CRIANÇAS E ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS: UM ESTUDO ECOLÓGICO SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE A FAMÍLIA E A INSTITUIÇÃO DE ABRIGO Resumo Queila Almeida Vasconcelos Bolsista BIC/CNPq Narjara Mendes Garcia Mestranda em Educação Ambiental Maria Ângela Mattar Yunes - Orientadora Fundação Universidade Federal do Rio Grande O presente estudo teve por objetivo investigar ecologicamente a relação entre a família e a instituição de abrigo, no que se refere às crenças e percepções de um ambiente em relação ao outro. A base teórica desta investigação é a Teoria Ecológica de Desenvolvimento Humano de Urie Bronfenbrenner. Foi realizado um estudo de caso sobre as interações entre a família de uma criança abrigada e os funcionários de uma instituição localizada no município de Rio Grande. Os funcionários revelaram descrença nas possibilidades das famílias superarem suas dificuldades, além de demonstrarem concepções idealizadas sobre a dinâmica familiar. Por outro lado, a família evidenciou temer o julgamento da instituição pela eminência de retirada da guarda dos outros filhos. Portanto, os discursos de ambas as partes sugerem uma relação de desconfiança entre os dois ambientes, o que certamente dificulta a reinserção das crianças no ambiente familiar. Palavras chaves: Família; Instituição de abrigo; Desenvolvimento Humano; Reinserção Familiar. Introdução O desenvolvimento infantil é um processo, pelo qual, a criança/adolescente constrói suas características, a partir das suas relações com o ambiente físico e social. Este processo que tem continuidade ao longo da vida, traz como ênfase a inter-relação entre o sujeito e a situação, como aponta Bronfenbrenner (1996): o desenvolvimento humano é um produto da interação entre o organismo humano em crescimento e seu meio ambiente (p.14). Nesse sentido a criança se desenvolve a partir da influência do meio ambiente ecológico (BRONFENBRENNER, 1996) que é concebido como uma organização de encaixe de estruturas concêntricas, cada uma contida na seguinte, como um conjunto de bonecas russas. Essas estruturas são chamadas de microssistema, mesossistema, exossistema e macrossistema (p.18). O microssistema é definido como sendo um padrão de atividades, papéis e relações interpessoais experenciadas pela pessoa em desenvolvimento num dado ambiente com características físicas e materiais específicos. Já o messossistema define-se como um conjunto das relações entre dois ou mais microssistemas dos quais a pessoa em desenvolvimento participa de maneira ativa. Bronfenbrenner (1996) conceitua também dois outros níveis da estrutura ecológica de desenvolvimento humano. O exossistema se refere àqueles ambientes em que a pessoa não participa ativamente, mas nos quais ocorrem processos que influenciam ou são influenciados pelo que acontece no microssistema em que ela atua. No último nível da estrutura ecológica encontra-se o macrossistema, ambiente que envolve todos os demais sistemas. Este nível consiste nas formas de cultura, ideologias e crenças como um todo, constituídas de diferentes formas em cada sociedade e que determinam as características sociais. Segundo a teoria ecológica de Urie Bronfenbrenner, a família é um microssistema que deve estabelecer
relações harmônicas com outros ambientes do mapa ecológico das crianças, portanto formar mesossistemas protetores. No entanto, por diversos fatores, econômicos, sociais, afetivos e morais, muitas famílias deixam de cumprir o seu papel de proteção e colocam em risco a vida psicológica dos filhos, promovendo assim os primeiros enfrentamentos da criança ou do adolescente com os fatores de risco experenciados pelo grupo familiar. Situações como negligência, agressão física, violência psicológica e abuso sexual, somadas às dificuldades sócio-econômicas das famílias, provocam a inserção das crianças em outro microssistema: o abrigo, que ao entrar em contato com as famílias forma um novo mesossistema. Ao analisar tais situações adversas acima mencionadas, não se pode somente culpabilizar a família, pois esta sofre influências dos fatores de risco gerados pelas condições sociais e econômicas desfavoráveis. Estudos internacionais (GARBARINO & ABRAMOWITZ,1992; LUTHAR,1999) e nacionais (MELLO,1995; SZYMANSKI,1995) apontam que as condições indignas e a precariedade das contingências econômico e sociais que castigam a maioria das famílias brasileiras, podem afetar de forma adversa o desenvolvimento de crianças, adultos e grupos (MENDES, VASCONCELOS & YUNES, 2004). A partir disso questiona-se a relevância destes fatores como justificativa para a retirada das crianças do convívio familiar para serem abrigadas em instituições. De acordo com o Artigo 23 do ECA (Lei Federal 8.069/1990) A falta ou carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou suspensão do pátrio poder. Ainda de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária. Sendo assim a institucionalização da criança deveria ser a última alternativa. Porém, isso não é constatado na prática, tendo em vista o crescente número de crianças abrigadas. Contudo sabe-se que a instituição de abrigo muitas vezes é a única medida a ser adotada, devendo ser temporária e cumprir determinados princípios estabelecidos pelo ECA, como manter os vínculos familiares das crianças, não desmembrar os grupos de irmãos, atender em pequenos grupos, participar da vida da comunidade local e preparar os abrigados gradativamente para o desligamento da instituição, entre outros. Baseado nas idéias mencionadas acima foi realizado um estudo ecológico que teve como objetivo possibilitar a reflexão e intervenção em famílias de crianças e adolescentes institucionalizados. Tal investigação enfatizou as questões referentes aos direitos e deveres não só destas crianças e adolescentes como também de suas famílias e das instituições de abrigo. Cabe salientar que pouco se sabe sobre as relações mesossistêmicas entre a instituição e a família da criança/ adolescente abrigada. Portanto, este estudo baseia-se na investigação dessa relação, visto que para um desenvolvimento saudável das crianças é indispensável que exista uma interligação positiva desses dois ambientes que possuem influência direta em suas vidas. Método A metodologia de pesquisa utilizada foi a Inserção Ecológica (CECCONELLO & KOLLER, 2003) que focaliza o desenvolvimento-em-contexto. O pesquisador se insere no ambiente a ser estudado para investigar as
influências desse ambiente para o desenvolvimento das pessoas. Para a realização deste estudo, foi acompanhada a reinserção de uma criança institucionalizada no ambiente familiar de origem. Este trabalho estava sendo promovido por uma instituição de abrigo do município de Rio Grande. Foram realizadas visitas domiciliares semanais à família da criança e reuniões com o grupo de cuidadores do abrigo. Durante as visitas à família, foi solicitado o relato da história de vida do grupo familiar, desde como os pais se conheceram, o nascimento e crescimento dos filhos até o momento da retirada da criança e o desenvolvimento da família até o momento atual. Além disso, se promoveu a reflexão acerca das práticas educativas familiares. Nas reuniões com os cuidadores, foram realizadas discussões sobre as possibilidades de reinserção familiar. Nestas discussões emergiram crenças e questões, posteriormente registradas num diário de campo, relacionadas com o tema da família. A partir da inserção dos pesquisadores nos dois microssistemas, foram obtidos dados analisados qualitativamente pelos princípios da grounded-theory (STRAUSS e CORBIN, 1990). Esta metodologia de análise foi escolhida por permitir a descoberta de temas que emergem dos próprios dados durante a análise dos textos (MARTINEAU, 1999, P. 61, 62, YUNES, 2001a). Além disso, possibilita organizar com maior credibilidade os dados quantitativos por basear-se nos próprios discursos sem a contaminação de teorias pré - estabelecidas. Resultados Os resultados apresentados a seguir foram separados em três grandes categorias: a) História da vida da família da criança abrigada; b) Percepções da família da criança abrigada; c) Crenças dos profissionais da Instituição de Abrigo. A partir destas categorias emergiram subcategorias que serão representadas por discursos dos participantes da pesquisa. História de Vida da família da criança abrigada A família composta por onze pessoas vive em uma casa de três peças (um quarto, uma cozinha e um banheiro) feita de material e latas de óleo e localizada num bairro de baixa renda com péssimas condições de infra-estrutura e qualidade de vida. Os pais estão juntos há vinte e três anos e se conhecem há mais de trinta anos. Nenhum dos dois completou o ensino fundamental, porém incentivam os filhos à estudarem e acreditam ser esta a única forma de conseguirem uma vida melhor da que levam. No começo da pesquisa apenas a filha mais velha não estava estudando, mas ainda durante o período de nossas visitas, retornou à escola. A situação econômica da família é considerada abaixo do nível de pobreza, visto que nenhum dos membros tem um salário fixo e não chegam a ganhar um salário mínimo por mês. A renda familiar é proveniente de trabalhos informais do pai e dos dois filhos mais velhos. A família no momento da retirada do menino havia chamado o conselho tutelar para auxiliar com uma das filhas que, em fase adolescente, tinha fugido de casa. Ao chegar à casa os conselheiros constataram negligência com o menino que estava doente e dormia em uma caixa de papelão. Os conselheiros levaram o menino para o hospital e de lá para a Instituição. Alguns meses depois da retirada do menino de casa, a menina citada veio a falecer num acidente de carro durante uma viagem à cidade vizinha. Neste momento o pai das crianças que tinha um
relacionamento muito próximo com a filha que morreu tornou-se dependente de bebidas alcoólicas conseguindo se recuperar do vício alguns anos depois. O menino que foi retirado de casa com pouco mais de um ano de idade permanece na Instituição até hoje, já com cinco anos. Logo após a retirada do menino a família tentou reaver a guarda, mas somente em contato com a Instituição de Abrigo. Após algumas tentativas de aproximação acabaram se afastando. Depois do começo da pesquisa a mãe retomou o contato e às visitas ao menino na Instituição de Abrigo. Percepções da família da criança abrigada A família da criança abrigada revela temer o julgamento da Instituição de Abrigo e verbaliza crenças sobre as visitas dos cuidadores. Os relatos evidenciam os pensamentos de desconfiança na relação de ajuda com os cuidadores. A família acha que as visitas apresentam apenas cunho investigatório e têm por objetivo descobrir algo de errado para retirar a guarda dos outros filhos que estão em casa. Os pais apresentam várias queixas sobre as visitas, mas principalmente reclamam da falta de informação a respeito do filho, querem saber se ele toma algum medicamento, como está na escola, como é o cotidiano do menino fora de casa. Apesar das dificuldades encontradas na tentativa de reaproximação entre a família e a criança abrigada, os pais do menino acreditam na possibilidade de um planejamento que facilite a volta do menino para casa. Eles percebem que não é possível simplesmente retirar o menino do abrigo e inseri-lo de volta no ambiente familiar, então propõem que ele passe a freqüentar a casa da família sem os funcionários da Instituição gradativamente até que a família e o menino se habituem novamente à convivência diária. Ele (filho) pode vir almoçar um dia, depois passar uma tarde, um fim de semana, até se acostumar com a gente (pai do menino) A família também apresenta críticas ao sistema de apadrinhamento familiar. Eles sabem que o menino possui uma madrinha afetiva que possui melhores condições sociais e recursos financeiros. Os pais manifestam a preocupação pelo fato de seu filho visitar a madrinha freqüentemente e passar os finais de semana na casa dela. Os pais compartilharam que pensam que será mais difícil despertar o interesse do menino em voltar a morar com a família, visto que para uma criança de cinco anos de idade os atrativos materiais são bastante significativos e a família não pode oferecer nada deste tipo ao filho. Alegam que além da aproximação afetiva ser prejudicada por este fato, a criança também chama a madrinha afetiva de mãe, o que gera insegurança por parte da mãe biológica e uma possível confusão emocional no menino. Crenças dos profissionais da Instituição de Abrigo Os profissionais apresentaram crenças negativas em relação à família da criança abrigada no que se refere: a) Ao resgate do vínculo afetivo da criança e seus familiares; De acordo com o ECA é dever da Instituição de manter os vínculos familiares das crianças abrigadas. Apesar disso, a família em estudo teve poucos contatos com a criança durante os primeiros anos de institucionalização. Após o início do programa de reinserção familiar, essa família voltou a manter contato semanalmente com a criança e tentou uma reaproximação com o filho, porém os funcionários do abrigo revelaram não acreditar que os laços afetivos entre mãe e filho possam ser restabelecidos. Esta dificuldade é apontada principalmente devido à desconfiança das
cuidadoras em relação aos sentimentos e ao comportamento com poucas demonstrações explícitas de carinho e afeto da mãe para com o menino. As falas das cuidadoras revelam crenças regidas por um modelo idealizado de amor materno, e noções subjetivas de cuidado e de educação. Enquanto ela (mãe) não mostrar que gosta dele, que ama, que quer ele do fundo do coração eu não vou mandar o menino de volta. (dirigente da Instituição) b) Ao interesse da família na volta da criança para casa; A Instituição costuma fornecer alimentos e ajuda material para a família. Os funcionários e dirigentes acreditam que para não perder essas condições, os familiares não terão interesse no retorno do menino para casa, visto que no momento que ele sair da instituição esta não prestará mais ajuda material para a família. Percebe-se que há uma expectativa de determinados comportamentos familiares da instituição para com a família. A instituição parece esperar uma retribuição pela ajuda que prestam, mas não deixam claro exatamente o que esperam. A gente dá muita coisa pra eles, ajuda, construiu a casa. Mas eles precisam corresponder as nossas expectativas, sabe, mostrar que vão mudar. (dirigente da Instituição) c) À instituição como solução diante da situação de pobreza; Os profissionais do abrigo acreditam ainda que o melhor para as crianças seja a instituição, pois lá elas recebem até seis refeições por dia, têm roupas limpas, podem assistir televisão, ou seja, consideram que a situação de pobreza é um fator relevante para que a criança não retorne para a família. Além disso, afirmam que as famílias são acomodadas à essa situação e que nunca vão melhorar de vida o suficiente para poder receber as crianças de volta. Pobre é brabo! Sobrevive de teimoso (funcionário da Instituição). Lá tem sempre muita mosca, as crianças embarradas e a casa tá sempre suja (dirigente da Instituição). d) A estrutura familiar; Mesmo com as visíveis transformações sociais, os discursos dos profissionais do abrigo ainda transparecem a idealização de um modelo perfeito de família. Esta idealização faz referência ao modelo nuclear, em que as famílias devem ter poucos filhos e um padrão de vida, de costumes e cultura condizente com os de uma família de classe média. Ah! Essas famílias aí são um aglomerado de gente numa casa só, numa peça só! (funcionário da Instituição) Conclusões Os dados apresentados sugerem sumamente uma relação mesossistêmica de desconfiança entre os dois ambientes investigados. Muito provavelmente, este quadro interfere diretamente no longo tempo de institucionalização da criança, que nesse caso está há quatro anos no abrigo. Foi observado que a coesão familiar é uma característica marcante na família. Assim, retirada da guarda dos filhos, além de não resolver os problemas das crianças que perdem o vínculo afetivo familiar, acaba por remeter a família a mais uma situação de dificuldade e risco. Sabe-se que estas famílias enfrentam situações adversas acentuadas pela pobreza. A investigação realizada em 2004 pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
sobre os motivos que levaram meninos e meninas aos abrigos alega que... a pobreza é a mais citada, com 24,2%. Outros motivos aparecem como importantes, pela freqüência com que foram referidos, o abandono (18,9%); a violência doméstica (11,7%); a dependência química dos pais ou responsáveis, incluindo alcoolismo (11,4%); a vivência de rua (7,0%); e a orfandade (5,2%) (p. 4). Entretanto, a pobreza, apontada como principal motivo para o abrigamento, não deveria ser causa para a retirada da criança do convívio familiar. Políticas públicas com vistas a suprir as carências e dificuldades das populações de baixa renda deveriam garantir qualidade de vida à essa população. Segundo pesquisa recente existem mais de 20 mil famílias em situação de miséria somente no município de Rio Grande (JULIANO, 2005). Outra discussão importante é o atendimento da defensoria pública às famílias. Na maioria das vezes, as crianças são retiradas de suas casas e a família fica totalmente vulnerável às decisões externas sem receber qualquer orientação sobre a causa da retirada do filho do convívio familiar e quais devem ser as medidas legais para conseguirem novamente a guarda da criança. É indiscutível a importância das Instituições de abrigo, pois existem casos em que essa é a única alternativa para as crianças. Entretanto, é preciso qualificar este atendimento. Segundo estudos realizados por Yunes, Miranda & Cuello (2004), o ambiente institucional e as relações estabelecidas neste meio pela criança/adolescente, podem apresentar tantos ou mais riscos ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo quanto à família da qual foi retirada, podendo comprometer a construção de suas identidades e projetos futuros. A instituição deve promover o desenvolvimento infantil, respeitar crenças e culturas e possibilitar o retorno ao convívio familiar no menor tempo possível. Nos casos em que a família não tem nenhuma possibilidade de atender as necessidades da criança, esta deve ser encaminhada a um lar substituto. Com isso mostra-se relevante o sistema de apadrinhamento afetivo para as crianças que não podem retornar para suas famílias. Porém, este é um processo que deve ser criteriosamente efetivado, de maneira que não haja prejuízo na reinserção familiar. Outra questão que pode ser levantada com base nos dados obtidos por este estudo refere-se às funções de proteção do conselho tutelar. No momento da retirada da criança, a família havia chamado o conselho para auxiliar na resolução dos problemas que o grupo familiar estava enfrentando com uma das filhas. Ao chegar à casa os conselheiros constataram negligência com o menino e o levaram para a Instituição. De acordo com o ECA uma das funções do Conselho Tutelar é atender e aconselhar os pais e responsáveis, através de medidas de encaminhamento ao programa oficial ou comunitário de proteção à família, a cursos ou programas de orientação, a tratamento psicológico ou psiquiátrico, orientação e tratamento a dependentes químicos. Porém, essa não tem sido a ordem de atuação dos conselheiros tutelares. Antes de aconselhar e orientar, as crianças são retiradas de casa sob alegação de ser esta a melhor solução para a situação. Diante disso, é preciso formular e efetivar políticas públicas que colaborem para a superação das adversidades vivenciadas pelas famílias em situação de pobreza. Estas políticas devem promover o atendimento e a educação das famílias tendo em vista as suas reais condições de vida. Assim, medidas extremas, como a retirada de uma criança do ambiente familiar podem ser minimizadas por ações que zelam pelos direitos das crianças.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n 8.069, 13 de julho de 1990. BRONFENBRENNER, U. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre, Artes Médicas, 1996. CUELLO, S.E.S. Entidades de abrigo: A efetividade dos princípios norteadores dispostos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Rio Grande, 2004. Monografia para Conclusão de Curso. Fundação Universidade Federal do Rio Grande. GARBARINO, J.; ABRAMOWITZ, R. H. Sociocultural risk and opportunity. In: Garbarino, J. Children and families in the social environment, (2ª ed). New York: Aldine de Gruyter, 1992. IPEA. Levantamento nacional de abrigos para crianças e adolescentes da rede SAC. [on line] Disponível da Internet. URL: http:// www.portalvoluntario.org.br/biblioteca/pesquisa_ipea_redesac.pdf. Acesso em maio de 2004. JULIANO, M.C.C. A Influência da Ecologia dos Ambientes de Atendimento no Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes Abrigados. Dissertação não publicada no Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental, FURG, Rio Grande, 2005. Luthar, S.S. Poverty and children's adjustment. Developmental Clinical Psychology and Psychiatry, 41, 1999 MARTINEAU, S. Rewriting resilience: A critical discourse analysis of childhood resilience and the politics of teaching resilience to "kids at risk", Tese de doutorado não-publicada apresentada na University of British Columbia, Vancouver, Canada, 1999. Mello, S. L. Família: Perspectiva teórica e observação factual. Em: Carvalho, M do C.B. (org.), A família contemporânea em debate. São Paulo: EDUC, 1995. MENDES, N.F.; VASCONCELOS, Q.A.; YUNES, M.A.M. O Sistema de Crenças de Famílias Monoparentais e suas Possibilidades de Resiliência diante da Situação de Pobreza. Revista Ciência, Cuidado e Saúde Volume 3 Suplemento 2004 ISSN 1677-3861. Anais do Simpósio Internacional Famílias em Situação de Risco. Strauss, A.; Corbin, J. Basics of qualitative research: Grounded theory procedures and techniques. London: Sage, 1990 SZYMANSKI, H. Teoria e teorias de famílias. In: CARVALHO, Maria do Carmo Brant de (org.). A família contemporânea em debate. São Paulo: EDUC/ Cortez, 1995.
YUNES, M.A.M. A questão triplamente controvertida da resiliência em famílias de baixa renda. Tese de doutorado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2001 a. YUNES, M.A.M.; CUELLO, S.E.S.; MIRANDA, A.T. Um olhar ecológico para os riscos e as oportunidades de desenvolvimento de crianças e adolescentes institucionalizados. In: Sílvia Helena Koller. Ecologia do desenvolvimento humano: Pesquisa e intervenções no Brasil. São Paulo:Casa do Psicólogo, 2004.