José M.B.F. Ribeiro, M. Rosário Marques, Ana Teresa Belo, Carlos Camona Belo



Documentos relacionados
Nutrição e alimentação de ovinos. Profª Drª Alda Lúcia Gomes Monteiro 2013

USO DE CONCENTRADOS PARA VACAS LEITEIRAS

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

fmvz-unesp FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - BOTUCATU Curso de Pós-Graduação em Zootecnia Nutrição e Produção Animal

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA BOVINOS LEITEIROS

O uso de concentrado para vacas leiteiras Contribuindo para eficiência da produção

Parâmetros Genéticos

Linha completa de suplementos minerais e proteinados da Guabi.

Inseminação Artificial Aplicada ao Melhoramento Genético Animal

ESTRATÉGIAS DO MANEIO ALIMENTAR E REPRODUTIVO DO MERINO DA BEIRA BAIXA EXPLORADO NA SUA FUNÇÃO LEITEIRA

Recria de bovinos de corte

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE EQUINOS

Precocidade Sexual e a Inseminação Artificial em Tempo Fixo

Manejo de Pastagens e Suplementação na Pecuária. Ari José Fernades Lacôrte Engenheiro Agrônomo MS

Utilização de dietas de alto concentrado em confinamentos

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO

Associação de Criadores de Bovinos da Raça Preta

NUTRIÇÃO DE OVELHAS GESTANTES

Cana-de-açúcar na alimentação de vacas leiteiras

Manejo alimentar de ovinos

Suplementação de Bovinos de Corte a Pasto. Carlos Eduardo Santos Médico Veterinário CRMV SP 4082 carlos-e.santos@dsm.com

MANEJO E ALIMENTAÇÃO DE VACAS EM LACTAÇÃO

O USO DO CREEP FEEDING NA PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

Alimentação de caprinos

Crescimento CINEANTROPOMETRIA. Elementos do Crescimento. Desenvolvimento

Bovinos de leite. Exognósia e Maneio Animal 9. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DO GADO BOVINO E ZEBUÍNO

Aspectos básicos b produtividade da indústria de ovinos da Nova Zelândia

INTERPRETAÇÃO DAS PROVAS DE REPRODUTORES LEITEIROS

FAZENDA SANTA LUZIA. Maurício Silveira Coelho HISTÓRICO

ARTIGO TÉCNICO Minerthal Pró-águas Suplementação protéica energética no período das águas

ÍNDICE MITSUISAL A SUA NOVA OPÇÃO COM QUALIDADE

RAÇA HOLANDESA MODERNIZA E ATUALIZA SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA CONFORMAÇÃO DAS VACAS (Classificação para Tipo )

Sistemas de produção em bovinos de corte. Zootecnista José Acélio Fontoura Júnior

INDUÇÃO DE LACTAÇÃO EM VACAS E NOVILHAS LEITEIRAS: ASPECTOS PRODUTIVOS, REPRODUTIVOS, METABÓLICOS E ECONÔMICOS

Sistemas de produção e Índices zootécnicos. Profª.: Valdirene Zabot

MELHORAMENTO GENÉTICO

PERSPECTIVA. ciências. Sugestão de avaliação. Coleção Perspectiva

EXERCÍCIO E DIABETES

Perder Gordura e Preservar o Músculo. Michelle Castro

ÁGUA. 97% água salgada - ± 3% se restringe a água doce; Perda de toda gordura corporal, metade PTN s e 40% peso vivo Perda 10% - morte.

PROGRAMA HD DE NUTRIÇÃO DE MATRIZ PESADA VACCINAR ASPECTOS PRÁTICOS. Marcelo Torretta Coordenador Técnico Nacional Aves Curitiba 10/08/2011

CUSTO DE PRODUÇÃO DE LEITE DA EMBRAPA E O PREÇO DO LEITE

EPIGENÉTICA E NUTRIÇÃO MATERNA. Augusto Schneider Faculdade de Nutrição Universidade Federal de Pelotas

DESAFIOS DA PECUÁRIA LEITEIRA

Disciplina de Fisiologia Veterinária. GH e PROLACTINA. Prof. Fabio Otero Ascoli

Teste Rápido Molecular (TRM-TB): uma nova tecnologia para o diagnóstico da tuberculose

Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) de Corte da Embrapa Milho e Sorgo

Introdução. Conceitos aplicados a alimentação animal. Produção animal. Marinaldo Divino Ribeiro. Nutrição. Alimento. Alimento. Nutriente.

Biologia Avançada Jatropha curcas L.

ALIMENTAÇÃO DE CORDEIROS LACTENTES

"Terminação de Cordeiros a Pasto Uruguay e Brasil. Homero De Boni Júnior

Lei da Segregação. Experimentos de Mendel

Departamento de Matemática e Ciências Experimentais Grupo de Biologia e Geologia. Escola Secundária de Valongo. As Professoras:

PROJETO PECUÁRIO A EQUIPE DEVERÁ DEFENDER SUA A PROPOSTA NA APRESENTAÇÃO!

2011 Evialis. Todos os direitos reservados uma marca

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata

Subsídios técnicos para a agenda brasileira de bioetanol

1. Saúde individual e comunitária Indicadores do estado de saúde de uma população Medidas de ação para promoção de saúde.

PLANO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 9.º ANO

Avaliação molecular da macho-esterilidade citoplasmática em milho

PLANO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS 9.º ANO

Introdução à genética quantitativa usando os recursos do R

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO E DO MANEJO DE VACAS LEITEIRAS EM PRODUÇÃO

Promoção da Biodiversidade em Pastagens Extensivas

Profª Drª Alda Lúcia Gomes Monteiro Disciplina de Caprinocultura 2013

Prof. Dr. Alexandre Augusto de Oliveira Gobesso Laboratório de Pesquisa em Alimentação e Fisiologia do Exercício VNP/FMVZ/USP

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ

BIOLOGIA. (cada questão vale até cinco pontos) Questão 01

Diferimento de pastagens para animais desmamados

EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EMPRENHAR A VACA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL APÓS O PARTO

Diversidade do sistema endócrino

Nutrição e Manejo de Vacas de leite no pré-parto

Sistemas de Produção de Leite Prof. Geraldo Tadeu dos Santos

SIMPOSIO DE GADO LEITEIRO RIBEIRÃO PRETO SP AGO/2013

Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade

QUESTÃO 40 PROVA DE BIOLOGIA II. A charge abaixo se refere às conseqüências ou características da inflamação. A esse respeito, é INCORRETO afirmar:

estimação tem diabetes?

Alimentação da vaca leiteira

Alexandre Sérgio Silva Laboratório de Estudos do Treinamento Físico Aplicado ao Desempenho e Saúde (LETFADS) ass974@yahoo.com.br

Manejo nutricional de vacas em lactação

CRIAÇÃO DE BEZERRAS EM ALEITAMENTO ARTIFICAL. Med. Vet. Eduardo Lopes de Oliveira.

Aimportância do trigo pode ser aquilatada pela

Curva de Crescimento e Produtividade de Vacas Nelore

Giacomazzi J, Schmidt AV, Aguiar E, Bock H, Pereira MLS, Schuler- Faccini L, Giugliani R, Caleffi M, Camey SA, Ashton-Prolla P.

Quisque luctus vehicula nunc. Só a DSM tem proteinados com Minerais Tortuga. Por isso ela é única.

Fortalecimento da cadeia produtiva do leite Elizabeth Nogueira Fernandes Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia

3ªsérie B I O L O G I A

A QUALIDADE DO OVO (COR DA CASCA; DUREZA DA CASCA; TAMANHO) A actual crise do sector avícola, justifica por si só o presente artigo.

NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO ANIMAL 1. HISTÓRICO E IMPORTANCIA DOS ESTUDOS COM NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO:

Stela Adami Vayego - DEST/UFPR 1

SISTEMA ENDÓCRINO. Jatin Das VISÃO GERAL GLÂNDULAS ENDÓCRINAS

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE

Ponto de Corte do Milho para Silagem

Superintendência Estadual de Mato Grosso

SEMINÁRIO REGA DE CEREAIS PRAGANOSOS / OS CEREAIS REGADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DE ALQUEVA. Benvindo Maçãs INRB, I.P.

AUMENTO DA ASSINALAÇÃO DE CORDEIROS:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE VETERINÁRIA NUPEEC-Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária

Transcrição:

José M.B.F. Ribeiro, M. Rosário Marques, Ana Teresa Belo, Carlos Camona Belo

INTRODUÇÃO Necessidade crescente de ordenhar mecanicamente as ovelhas imprescindível conhecer o comportamento produtivo da raça

INTRODUÇÃO Factores Condicionantes da Capacidade Leiteira

INTRODUÇÃO Factores Condicionantes da Capacidade Leiteira

Objectivos Implementar sistemas de exploração que visem otimizar a capacidade produtiva desta ovelha:

Índice 1. 1. Adaptabilidade à ordenha mecânica: - Tipos de aleitamento - Características do úbere 2. 2. Alimentação de ovelhas em pastoreio - Características produtivas 3. 3. Marcadores genéticos Conclusões e perspectivas futuras

Curvas de lactação das ovelhas

Introdução 30-40% de quebra de produção das ovelhas ao desmame Stress pela separação dos borregos Diminuição do ritmo de esvaziamento do úbere Falta de estímulo para a lactogénese Stress pela entrada abrupta na ordenha mecânica

Tipos de aleitamento Aumentar a produção de leite no início da lactação Aleitamento reduzido 2 épocas de produção Pastagens de sequeiro Fev/Mar Set/Out Pastagens irrigadas Conhecer a influência do nível produtivo das ovelhas no teor em gordura e proteína do leite.

Tipos de Aleitamento G1 G2 G3 0 21 42 Dias Desmame Desmame parcial Total

Produção de leite Aleit. 1 SET Segundo o nível produtivo entre os 42 e os 90 dias

Produção de leite Aleit. 2 SET Segundo o nível produtivo entre os 42 e os 90 dias

Produção de leite Aleit. 3 SET Segundo o nível produtivo entre os 42 e os 90 dias

Produção de leite SETEMBRO Produção de leite após s desmame total

Teor em gordura após os 42 dias Segundo o nível produtivo entre os 42 e os 90 dias

Teor em proteína após os 42 dias Segundo o nível produtivo entre os 42 e os 90 dias

Tipos de aleitamento Conclusões - A fase de aleitamento parcial (21 aos 42 dias) foi determinante no acréscimo de produção de leite conseguido nos aleitamentos tipo 2 e 3. - A maior produção de leite foi obtida com o aleitamento 3: Teor médio de gordura: Grupos < 50L Grupo > 50L Em todos os sistemas de aleitamento um maior nível produtivo originou uma maior produção total de gordura e proteína

Adaptabilidade à ordenha mecânica Características do úbere Que factores/características morfológicas do úbere condicionam o potencial produtivo das ovelhas? Estabelecer possíveis critérios de selecção.

Adaptabilidade à ordenha mecânica Morfologia do úbere vs persistência da lactação Nº de dias de lactação Parâmetro <120d <180d >180d Sign. Tetos Posição (nº) 3 3 3 ns Inclinação (º) 43 42 45 ns Compri/o (mm) 32 34 33 ns Largura (mm) 23 24 24 ns Úbere Profund.(mm) 90 a 117 b 132 c *** Altura (mm) 8 a 10 a 12 b ** Volume (ml) 733 a 835 a 1068 b ***

Adaptabilidade à ordenha mecânica Repartição das fracções de leite no úbere Aptidão para a ordenha Rotinas de ordenha

Adaptabilidade à ordenha mecânica Fracções do leite ordenhado (dos 45 aos 105 dias de lactação) leite residual manual leite esgotamento à máquina leite máquina

Adaptabilidade à ordenha mecânica Conclusões - A profundidade e o volume do úbere estão positivamente correlacionadas com: - a produção de leite e - a persistência da lactação. - Em ovelhas de nível superior (média de 1 L/dia) o leite residual manual representou 14% do leite total, indicando maior adaptabilidade à ordenha mecânica.

Peso vivo dos borregos Aleitamento total Aleitamento parcial

Conclusões Em relação aos borregos: Os regimes de aleitamento parcial afetaram positivamente a evolução do peso vivo dos borregos Em relação às ovelhas: Registou-se um acréscimo de produção de leite comercial.

José M.B.F. Ribeiro, M. Rosário Marques, Ana Teresa Belo, Carlos Camona Belo

Índice 1. 1. Adaptabilidade à ordenha mecânica: - Tipos de aleitamento - Características do úbere 2. 2. Alimentação de ovelhas em pastoreio - Características produtivas 3. 3. Marcadores genéticos Conclusões e perspectivas futuras

Alimentação em pastoreio A alimentação constitui a maior despesa das explorações de pequenos ruminantes

Alimentação em pastoreio Sementeira de plantas melhoradas Obter uma maior produção de matéria seca (até 9 t MS ha -1 ano -1 ) Melhor distribuição estacional da produção Erva de melhor valor alimentar: digestibilidade proteína bruta Maior proteção e recuperação da fertilidade do solo.

Quantidade de músculo, m osso e depósitos adiposos em função das notas de condição corporal em ovelhas Serra da Estrela Legenda : CC = 1 CC = 2 CC = 3 CC = 4 Notas: letras diferentes no topo das colunas representam diferenças significativas (P<0,05) entre notas de condição corporal; MUSC músculo GT gordura total GSC gordura subcutânea GIM gordura intermuscular GOM gordura omental + mesentérica GPR gordura pélvica e renal GE gordura esternal

Alimentação em pastoreio Necessidades de ovelhas com 55 kg PV, aleitando 2 borregos, nas primeiras 8 semanas de lactação (NRC, 1985) Para uma ingestão de 2,5 kg MS: Energia metabolizável (EM) - 24,0 MJ Proteína bruta (PB) 397 g 15,8 % Pastagem com uma composição: 30 % FESTUCA, 50 % LUZERNA e 20 % Trevo Branco disponibiliza 9,01 MJ EM/kg MS e 24% de PB

Consumo de erva (g MS/kg 0,75 /d) e produção de leite (ml/d), para os dois tipos de suplemento (CGF ou MILHO) ao longo da lactação. g MS/kg 0,75 /d 100,0 87,5 b bc bc c 75,0 62,5 a a b ab ab a Legenda: CGF MILHO 50,0 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Semanas ml/d Semanas 900 Notas: letras diferentes no topo das colunas representam diferenças significativas (P<0,05), entre semanas de lactação (a,b,c) para cada tipo de suplemento, e entre tipos de suplemento (d,e); entre a 4ª e a 6ª semanas de lactação, ordenha uma vez por dia (produção correspondente a 14:30 horas); leite estimado pelo método da dupla injecção de ocitocina (quantidade correspondente a 9:30 horas). 750 600 450 300 e d e d Produção Média do Quantidade Média leite ordenhado (4ª à de leite estimado 4ª 5ª 6ª 4ª 5ª 6ª 6ª semana) com ocitocina Quantidade Média de leite ordenhado entre a (4ªsemana) 4ªe a 6ª semanas, consoante os tipos de suplemento a b b a a a

Consumo médio m de erva (g MS/kg 0,75 /d), ao longo das 6 primeiras semanas de lactação e produção leiteira entre a 4ª 4 e a 6ª 6 semanas de lactação (ml/d) para 3 níveis n de PB na dieta. g MS/kg0,75/d 85 65 45 a a a b b b b b bc b c c b c c b c bc Legenda: 17% PB 21% PB 25% PB 25 1 2 3 4 5 6 Lactação (semanas) 800 ml/d d d Notas: letras diferentes no topo das colunas representam diferenças significativas (P<0,05) entre semanas de lactação para cada nível de PB na dieta (a,b,c ), e entre níveis de PB na dieta (c,d); entre a 4ª e a 6ª semanas de lactação, ordenha uma vez por dia (produção correspondente a 14:30 horas); leite estimado pelo método da dupla injecção de ocitocina (quantidade correspondente a 9:30 horas). 600 400 200 c c Produção Média do leite ordenhado entre a 4ª e a 6ª semanas c d c Quantidade Média de leite estimado à 4ª semana c c Quantidade Média de leite ordenhado à 4ª semana

Alimentação em pastoreio Pastagens semeadas ricas em leguminosas: digestibilidade proteína bruta No início da lactação suplementar com: fontes de proteína não degradável no rúmen suplemento com até 21% de PB

Ovelhas em pastoreio Produção e composição do leite 1000 20 ml/dia 800 600 400 200 0 1 2 3 4 1 2 3 4 5 1 2 3 4 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 % Erva Milho Erva-TB Milho-TB Erva-TP Milho-TP Erva-TL Milho-TL Erva-TST Milho-TST Parcela Período 1 Período Parcela 2 Período Parcela 3 Parcela Período 4 Período Parcela 5

Ovelhas em pastoreio % Composição da gordura do leite em ácidos gordos 70 60 50 40 30 20 10 0 ** ns ns AGCC AGCM AGCL AGSat Mono Poli ** * ** Erva Milho Nota: ns P>0,05; * - P<0,05; ** - P<0,01

Ovelhas em pastoreio % Composição da gordura do leite em ácidos gordos (cont.) 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 *** *** *** *** *** Ram Impar C18:2 C18:3 CLA Erva Milho Nota: *** - P<0,001

Ovelhas em pastoreio Análise discriminante Distribuição espacial do perfil de AG 4 3 2 Função discriminante 2 1 0-1 -2-3 -4-5 -6-5 -4-3 -2-1 0 1 2 3 4 5 6 7 Função discriminante 1 Erva - Entr. Milho - Entr. Erva - Saída Milho - Saída

Ovelhas em pastoreio Composição da gordura do leite em ácidos gordos (cont.) 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 C18:2/C18:3 Ent. Saída % 1,7 1,6 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1,0 Ent. CLA Saída ERVA MILHO ERVA MILHO

Conclusões

Índice 1. 1. Adaptabilidade à ordenha mecânica: - Tipos de aleitamento - Características do úbere 2. 2. Alimentação de ovelhas em pastoreio - Características produtivas 3. 3. Marcadores genéticos Conclusões e perspectivas futuras

Introdução RAÇA SERRA da ESTRELA Constrangimento / DESAFIO

Marcadores moleculares São locais do genoma onde ocorrem diferenças na sequência do DNA entre os indivíduos de uma determinada espécie. Encontrados na raça Serra da Estrela nos genes: Prolactina - produção de leite - conteúdo em gordura - conteúdo em proteína β-lactoglobulina - produção de leite - conteúdo em gordura (Ramos et al., 2009) αs1-caseína - produção de leite - conteúdo em gordura - conteúdo em proteína Hormona do crescimento - produção de leite - conteúdo em gordura - conteúdo em proteína (Ramos et al., 2009) (Ramos et al., 2009) (Marques et al., 2007)

Hormona do crescimento Regulação hormonal do desenvolvimento da glândula mamária Lactogénes e Ductos primordiais GH Estrogénios Progesterona IGF-1 Cortisol Pré-puberdade Crescimento dos ductos Gestação Prolactina IGF-1 Insulina Cortisol Crescimento lobulo-alveolar Estrogénios Progesterona IGF-1, Cortisol Prolactina RANKL PTHrP Puberdade

Marcadores moleculares no gene da hormona de crescimento (GH) Identificar e caracterizar polimorfismos que ocorram naturalmente no gene da hormona de crescimento (ogh) em ovinos Serra da Estrela. Averiguar possíveis associações entre os polimorfismos encontrados com a produção de leite em ovelhas Serra da Estrela.

Metodologia M 1 2 3 4 Ovelhas Serra da Estrela Recolha de sangue e extracção de DNA Amplificação por PCR Caracterização dos padrões SSCP G / A Single Strand Conformation Polymorphism análise SSCP Clonagem Sequenciação

Caracterização dos padrões SSCP Polimorfismos genéticos na cópia GH2-Z nt1047(a-g) nt644(a-g) nt1035(c-t) nt712(a-g) 5 3 C T nt649(c-g) Phe2Leu nt668(c-t) Arg9Cys nt704(c-g) Val21Leu nt1062(g-c) Asn64Lys nt1057(a-g) Ser63Gly nt1100(a-g) nt1852(a-g) Gly160Ser nt2030(c-t) nt1965(c-t) UTRs Intrões Exões Alteração de 6 aa!

Genótipos vs produção de leite N % 100 90 80 70 Dez Nov Out Múltiplo Preta 60 523 ovelhas Serra da Estrela (de 7 rebanhos) 1704 lactações 160 ± 72 l de leite/150d 50 40 30 20 10 0 Set Ago Mês de parto Simples Tipo de parto Branca Variedade

Hormona de crescimento Genótipos: N2+Z7 vs N5+Z2 = + 25 % de leite Fenótipos proteicos: AA N +BB Z vs (AH N ou BE)+BB Z = + 10 % de leite com > teor em gordura, e = teor em proteína GH2-N + GH2-Z Vn_A L -16,P 3,S 8,H 22,A 25,F 32,T 35,F 52 Vz_B F 2,C 9,L 21,S 63,K 64,G 160 possíveis marcadores genéticos em programas de M.A.S. da raça Serra da Estrela

Metodologia Frequências na população

Metodologia Selecionadas 28 borregas de cada genótipo (AA, AB, AE) Recria foi feita na Quinta da Fonte Boa: Dois níveis de crescimento: N normal - 150 g R restringido 80 g dia Testar interações genótipo * ambiente

Crescimento das borregas Na recria PV (Kg) GMD (g/dia) N 46,4 106 R 36,6 79 Na gestação

Crescimento dos borregos Tende a ser maior nos genótipos AB e AE Interação significativa genótipo * ambiente Evolução do Peso Vivo dos borregos

Produção de leite Efeito do genótipo

Produção de leite Genotipos * Níveis de crescimento

Conclusões e Perspectivas futuras A genotipagem expedita do gene da hormona de crescimento (GH): permite a seleção precoce de reprodutores marcadores genéticos para a produção de leite detectados no gene da GH estão em fase de validação: Em diferentes condições alimentares Efeitos sobre a composição do leite e sua aptidão tecnológica Este e outros genes podem vir a ser utilizados como marcadores genéticos em programas de seleção da raça.