I N S T I T U T O POLITÉCNICO DE SAN T AR É M Escola Superior de Desporto de Rio Maior LICENCIATURAS em T.D., C.F.S.D. e D.N.T.A. (Opção T.P.) Desporto para Deficientes 2º/3º/4º Semestre 2009/2010 Docentes: Mestre Hugo Louro (Regente) Dr.ª Anabela Vitorino
Nº ECTS: 3 Tempo total de trabalho dos alunos: 75H Actividade educativa das horas de contacto: 25H (TP); 20H (S) 1. Âmbito: A Unidade Curricular (U. C.) Desporto para Deficientes, Opção T.P. dos cursos T.D., C.F.S.D. e D.N.T.A., visa dotar os estudantes com conhecimentos no âmbito do desporto com indivíduos portadores de deficiência, com especial enfoque na caracterização dos diferentes tipos de deficiência no desporto, análise das especificidades das diversas modalidades adaptadas, noções de treino em função da tipologia (deficiência, objectivos e competição), assim como na relação do atleta deficiente com os diversos contextos. A intensificação do contacto com a área da deficiência, deverá proporcionar aos alunos a obtenção de elementos que permitam compreender alguns dos fenómenos, atitudes e comportamentos, associados sobretudo ao trabalho a desenvolver no contexto do Desporto para Deficientes. 2. Objectivos Gerais: No Plano da Aquisição de Competências Teóricas: Obter um conhecimento aprofundado das especificidades ao nível do desporto para deficientes; Analisar a adequação do treino em função do contexto de intervenção e seus intervenientes; Ser capaz de perceber o atleta na sua relação com os diversos contextos (familiar, escolar, desportivo, etc.); No Plano da Aquisição de Competências Práticas: Promover uma atitude científica perante a diferença/deficiência; Familiarizar os alunos com a prática de alguns métodos e técnicas de avaliação; 2
Estar preparado para uma intervenção adequada, de acordo com as teorias, métodos de treino e estratégias de intervenção, considerando as particularidades do contexto em causa; 3. Conteúdos Programáticos: 1. Contextualização histórica e caracterização do desporto para deficientes 1.1 Breve análise da evolução histórica das diversas atitudes face à deficiência 1.2 A deficiência: Perspectivas teórico-conceptuais 1.3 Breve resenha histórica e conceptualização do Desporto para Deficientes 1.4 O atleta deficiente e competições 1.5 Classificação das deficiências 2. Especificidade do treino no desporto para deficientes 2.1 Relação Pedagógica no treino 2.2 A definição de objectivos 2.3 Treino de competências psicológicas no desporto adaptado 3. Noções de treino em função dos diferentes tipos de deficiência 3.1 Atletas portadores de deficiências físico-motoras 3.2 Atletas portadores de deficiências intelectuais 3.3 Atletas portadores de deficiência visual e auditiva 4. Relação treinador-atleta no contexto 4.1 O envolvimento social: o clube e/ou instituição educativa, os dirigentes, os familiares e amigos 4.2 A importância da comunicação na relação atleta treinador 4.3 Estratégias de intervenção numa perspectiva sistémica 5. Intervenção técnico-pedagógica 5.1 Planeamento do treino com atletas portadores de deficiência 5.2 Intervenção simulada em contexto real 4. Regime de Frequência: Os alunos para aceder à avaliação contínua devem cumprir dois terços de presenças nas horas de contacto, excepto os alunos em situação especial. 3
5. Métodos de Ensino: Com vista à concretização efectiva do processo de ensino/aprendizagem dos conhecimentos e competências definidos nesta U. C., os métodos de ensino serão: a) Exposição dos conteúdos da U. C., com ou sem debate, em regime presencial, apoiada ou não por meios escritos, audiovisuais ou de outra natureza; b) Leitura, análise e discussão de suportes textuais sob a forma de artigos, relatórios, manuais, livros, páginas de internet, entre outras, com ou sem preparação prévia dos alunos, em regime presencial ou à distância; c) Observação, análise e discussão de situações, fenómenos ou cenários relevantes, em contexto real ou simulado, de forma directa ou através de registo audiovisual, individualmente ou em grupo, com ou sem preparação prévia dos alunos, em regime presencial ou à distância; d) Diálogo e escrita reflexiva, centrada nas experiências e no processo de aprendizagem dos alunos, através da produção de relatórios de observação e trabalhos de pesquisa bibliográfica, realizados individualmente ou em grupo, em suporte de papel ou electrónico. 6. Modelo de Avaliação de Conhecimentos: 6.1 O modelo base de avaliação será o da avaliação contínua que comportará os seguintes critérios: 6.1.1 Realização de um teste escrito (Frequência) no final do semestre, sobre a matéria desenvolvida nas aulas teórico-práticas (35%); 6.1.2 Realização de um Trabalho de pesquisa (grupo de 3 alunos), sobre um tema a propor pelo professor e que será, obrigatoriamente, apresentado aos colegas no decurso das aulas (30%); 6.1.3 Entrega de um Relatório de observação em contexto real (10%); 6.1.4 Entrega de Relatórios relativos a Seminários realizados no contexto da U. C. (25%); 6.1.5 A avaliação terá início com a entrega do primeiro Relatório; 4
6.1.6 A classificação final será calculada com base na média aritmética ponderada dos quatro momentos de avaliação, não podendo o aluno em qualquer um destes momentos ter uma classificação inferior a 7,5 valores; 6.1.6.1 Se a classificação final for igual ou superior a 10 valores, o aluno estará dispensado do exame final; 6.1.6.2 Se a classificação final for igual ou inferior a 9 valores, o aluno será admitido a exame final, na Época de Recurso. 6.1.7 A avaliação contínua dos alunos em situação especial contemplará os critérios definidos anteriormente (6.1.1 a 6.1.6), contudo não estão obrigados ao cumprimento do regime de frequência adoptado ( 2 / 3 ); 6.2 Os alunos que não optarem por este modelo de avaliação contínua serão avaliados em exame final, na Época Normal e Época de Recurso; 6.2.1 O exame final é constituído por três elementos de avaliação (prova escrita, uma prova oral e uma análise crítica de um texto científico a entregar 5 dias úteis após a realização do teste escrito), com carácter presencial e individual; 6.2.2 O acesso à prova oral está condicionado pela obtenção de uma classificação igual ou superior a 7,5 valores na prova escrita; 6.2.3 A classificação final será calculada com base na média aritmética dos três elementos de avaliação, não podendo o aluno em qualquer um destes momentos ter uma classificação inferior a 7,5 valores. 6.3 Todos os casos não previstos neste modelo de avaliação, ou dúvidas suscitadas pela sua interpretação, deverão ser analisados de acordo com o Regulamento de Avaliação de Conhecimentos e Competências em vigor na ESDRM. 6. Bibliografia Recomendada: American Association on Mental Retardation (2006). Retardo Mental: definição, classificação e sistemas de apoio 10ª Edição (Magda F. Lopes, trad.). Porto Alegre: Artmed. Brunet, F. & Mautuit, D. (2003). Activités physiques adaptées aux personnes déficientes intellectuelles. Du programme institutionnel au projet personnalisé. Paris: Éditions Revue. 5
DePauw, K. P. & Gavron, S. J. (1995). Disability and Sport. Champaign, IL: Human Kinetics. Emes, C. & Velde, B. P. (2005). Practicum in adapted physical activity. Champaign, IL: Human Kinetics. Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (2004). Portugal. Livro dos Louros dos Jogos Paralímpicos de Atenas. Lisboa. FPDD. Franco, A. L. (2004). Actividades Físico-Deportivas con Colectivos Especiales. Sevilha: Wanceulen Editorial Deportiva, S. L.. Rosadas, S. C. (1989). Actividade Física Adaptada e Jogos Esportivos para o Deficiente. Eu posso. Vocês duvidam?. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu. Silva, M. A. (1991). Desporto para Deficientes - Corolário de uma Evolução Conceptual. Porto: Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto. Winnick, J. P. (2005) (Ed.). Adapted physical education and sport. Champaign, IL: Human Kinetics. 6