IMPUGNAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO JUDICIAL DE DIPLOMAS LEGISLATIVOS PÓSCONSTITUCIONAIS. POSTULADO DA SUBSIDIARIEDADE. CABIMENTO, NO CASO, DE AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE. CONSEQUENTE INVIABILIDADE DA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO. PRECEDENTES. EXISTÊNCIA, NO ORDENAMENTO POSITIVO, DE INSTRUMENTO PROCESSUAL APTO A SANAR, DE MODO EFICAZ, A SITUAÇÃO DE LESIVIDADE ALEGADAMENTE RESULTANTE DOS ATOS ESTATAIS IMPUGNADOS (LEI Nº 9.868/99, ART. 21). POSSIBILIDADE DE IMPUGNAÇÃO, MEDIANTE ADPF, DE DECISÕES JUDICIAIS, DESDE QUE NÃO TRANSITADAS EM JULGADO. CONSEQUENTE OPONIBILIDADE DA COISA JULGADA EM SENTIDO MATERIAL À ADPF. PRECEDENTES. O SIGNIFICADO POLÍTICO-JURÍDICO DA RES JUDICATA. RELAÇÕES ENTRE A COISA JULGADA MATERIAL E A CONSTITUIÇÃO. RESPEITO PELA AUTORIDADE DA COISA JULGADA MATERIAL, MESMO QUANDO A DECISÃO TENHA SIDO PROFERIDA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ADPF: AÇÃO

CONSTITUCIONAL QUE NÃO DISPÕE DE FUNÇÃO RESCISÓRIA. INTERPRETAÇÕES FUNDADAS, NO CASO, EM DECISÕES JUDICIAIS QUE, EXPRESSAMENTE INVOCADAS PELA ARGUENTE, JÁ TRANSITARAM EM JULGADO. INADMISSIBILIDADE, EM TAL SITUAÇÃO, DA ADPF. A AUTORIDADE DA COISA JULGADA MATERIAL COMO OBSTÁCULO INSUPERÁVEL AO AJUIZAMENTO DA ADPF. DOUTRINA. PRECEDENTES. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO NÃO CONHECIDA.