ETH Bioenergia S.A. e suas controladas Demonstrações financeiras individuais e consolidadas em 31 de março de 2012 e relatório dos auditores



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Transcrição:

e suas controladas Demonstrações financeiras individuais e consolidadas e relatório dos auditores independentes

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas Aos Administradores e Acionistas ETH Bioenergia S.A. Examinamos as demonstrações financeiras individuais da ETH Bioenergia S.A. (a "Companhia" ou "Controladora") que compreendem o balanço patrimonial e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as demonstrações financeiras consolidadas da ETH Bioenergia S.A. e suas controladas ("Consolidado") que compreendem o balanço patrimonial consolidado e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 2 PricewaterhouseCoopers, Av.Antonio Diederichsen, 400, 21º e 22 º andares, Ribeirão Preto - SP, Brasil 14020-250 T: (16) 2133-6600, F: (16) 2133-6685, www.pwc.com/br

Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ETH Bioenergia S.A. e da ETH Bioenergia S.A. e suas controladas, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 2. Ênfases Conforme mencionado na Nota 1 às demonstrações financeiras, a Companhia e suas controladas apresentaram, no encerramento do exercício findo, excesso de passivos sobre ativos circulantes no montante de R$ 881.563 mil. Os planos da administração, relacionados à equalização da situação de capital circulante líquido e geração de resultados positivos futuros estão também apresentados na referida Nota 1. Até que o volume das operações seja suficiente para suportar a geração de fluxo positivo de caixa, e que a administração concretize com êxito seus planos, a Companhia e suas controladas continuarão a depender de recursos financeiros provenientes de seus acionistas ou de terceiros para a liquidação de suas obrigações, custeio das operações correntes e manutenção de seu plano de investimentos. Nossa opinião não esta ressalvada em função deste assunto. Chamamos atenção para a Nota 10 às demonstrações financeiras, que descreve que a Companhia e suas controladas mantêm saldos e operações comerciais em montantes significativos com partes relacionadas, nas condições nela descritas. Dessa forma, as demonstrações financeiras devem ser analisadas nesse contexto. Nossa opinião não está ressalvada em relação a esse assunto. Ribeirão Preto, 29 de junho de 2012 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Maurício Cardoso Moraes Contador CRC 1PR035795/O-1 "T" SP 3

Índice Balanços patrimoniais 3 Demonstrações do resultado 5 Demonstrações do resultado abrangente 6 Demonstrações das mutações no patrimônio líquido 7 Demonstrações dos fluxos de caixa 8 1 Informações gerais 10 2 Resumo das principais práticas contábeis 11 2.1 Base de preparação 11 2.2 Consolidação 11 2.3 Conversão de moeda estrangeira 13 2.4 Caixa e equivalentes de caixa 14 2.5 Ativos financeiros 14 2.6 Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge 16 2.7 Contas a receber de clientes 18 2.8 Estoques 18 2.9 Ativo não circulante mantido para venda 18 2.10 Depósito judiciais 18 2.11 Demais ativos 19 2.12 Ativos intangíveis 19 2.13 Imobilizado 20 2.14 Ativo biológico 21 2.15 Impairment de ativos não financeiros 21 2.16 Contas a pagar aos fornecedores 21 2.17 Empréstimos e financiamentos 21 2.18 Provisões 22 2.19 Imposto de renda e contribuição social 22 2.20 Benefícios a empregados 22 2.21 Reconhecimento de receita 23 2.22 Arrendamentos 23 3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos 24 4 Gestão de risco financeiro 25 4.1 Fatores de risco financeiro 25 4.2 Gestão de capital 31 1 de 69

Índice 5 Instrumentos financeiros por categoria 32 6 Caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras 34 7 Contas a receber de clientes 36 8 Estoques 36 9 Tributos a recuperar 37 10 Partes relacionadas 38 11 Investimentos em sociedades controladas 42 12 Imobilizado 43 13 Ativo biológico 46 14 Intangível 48 15 Empréstimos e financiamentos 50 16 Tributos a recolher e parcelados 57 17 Operações com derivativos 57 18 Imposto de renda e contribuição social diferidos 59 19 Planos de previdência privada 61 20 Patrimônio líquido 61 21 Receita bruta e líquida 63 22 Despesas e custos dos produtos vendidos por natureza 63 23 Receitas e despesas financeiras 64 24 Cobertura de seguros 65 25 Provisão para contingências 65 26 Compromissos 67 27 Plano de participação em ganhos de capital 69 2 de 69

Balanços patrimoniais em 31 de março Em milhares de reais Controladora Consolidado Nota 2012 2011 2012 2011 Ativo Circulante Caixa e equivalentes de caixa 6 (a) 201 278 242.354 273.876 Aplicações financeiras 6 (b) 4.953-18.469 44.838 Contas a receber de clientes 7 - - 82.058 69.940 Estoques 8 - - 624.085 360.101 Tributos a recuperar 9-155 223.621 91.018 Partes relacionadas 10 (a) 81.942 74.367 - - Despesas antecipadas - - 6.565 5.046 Operações com derivativos 17 - - 8.583 - Outros créditos 6.194 5.801 21.584 15.054 93.290 80.601 1.227.319 859.873 Não circulante Realizável a longo prazo Aplicações financeiras 6 (b) - - 3.535 3.535 Estoques 8 - - 132.156 80.745 Tributos a recuperar 9 120 17 265.701 249.362 Imposto de renda e Contribuição social diferidos 18 (a) - - 256.058 292.785 Depósitos judiciais 2-8.385 14.116 Ativos mantidos para venda - - 2.352 2.352 Partes relacionadas 10 (a) 94.349 161.996-155 Outros créditos - - 4.301 10.911 94.471 162.013 672.488 653.961 Investimentos em sociedades controladas 11 1.108.222 1.770.876 11.373 11.373 Imobilizado 12 194 191 5.422.942 4.191.224 Ativos biológicos 13 - - 2.005.999 1.418.190 Intangível 14 219.929 217.800 671.961 673.920 1.422.816 2.150.880 8.784.763 6.948.668 Total do ativo 1.516.106 2.231.481 10.012.082 7.808.541 3 de 69

Balanços patrimoniais em 31 de março Em milhares de reais (continuação) Controladora Consolidado Passivo circulante e patrimônio líquido Nota 2012 2011 2012 2011 Fornecedores 1.103 6.573 276.306 264.396 Empréstimos e financiamentos 15 44.026 48.765 1.676.923 794.702 Salários e encargos sociais 18.981 20.254 84.697 65.554 Tributos a recolher 16 (a) 1.160 1.784 29.395 27.814 Tributos parcelados 16 (b) - - 1.536 1.939 Adiantamentos de clientes - - 6.394 7.338 Partes relacionadas 1.350 1.222-18.488 Operações com derivativos 17 - - 18.440 10.368 Outros débitos 417 762 15.191 20.348 67.037 79.360 2.108.882 1.210.947 Não circulante Empréstimos e financiamentos 15 22.000 66.000 6.426.262 4.455.874 Tributos parcelados 16 (b) - - 1.111 2.526 Imposto de renda e Contribuição social diferidos 18 (a) - - 57.038 20.910 Provisão para contingências 25 8-20.946 17.638 Outros débitos - - 9.436 12.670 22.008 66.000 6.514.793 4.509.618 Patrimônio líquido 20 Capital social 2.776.753 2.776.753 2.776.753 2.776.753 Capital social a integralizar - (94.455) - (94.455) Ajuste de avaliação patrimonial 647 1.412 647 1.412 Prejuízos acumulados (1.350.339) (597.589) (1.350.339) (597.589) 1.427.061 2.086.121 1.427.061 2.086.121 Participação dos não controladores - - (38.654) 1.855 Total do patrimônio líquido 1.427.061 2.086.121 1.388.407 2.087.976 Total do passivo e do patrimônio líquido 1.516.106 2.231.481 10.012.082 7.808.541 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 4 de 69

Demonstrações do resultado do exercício Exercícios findos em 31 de março Controladora Consolidado Nota 2012 2011 2012 2011 (12 meses) (11 meses) (12 meses) (11 meses) Receita líquida 21 - - 1.449.092 878.371 Valor justo dos ativos biológicos 13 - - 78.971 67.466 Custo dos produtos vendidos 22 - - (1.388.283) (831.213) Lucro bruto - - 139.780 114.624 Despesas com vendas 22 (400) (1.734) (38.911) (23.645) Despesas administrativas 22 3.271 (7.284) (216.712) (210.213) Outras receitas operacionais, líquidas - - (15.305) 19.634 Lucro (prejuízo) operacional 2.871 (9.018) (131.148) (99.600) Participação nos resultados de controladas (756.996) (311.786) - - Receitas financeiras 23 11.783 1.165 135.843 94.902 Despesas financeiras 23 (11.061) (5.724) (725.669) (320.335) Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social (753.403) (325.363) (720.974) (325.033) Imposto de renda e contribuição social diferidos 18 (c) - - (72.077) (13.885) Prejuízo do exercício (753.403) (325.363) (793.051) (338.918) Atribuível a: Acionistas da Companhia - - (753.403) (325.363) Participação dos não controladores - - (39.648) (13.555) Prejuízo do exercício (753.403) (325.363) (793.051) (338.918) Prejuízo básico e diluído por ação em reais 20 (e) (0,0182) (0,0079) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 5 de 69

Demonstrações do resultado abrangente Exercícios findos em 31 de março Em milhares de reais Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 (11 meses) (12 meses) (11 meses) (12 meses) Prejuízo do exercício (753.403) (325.363) (793.051) (338.918) Operações com derivativos (765) (21.711) (765) (21.711) Total do resultado abrangente (754.168) (347.074) (793.816) (360.629) Atribuível Acionistas da Companhia (754.168) (347.074) Participação dos não controladores (39.648) (13.555) (793.816) (360.629) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 de 69

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Em milhares de reais Capital social Nota Subscrito A integralizar Ajuste de avaliação patrimonial Prejuízos acumulados Total controladora Participação dos não controladores Total consolidado Saldos em 30 de abril de 2010 2.776.753 (482.808) 23.123 (290.494) 2.026.574 34.441 2.061.015 Capital integralizado 20 (a) - 240.759 - - 240.759-240.759 Integralização em debêntures da 3º série - 147.594 - - 147.594-147.594 Resultado abrangente: Derivativos - - (21.711) - (21.711) - (21.711) Ganho (perda) de participação em controladas, líquidos - - - 18.268 18.268-18.268 Prejuízo do exercício - - - (325.363) (325.363) (13.555) (338.918) Participação de não controladores - - - - - (19.031) (19.031) Saldos em 31 de março de 2011 2.776.753 (94.455) 1.412 (597.589) 2.086.121 1.855 2.087.976 Capital integralizado 20 (a) - 94.455 - - 94.455-94.455 Resultado abrangente: Derivativos - - (765) - (765) - (765) Ganho (perda) de participação em controladas, líquidos - - - 653 653-653 Prejuízo do exercício - - - (753.403) (753.403) (39.648) (793.051) Participação de não controladores - - - - - (861) (861) Saldos 2.776.753-647 (1.350.339) 1.427.061 (38.654) 1.388.407 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 7 de 69

Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de março Em milhares de reais Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 (12 meses) (11 meses) (12 meses) (11 meses) Fluxo de caixa das atividades operacionais Prejuízo do exercício antes do imposto de renda e da contribuição social Ajustes Ajuste a valor de mercado, liquido (753.403) - (325.363) (3.840) (720.974) 3.747 (325.033) (3.536) Ajuste a valor presente - - (838) - Depreciação e amortização 7-403.559 210.697 Colheita de ativos biológicos - - 15.698 28.512 Perdas cambiais e monetários, líquidas 10.737-653.636 235.054 Valor justo dos ativos biológicos - - (78.971) (67.466) Resultado de participações societárias 756.996 311.786 - - Provisões diversas - - 19.521 14.337 Provisão para ajuste a valor de mercado dos estoques - - (6.225) - Valor residual de ativo imobilizado baixado - - 17.547 10.817 Reversão de provisão de Take or Pay multas ANEEL - - - (26.123) 14.337 (17.417) 306.700 77.259 (Reduções) aumentos em: Aplicações financeiras (4.953) - 22.622 (24.749) Contas a receber de clientes - - (17.784) (50.024) Estoques - - (137.868) (211.667) Tributos a recuperar 52 5.259 (148.942) (84.567) Operações com derivativos - - (1.670) 1.035 Ativos mantidos para venda - - - 2.011 Depósitos judiciais (2) - 5.731 (7.417) Despesas antecipadas - 107 (1.519) 8.860 Outros créditos (393) (5.335) 79 (2.757) Fornecedores (5.470) 6.573 11.910 54.426 Salários e encargos (1.273) 20.254 19.143 25.639 Tributos a recolher (624) 1.719 1.581 6.607 Tributos parcelados - - (1.818) (3.668) Provisão para contingências 8 - (10.547) - Adiantamento de clientes - - (944) 6.583 Partes relacionadas 60.200 (74.650) (18.333) 4.118 Outros débitos (344) 762 (24.706) (5.644) Caixa (aplicado nas) gerado pelas operações 61.538 (62.728) 3.635 (203.955) Juros pagos (15.476) - (212.870) (152.034) Caixa líquido aplicado nas atividades operacionais- à transportar 46.062 (62.728) (209.235) (355.989) 8 de 69

Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de março Em milhares de reais (continuação) Controladora Consolidado 2012 2011 2012 2011 (12 meses) (11 meses) (12 meses) (11 meses) Caixa líquido aplicado nas atividades operacionais - de transporte 46.062 (62.728) (209.235) (355.989) Fluxo de caixa das atividades de investimentos Aumento de capital social (94.455) (210.000) - - Aquisições de imobilizado (10) (5.998) (1.401.685) (1.050.469) Aquisições de intangível (2.129) (61) (2.996) (33.458) Plantio e tratos culturais de ativos biológicos - - (873.396) (438.118) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (96.594) (216.059) (2.278.077) (1.522.045) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Captações de empréstimos e financiamentos - 4.104 3.500.873 2.540.449 Captações de acionistas (aumento de capital) 94.455 240.759 94.455 240.759 Amortização de empréstimo e financiamentos - principal (44.000) - (1.139.538) (864.682) Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamentos 50.455 244.863 2.455.790 1.916.526 (Redução) aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa (77) (33.924) (31.522) 38.492 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 278 34.202 273.876 235.384 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 201 278 242.354 273.876 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 9 de 69

1 Informações gerais (a) (b) (c) (d) (e) (f) Constituída em 03 de janeiro de 2007, com sede em São Paulo, a Brenco Holding S.A. (anteriormente holding do Grupo Brenco) teve sua razão social alterada para ETH Bioenergia S.A. ( ETH BIO Companhia ) em 16 de abril de 2010. Desde então é parte do conjunto de empresas controladas pela Organização Odebrecht no setor de bioenergia a partir da cana-de-açúcar ( Grupo ETH ). Em setembro de 2010 seu exercício social foi alterado para encerramento em 31 de março de cada ano. Dessa forma, as demonstrações financeiras do exercício social findo em 31 de março de 2011 contemplam onze meses de operação. A Companhia tem como atividade preponderante a participação em empresas que atuam no setor sucroalcooleiro a partir da cana-de-açúcar e exerce suas atividades no país ou no exterior diretamente ou através de suas subsidiárias operacionais. Em 18 de fevereiro de 2010, a controladora ETH Investimentos S.A. e a Companhia, entre outras, bem como a Brenco Holding S.A. ( Brenco Holding ) assinaram o Contrato de Associação de Ativos e Outras Avenças, através do qual acordaram a associação dos seus ativos, dentro os quais quatro unidades produtivas da Brenco Companhia Brasileira de Energia Renovável ( Brenco ), localizadas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, que também passaram a fazer parte dos investimentos da Companhia. Das quatro unidades, Morro Vermelho e Alto Taquari entraram em operação no final de 2010 e Água Emendada e Costa Rica foram inauguradas no final de 2011. Em 16 de abril de 2010, a ETH BIO incorporou a ETH Holding S.A., controladora da ETH Bio Par. Essa operação gerou um aumento de capital de R$ 1.430.758 sendo R$ 1.126.302 integralizado (Nota 20 (a)). Em 30 de setembro de 2010, a ETH Bio Par incorporou a Brenco Participações S.A. ( Brenco Par ), ambas controladas da Companhia. Essa operação não gerou um aumento de capital. O Patrimônio e o passivo da incorporada, descontados do valor do investimento representado pelo montante de R$ 82.796, foram integralmente destinado à conta de Reserva Especial de Ágio na controlada ETH Bio Par. Em 30 de setembro de 2010, a Brenco Brasil incorporou a Brenco Trading Brasil, ambas controladas indiretas da Companhia. Em decorrência da incorporação o capital social da incorporadora foi reduzido em R$ 108 pelo patrimônio líquido a descoberto da incorporada. A realização, desde 2007, de investimentos na aquisição e na construção de unidades operacionais controladas pela Companhia, a aquisição de investidas da controlada ETH Bio Participações S.A.( ETH Biopar ) e os investimentos nas quatro unidades da Brenco Brasil, com grande parte dos recursos oriundos de financiamentos de curto prazo, ocasionaram um desequilíbrio no capital circulante líquido da Companhia e suas controladas que,, apresentam excesso de passivos circulantes sobre ativos circulantes, no montante de R$ 881.563. Esse cenário vem sendo controlado e deverá ser revertido durante os próximos anos em função de: (i) aumento substancial do volume de moagem em decorrência das expansões e implementações das novas usinas, além dos ganhos de produtividade previstos como resultado da evolução dos processos agrícolas e aceleração da curva de aprendizado e (ii) redução do volume de investimentos industriais, uma vez que as últimas usinas entraram em operação no final de 2011; (iii) melhora substancial da margem bruta em função de redução de custos agrícolas, otimização de rotas para corte, carregamento e transportes de cana e diluição da estrutura de custos fixos dado o maior volume de moagem. Todos os eventos acima impactam positivamente a geração de caixa operacional futura equilibrando assim a relação entre ativos e passivos circulantes adicionalmente, está prevista a liberação das parcelas não desembolsadas em 2011 das linhas de crédito de longo prazo contratadas junto ao agente de fomento, no montante de R$336.300 para determinadas controladas da Companhia. A emissão dessas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da ETH BIO foi autorizada pelo Conselho de Administração em 29 de junho de 2012. 10 de 69

2 Resumo das principais práticas contábeis As principais práticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas práticas foram aplicadas de modo consistente nos exercícios apresentados, salvo disposição em contrário. 2.1 Base de preparação As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ativos financeiros disponíveis para venda e ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos) mensurados ao valor justo. Além disso, a sua preparação requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração no processo de aplicação das práticas contábeis da Companhia e suas controladas. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas, estão divulgadas na Nota 3. As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conjuntamente, conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs). 2.2 Consolidação (a) Demonstrações financeiras consolidadas As seguintes práticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas. (i) Controladas Controladas são todas as entidades nas quais a Companhia possui direta ou indiretamente o poder de governança nas políticas financeiras e operacionais com objetivo de auferir benefícios de suas atividades e nas quais normalmente há uma participação societária superior a 50%. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto são levados em consideração na determinação do controle, nos casos aplicáveis. As demonstrações contábeis das controladas são incluídas nas demonstrações consolidadas a partir da data em que tem início o controle até a data em que este deixa de existir. A Companhia e suas controladas utilizam o método de contabilização da aquisição para registrar as combinações de negócios. Os saldos dos ativos e passivos incorridos e instrumentos patrimoniais emitidos pela Companhia são transferidos para a aquisição de uma controlada a valor justo. Os saldos transferidos incluem o valor justo de algum ativo ou passivo resultante de um contrato de contraprestação contingente quando aplicável. Custos relacionados com aquisição são contabilizados no resultado do período conforme incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos em uma combinação de negócios são mensurados inicialmente pelos valores justos na data da aquisição. A participação dos acionistas não controladores, que é determinada em cada aquisição realizada, é reconhecida, tanto pelo seu valor justo quanto pela parcela proporcional da participação desses não controladores no valor justo de ativos líquidos. 11 de 69

O excesso dos ativos e passivos transferidos e do valor justo na data da aquisição de qualquer participação patrimonial anterior na empresa adquirida em relação ao valor justo da participação da Companhia ou de suas controladas no grupo de ativos líquidos identificáveis adquiridos é registrada como ágio (goodwill). Nas aquisições em que se atribui valor justo aos não acionistas não controladores, a determinação do ágio inclui também o valor de qualquer participação não controladora na empresa adquirida, e o ágio é determinado considerando a participação da Companhia ou suas controladas e dos não controladores. Quando os ativos e passivos transferidos forem menores que o valor justo dos ativos líquidos da empresa adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do resultado do período, como Ganho na compra vantajosa. Transações entre as empresas, saldos e ganhos não realizados em transações entre as empresas controladas são eliminados. As políticas contábeis das controladas são alteradas quando necessário para assegurar a consistência com as políticas adotadas pela controladora. (ii) Entidades consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas abrangem as da Companhia e de suas controladas, nas quais são mantidas as seguintes participações acionárias, diretas e indiretas, e de 2011: Sede Controlada direta (País/UF) 2012 2011 ETH Bio Participações S.A ("ETH Bio Par") Brasil/SP 100,00% 100,00% Controladas indiretas Pontal Agropecuária S.A. ("Pontal") Brasil/SP 100,00% 100,00% Agro Energia Santa Luzia S.A. ("Santa Luzia") Brasil/MS 100,00% 100,00% Malden Overseas Corp. ("Malden") BVI (*) 100,00% 100,00% Usina Eldorado S.A. ("Eldorado") Brasil/MS 100,00% 100,00% ETH Bioeletricidade S.A. Brasil/SP 100,00% 100,00% Destilaria Alcídia S.A. ("DASA") Brasil/SP 93,33% 93,33% Rio Claro Agropecuária S.A. ("Rio Claro") Brasil/GO 84,25% 84,25% Usina Conquista do Pontal ("UCP") Brasil/SP 80,00% 80,00% Brenco Companhia Brasileira de Energia Renovável ("Brenco")(**) Brasil/SP 100,00% 100,00% Centro Sul Transportadora Dutoviária Ltda. ("Centro Sul") Brasil/SP 100,00% 100,00% Brenco Trading Company Ltd. ("Brenco Trading)(**) Bahamas 100,00% 100,00% (*) Ilhas Virgens Britânicas (**) Empresas adquiridas no contexto da associação de ativos, conforme comentado Nota 1(b) As atividades das controladas diretas e indiretas são como segue: ETH Bio Par: tem como atividade principal a participação em empresas que atuam no setor sucroalcooleiro a partir da cana-de-açúcar, podendo atuar como trading dessas empresas, comercializando, principalmente, açúcar, etanol e derivados de cana-de-açúcar, além de energia elétrica a partir da biomassa. 12 de 69

ETH Bioeletricidade: tem como objeto social a produção de energia elétrica através da biomassa, atualmente encontra-se em fase não operacional. DASA e Eldorado: tem como atividades principais o cultivo e industrialização de cana-de-açúcar para produção e comercialização no mercado interno e externo de etanol e açúcar VHP, além da cogeração de energia elétrica a partir da biomassa. Pontal: tem por objeto social o cultivo e industrialização de cana-de-açúcar para produção e comercialização no mercado interno e externo de etanol e açúcar VHP, além da cogeração de energia elétrica a partir da biomassa, podendo ainda participar em outras empresas. Atualmente encontra-se em fase não operacional. Rio Claro, UCP, Santa Luzia e Brenco: tem como atividades principais o cultivo e industrialização de cana-de-açúcar para produção e comercialização no mercado interno e externo de etanol, além da cogeração de energia elétrica a partir da biomassa. Malden: Off shore localizada nas Ilhas Virgens Britânicas ( BVI ),que tem como atividade principal a revenda de açúcar e etanol das controladas operacionais da Companhia no mercado externo. Centro Sul: tem por objeto social a prestação de serviço de transporte de combustíveis, incluindo,mas não se limitando, alcoóis e derivados de petróleo, tais como gasolina e diesel, por meio de poliduto. Atualmente encontra-se em fase não operacional. Brenco Trading Ltd.: Off shore localizada em Bahamas, foi constituída em novembro de 2007 e tem como principal atividade a venda de açúcar VHP e etanol das controladas da Companhia no mercado externo. Atualmente encontra-se em fase de dissolução. (b) Demonstrações financeiras individuais Nas demonstrações financeiras individuais, as controladas são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial. 2.3 Conversão de moeda estrangeira (a) Moeda funcional e moeda de apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas da Companhia são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual as empresas atuam ("a moeda funcional"). As demonstrações financeiras consolidadas estão apresentadas em Reais R$, que é a moeda funcional e, também, a moeda de apresentação da Companhia e suas controladas. (b) Transações e saldos As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto quando diferidos no patrimônio como operações de hedge de fluxo de caixa. 13 de 69

Os ganhos e as perdas cambiais relacionados com empréstimos e financiamentos, caixa e equivalentes de caixa são apresentados na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira. Todos os outros ganhos e perdas cambiais são apresentados na demonstração do resultado como "Variação cambial ativa e passiva" (Nota 23). 2.4 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de três meses, ou menos, e com risco insignificante de mudança de valor. Quando aplicável, caixa e equivalentes de caixa são apresentados líquidos dos saldos tomados em contas garantidas nas demonstrações de fluxo de caixa. As contas garantidas, quando utilizadas, são demonstradas no balanço patrimonial como Empréstimos e financiamentos, no passivo circulante. 2.5 Ativos financeiros 2.5.1 Classificação A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. (a) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação. Um ativo financeiro é classificado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fins de venda no curto prazo. Os derivativos também são categorizados como mantidos para negociação, a menos que tenham sido designados como instrumentos de hedge. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. (b) Empréstimos e recebíveis Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem "Contas a receber de clientes, de partes relacionadas e demais contas a receber" e "Caixa e equivalentes de caixa" (Notas 2.4 e 2.7). (c) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles que não são classificados em nenhuma outra categoria e não são derivativos. Eles são incluídos em ativos não circulantes, a menos que a Administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço. 14 de 69

2.5.2 Reconhecimento e mensuração As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não classificados como ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros ao valor justo por meio de resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os ativos financeiros disponíveis para venda e os ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são, subsequentemente, contabilizados pelo valor justo. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa efetiva de juros. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são apresentados na demonstração do resultado como Ajuste a valor de mercado (Nota 23). Quando os títulos classificados como disponíveis para venda são vendidos ou sofrem perda (impairment), os ajustes acumulados do valor justo, reconhecidos no patrimônio, são incluídos na demonstração do resultado como "Ganhos e perdas de títulos de investimento". Os juros de títulos disponíveis para venda, calculados pelo método da taxa efetiva de juros, são reconhecidos na demonstração do resultado como parte de outras receitas. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de perda (impairment) em um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros. Se houver alguma dessas evidências para os ativos financeiros disponíveis para venda, a perda cumulativa mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo atual, menos qualquer perda por impairment desse ativo financeiro previamente reconhecido no resultado - é retirada do patrimônio e reconhecida na demonstração do resultado. As perdas por impairment reconhecidas na demonstração do resultado de instrumentos de patrimônio líquido não são revertidas por meio da demonstração do resultado. 2.5.3 Compensação de instrumentos financeiros Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 2.5.4 Impairment de ativos financeiros Para os ativos mensurados ao custo amortizado, a Companhia avalia no final de cada período do relatório se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável. 15 de 69

Os critérios que ao Companhia usa para determinar se há evidência objetiva de uma perda por impairment incluem: (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) dificuldade financeira relevante do emissor ou devedor; uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal; a Companhia, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador de empréstimo, garante ao tomador uma concessão que o credor não consideraria; torna-se provável que o tomador declare falência ou outra reorganização financeira; o desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às dificuldades financeiras; ou; dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos futuros fluxos de caixa estimados a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a diminuição não possa ainda ser identificada com os ativos financeiros individuais na carteira, incluindo:. mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo na carteira; e. condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplências sobre os ativos na carteira. O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado. Se um empréstimo ou investimento mantido até o vencimento tiver uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para medir uma perda por impairment é a atual taxa efetiva de juros determinada de acordo com o contrato. Como um expediente prático, a Companhia pode mensurar o impairment com base no valor justo de um instrumento utilizando um preço de mercado observável. Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado. 2.6 Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo. O método para reconhecer o ganho ou a perda resultante depende do fato do derivativo ser designado ou não como um instrumento de hedge. Sendo este caso, o método depende da natureza do item que está sendo protegido por hedge. A Companhia designa certos derivativos como:. hedge do valor justo de ativos ou passivos reconhecidos ou de um compromisso firme (hedge de valor justo); ou. hedge de um risco específico associado a um ativo ou passivo reconhecido ou uma operação prevista altamente provável (hedge de fluxo de caixa). 16 de 69

A Companhia documenta, no início da operação, a relação entre os instrumentos de hedge e os itens protegidos por hedge, assim como os objetivos da gestão de risco e a estratégia para a realização de várias operações de hedge. A Companhia também documenta sua avaliação, tanto no início do hedge como de forma contínua, de que os derivativos usados nas operações de hedge são altamente eficazes na compensação de variações no valor justo ou nos fluxos de caixa dos itens protegidos por hedge. Os valores justos de instrumentos derivativos usados para fins de hedge estão divulgados na Nota 17. O valor justo total de um derivativo de hedge é classificado como ativo ou passivo não circulante, quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge for superior a doze meses, e como ativo ou passivo circulante, quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge for inferior a doze meses. Os derivativos de negociação são classificados como ativo ou passivo circulante. Para propósito de hedge, as controladas diretas ou indiretas da Companhia, amparam-se nas políticas de Gestão de Riscos de Mercado do grupo ETH classificando os derivativos aplicáveis como hedge de fluxo de caixa. As controladas consideram altamente efetivos os instrumentos que compensem entre 80% e 125% da mudança no preço do item para o qual a proteção foi contratada. Conforme as políticas de hedge, periodicamente são realizados testes com o objetivo de comprovar a efetividade das operações. (a) Hedge de valor justo As variações no valor justo de derivativos designados e qualificados como hedge de valor justo são registradas na demonstração do resultado, com quaisquer variações no valor justo do ativo ou passivo protegido por hedge que são atribuíveis ao risco "hedgeado". A Companhia e suas controladas só aplicam a contabilização de hedge de valor justo para se proteger contra o risco de juros fixos de empréstimos. O ganho ou perda relacionado com a parcela efetiva de swap de taxa de juros de proteção contra empréstimos com taxas fixas, o ganho ou perda relacionado com a parcela não efetiva e as variações no valor justo dos empréstimos com taxas fixas protegidas por hedge, atribuíveis ao risco de taxa de juros, são reconhecidas no resultado financeiro do exercício. Se o hedge não mais atender aos critérios de contabilização do hedge, o ajuste no valor contábil de um item protegido por hedge, para o qual o método de taxa efetiva de juros é utilizado, é amortizado no resultado durante o período até o vencimento. (b) Hedge de fluxo de caixa A parcela efetiva das variações no valor justo de derivativos designados e qualificados como hedge de fluxo de caixa é reconhecida no patrimônio. O ganho ou perda relacionado com a parcela não efetiva é imediatamente reconhecido no resultado financeiro do exercício como "Perdas ou ganhos nos derivativos não designados para hedge" (Nota 23). Os valores acumulados no patrimônio são realizados na demonstração do resultado nos períodos em que o item protegido por hedge afetar o resultado (por exemplo, quando ocorrer a venda prevista que é protegida por hedge). O ganho ou perda relacionado com a parcela efetiva do swap de taxa de juros que protege os empréstimos com taxas variáveis, e o ganho ou perda relacionado com a parcela não efetiva é reconhecido como resultado financeiro do exercício (Nota 23). 17 de 69

Quando um instrumento de hedge prescreve ou é vendido, ou quando um hedge não atende mais aos critérios de contabilização de hedge, todo ganho ou toda perda cumulativa existente no patrimônio naquele momento permanece no patrimônio e é reconhecido quando a operação prevista é finalmente reconhecida na demonstração do resultado. Quando não se espera mais que uma operação prevista ocorra, o ganho ou a perda que havia sido apresentado no patrimônio líquido é imediatamente transferido para o resultado financeiro do exercício (Nota 23). (c) Derivativos mensurados ao valor justo por meio do resultado Certos instrumentos derivativos não se qualificam para a contabilização de hedge. As variações no valor justo de qualquer um desses instrumentos derivativos são reconhecidas imediatamente na demonstração do resultado financeiro do exercício (Nota 23). 2.7 Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de mercadorias no decurso normal das atividades da Companhia e de suas controladas. Se o prazo de recebimento é equivalente à um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, e se aplicável estão apresentadas no ativo não circulante. São, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros menos a provisão para crédito de liquidação duvidosa (impairment). Na prática são normalmente reconhecidas ao valor faturado, ajustado pela provisão para impairment, se necessária. 2.8 Estoques Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras, produção ou pelos valores dos adiantamentos efetuados, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. Os gastos com manutenção e a depreciação de equipamentos agrícolas e do parque industrial, incorridos no período de entressafra, são registrados nos Estoques e apropriados ao custo de produção de cada produto no decorrer da próxima safra. 2.9 Ativos não circulantes mantidos para venda Os ativos não circulantes são classificados como ativos mantidos para venda quando seu valor contábil for recuperável, principalmente, por meio de uma venda e quando essa venda for praticamente certa. Estes são avaliados pelo menor valor entre o valor contábil e o valor justo, menos os custos de venda, se o valor contábil será recuperado, principalmente, por meio de uma operação de venda, e não pelo uso contínuo. 2.10 Depósitos judiciais Os depósitos são atualizados monetariamente e apresentados como dedução do valor do correspondente passivo constituído, se aplicável, quando não houver possibilidade de resgate, a menos que ocorra desfecho favorável da questão para a Companhia e suas controladas. Não havendo passivo constituído, os depósitos judiciais são apresentados no ativo não circulante. 18 de 69

2.11 Demais ativos Os demais ativos são apresentados pelo valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas ou, no caso de despesas do exercício seguinte, ao custo. 2.12 Ativos intangíveis (a) Ágio O ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago e/ou a pagar pela aquisição de um negócio e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da controlada adquirida. O ágio contabilizado nas controladas antes de 31 de março de 2009, ou seja, antes das novas práticas contábeis, é representado pela diferença entre o valor pago e o patrimônio líquido da empresa adquirida. O ágio de aquisições de controladas é registrado como "Ativo intangível". Caso seja apurado deságio, o montante é registrado como ganho no resultado do período, na data de aquisição da empresa. O ágio é testado anualmente para verificar sua recuperabilidade (teste de impairment) e contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas por impairment. Perdas por impairment reconhecidas sobre ágio não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma entidade incluem o valor contábil do ágio relacionado com a entidade vendida. O ágio é alocado às Unidades Geradoras de Caixa (UGCs), ou grupo de UGCs, para fins de teste de impairment, dependendo do benefíciario da combinação de negócios da qual o ágio se originou. (b) Softwares São capitalizados com base nos custos incorridos para adquiri-los e fazer com que estejam prontos para serem utilizados. Esses custos são amortizados pelo período de vida útil estimado do software. Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme incorridos, e os de desenvolvimento que são diretamente atribuíveis ao projeto e aos testes de produtos de software identificáveis e exclusivos, controlados pela Companhia e suas controladas, são reconhecidos como ativos intangíveis quando os seguintes critérios são atendidos:. É tecnicamente viável concluir o software para que ele esteja disponível para uso.. A Administração pretende concluir o software e usá-lo ou vendê-lo.. O software pode ser vendido ou usado.. Pode-se demonstrar que é provável que o software gerará benefícios econômicos futuros.. Estão disponíveis adequados recursos técnicos, financeiros e outros recursos para concluir o desenvolvimento e para usar ou vender o software.. O gasto atribuível ao software durante seu desenvolvimento pode ser mensurado com segurança. Os custos diretamente atribuíveis, que são capitalizados como parte do software, incluem os custos com integrantes alocados no projeto e despesas diretamente aplicáveis ao desenvolvimento do software. Também são capitalizados os custos de financiamento atribuíveis ao projeto, incorridos durante o período de desenvolvimento do software. Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. 19 de 69

Os custos de desenvolvimento de software reconhecidos como ativos são amortizados em período não superior a dez anos. (c) Direito de uso de linhas de transmissão As linhas de transmissão de energia foram construídas e doadas às transmissoras e serão utilizadas pelas controladas pelo período previsto em contrato, não inferior a quinze anos, que é base para realização da amortização do direito de uso dessas linhas. 2.13 Imobilizado As terras compreendem as propriedades rurais onde são cultivadas as lavouras de cana-de-açúcar (ativo biológico - Nota 2.14) e onde estão instaladas as unidades fabris e administrativas das controladas, e não são depreciadas. Edifícios e benfeitorias correspondem, substancialmente, às construções dos prédios da indústria, da sede administrativa e de outras benfeitorias em imóveis rurais. As máquinas e equipamentos agrícolas correspondem, substancialmente, aos custos de aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas utilizados nas atividades de plantio, tratos culturais e colheita. Os bens do ativo imobilizado são demonstrados pelo valor reavaliado até 31 de dezembro de 2002, para as controladas DASA e Pontal, e pelo custo histórico para as demais controladas, deduzida a depreciação acumulada. Conforme facultado pela Lei no 11.638/07 e pelo Pronunciamento CPC 13 - "Adoção Inicial da Lei no 11.638/07", a Companhia adotou o valor residual reavaliado em 1º. de janeiro de 2008 como novo valor de custo das edificações e dos terrenos. A cada ano, a diferença entre a depreciação baseada no valor contábil reavaliado do ativo e a depreciação baseada no custo original do ativo é transferida da reserva de reavaliação (atualmente Ajuste de Avaliação Patrimonial) para lucros (prejuízos) acumulados. Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos, exceto quando ocorridos no período de entressafra, quando esses gastos com reparos são classificados em Estoques e apropriados ao custo de produção durante a próxima safra. Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício. O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável estimado (Nota 2.15). Ganhos e perdas em alienações são determinados pela comparação dos valores de alienação com o valor contábil e são incluídos no resultado. Quando os ativos reavaliados são vendidos, os valores incluídos na reserva de reavaliação são transferidos para lucros (prejuízos) acumulados. Os custos dos juros sobre empréstimos tomados para financiar a construção de ativos qualificáveis são capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido. Os outros custos de empréstimos são tratados como despesas financeiras. 20 de 69