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Transcrição:

Protocolo: 0411/2016 Processo: PREGÃO PRESENCIAL SESI-PR Nº 120/2016 Objeto: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA REALIZAÇÃO DO GESTO VACINAL DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE 2016 COM O OBJETIVO DE ATENDER AS EMPRESAS CLIENTES DO SESI/PR. Abertura: 26 02 2016 Recorrente: Recorrido: CLINICA DE IMUNIZAÇÃO DO PARANÁ LTDA-ME NÚCLEO ESPECIALIZADO DE PEDIATRIA LTDA. COMISSÃO DE LICITAÇÕES DO SESI/SENAI-PR DA TEMPESTIVIDADE 1. É tempestivo o recurso apresentado pela empresa CLINICA DE IMUNIZAÇÃO DO PARANÁ LTDA-ME no dia 21 de março de 2016 as 15h48min, contra o julgamento publicado em 17 de março de 2016. Diante deste recurso, devidamente publicado, a proponente NÚCLEO ESPECIALIZADO DE PEDIATRIA LTDA. apresentou suas contrarrazões tempestivamente, na data de 22 de março de 2016 às 09h42min. DAS RAZÕES 1. A RECORRENTE ALEGA: 2. 1.1 A recorrente indica que o certame se deu pelo decreto 10.520/02, mencionando ainda os artigos 4º inciso XV e artigo 9º, onde busca a desclassificação da licitante NÚCLEO ESPECIALIZADO DE PEDIATRIA LTDA, tomando como base a lei federal 8.666/93 art. 48 além do art. 3º da mesma Lei; a) A recorrente alega que a recorrida não atendeu os requisitos complementares do Anexo II item 4 alíneas a e d, no que diz respeito ao Atestado de Capacidade técnica e Autorização de Vacinação Extramuros. 1.2 Acerca das respostas aos questionamentos inseridos em Ata de Sessão Pública, a recorrente alega que: a) ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA: Alega que a empresa vencedora do certame não apresentou os Atestados de Capacidade Técnica com documentos (NF S) autenticadas e sim em cópia simples. Quanto ao atestado emitido pelo SESI Santa Catarina, a Comissão de Licitação presumiu ser este válido, o que, nos dizeres da recorrente, deveria cair por terra frente ao instrumento convocatório que expressa a necessidade da apresentação das cópias das Notas Fiscais devidamente autenticadas, o que a empresa NÚCLEO ESPECIALIZADO DE PEDIATRIA LTDA omitiu-se de apresentar, sendo documento obrigatório [...] ; Por fim, cita que a licitante vencedora, que apresentou o menor lance, juntou 03 (três) atestados de capacidade técnica, sendo eles das empresas: SESI/SC, SANOFI E DELL). Diz não ser válidos os atestados, devido as NF s (anexadas aos atestados) não estarem em cópia autenticada. b) AUTORIZAÇÃO EXTRAMUROS: Inicialmente a recorrente cita a Portaria Conjunta ANVISA/FUNASA nº 001/2012 art. 5º 2º Os estabelecimentos privados de vacinação que pretendam realizar, em caráter regular, a aplicação de vacinas fora do endereço constante da licença sanitária, poderão ser autorizados pela vigilância sanitária local, que deverá avaliar e aprovar, entre outros aspectos, as condições de transporte e conservação das vacinas. Grifo da recorrente. Diz que a Comissão não fundamentou a resposta quanto a localidade do estado, no que tange a autorização do extramuros. Ainda relata surgir as seguintes dúvidas: I. Como operacionalizar a campanha se o extramuros da licitante questionada fica no Estado da 1 / 6

sua sede? II. O SESI (PR) vai mandar doses das vacinas para a sede da licitante NÚCLEO ESPECIALIZADO DE PEDIATRIA LTDA em Joinville/SC, para que esta posteriormente as traga novamente ao Paraná para proceder a vacinação? III. Isso não acarretaria problemas fiscais me razão da ida e vinda das vacinas entre os Estados? A recorrente, com base no item 8.2 do Edital, diz que necessariamente a recorrente deveria possuir unidade no Estado do Paraná com Câmara Fria adequada, ou ter consorciado com alguma clínica aqui estabelecida para possuir Autorização Extra Muro no Estado do Paraná. Cita ainda sobre o item 5 do Anexo I Conservação dos Imunológicos do Manual de Vacinação do Ministério da Saúde, indicando que a proponente recorrida deva possuir Câmara Refrigerada para acondicionamento das doses adquiridas pelo SESI, presumindo que a licitante possua tal equipamento em Joinville Autorização para SC, não possuindo para o Estado do Paraná; Ainda sobre a Portaria Conjunta ANVISA/FUNASA 001/2012, questiona se poderia a empresa sediada em Santa Catarina, não tendo filial no Estado do Paraná, atender as especificações, sendo que, a recorrente entende que não. Indica, com base na Portaria de nº 02/2012 da Secretaria de Saude de Santa Catarina, a respeito do Manual de Vacinação - 2014 do Ministério da Saúde, discrepância em tais normativas quanto ao número mínimo da equipe a realizar o procedimento de vacinação. Entende, também, que a responsável técnica indicada pela recorrida deveria possui registro junto ao COREN-PR, além do já existente junto ao COREN-SC. Requer, portanto, a inabilitação da recorrida pelo descumprimento dos subitens a e d do item 4 do Anexo II do Edital. DAS CONTRARRAZÕES A recorrida NÚCLEO ESPECIALIZADO DE PEDIATRIA LTDA apresenta suas contrarrazões ao Recurso Administrativo interposto pelas empresas CLINICA DE IMUNIZAÇÃO DO PARANÁ LTDA-ME: Da Autorização Extramuros Alega a recorrida que a Autorização Extramuros está alinhada com a Normativa Federal nº 01/2000 (sic), indicando que o Estado do Paraná não possui dispositivo específico para autorização extramuros. Indica que, com suas palavras, em ausência de lei especial, deve prevalecer a Normativa Federal, válida no âmbito do país inteiro diante de falta de uma legislação mais específica. 3. 1.1 Das cópias autenticadas de Nota Fiscal do Atestado de Capacidade Técnica Informa que as Notas Fiscais relacionadas ao atestado foram emitidas virtualmente. 1.2 Da aptidão técnica para a Vacinação Nas palavras da recorrida: Caso a Recorrente desconheça pessoalmente a estrutura da Recorrida, pode obter de forma bastante facilitada estas informações através do Sr. Rafael Couto, representante do fabricante fornecedor das vacinas Sanofi Pasteur, presente na licitação, uma vez que a Recorrida é a clínica credenciada deste laboratório para a realização das vacinas extramuros em todo o Estado de SC. A própria Sanofi Pasteur em campanhas passadas para do SESI Pr contratou clínica do Estado de São Paulo para a execução do gesto vacinal. Sinaliza ainda que A vacinação extramuros é amplamente utilizada em todo o mundo, em locais de difícil acesso, pela OMS e UNICEF, na África e Ásia. No Brasil, na vacinação do indígena e na Amazônia, e pelo próprio laboratório Sanofi Pasteur que mantém uma rede de clínicas credenciadas em todo o país, atendendo a vacinação de inúmeras Instituições e empresas com 2 / 6

unidades nas regiões acima citadas. Esta atividade está muito bem normatizada em manuais do Programa Nacional de Imunizações, Organização Mundial de Saúde e de programas de Imunizações de vários países como Canadá, Austrália entre outros. No que se refere à responsável técnica, indica que A enfermeira responsável técnica da Recorrida tem inclusive sido palestrante de inúmeros eventos brasileiros de imunização, palestrando exatamente sobre o tema: vacinação extramuros. DO RELATÓRIO A Comissão de Licitação do Sistema FIEP esclarece que, conforme Decisão 907/07 do Plenário do Tribunal de Contas da União: por não estarem incluídos na lista de entidades enumeradas no parágrafo único do art. 1º da Lei 8666/93, os serviços sociais autônomos não estão sujeitos á observância dos estritos procedimentos da referida lei e, sim, aos seus regulamentos próprios devidamente publicados. Portanto, a aplicação da Lei 8666/93, e, por consequência, da Lei 10520/2002, se dá de forma subsidiária ao Regulamento de Licitações do SESI-PR. Salientamos que, os processos de licitação da Entidade atendem aos Princípios da Legalidade, da Impessoalidade, da Moralidade, da Igualdade, da Publicidade, da Probidade, da Vinculação ao Instrumento Convocatório, do Julgamento Objetivo e dos que lhe são correlatos, inadmitindo-se critérios que frustrem seu caráter competitivo. Tais princípios estão estabelecidos no Art. 2º do Regulamento de Licitações e Contratos do SESI, no qual está respaldado o presente Edital. A Comissão de Licitação, juntamente com a equipe técnica, passa a responder o recurso apresentado: 4. 1.1 ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA: Inicialmente, esclarecemos que as notas fiscais que acompanharam o atestado de capacidade técnica emitido pelo SESI SC possuem a mesma raiz, haja vista terem sido emitidas a favor das filiais da referida entidade. A utilização do modelo de filiais pela entidade Serviço Social da Indústria, Departamento Regional de Santa Catarina é, conforme indicado no julgamento exarado pela Comissão, similar ao modelo de gestão utilizado pelo Serviço Social da Indústria, Departamento Regional do Paraná, indicando que o atestado de capacidade técnica foi emitido pela matriz e os faturamentos, pelas respectivas filiais. Portanto, equivoca-se a requerente ao indicar que a Comissão de Licitação presumiu o atendimento ao Edital. Ocorre que a recorrente questiona o faturamento das NF e, onde estas estão direcionadas ao SESI/SC, porém com CNPJ s distintos. Pois bem, em diligência podemos observar que não há irregularidades, uma vez que os Editais mencionados no Atestado (de números 16/2014 e 74/2014) está descrito no item 16.1.2 Condições de Faturamento: as notas fiscais deverão ser emitidas sempre por Ordem de Fornecimento e serão entregues pelo FORNECEDOR, junto com as mercadorias, nas Unidades do SESI (local descrito na Ordem de Fornecimento)... Neste caso, haverá indicação dos CNPJ s das filais, ou de cada SESI pertencente ao Departamento Regional contratante, uma vez que em seu CNPJ a raiz da matriz se mantém, alterando os números finais. Acerca da autenticidade das notas fiscais que acompanham os atestados de capacidade técnica, a Comissão de Licitação esclarece que, com base no Princípio da Razoabilidade que deve nortear os procedimentos licitatórios, deve-se entender a autenticação eletrônica de documentos emitidos via Internet como válida, ou seja, não possui menor grau de validade se comparada com a autenticação conferida por tabelião constituído. 3 / 6

Conforme consultado no site da Prefeitura Municipal de Joinville, as notas fiscais aqui questionadas são Notas Fiscais Eletrônicas, cuja veracidade pode ser consultada na Internet, com o intuito de que seu destinatário e outros legítimos interessados que detenham a chave de acesso do documento eletrônico possam verificar sua autorização e conteúdo. Este mesmo arquivo (NF-e) é transmitido da Secretaria de Fazenda do Estado emissor para a Receita Federal, que será o repositório nacional de todas as NF-e emitidas e, no caso de uma operação interestadual, também para a Secretaria de Fazenda de destino da operação. Esclarecemos que a a validade da assinatura digital e a autenticidade do arquivo digital ficarão vinculadas à efetiva existência da NF-e nos arquivos das administrações tributárias envolvidas no processo, comprovadas através da emissão da Autorização de Uso, que pode ser consultada pelo destinatário da NF. Neste caso, a consulta da validade e autenticação das NF-e apresentadas pela licitante, é feita através do site da Prefeitura Municipal de Joinville (link: https://nfem.joinville.sc.gov.br/login.aspx.) Onde a nota eletrônica é fundamenta na Lei Complementar Municipal n. 286, de 21 de novembro de 2008, regulamentada pelo Decreto Municipal n. 15.007, de 25 de novembro de 2008. Sendo assim, sua validade e autenticidade se dá através do CNPJ da empresa, número da NF e Código de Verificação constante na Nota Fiscal, não sendo necessária a autenticação em cartório. A recorrida apresentou em sua habilitação o atestado fornecido pela FIESC/SESI (SC), devidamente autenticado conforme exigência do item 6.5 do preâmbulo do Edital e item 4 alínea a do Anexo II. Junto ao atestado, foram apresentadas as NF e, comprovando assim a prestação de serviços similares ao objeto da contratação do Edital nº 120/2016. Esclarece-se que não houve a desconsideração dos demais atestados pela empresa, mas a informação de que o atestado de capacidade técnica emitido pelo SESI SC supriu os requisitos trazidos em Edital, Verifica-se, portanto, que houve cumprimento do item 4, a do Anexo II do edital pela recorrida, sendo excesso de formalismo por parte desta Comissão de Licitação a inabilitação pelos argumentos carreados. 1.2 AUTORIZAÇÃO EXTRAMUROS: Conforme redação descrita na PORTARIA CONJUNTA ANVISA/FUNASA Nº 01, DE 02 DE AGOSTO DE 2000, entende-se que a clínica recorrida atendeu aos requisitos do Edital de Pregão Presencial 120/16, considerando apresentação da documentação prevista nesta legislação. A exigência, questão é a de Licença emitida por órgão competente em Vigilância Sanitária, comprovando liberação específica para atuação no ramo de FORNECIMENTO E APLICAÇÃO DE VACINAS, nos termos no artigo 3 da Portaria Conjunta Anv isa/funasa 01/2000, prevista no item 4, c do Anexo II. A recorrida apresentou Alvará Sanitário Nº 3655/1997 e a Licença Sanitária para Transporte de Alimentos, Medicamentos ou Produtos de Interesse de Saúde Nº 3655-1897/2015, emitido pelo Serviço de Vigilância Sanitária e Ambiental do Município de Joinville SC, o qual habilita a recorrida a realizar serviços de vacinação e imunização humana e atividade de vacinação extramuro esporádica, respectivamente. O referido Alvará autoriza a recorrida a aplicar vacinas dentro e fora do seu estabelecimento comercial, devendo para isso, quando fora do seu Município ou Estado e antes de iniciar a execução do serviço, ser autorizada pela vigilância sanitária de cada Estado/Município. O atendimento a este requisito é obrigatório para todas as empresas, independentemente, do Estado no qual estejam sediada. Logo, a recorrida cumpriu com a Portaria Conjunta ANVISA/FUNASA 01/2000, a qual menciona, em seu Art. 5º: Compete aos estabelecimentos privados de vacinação [...] 2º Os estabelecimentos privados de vacinação que pretendam realizar, em caráter regular, a aplicação de vacinas fora do endereço 4 / 6

constante da licença sanitária, poderão ser autorizados pela vigilância sanitária local, que deverá avaliar e aprovar, entre outros aspectos, as condições de transporte e conservação das vacinas. Neste caso, cabe a Vigilância sanitária de cada local (Estado/Município), onde será prestado o serviço, avaliar as condições de transporte e conservação das vacinas da licitante. Lembrando ainda, conforme item 9 do Anexo II do Edital, que a prestação do serviço poderá ocorrer em qualquer município do território nacional e não somente no Estado do Paraná. Portanto, não se trata de descumprimento das regras do Edital em comento, mas da obediência à Normativa em vigor do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional da Saúde. Relativo à conservação dos imunológicos, salientamos que o item 8 do Anexo I edital nº120/16 traz a seguinte redação: 8.1 O gesto vacinal deverá ser realizado de forma apropriada, observando as disposições pertinentes da legislação epidemiológica em vigor, através de Clínicas de imunização preferencialmente creditadas pela SBim Associação Brasileira de Imunização e cadastradas no CNES-Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. 8.2 A clínica responsável pela operacionalização da campanha, no caso da realização do gesto vacinal ou envio das doses para as Empresas-clientes SESI/PR solicitantes, deverá possuir equipamentos para a conservação e manutenção da vacina na cadeia de frio, além de equipe treinada e capacitada para os procedimentos de manuseio, conservação, preparo, administração, registro e descarte dos resíduos resultantes das ações de vacinação. Para o serviço de gesto vacinal, a CONTRATADA deverá atender o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação, do Ministério da Saúde, 2014. 8.3 A empresa CONTRATADA deverá designar e manter gestor de fácil contato, já declarado na proposta, para soluções imediatas e emergenciais dos problemas que porventura possam ocorrer. 8.4 A empresa CONTRATADA será responsável pela orientação, notificação e investigação dos eventos adversos pós-vacinação, conforme o previsto no Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação 2014, do Ministério da Saúde. 8.5 A empresa CONTRATADA será responsável pela orientação, notificação e investigação dos eventos adversos pós-vacinação, conforme o previsto no Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação 2014, do Ministério da Saúde. Destacamos ainda que o item 9 do referido edital prevê que a equipe técnica do SESI será responsável pelo acompanhamento da campanha de vacinação em todas as etapas do processo e em tempo real junto às empresas clientes, em atendimento ao que preceitua todos os requisitos legais, como os previstos no Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação do Ministério da Saúde - 2014 e Manual de Rede de Frio - 2013. Por fim, acerca da necessidade de a responsável técnica indicada ser registrada junto ao COREN-PR, é sabido que a exigência de registro no Conselho de Classe no local da prestação do serviços como condição de participação no certame restringe seu caráter competitivo. Diante das considerações acima, a Comissão Permanente de Licitações do SESI/SENAI-PR conhece do recursos e das contrarrazões, eis que tempestivos, e mantem sua decisão quanto ao Julgamento final, onde declara a empresa NÚCLEO ESPECIALIZADO DE PEDIATRIA LTDA. vencedora do Pregão Presencial nº 120/2016. 5 / 6

5. DA CONCLUSÃO Diante das considerações acima, a Comissão Permanente de Licitações do SESI/SENAI-PR conhece do recurso, eis que tempestivo, porém o julga IMPROCEDENTE, mantendo a decisão ora publicada. Curitiba, 05 de abril de 2016. Vânia Marian Guerino Farinha Gerência de Compras SESI/SENAI Anay Ribeiro de Mello Presidente da Comissão Permanente de Licitações Fabricio Daniel Nichele Comissão Permanente de Licitações Nadia de Jesus dos Santos Comissão Permanente de Licitações À autoridade superior para homologar. a) JULGO IMPROCEDENTE O RECURSO, nos termos do acima argumentado; b) DIVULGUE-SE para fins de direito. José Antonio Fares Superintendente do SESI/PR Edson Campagnolo Diretor Regional do SESI/PR e Presidente do Sistema FIEP 6 / 6