PERFIL DAS ESCOLAS TRABALHADAS NO PIBID DE FÍSICA/EAD NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS Regina Lélis de Sousa



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EDITAL N.º 37/2014. Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid/UNISANTOS)

Transcrição:

PERFIL DAS ESCOLAS TRABALHADAS NO PIBID DE FÍSICA/EAD NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS Regina Lélis de Sousa Curso de Licenciatura em Física da Universidade Federal do Tocantins rlsousa@uft.edu.br Patricia Martins Guarda Curso de Licenciatura em Física EAD e Curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Tocantins patriciaguarda@mail.uft.edu.br Este trabalho objetiva comparar as escolas em que estão inseridos os alunos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) vinculado ao Curso de Licenciatura em Física ministrado na modalidade Educação à Distância (EAD) na Universidade Federal do Tocantins (UFT). O projeto PIBID Física/EAD está em fase inicial e atualmente conta com 21 alunos de iniciação à docência e 4 supervisores distribuídos em 4 polos do curso, que distam, respectivamente, 234, 506 e 612 km de Palmas, onde tem-se um dos polos. Os bolsistas do programa estão atuando em quatro escolas públicas de educação básica, tendo estas escolas diferenças significativas, não somente no que se refere ao tamanho e à população dos municípios onde estão localizadas. Infraestrutura, número de alunos, número de professores e professores que atuam áreas diversas ou não de suas áreas de formação, assim como número de turmas e séries são fatores importantes que distinguem estas escolas. Por se situarem em regiões diferentes do estado, a saber: 2 escolas ao Norte, 1 na região Central e situada na capital e outra mais ao sul, as unidades escolares estão inseridas em espaços geográficos com níveis de desenvolvimento social, cultural e econômico muito distintos, o que torna a realidade da comunidade escolar um objeto único de trabalho. Faz-se necessário que se desenvolvam meios de ensino e aprendizagem diferenciados, pois apenas o detalhado conhecimento do ambiente de cada escola fornecerá os subsídios necessários para a construção de estratégia eficiente para a melhoria de ensino de física. Outro fator importante, é que dados referentes à realidade escolar e o conhecimento detalhado de aspectos sociais, econômico e culturais tanto dos alunos quanto dos professores nos permitem nortear o trabalho e possibilitará o sucesso do nosso projeto. Por isso, o perfil das escolas é um objeto de investigação e é uma das primeiras etapas a serem realizadas pelos bolsistas. Após a conclusão deste perfil para cada escola, poderemos juntos traçar estratégias adequadas à realidade local e tentar

2 construir um ambiente favorável às discussões sobre os mais diversos temas da Física. Palavras-chave: PIBID, escola pública, formação de Professores de Física. INTRODUÇÃO O Plano de Desenvolvimento Institucional 2011-2015 (PDI) da Universidade Federal do Tocantins (UFT) define que a universidade tem como missão Produzir e difundir conhecimentos visando à formação de cidadãos e profissionais qualificados, comprometidos com o desenvolvimento sustentável da Amazônia. (PDI, 2011-2015, p. 9). Tendo por base esta missão, a UFT tem entre suas prioridades a formação de professores para atuação na educação básica no estado. A deficiência de profissionais habilitados para lecionar nesta modalidade de ensino não é um problema do Tocantins, mas um problema nacional (ARAUJO, 2010). Oficialmente, o MEC reconhece a escassez de mão de obra desde a década de 50. Com a expansão do Ensino Médio, a situação se tornou dramática. Uma estimativa da escassez de mão de obra qualificada pode ser obtida analisando a expansão do Ensino Médio. O número de matrículas nesta modadalidade de educação básica cresceu em 4.42 milhões entre 1991 e 2000 (CUNHA, 2006), mas a capacidade de formar professores não aumentou no mesmo ritmo. Tomemos, por exemplo, a situação da Física. Estimativas de oficiais do MEC em 2004, indicam que há 50.000 vagas não preenchidas de professores de Física no Ensino Médio, em todo o país. Todos os anos, os cursos de licenciatura em Física formam pouco mais de 500 professores. (OLIVEIRA, 2004). Dados publicados em 2012 (SANTOS, 2012), mostram que, para suprir a demanda de professores de física, são necessários 44.566 professores, e temos, na verdade, dentro da rede de Educação Básica, apenas 12.355 docentes com formação

3 específica em física. (SANTOS, 2012, pag. 839). A política oficial para redução desta carência tem sido focada em aumentar o número de vagas e também aumentar o acesso às vagas existentes. Para um estado com as dimensões do Tocantins, a UFT tem testado diferentes políticas para garantir acesso à educação superior. A estrutura multicampus é uma dessas estratégias. Mas, apesar de contarmos com 7 campi espalhados pelas diferentes regiões do estado (a saber: regiões Norte, Centro, Sudeste e Sul), muitos sujeitos ainda não conseguem acesso ao ensino superior. Neste contexto, a UFT aderiu à modalidade de ensino à distância (EAD) e participa do sistema UAB (Universidade Aberta do Brasil). Para gerenciar os cursos ministrados na modalidade a distância, foi criado, em 2006, a Diretoria de Tecnologias Educacionais (DTE) que é responsável pela modalidade EAD dentro da instituição. O trabalho do DTE tem como eixo norteador a expansão e interiorização do conhecimento no Tocantins. São ofertados cursos de graduação, pós-graduação e extensão. Mas, o objetivo é, oferecer, prioritariamente, cursos de licenciatura e de formação inicial e continuada de professores da educação básica e oferecer cursos superiores para capacitação de dirigentes, gestores e trabalhadores em educação básica. (DTE, 2014). Atualmente, são ofertados os seguintes cursos de graduação na modalidade EAD: Licenciatura em Química, Licenciatura em Biologia, Licenciatura em Matemática, Licenciatura em Física e Bacharelado em Administração Pública. São 12 polos espalhados pelo estado do Tocantins e para o processo seletivo 2014.2, estão sendo ofertadas 781 vagas distribuídas em 16 polos. O DTE acredita que esta modalidade de ensino rompe a distância social e cultural em que se encontra a maior parte das pessoas, principalmente em nosso estado. (DTE, 2014). Também nós compartilhamos deste mesmo entendimento. A UFT tem como meta ofertar cursos de qualidade para formação inicial e continuada de professores para atuarem na educação básica no estado. Para fortalecer estes cursos foi implatado em 2010 o Fórum Permanente das Licenciaturas (UFT, 2010). Dentre as diretrizes norteadoras do Fórum, destaca-se a formação sólida de profissionais para atuarem na educação básica do estado. Para tal, a interação entre a universidade e Educação Básica é fundamental e para consolidar e implementar a esta

4 parceria, uma das políticas da UFT é adesão ao programa PIBID - Programa Institucional de Iniciação a Docência da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). A participação da UFT no programa PIBID foi aprovada em 2008 (CONSEPE, 2008). Segundo a CAPES, os objetivos do programa PIBID são: incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica; contribuir para a valorização do magistério; elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica; inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensinoaprendizagem; incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como coformadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério e contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura. (PIBID, último acesso em 27/10/14). Os objetivos do programa estão em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo Fórum Permamente das Licenciaturas, fornecendo o apoio financeiro e logísitco para consolidação da melhoria na formação dos professores almejadas pela UFT. Historicamente, a adesão ao PIBID na UFT tem aumentado consideravelmente. Em 2008, apenas 06 cursos de Licenciatura (Ciências Biológicas, Letras, História, Geografia, Matemática e Ciências Matemática) participaram do programa, que atendia escolas situadas em Arraias, Araguaína e Porto Nacional. Em 2010, 12 cursos de Licenciatura aderiram ao programa e escolas de Tocantinópolis foram inlcuídas no programa (PIBID, 2011). No último edital lançado pela CAPES (Edital nº 61/2013), 23 subprojetos foram contemplados e estão distribuídos em 11 áreas do conhecimento. Atualmente, a UFT tem 366 alunos bolsistas que atuam em 30 escolas de Educação Básica em conjunto com 54 professores supervisores. Destacamos que houve uma grande avanço neste edital: a inclusão de 03 cursos de Licenciatura ministrados na modalidade EAD. Os 03 subprojetos contemplados foram dos cursos de Física do Polo UAB Palmas, de Química do Polo UAB Gurupi e de Química do Polo UAB Porto Nacional. A importância da participação dos cursos EAD no projeto PIBID tem grande

5 relevância porque concordamos com as reflexões de Angoti (ANGOTTI, 2006) sobre esta modalidade de ensino: Não se trata de cumpir tabela ou cobrir lacunas, mas sim de garantir o acesso à Licenciatura, aos sujeitos interessados, com o mesmo potencial daqueles que frequentam nossas IES, excluídos porque residem e trabalham em locais distantes dos centros formadores desta área. (ANGOTTI, 2006). O projeto PIBID Física/EAD tem grupo de trabalho formado por 21 licenciandos bolsistas, 02 coordenadores de área (professores de magistério superior da UFT) e 04 supervisores (professores da Educação Básica). Os bolsistas atuam em 04 escolas Estaduais de Ensino Médio localizadas nos municípios de Palmas, Gurupi, Ananás e Araguatins. Em cada um destes municípios há um polo UAB/UFT e as Escolas envolvidas no projeto são: o Centro de Ensino Médio Castro Alves (CEMCA), Palmas, TO o Centro de Ensino Médio Bom Jesus (CEMBJ), Gurupi, TO o Centro de Ensino Médio Cabo Aparecido Araujo Paz (CEMCAAP), Ananás, TO e o Centro de Ensino Médio Antonina Milhomem (CEMPAM), Araguatins, TO. O número de bolsistas atuando em cada uma das escolas esta resumido na Tabela 1. Segundo a CAPES, os projetos PIBID devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola. (PIBID, último acesso em 27/10/14). Neste contexto, os bolsistas do PIBID Física/EAD inciaram as atividades didáticopedagógicas em março / 2010 nas Escolas de Educação Básica, em ambientes virtuais e também nos polos UAB/EAD/UFT. A inserção do bolsista no ambiente escolar é realizada controlodamente com atividades que são planejadas pelos coordenadores e supervisores e visam a formação do bolsista. Um dos grandes desafios enfrentados pelo grupo do PIBID/EAD foi a heterogeneidade das escolas de Educação Básica. Duas das escolas parceiras estão localizadas ao Norte, uma na região Central e situada na capital e outra mais ao sul. Na Tabela 2, listamos a distância de cada uma destas escolas da capital do Estado, a população do município onde se localiza a Escola (IBGE, 2014) e também dados de 2013 para IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

6 (ATLAS, 2013). Para notear as discussões, é útil utilizar as definições dadas pela PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Municípios com valores de IDHM entre 0,800 e 1 têm muito alto desenvolvimento humano, valores no intervalo de 0,700 a 0,799 são considerados de alto desenvolvimento humano e municípios com IDHM entre 0,600 e 0,699 são considerados de médio desenvolvimento humano. Os dados da Tabela 2, mostram, inequivocamente, que as escolas de Ensino Médio com as quais trabalhamos neste projeto estão inseridas em espaços geográficos e com níveis de desenvolvimento social, cultural e econômico muito distintos e, por isso, a metologia de trabalho com estas escolas não pode ser uniformizada, sendo, portanto, um desafio inerente à modalidade EAD. Para que o projeto PIBID Física/EAD seja um projeto bem sucedido na formação de licenciandos em Física e também contribua para a melhoria de ensino de Física, o conhecimento das particularidades e especificidade do ambiente escolar é imprescindível. Os bolsistas foram inseridos de maneira gradual no ambiente de cada escola. Inicialmente, estudaram o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola; investigaram o histórico escolar, descreveram as relações hierárquicas dentro do ambiente escolar, mapearam as atividades e projetos desenvolvidos na escola e também sondaram o espaço e as características físicas do ambiente escolar onde atuariam. Alguns dos dados referentes ao ambiente escolar e coletados pelos bolsistas estão resumidos na Tabela 3. Considerando-se que o estado do Tocantins foi criado em 1988, constata-se que as escolas foram criadas recentemente. Aparentemente a única excessão seria do CEMBJ, deve-se ter em mente que esta Escola só passou a ofertar ensino médio em 2001, ficando portanto incluída na consideração anterior. Apresentamos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para os anos finais do Ensino Fundamental Regular da rede pública dos municípios onde se localizam as escolas. Os dados foram coletados no sítio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep (INEP, 2014). Como referência para subsidiar as análises, valores de IDEB próximos a 6,0 correspondem a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos e é a meta a ser alcançada pelo Brasil

7 em 2022. Considere-se ainda que, em 2013, o valor do IDEB Brasil para o ensino médio na rede pública foi de 3,7. Os valores listados na Tabela 3 mostram aparente correlação entre o IDHM e a educação. As escolas de Educação Básica de Palmas e Gurupi têm desempenho superior às escolas de Araguatins e Ananás, que estão localizadas em regiões menos desenvolvidas do estado. Conforme comentamos inicialmente, número de alunos, número de turmas, número de funcionários, quantidade de exemplares de livros Física para consulta são fatores importantes que distinguem estas escolas. Depreende-se dos dados coletados pelos bolsistas, que a infraestrutura básica das escolas é semelhante. Mas, comparando o número de alunos, número de computadores, número de professores e número de turmas, conclui-se que a infraestrutura do CEMBJ é superior àquela encontrada nas demais escolas. As 04 escolas de Educação Básica compartilham da mesma realidade preocupante que atinge o ensino de Física no Ensino Médio em todo o país. Somente em Palmas há 01 professor licenciado em Física e, nas demais escolas, este número cai para zero. Cotejando este número com o número de turmas de cada escola, percebemos a gravidade da situação. Dados de 2007 mostram que no Brasil apenas 25% dos professores que ministram Física para o Ensino Médio são Licenciados em Física, equanto 34% são licenciados em Matemática (SANTOS, 2012). A situação poderia não ser alarmente se as políticas oficiais voltadas para a formação de professores estivessem suprindo vagas. Mas, tendo ainda por base os dados de 2007, constata-se que apenas 57% das vagas de ofertadas nos cursos de Licenciatura em Física no Brasil são preenchidas. E, dos inscritos, apenas 11% concluem o curso (SANTOS, 2012, ANGOTTI, 2006). Os dados listados na Tabela 3 são, de fato, preocupantes. Analisando o número de professores licenciados em Matemática, deduzimos que parte deles devem ministrar Física. Mas, novamente, com o número de turmas de Ensino Médio em mente, conclui-se que uma parcela dos professores que ministram Física são formados em outras áreas. Mais uma vez, a situação é compatível com o cenário nacional. Estas constatações se juntam a outros dois dados chocantes listados na Tabela 3: número de laboratório de Física / Ciências e número de laboratórios de Física em atividade. É consenso que as aulas de laboratório são imprescindíveis para o entendimento dos conceitos físicos. Um curso de Física sem aulas experimentais é inconcebível. A análise destes dados mostra que a situação é gravíssima e o licenciando em Física encontra uma situação realmente complicada. Neste sentido, a inserção

8 do bolsista na escola irá prepará-lo para a situação que encontrará futuramente no mercado de trabalho. Nenhuma disciplina da graduação poderia fornecer os conhecimentos para enfrentar esta realidade. É certamente um privilégio poder se inserir no ambiente escolar e ter a oportunidade de propor inovações metodológicas e ações no campo real. Os bolsitas do PIBID estão tendo uma oportunidade única de refletir sobre as diferenças regionais no estado e sua influência no ambiente de trabalho. Muito importantemente, as atividades sendo desenvolvidas no PIBID Física/EAD mostram aos futuros professores que é preciso ter estratégias claras que permitam discutir Física nos cursos de Educação Básica. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apresentou-se uma discussão sobre as etapas iniciais de inserção em ambiente escolar dos bolsistas do projeto PIBID Física/EAD na UFT. O foco das discussões foram os desafios inerentes ao trabalho na modalidade à distância. Tendo por base os dados coletados sobre o perfil de cada uma das escolas de Educação Básica participantes do projeto, constatou-se que a realidade escolar era bastante diversa. Assim sendo, o desenvolvimento de uma metodologia de trabalho adequada a cada um dos ambientes escolar mostrou-se de extrema importância. Este é um desafio inerente ao projeto PIBID em questão estar vinculado à licenciatura na modalidade EAD. Os demais projetos PIBID, que estão associados aos cursos presenciais, não enfrentam estes desafios, uma vez que as escolas parceiras estão em uma mesma região geográfica. Certamente, os desafios encontrados contribuem para a formação profissional única dos licenciandos bolsistas. Ficou evidenciado que é fundamental um conhecimento do contexto escolar para nortear o trabalho com os estudantes e também o trabalho no ambiente escolar. Conforme comentamos inicialmente, é preciso traçar estratégias adequadas à realidade local e tentar construir um ambiente favorável às discussões sobre os mais diversos temas da Física. A experiência vivenciada nos estágios iniciais de inserção no ambiente escolar enriqueceu o arcaboço de ferramentas que os futuros professores disporão para enfrentar a realidade de um professor de Educação Básica. O PIBID Física/EAD ainda tem muitos desafios a serem vencidos e estamos na fase inicial do trabalho, mas até o momento temos relativo sucesso em enfrentar problemas específicos de um projeto desta envergadura executado na modalidade EAD. Em um contexto geral, esperamos que a experiência propiciada pelo

9 projeto tenha uma contribuição positiva e fortaleça as discussões acerca do processo ensino-aprendizagem nos cursos de licenciaturas ministrados na modalidade educação à distância na UFT. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS PDI - PLANO de Desenvolvimento Institucional 2011-2015 (PDI) da Universidade Federal do Tocantins. Programas Institucionais. PIBID. Disponível em: <http://www.site.uft.edu.br/>. Acesso em: 28 outubro de 2014. ARAUJO, Renato Santos; VIANNA, Deise Miranda. A história da legislação dos cursos de Licenciatura em Física no Brasil: do colonial presencial ao digital a distância. Revista Brasileira de Ensino de Física. São Paulo, vol. 32, nº 4, pag. 4403, 2010. CUNHA, Silvio Luiz Souza. Reflexões sobre o EAD no Ensino de Física. Revista Brasileira de Ensino de Física. São Paulo, vol. 28, nº 2, pag. 151-153, 2006. OLIVEIRA, Paulo Murilo Castro de. Estamos avaliando bem os candidatos à docência no ensino superior? Revista Brasileira de Ensino de Física. São Paulo, vol. 26, nº 3, pag. i - Editorial, 2004. SANTOS, Cintia Aparecida Bento dos; CURI, Edda. A formação dos professores que ensinam Física no Ensino Médio. Ciência & Educação. São Paulo, vol. 18, nº 4, pag. 837-849, 2012. DTE - DIRETORIA de Tecnologias Educacionais da Universidade Federal do Tocantins. Disponível em: <http://ww1.uft.edu.br/dte/>. Acesso em: 27 outubro de 2014. UFT, Universidade Federal do Tocantins. Regimento do Fórum Permanente das Licenciaturas da Universidade Federal do Tocantins. 2010. Disponível em: <http://ww1.uft.edu.br/>. Acesso em: 28 outubro de 2014. CONSEPE Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do Tocantins. In: Resolução CONSEPE N. 10/2008: Aprovação da participação da UFT no Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência PIBID. Palmas, 2008.

10 PIBID - Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid>. Acesso em: 28 outubro de 2014. PIBID - Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência da UFT, 2011. Disponível em: <http://www.site.uft.edu.br/component/option,com_docman/itemid,291/task,doc_detail s/gid,3978/>. Acesso em: 28 outubro de 2014. ANGOTTI, José André Peres. Desafios para a formação presencial e a distância do físico educador. Revista Brasileira de Ensino de Física. São Paulo, vol. 28, nº 2, pag. 143-150, 2006. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. Brasília. Disponível em <http://www.cidades.ibge.gov.br/>. Acesso em: 28 outubro de 2014. ATLAS 2013 - Atlas do Desenvolvimento Humano (Mantido pela parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD; Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA e Fundação João Pinheiro). Dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010. Disponível em <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/>. Acesso em: 28 outubro de 2014. INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira Inep. Dados baseados no Censo Escolar, Prova Brasil e avaliações do INEP. Disponível em <http://portal.inep.gov.br/web/portal-ideb/>. Acesso em: 28 outubro de 2014. (INEP, 2014). Tabela 1: Número de bolsistas do PIBID atuando em cada uma das 04 Escolas de Educação Básica que participam do projeto PIBID Física/EAD. As siglas estão definidas no texto. CEMCA CEMBJ CEMCAAP CEMPAM de bolsistas 04 05 06 06 Fonte: Subprojeto PIBID Física/EAD, 2014 (PIBID, 2014). Tabela 2: Distância (Km), população e IDHM dos munícipios onde se localizam as 04 Escolas de Educação Básica que participam do projeto PIBID Física/EAD. As siglas utilizadas na tabela estão definidas no texto.

11 CEMCA CEMBJ CEMCAAP CEMPAM Distância de 0 234 506 612 Palmas (Km) População do 228.332 76.755 9.865 31.329 município IDHM do 0,788 0,759 0,671 0,631 município Fonte: Dados adaptado do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e obtidos por meio do Censo 2010 (IBGE, 2014) e do Atlas do Desenvolvimento Humano 2013 (ATLAS, 2013). Tabela 3: Dados coletados pelos bolsistas do projeto PIBID Física/EAD para caracterização do perfil das 04 Escolas de Educação Básica integrantes do projeto. As siglas estão definidas no texto. No item turno, as siglas M, V e N substituem as palavras Matutino, Vespertino e Noturno. A sigla OBF é uma abreviação para Olimpíada Brasileira de Física. CEMCA CEMBJ CEMCAAP CEMPAM Ano de 2001 1966 2002 2000 Fundação IDEB (2013) 4,6 4,1 3,8 3,8 de alunos 1360 685 538 1169 funcionários de 58 32 39 62 Turno M / V/ N M / V/ N* M / V/ N M / V/ N de turmas 34 21 17 28 professores professores formados Física professores formados Matemática laboratório de Informática de computadores Acesso à internet de 31 24 16 34 de 01 0 0 0 em de 05 04 04 03 em 01 02 01 01 20 45 18 17 sim sim sim sim Projetor 10 (01 08 02 04

multimídia exemplares de livros Física para consulta laboratório de Física / Ciências laboratório de Física em atividade Participação na OBF funcionando) 60 43 120 35 01 (móvel) 01 01 (móvel) 01 (móvel) 0 0 0 0 não sim não sim Auditório não sim sim (quadra) sim (quadra) Fonte: Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foram adaptados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira Inep (INEP, 2014). 12