EXTENSÃO EM ASCENSÃO NA PARAÍBA: CRESCENDO E APRENDENDO

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Transcrição:

EXTENSÃO EM ASCENSÃO NA PARAÍBA: CRESCENDO E APRENDENDO Edson Diego Silva Barbosa¹; Anny Sionara Moura Lima Dantas² Universidade Estadual da Paraíba e.barbosa503@gmail.com Universidade Estadual da Paraíba annysionara@bol.com.br Resumo: Preocupado com o espaço de tempo livre das crianças e adolescentes vivendo em ambiente considerado de risco, este Programa nasceu para preencher a lacuna de ociosidade e consequente promover melhoria da educação, saúde, qualidade de vida e interação social. O Programa ampliou-se com a finalidade de consolidar a função social da UEPB, através de atividades de extensão, facilitando o desenvolvimento integral do público jovem e de toda comunidade de moradores da Vila dos Teimosos e de localidades circunvizinhas da instituição, além de alunos e filhos de funcionários, fazendo com que a convivência social aliada à prática esportiva desenvolvesse o processo de socialização. As aulas são planejadas pelos bolsistas e voluntários de cada modalidade, orientados pela coordenadora do programa, para um público alvo que varia entre gênero e faixa etária. As atividades são desenvolvidas duas vezes por semana, terças e quintas-feiras, nos períodos matutino (7:30 às 9:30) e vespertino (13:30 às 15:30) realizadas no complexo esportivo do DEF da UEPB. Palavras-chave: Educação Física, Extensão, Inclusão social.

Introdução Preocupado com o espaço de tempo livre das crianças e adolescentes vivendo em ambiente considerado de risco, com tempo ocioso este Programa nasceu de uma iniciativa do Departamento de Educação Física (DEF) da Universidade Estadual da Paraíba, campus I Campina Grande PB, para preencher essa lacuna de ociosidade de jovens e consequente promover melhoria da educação, saúde, qualidade de vida e interação social dos mesmos. O Programa, antes denominado Projeto Laboratório Pedagógico: oficinas e escolinhas poliesportivas e recreativas do DEF (Projeto Escolinhas do DEF), ampliou-se com a finalidade de consolidar a função social da Universidade Estadual da Paraíba, através de atividades de extensão, facilitando o desenvolvimento integral do potencial do público jovem e de toda comunidade de moradores da Vila dos Teimosos e de localidades circunvizinhas ao campus I da UEPB, além de alunos e filhos de funcionários, fazendo com que a convivência social aliada à prática esportiva desenvolvesse o processo de socialização. É nesse sentido que o esporte torna-se importante no favorecimento de formação de atitudes, fortalecendo os laços no grupo, fabricando símbolos, criando identidade com outros e formando comunidades (FREIRE, 1998). O Programa Laboratório Pedagógico: Saúde, Esporte e Lazer no Departamento de Educação Física se estabelece, então como um ambiente propenso à inclusão social, para o resgate da autoestima e da cidadania, através das práticas corporais oferecidas que fazem parte da grade curricular dos cursos de Educação Física. Atualmente oferecemos as atividades: futsal, natação, dança, lutas, ginástica, musculação e exercício funcional. Segundo Hoyos (2004) a convivência praticada no desporto contribui para a inserção do educando no seu contexto social, e incentiva que se estabeleçam os vínculos que influenciarão na sua formação, criando condições sociais que ofereçam mais oportunidades. Dentro da proposta do Programa essas oportunidades incluem desenvolver capacidades e habilidades motoras e contribuir para diminuição da exposição a situações de riscos sociais, tendo sempre como objetivo maior a consolidação de uma sociedade justa e igualitária capaz de compreender e respeitar a pluralidade e as diferenças. Metodologia As aulas são idealizadas e planejadas pelos bolsistas e voluntários responsáveis por cada modalidade, orientados pela coordenadora do programa, durante o primeiro mês letivo, que também é destinado à matricula dos interessados em participar do programa. Para cada grupo de dez alunos, em cada modalidade, são destacados um bolsista ou voluntário responsáveis pelo ensino e esclarecimento. O público alvo varia entre gênero e faixa etária, mas foi estipulado uma idade mínima de 6 anos para ter a matrícula realizada. Para os menores de idade, pedimos que no ato da matrícula apresentem um certificado de matrícula em qualquer instituição de ensino, afim de incentivar que esses indivíduos busquem o crescimento pessoal e garantam, no mínimo, a educação básica. Podemos apontar a majoritariedade de jovens do sexo masculino entre 7 e 15 anos, o que varia de acordo com a modalidade observada e o horário. O que deve se levar em conta, além disso, é que 80% das quase 600 pessoas atendidas semestralmente pelo Programa são moradores do entorno da instituição. As atividades são desenvolvidas duas vezes por semana, terças e quintas-feiras, nos períodos matutino (7:30 às 9:30) e vespertino (13:30 às 15:30). Cada prática corporal divide as aulas em dois momentos, contemplando assim duas turmas de alunos numa intervenção de uma hora para cada. Além disso, trabalham de forma autônoma quanto aos métodos utilizados no ensino. Isso se justifica pela individualidade pedagógica de cada grupo de ensino do Programa. Mesmo com essa política, as intervenções são orientadas a acontecer baseando-se

na abordagem crítico-superadora que consideramos a mais indicada para os fins propostos nos objetivos do programa. Local de realização Todas as interversões são realizadas nas dependências da instituição. No complexo esportivo do DEF da UEPB que inclui a piscina, ginásio, campo poliesportivo e salas designadas no Departamento de Educação Física com endereço: R. Domitila Cabral de Castro Bodocongó Campina Grande - PB O caso excepcional é a piscina destinada para a modalidade de natação infantil que não faz parte do Departamento, mas é localizada no EAD, polo de ensino a distância. Neste ínterim, podemos localizar o centro das atividades na UEPB Campus I, especificamente no DEF de endereço: R. Baraúnas, 351 Universitário Campina Grande PB Materiais e métodos utilizados no programa Cada modalidade trabalha de forma autônoma quanto aos métodos utilizados no ensino, mesmo que seguindo orientação. Isso se justifica pela individualidade pedagógica de cada grupo de ensino do Programa. Mesmo com essa política, as intervenções são orientadas a acontecer baseando-se na abordagem crítico-superadora que consideramos a mais indicada para os fins propostos nos objetivos do programa. Os materiais utilizados variam de acordo com as necessidades e particularidades de cada prática. O almoxarifado do Departamento de Educação Física supre as principais necessidades materiais necessárias para o andamento dos trabalhos. São eles desde os mais indispensáveis (como bolas, boias e caixa de som) aos mais pontuais (coletes, arcos, cones, saco de pancada, etc.). Resultados e contribuições do programa à comunidade Algo extremamente importante e gratificante para os professores, monitores e coordenadora envolvidos foi que, através de modalidades esportivas, o programa favoreceu a melhoria no rendimento escolar dos alunos envolvidos e a diminuição no enfrentamento de riscos sociais pelos participantes. Resultados estes relatados pelos pais e responsáveis e/ou familiares que também estão incluídas no programa. Nossos atletas mirins mostraram que, por mais espaçados que sejam seus treinos alcançamos alguns objetivos e tivemos êxito em nossos propósitos, inclusive de incentivo às crianças. A partir dos trabalhos realizados no programa é notório que o fator ociosidade dos moradores do entorno do Campus I da UEPB teve uma redução significativa. O que nos leva a classificar o Programa de grande importância, já que é capaz de promover a integração de mais de quinhentos indivíduos através das práticas corporais e, a partir da inclusão social destes, contribuir para a preservação de valores morais e cívicos ao mesmo tempo oferecer oportunidade de estágio para estudantes de Educação Física. Conseguimos cumprir com sucesso todos os objetivos propostos e, além disso, alcançar novas conquistas não estipuladas. Mantivemos a frequência média de quatrocentos alunos participando das aulas, conforme mostra a Tabela 1. E recebemos relatos positivos dos participantes e familiares quanto ao desempenho escolar, físico e social após ingresso no programa.

Modalidade Manhã Tarde Futsal 10 40 Ginástica 10 15 Lutas 10 20 Musculação 70 50 Natação adulta 30 70 Natação infantil 50 70 Ritmos/danças 30 35 Funcional 10 - Total 520 Tabela 1: Matriculados por modalidade Recebemos relatos de alguns participantes que atribuem ao Programa a renovação da autoestima e da vontade de viver. Nem sempre é possível conter a emoção quando uma atividade que proporcionamos se faz tão importante para uma pessoa que, em seu silêncio, esconde uma depressão ou uma carência. Nos sentimos realizados com a exaltação das crianças que se sentem valorizadas pelas habilidades que desenvolvem a partir do esporte. Ficamos gratificados quando os pais, preocupados, encontram nas nossas aulas um ambiente inclusivo para seus filhos com deficiência motora, intelectual ou física. Percebemos que amados quando o público da terceira idade participante das aulas pedem orientação nos chamando de netinho ou filhinha. Podemos ficar felizes de fazermos tudo isso e quando cruzamos com um dos alunos sermos reconhecidos e cumprimentados: Tudo bem, professor(a)? De forma mais pontual, o Programa afeta a vida das pessoas de formas diferentes. Em seus dezoito anos de atuação atletas amadores foram vistos e selecionados para competições a partir das aulas na piscina e no campo. A convivência com o meio acadêmico, engajou antigos alunos do Programa a buscarem um curso superior, algo que antes seria apenas um sonho. Podemos dizer, inclusive, que o ciclo de ensino-aprendizagem se mantém quando uma das crianças que frequentava as aulas sonhou um dia em ser professora e, participando do Programa como professor, está próxima de concluir o curso de Educação Física. Conclusão Mesmo com pouca divulgação o Programa vem se destacando, a cada ano, como um dos maiores projetos do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UEPB tanto pela sua história de atuação, quanto pela importância social. Podemos destacar vários casos de alunos que, a partir do contato com os esportes proporcionados pelo programa, foram notados e selecionados para competições estaduais e afiliados a organizações esportivas da região, ganhando status de atleta profissional. Esta iniciativa proporciona à UEPB meios de realizar seu dever moral e social de atender a população do entorno do campus, oferecendo de forma gratuita atividades esportivas que de outra forma seriam de difícil acesso. Além do que, é um ponto estratégico para a interação dos cursos irmãos de Licenciatura e o novo curso de Bacharelado em Educação Física, que possibilita agora atividades de rendimento e pesquisas para atender o público de forma mais completa. No tocante acadêmico, este Programa é importante para os alunos do Departamento de Educação Física da UEPB por garantir experiências profissionais e oportunidades de ampliar o escopo de possibilidades dentro da área de atuação e para a comunidade que, por vezes, são incentivados a buscar um futuro diferente do que esperavam antes de participar das atividades oferecidas.

Referências BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, Versão Final, 2018. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998. HOYOS, Guillermo. Educación para la tolerancia desde una teoría discursiva de la pedagogía. En: VOICES OF PHILOSOPHY OF EDUCATION. INTERNATIONAL NETWORK OF PHILOSOPHERS OF EDUCATION (9o Biennial conference: 2004: Madrid). Organización de Estados Iberoamericanos - Universidad complutense de Madrid. Proceedings Panel. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Editora Cortez. 1990. PARAÍBA, Governo do Estado da Secretaria de Educação e Cultura. Gerência Executiva de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Referenciais Curriculares do Ensino Fundamental: Linguagens e Diversidade Sociocultural. João Pessoa: SEC/Gafset, 2010. 392p.