CONCLUSÃO - 14-12-2017 Insolvência pessoa coletiva (Requerida) 156013542 (Termo eletrónico elaborado por Escrivão Adjunto Pedro Alexandre Paixão) =CLS= NOVO BANCO, S.A., pessoa coletiva número 513204016, com sede na Avenida da Liberdade, 195, em Lisboa, veio, ao abrigo do disposto no art.º 20º, n.º 1 do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 53/2004, de 18 de Março, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 200/2004, de 18 de Agosto, requerer a declaração de insolvência de ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL DO MINHO, NIPC 500947945, com morada sita à Avenida Dr. Francisco Pires Gonçalves, 45, 4715-558 Braga, com fundamento no facto de esta não ter meios que lhe permitam solver as suas obrigações, detendo um passivo muito superior ao seu activo. Regularmente citada, nos termos do art.º 29º do CIRE, a requerida não deduziu oposição, antes reconhecendo a sua situação de insolvência. O tribunal é competente em razão da matéria, nacionalidade e hierarquia. Não existem nulidades que de todo invalidem o processo. As partes são dotadas de personalidade e capacidade judiciária, são legítimas e encontram-se devidamente representadas. Não há outras nulidades, excepções ou questões prévias de que cumpra conhecer e que obstem ao conhecimento do mérito da causa. Nos termos do art.º 30º, n.º 5 do CIRE, uma vez que a devedora não deduziu oposição, consideram-se confessados os factos articulados na petição inicial pela requerente. O processo de insolvência é um processo de execução universal que tem como finalidade a liquidação do património de um devedor insolvente e a repartição do produto
obtido pelos credores, ou a satisfação destes pela forma prevista num plano de insolvência, que nomeadamente se baseie na recuperação da empresa compreendida na massa insolvente artigo 1.º, do CIRE. De acordo com o estatuído no artigo 3.º, n.º 1 daquele diploma, É considerado em situação de insolvência o devedor que se encontre impossibilitado de cumprir as suas obrigações vencidas. O artigo 20.º do citado diploma legal estabelece um conjunto de factos que legitimam a declaração de insolvência, pelo que antes do mais compete analisar se os factos alegados na petição inicial e que resultaram provados bastam a tal declaração. Ora, in casu os factos provados integram a previsão normativa da alínea b) do n.º 1 deste artigo 20.º, ou seja, Falta de cumprimento de uma ou mais obrigações que, pelo seu montante ou pelas circunstâncias do incumprimento, revele a impossibilidade de o devedor satisfazer pontualmente a generalidade das suas obrigações. Pelo exposto, nos termos do artigo 20, n.º 1, alínea b) do CIRE, declaro a insolvência da requerida ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL DO MINHO. Esta declaração tem, entre outros, os efeitos previstos nos artigos 81.º, 83.º, 88.º, 91.º, 97.º, 99.º e 100.º do CIRE. Fixo como residência do administrador da devedora insolvente, a Avenida Dr. Francisco Pires Gonçalves, 45, 4715-558 Braga. Advirta-o nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 83.º, do C.I.R.E. Nos termos do artigo 52.º, n.º 1 do C.I.R.E., nomeio como administrador da insolvência, o Dr. Nuno Carlos Lamas de Albuquerque, dado que foi já o Administrador Judicial Provisório nomeado no PER relativo à aqui devedora (já identificado nos autos), com escritório na Rua Bernardo Sequeira, 78, 1º, sala I, apartado 3033, 4710-358 Braga, constante da Lista dos Administradores da Insolvência da Comarca de Braga (art.36.º, al. b) do CIRE).
Decreto a apreensão, para imediata entrega ao administrador da insolvência, dos elementos da contabilidade dos devedores e de todos os seus bens, ainda que arrestados, penhorados ou por qualquer forma apreendidos ou detidos e sem prejuízo do disposto no artigo 150.º, n.º 1 do C.I.R.E. Não havendo elementos que justifiquem a abertura do incidente de qualificação da insolvência, por ora, não o declaro aberto (cfr. artigo 36.º, nº 1, al. i) do CIRE). Fixo em 30 dias o prazo para a reclamação de créditos. Ficam desde já advertidos os credores da insolvente de que devem comunicar prontamente ao administrador de insolvência as garantias reais de que beneficiam. Ficam os credores da insolvente advertidos para o facto de as prestações a que aquela esteja obrigada deverão ser feitas ao administrador da insolvência e não ao próprio insolvente. Por ora, não se nomeia comissão de credores, sem prejuízo de tal poder ser feito na reunião da assembleia. Para a realização da reunião da assembleia de apreciação de relatório, designo o dia 31/1/2018, às 14 horas. Cumpra o disposto no artigo 37.º do CIRE. Registe e notifique. Custas pela massa insolvente - artigo 304.º do CIRE.
Fixo, por ora, a título de remuneração ao Sr. Administrador da Insolvência, o montante de 1.000,00 (artigo 1.º, n.º 1 da Portaria n.º 51/2005, de 20/01 e artigos 23.º, n.º 1 da Lei n.º 22/2013, de 26/2), a retirar oportunamente das disponibilidades da massa. Pague-se ainda a provisão a título de despesas nos termos do disposto no artigo 29.º, n.º 8 Lei n.º 22/2013, de 26/2. Adverte-se o senhor Administrador da Insolvência de que aquando da apresentação de contas deverão ser juntos aos autos os originais dos documentos emitidos e em nome da massa insolvente. Veio a devedora requerer a administração da sociedade pela insolvente. Foi notificado o credor requerente, com a cominação de que o seu silêncio seria entendido como acordo, sendo que este nada disse. São pressupostos de admissibilidade da administração da sociedade pela insolvente, nos termos do art. 224º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, que: a) O devedor a tenha requerido; b) O devedor tenha já apresentado, ou se comprometa a fazê-lo no prazo de 30 dias após a sentença de declaração de insolvência, um plano de insolvência que preveja a continuidade da exploração da empresa por si próprio; c) Não haja razões para recear atrasos na marcha do processo ou outras desvantagens para os credores; d) O requerente da insolvência dê o seu acordo, caso não seja o devedor. A devedora apresentou requerimento no processo afirmando que considera ser viável a sua recuperação pelo que, se compromete a apresentar, no prazo de 30 dias após a sentença de declaração de insolvência, plano de insolvência. Não vislumbramos razões para recear atrasos na marcha do processo ou outras desvantagens para os credores com o deferimento desta pretensão da devedora. Finalmente, o credor requerente não manifestou oposição ao requerido.
Pelo exposto e nos termos do art. 224º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, defiro a pretensão da devedora e autorizo a administração da sociedade pela insolvente. Notifique. V.N. de Famalicão, d.s. (às 15h20m)