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Transcrição:

Material Disponibilizado pelo Professor: Tema: Empregado: conceito e caracterização. Empregado doméstico: conceito. Empregador: conceito e caracterização. Empresa e estabelecimento. Grupo econômico. 1. Empregado - Conceito: pessoa física que presta serviços pessoalmente de forma onerosa, não eventual e subordinada a um tomador, que assume o risco da atividade na qual é utilizada sua força de trabalho. - principal obrigação do empregado: prestar trabalho. Natureza: Obrigação de dar não: liberdade - empregado em domicílio arts. 6 e 83 CLT. Auxílio de pessoas da família. Horas extras. Contratos tácitos. Terceirização. Teletrabalho Obrigação de fazer Maj: obrigação de fazer sem conteúdo específico qualquer obrigação de fazer desde que realizada em estado de subordinação (art. 456 da CLT) - empregado doméstico: Lei 5859/72. natureza contínua. finalidade não lucrativa. para pessoa ou família (núcleo familiar). âmbito residencial. direitos: - art. 7 o, a CLT - Lei 5859/72 - Art. 7 o, parágrafo único CF a) Vale-transporte b) Vedação de descontos art. 2 o, A Lei 5859/72 c) Férias 30 dias art. 3 o Lei 5859/72 d) FGTS art. 3 o -A e) Estabilidade da gestante art. 4 o (ver artigo site www.calvet.pro.br) f) Justa causa art. 6º-A, 2 o Questões:. pode haver qualquer tipo de trabalho doméstico?. morte do empregador doméstico. separação do casal - 1

. reintegração para gestante doméstica? Empregador - Conceito art. 2 CLT - Crítica ao termo empresa função social da empresa Código Civil italiano de 1942 - Adoção pelo novo Código Civil da teoria da empresa art. 966. Empresa: complexo de bens materiais e imateriais e relações jurídicas que se reúnem como um todo unitário em função de dinâmica e finalidade econômicas fixadas por seus titulares - Diferença para estabelecimento art. 1142 CC todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária - Empregador por equiparação - 1, art. 2 CLT. - Grupo econômico: (art. 2, 2 CLT e art. 3, 2 Lei Rural). Finalidade proteção. Requisitos para configuração: - Não são formais não se submete às regras do Direito Empresarial - Tem que haver mais de uma empresa - Direção hierárquica:. Magano literalidade da CLT. MGD e AMN - coordenação - Equiparados: podem formar grupo econômico? - Empregador doméstico?. Natureza da solidariedade: ativa ou passiva questão do empregador único a) Tese ativa mais passiva empregador único - Súmulas 93 e 129 do TST - Cancelamento do Enunciado 205 do TST - Exposição de motivos item 53 - Interpretação literal b) Tese passiva - 2

- Conceito da Lei do Rural - Súmula 239 do TST - Interpretação teleológica e literal - Análise da Súmula 129 do TST pelo consórcio de empregadores -. Questões decorrentes da natureza da solidariedade: a. Equiparação salarial b. Normas coletivas c. Mudança de empregador Sucessão de Empregadores ou Trabalhista. Decorre: - Continuidade da relação de emprego; - Intangibilidade objetiva do contrato; - Despersonalização do empregado;. Fundamento legal: arts. 10 e 448 da CLT. Natureza jurídica: figura típica trabalhista - não se enquadra como novação, estipulação em favor de terceiros, sub-rogação, cessão de crédito e nem como obrigações propter rem. Requisitos: - Transferência de unidade econômico-jurídica - Sem solução de continuidade na prestação dos serviços (e do empregado?). Sucessão pode ocorrer por qualquer título Problemas: a) Concessionária de serviços públicos ver se assumiu acervo da anterior e manteve relações jurídicas da anterior OJ 225 SDI-I TST b) Hasta pública com edital não constando ônus TST: não há sucessão c) Nova Lei de Falências (Lei 11.101/05) falência; recuperação judicial; recuperação especial; recuperação extrajudicial arts. 60 e 141, 1º e 2º. Sucessão pode ser total ou parcial. Sucedido pode continuar existindo. Efeitos da sucessão: a) Para sucessor assume todo o passivo e ativo trabalhistas por força de lei cláusula contratual em contrário é nula de pleno direito OJ 261 SDI-I TST b) Para o sucedido: - 3

b.1) responsabilidade - nenhuma b.2) responsabilidade subsidiária (afeta os contrato de trabalho quanto às garantias patrimoniais) OJ 225 SDI-I TST b.3) responsabilidade solidária: fraude b.4) cláusula contratual Consórcio de Empregadores. Terceirização. 1. Consórcio de Empregadores 1.1) Consórcio de empregadores rurais: conceito e sistemática Consórcio de empregadores rurais: Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de empregadores rurais, formado pela união de produtores rurais, pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos. (art. 25-A da Lei 8.212/91) 1.2) Funcionamento do consórcio de empregadores rurais: a) O consórcio simplificado de empregadores rurais equipara-se ao empregador rural pessoa física; b) O consórcio é formado pela união de produtores rurais, pessoas físicas que outorga a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes; c) O consórcio é formado mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos; d) Nesse documento deve haver pacto de solidariedade entre os diversos produtores nos moldes do art. 896 do Código Civil; e) Tal documento deve conter para cada produtor: - a identificação; - endereço pessoal e o de sua propriedade rural; - 4

- registro no INCRA ou informações relativas a parceria, arrendamento ou equivalente; - matrícula no INSS; - o consórcio deve ser matriculado no INSS, em nome do empregador a quem hajam sido outorgados os poderes, na forma do regulamento; - os produtores rurais integrantes do consórcio são responsáveis solidários em relação às obrigações previdenciárias. 1.3) Consórcio de empregadores urbanos: conceito, natureza jurídica e fundamentação O consórcio de empregadores urbanos poderia ser conceituado como um ajuste de vontade de diversos entes (pessoas físicas, jurídicas ou entes despersonalizados) com a finalidade única de contratar empregados para prestarem serviços indistintamente a todos os seus integrantes. Natureza jurídica: o consórcio é espécie de negócio jurídico que guarda estrita semelhança com o contrato, mas dele diverge principalmente porque os interesses das partes no consórcio é comum e não contraposto, como geralmente acontece na figura contratual clássica. Fundamentação legal: I - inexistência de óbice legal art. 5, II da CRFB; II - compatibilidade com o modelo tradicional ante a despersonalização da figura do empregador; III - viabiliza a busca pelo pleno emprego art. 170, VIII da CRFB; IV - valoriza o trabalho humano art. 170, caput da CRFB; V- incrementa o valor social do trabalho art. 1 da CRFB; VI - incrementa o bem-estar e a justiça social art. 193 da CRFB; VII - aplicação analógica do art. 25-A da Lei 8.212/91.. Responsabilidade dos empregadores no consórcio - 5

Responsabilidade em negócios jurídicos com pluralidade de credores e devedores. indivisibilidade e solidariedade. Distinção entre Consórcio divisível e indivisível: responsabilidade dos empregadores. - 6