DIREITO TRIBUTÁRIO Jurisprudência do STJ Prescrição e Decadência Ministra Eliana Calmon
1. GENERALIDADES - Fato Gerador obrigação gç lançamento crédito tributário - Lançamento (art. 142 do CTN) - Tipos de lançamento -Polêmica lançamento por homologação - Interpretação artigo 173 combinado com artigo 150 do CTN tributária o
2. GRÁFICO DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA Fato gerador --- obrigação tributária ----prazo decadencial --- 5 anos (art. 173) Lançamento -----crédito tributário ---- prazo prescricional --- 5 anos (art. 174)
3. TIPOS DE LANÇAMENTO - de ofício ou direto (art. 149 do CTN) - Por declaração ou misto (art. 147 do CTN) - Por homologação ou autolançamento (art. 150 do CTN)
4. REGRAS APLICÁVEIS I Regra Geral art. 173, inciso I, CTN a) no tib tributo t lançado de ofício (IPTU, IRR, IPVA, etc) Fato prazo de 1 ano prazo prazo gerador para lançar decadencial prescricional lançamento A cada 1º/01 (notificação) 5 anos 5 anos 1º de janeiro b) no tributo lançado por homologação quando não houver pagamento antecipado, nem declaração do contribuinte (regra geral)
4. REGRAS APLICÁVEIS (cont.) c) Lançamento por homologação quando houver declaração e não houver pagamento (regra geral) REPETINDO a) Sujeito Passivo declara + não paga - regra geral (art. 173, I, do CTN) b) Sujeito Passivo não declara e não paga - regra geral (art. 173, I, do CTN) c) Em caso de dolo, fraude ou simulação - regra geral (art. 173, I, do CTN)
4. REGRAS APLICÁVEIS (cont.) II Regra do art. 150, CTN * Sujeito passivo paga antecipadamente a) Fisco tem 5 anos para HOMOLOGAR ou IMPUGNAR (art. 150, 1º do CTN) b) homologando : * constitui o crédito retroage à data do pagamento * extingue o crédito idem c) Fisco impugna lança, de ofício, a diferença (5 anos do fato gerador art. 150, 3º do CTN) d) Fisco permanece inerte HOMOLOGAÇÃO TÁCITA > 5 anos do fato gerador art. 150, 4º do CTN
5. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO A) Evolução da jurisprudência STJ 1ª Etapa Tese dos 5 + 5 Fato gerador para homologar 5 anos Prazo decadencial + para cobrar 5 anos prazo prescricional = 10 anos Nota: O STJ, equivocadamente, juntou o art. 150, 4º + o art. 173, I, do CTN
2ª Etapa Tributos declarados inconstitucionais a) Prazo prescricional iniciado quando da declaração de inconstitucionalidade pelo STF 1) data do julgamento Variantes 2) data do trânsito em julgado (termo a quo) 3) data do ajuizamento da ação Nota: declaração em controle difuso (RE) ou concentrado (ação direta)
3ª Etapa Adota a Primeira Seção a tese antecedente, mas a partir da data do trânsito em julgado (REsp 329.444/DF) 4ª Etapa - Realinhamento da Jurisprudência a) Quando se tratar de controle difuso termo a quo Resolução do Senado (ERESP 423.994/MG) b)quando se tratar de controle concentrado termo a quo trânsito em julgado da ADIN
5ª Etapa a) Retorno à 1ª etapa, ou seja, a tese do 5 + 5 (art. 173, I + art. 150, 4º do CTN) ERESP 435.835/SC b) Esta é a posição hoje dominante PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS PRESCRIÇÃO TRIBUTO LANÇADO POR HOMOLOGAÇÃO TERMO INICIAL TESE DOS "CINCO MAIS CINCO" PACIFICAÇÃO DE ENTENDIMENTO EREsp 435.835/SC.
-6ªEtapa: Declaração de Inconstitucionalidade pela Corte Especial do STJ (art. 3º e 4º da LC 118/2005 ERESP 644.736 736/PE julgado em 06/06 06/2007 2007) a) Postulados: 1. Manutenção da tese dos cinco mais cinco 2. Oart. 3º da LC 118/2005 que pretendeu afastar o entendimento jurisprudencial 3. Trata-se de preceito normativo modificativo enão interpretativo, com efeitos fi apósavigência i da li lei 4. Inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da LC 118/2005, por ofensa ao princípio constitucional da autonomia e independência dos poderes (CF, art. 2º) ), do direito adquirido, do ato jurídico perfeito eda coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI)
b) Lei Complementar 118, de 09/02/2005 Art. 3 o Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei n o 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tib Tributário ái Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o 1 o do art. 150 da referida Lei. c) Aplicação da Lei Complementar 118/2005 1 processos ajuizados após a LC (adotada no precedente) 2 processos cujos fatos geradores ocorreram após a LC (dúvida atualmente suscitada pelos advogados)
6. Outros questionamentos sobre o tema a) O hiato TRIBUTÁRIO - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO. 1. A antiga forma de contagem do prazo prescricional, expressa na Súmula 153 do extinto TFR, tem sido hoje ampliada pelo STJ, que adotou a posição do STF. 2. Atualmente, enquanto há pendência de recurso administrativo, não se fala em suspensão do crédito tributário, mas sim em um hiato que vai do início do lançamento, quando desaparece o prazo decadencial, até o julgamento do recurso administrativo ou a revisão ex-officio. 3. Somente e a partir da data a em que o contribuinte é notificado do resultado do recurso ou da sua revisão, tem início a contagem do prazo prescricional. 4. Prescrição intercorrente não ocorrida, porque efetuada a citação antes de cinco anos da data da propositura da execução fiscal. 5. Recurso especial improvido. (REsp 435.896/SP, rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 05/06/2003, DJ de 20/10/2003)
6. Outros questionamentos sobre o tema b) Suspensão da exigibilidade (art. 151, II, CTN) TRIBUTÁRIO AÇÃO CAUTELAR DEPÓSITO LEVANTAMENTO DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO ANO-BASE DE 1990 CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO DECADÊNCIA LIMINAR IMPEDINDO A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO NÃO IMPUGNADA. 1. O fato gerador faz nascer a obrigação tributária, que se aperfeiçoa com o lançamento, ato pelo qual se constitui o crédito correspondente à obrigação (arts. 113 e 142 do CTN). 2. Dispõe a FAZENDA do prazo de cinco anos para exercer o direito de lançar, ou seja, constituir o seu crédito tributário. 3. O prazo para lançar é decadencial e, portanto, não se sujeita a suspensão ou interrupção, nem mesmo por ordem judicial, ou por depósito do provavelmente devido. 4. Recurso especial provido. (REsp 671.773/RJ, rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em de 03/11/2005, DJ de 14/11/2005)
6. Outros questionamentos sobre o tema c) Prescrição Intercorrente Atenção: alteração do CTN pela LC 118/2005 ANTES 1) art. 174, parágrafo único, inciso I pela citação pessoal feita pelo devedor 2) Posição jurisprudencial PROCESSO CIVIL EXECUÇÃO FISCAL PRESCRIÇÃO INTERRUPÇÃO: CITAÇÃO EDITALÍCIA POSSIBILIDADE. 1. Omissis. 2. Em execução fiscal, o art. 8º, 2º, da LEF deve ser examinado com cautela, pelos limites impostos no art. 174 do CTN, de tal forma que só a citação regular tem o condão de interromper a prescrição. 3. Omissis.
6. Outros questionamentos sobre o tema 4. No cômputo da prescrição deve-se considerar o lapso temporal decorrido entre a data da efetiva citação ( no caso editalícia) e a sentença que extingue o processo, excluindo-se o período em que o feito foi paralisado com amparo no art. 40 da Lei 6.830/80). 5. Ocorrência da prescrição in casu. 6. Recurso especial conhecido em parte e, nessa parte, improvido. (REsp 779.892/MG, rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 11/10/2005, DJ de 07/11/2005) DEPOIS: LC 118/2005 (alterou o disposto no parágrafo único, inciso I, art. 174 do CTN) pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal
Obrigada! Eliana Calmon