Práticas na Educação Básica Sandra Sequeira (sandrasequeira@ua.pt) Ana Carvalhal (anaccarvalhal@ua.pt) Manuela Figueiredo (manuelasfigueiredo@ua.pt)
Sumário Educação Financeira Enquadramento Teórico Educação Financeira Contextualização Programática e Curricular Práticas de Educação Financeira Orientações Pedagógico-Didáticas Considerações Finais 2
Educação Financeira Enquadramento teórico 3 Sandra Sequeira, Ana Carvalhal & Manuela Figueiredo
Enquadramento teórico Educação Financeira Pessoal é saber como ganhar, gastar, poupar e investir o seu dinheiro para ter melhor qualidade de vida. In Cartilha de Finanças - Unisinos e Acis 4
Enquadramento teórico EDUCAÇÃO Preocupação presente e de continuidade, perspetivando e preparando o futuro, na medida em que forma a mentalidade das pessoas, estreita laços que forjam a unidade, o progresso e a identificação cultural. PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO FINANCEIRA (PNFF) 5 reitera que a necessidade de promoção da formação financeira dos cidadãos é amplamente reconhecida a nível internacional, especialmente desde a crise financeira global. Banco de Portugal (2010: 26)
Educação Financeira Contextualização Programática e Curricular 6 Sandra Sequeira, Ana Carvalhal & Manuela Figueiredo
Ação Multidimensional Formação Professores, formadores, divulgadores Comunicação e Divulgação Ensino Não- Formal atividades exteriores à sala de aula Ensino Formal Escola, sala de aula 7
Programas e Currículos Currículo Nacional do Ensino Básico Competências Essenciais Metas Curriculares Programa de Português do Ensino Básico 8 Programa e Metas Curriculares Matemática Ensino Básico
Programas e Currículos No estudo das grandezas, a abordagem do dinheiro começa no 1.º ano a partir de situações do quotidiano, constituindo um contexto a explorar na resolução de problemas.. Nos dois últimos anos do ciclo, este contexto assume particular relevância na abordagem dos números decimais não negativos e das estruturas multiplicativas,, possibilitando a realização de uma variedade de tarefas com significado para os alunos. p. 21 9
Programas e Currículos Educação para a Cidadania Educação do Consumidor Educação Financeira Educação para o Empreendedorismo Estratégia de Intervenção no Sistema Educativo sobre Educação Financeira (http://www.dgidc.min-edu.pt/educacaocidadania/index.php?s=directorio&pid=20) 10 10
Referencial de Educação Financeira Educação Financeira consiste no processo pelo qual os consumidores financeiros melhoram a sua compreensão de produtos e conceitos financeiros e desenvolvem capacidades e confiança para se tornarem mais atentos a riscos e oportunidades financeiras, tomarem decisões refletidas, saberem onde se dirigir para obter ajuda e adotarem comportamentos com o objetivo de melhorar o seu bem estar financeiro. OCDE (2005) 11
Referencial de Educação Financeira Literacia Financeira consiste no conhecimento de tópicos específicos relacionados com assuntos monetários, económicos ou financeiros, e nas medidas individuais que o indivíduo se sente capaz de tomar face aos mesmos. Está, assim, ligada à capacidade de ler, analisar, gerir e comunicar sobre a condição financeira pessoal e à forma como esta afeta o bem estar material. Inclui também a capacidade de discernir entre escolhas financeiras, discutir assuntos financeiros e monetários sem desconforto, planear o futuro e responder de forma competente às situações do dia a dia que envolvem decisões financeiras, incluindo acontecimentos na economia global. DGE/ ANQEP/ CCPNFF (2012: 2) 12
Referencial de Educação Financeira para educar e/ou ensinar os jovens consumidores a tornarem-se financeiramente mais capazes DGE/ANQEP/CCPNFF (2012: 2) o REF foi elaborado com o objetivo de ser um documento integrador e facilitador para a Educação Financeira, cabendo agora aos diferentes intervenientes a realização deste desígnio DGE/ANQEP/CCPNFF (2012: 4) 13
Referencial de Educação Financeira TEMAS Planeamento e gestão do orçamento Sistema e produtos financeiros Poupança Crédito Ética Direitos e deveres 14 Conhecimentos, capacidades, atitudes, valores e comportamentos
Práticas de Educação Financeira 15 Sandra Sequeira, Ana Carvalhal & Manuela Figueiredo
Recursos Pedagógico-Didáticos 16
Livros de Educação Financeira EF para miúdos EF de graúdos para miúdos 17 20 atividades lúdicas Resolução autónoma e dificuldade crescente Níveis Multidisciplinar Professores/pais/educadores Organizado por temas e subtemas do REF Contém informação teórica e metodológica Sugere uma exploração para cada atividade Indica ideias para completar a atividade principal
Livros de Educação Financeira Das listas que se seguem, encontra e rodeia as imagens que não fazem parte de cada grupo. Sê um consumidor responsável! CONSUMO ESSENCIAL CONSUMO SUPÉRFLUO 18
Livros de Educação Financeira TEMA, SUBTEMA E OBJETIVO(S) REF ÁREA(S) RELACIONADA(S) Transversalidade INFORMAÇÕES ADICIONAIS Fundamentação teórica sobre conceitos ou assuntos em abordagem na atividade. EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE Propostas didático-pedagógicas para explorar a tarefa, efetuando a ponte com a área especifica com que a mesma se relaciona. 19 OUTRAS SUGESTÕES Outras ideias e atividades que podem surgir na sequência da atividade em questão, relacionadas com o quotidiano (extensões das tarefas principais do manual dos miúdos).
Livros de Educação Financeira OU ISTO OU AQUILO Ou se tem chuva e não se tem sol ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares! Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquilo, ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo. Letra: Cecília Meirelles Música: Luís Pedro Fonseca e Lena d'água 20
Livros de Educação Financeira DIFERENÇAS ECONÓMICAS Dialoga-se com as crianças sobre as diferenças sociais e económicas. Em conjunto com as crianças, elabora-se um cartaz ou folheto que represente situações onde as diferenças sociais são profundas e nítidas. 21
Livros de Educação Financeira Português Expressões Educação Financeira Matemática Expressões Estudo do Meio... 22
Livros de Educação Financeira Com o REF, tem-se investido a nossa experiência e conhecimento na elaboração de materiais educativos. Coleção de livros De gradual aprofundamento de conhecimentos; De sensibilização para a LF; Compostos por conteúdos temáticos, atividades e sugestões de operacionalização; Material pedagógico flexível, transversal e integrado; Enquadrado nos sistemas de ensino do 1.º ao 6.º ano; A estrutura é composta por 2 livros um para crianças e outro para adultos. 23
Orientações Pedagógico-Didáticas 24 Sandra Sequeira, Ana Carvalhal & Manuela Figueiredo
Orientações pedagógico-didáticas Ensinar a distinguir as coisas que se compram porque se quer daquelas que se compram por necessidade. Fazer compreender o quão importante é não desperdiçar dinheiro. Apresentar moedas e notas verdadeiras, explorando diferenças de tamanho e cor. As compras devem respeitar uma lista elaborada previamente com a contribuição da criança. Ensinar a controlar o consumo por impulso, mostrando como elaborar uma lista de compras e segui-la no supermercado. Mostrar as diferenças entre coisas caras e baratas em diferentes ambientes (padaria, farmácia, papelaria, etc.), durante uma ida (real ou simulada) às compras. Debater sobre assuntos económicos abertamente, como o estado do país, uma decisão governamental, a compra de um material para a escola. Explicar que nem tudo o que é demonstrado em publicidade tem um valor real. 25
Orientações pedagógico-didáticas Promover a comparação de preços, ensinar a contar o troco e como funcionam os descontos. Fazer entender a importância de não desperdiçar e de gerir o seu dinheiro. Por volta dos 5/6 anos dar-lhe a responsabilidade de ter dinheiro. Explicar como funcionam os cartões de crédito. Dar semanada ou mesada à criança (conforme a idade). Isso irá ajudá-la a tomar decisões e fazer escolhas, mesmo que em pequena escala. Incentivar a juntar dinheiro num mealheiro. Conhecer alguns desejos da criança para demonstrar quanto terá de guardar para chegar ao valor do que pretende. Desenvolver jogos e brincadeiras que estimulem as crianças a pensar em como utilizar dinheiro e como é importante poupar. Permitir o uso da semanada ou mesada como um instrumento de amadurecimento financeiro da criança e não uma fonte de conflitos. 26
Orientações pedagógico-didáticas Fixar um dia para o pagamento da semanada ou mesada, cumprindo-o rigorosamente. Ajudar a estabelecer relação entre ganho de dinheiro e o trabalho, explicando o tipo de trabalho que pais, professores, avós, têm para ganhar um ordenado. Estimular a criança a participar no orçamento familiar, incentivando-a a dar sugestões sobre formas de reduzir despesas. Reforçar a ideia de que a responsabilidade social e a ética devem estar sempre presentes no ganho e no uso do dinheiro. Procurar envolver toda a família no processo de Educação Financeira da criança, explicando as razões de se imporem limites e pedindo que colaborem. Ensinar a importância de investir, propondo, por exemplo, uma meta de investimento e incentivar a criança a alcançá-la. Ensinar a visualizar alternativas assim, ela começará a saber o que fazer com o dinheiro e não ficará pela primeira opção que lhe surgir. Ensinar a criança a dividir a mesada em duas partes: uma para gastar e outra para poupar. 27
Considerações Finais 28 Sandra Sequeira, Ana Carvalhal & Manuela Figueiredo
Considerações Finais Temos vindo a contribuir para o desenvolvimento de competências de LF dos cidadãos com o intuito de evitar e, assim, resolver problemas financeiros, colocando a cada um a possibilidade de poder desfrutar de uma vida próspera, saudável e feliz. Contribuir para a alteração de atitudes e comportamentos dos consumidores, tornando-os ativamente empenhados para que possam gerir as suas finanças de forma eficaz é, de facto, uma prioridade. As iniciativas de EF contam com o apoio dos agentes locais para a mobilização dos seus participantes. O trabalho desenvolvido até então, bem como os pelos dados recolhidos, verifica-se o reconhecimento, pelos participantes que manifestaram as suas opiniões, relativo à sensibilização e ao estímulo, assim como o interesse nos recursos disponíveis e na continuidade no desenvolvimento de atividades lúdicas com o intuito de promover a EF de forma transversal. 29
Práticas na Educação Básica Sandra Sequeira (sandrasequeira@ua.pt) Ana Carvalhal (anaccarvalhal@ua.pt) Manuela Figueiredo (manuelasfigueiredo@ua.pt)