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Transcrição:

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO RA: 31.900 PRINCÍPIOS DE PLANEJAMENTO PARA EVENTOS CELEBRATIVOS GARÇA-SP 2012

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO PRINCÍPIOS DE PLANEJAMENTO PARA EVENTOS CELEBRATIVOS Trabalho apresentado ao curso de bacharelado em turismo pela Faculdade de Ciências Humanas de Garça FAHU, como requisito parcial para o desenvolvimento da disciplina de Metodologia Científica e do Programa de Iniciação Científica - PIC da Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG Orientador: Prof. Msc. Rodrigo Amado dos Santos GARÇA-SP 2012

PRINCÍPIOS DE PLANEJAMENTO PARA EVENTOS CELEBRATIVOS RESUMO: Este trabalho tem o objetivo divulgar e discutir a importância que os eventos celebrativos assumem perante o processo de operacionalização do turismo de eventos, observando, tal segmento enquanto uma relevante ação socioeconômica para qualquer regiões, visto que, se bem planejado, coordenado e acompanhado, será capaz de gerar empregos diretos e indiretos, arrecadar tributos para o município/região em que estiver inserido, além é claro de também ser visto enquanto ferramenta para a prática da sustentabilidade local. Nesse contexto, o turismo de eventos apresentasse enquanto um mercado próspero, que caminha para sua ampla consolidação na economia turística, visto as características competitivas apresentadas devido à diversidade de oferta de destinos, que desejam sediar eventos. Assim, tomado como base as atividades turísticas, seus impactos na economia e na comunidade receptora de turistas, mostrando a importância para a elaboração do planejamento turístico desejado, este trabalho procurará pontuar a necessidade de se estruturar princípios/valores ao planejamento de eventos de cunho celebrativo. Palavras-Chave: Eventos Celebrativos. Gestão. Planejamento. Turismo. JUSTIFICATIVA O mercado de eventos vem crescendo no mundo de modo acelerado e diversificado. Nesse contexto, o que se percebe é a existência de pontos que contribuem para a expansão deste tipo de atividade, dentre os quais, poder-se-ia citar: o avanço das tecnologias e a globalização. A globalização e a tecnologia, juntamente com o arcabouço de instrumentos relacionados à suas cadeias de atuação, foram capazes de ampliar estratégias para identificar/potencializar o desenvolvimento e comercialização de produtos/serviços ligados à cadeia produtiva do turismo. Neste contexto o turismo de eventos também pode ser entendido como ferramenta capaz de proporcionar o desenvolvimento, não apenas turístico, mas também sócio-econômico aos centros urbanos, visto as características de atuação interdisciplinar de seu planejamento 1. 1 De acordo com BRAGA (2007, pág. 5-6) Que estuda a atividade turística pensa logo em dois elementos básicos: turista e destinação. Trata-se, porém, de uma área interdisciplinar que, muitas

Por meio deste planejamento, quando este for bem estruturado, monitorado e avaliado, a atividade turística pode avançar economicamente uma cidade. A exemplo disso, o Ministério do Turismo (2010, pág. 01) nos chamará atenção para o segmento de eventos mencionando que: O turismo nacional poderá chegar a 2014, ano de realização da Copa do Mundo no Brasil, comemorando a geração de 2 milhões de ocupações no setor, entrada de R$ 8,9 milhões em divisas internacionais e 73 milhões de desembarques domésticos. Essas são algumas projeções contidas no Documento Referencial Turismo no Brasil 2011/2014. No segmento hoteleiro, por exemplo, o segmento de eventos pode ser visto enquanto um mecanismo capaz de aumentar a taxa ocupacional dos hotéis, sendo, dessa forma, visto enquanto um instrumento capaz de renovar, ou até mesmo ampliar o leque de atividades e serviços capazes de entender a permanência, graças ao usufruto de suas características, dos hóspedes neste estabelecimento. Entretanto, o segmento de eventos não se relaciona, única e exclusivamente, com a cadeia produtiva hoteleira. Este poderá estabelecer vínculos com os demais itens visualizados na esfera da oferta turística de uma dada localidade, como também a todo setor econômico primeiro, segundo e terceiro setor. De acordo com Zanini e Faria (2003, pág. 03) os turistas de eventos chegam a gastar três vez mais do que um turista convencional de férias. Eventos bem produzidos garantem a chegada de turistas de varias regiões e até do mundo. Situação que vai ao encontro do explanado acima e que pode ser percebido na cidade de Barretos, localizada no interior do Estado de São Paulo, é a Festa do Peão de Boiadeiro. Neste acontecimento, há a possibilidade de se perceber como um evento, desde que bem estruturado, planejado, monitorado e avaliado, é capaz de movimentar uma cidade inteira, aumentando bruscamente os números da economia local. De acordo com o SEBRAE (1999, pág.51) A Festa do Peão tornou-se elemento fundamental para o processo de diversificação econômica ocorrido no município nos últimos anos. Em primeiro lugar, fomentou a geração de empregos no segmento de serviços voltados para o turismo e, em segundo lugar, ao divulgar a imagem country da cidade, permitiu o surgimento de um grande número de pequenas e médias empresas voltadas para a produção de artigos country. Nestes dois vezes, precisa recorrer ao embasamento teórico dos mais diversos campos do saber. Qualquer trabalho de planejamento turístico tem como pressuposto o conhecimento do destino turístico, chamado por muitos autores de núcleo receptor. Nele, são estudadas a oferta turística (atrativos, equipamentos e infraestrutura de apoio) e a comunidade local que interfere ativamente na atividade turística e, ao mesmo tempo, constitui-se no principal elemento a ser impactado pelos rumos do desenvolvimento do turismo, colhendo os frutos bons e ruins das consequentes mudanças socioeconômicas e ambientais. Outros aspectos a ser considerado é o estudo da demanda turística, que representa o elo entre o núcleo receptor e o núcleo emissor, origem do turista.

segmentos, existe grande potencial de crescimento, desde que sejam formuladas políticas capazes de resolver problemas cruciais. Na área de turismo é fundamental equacionar a questão da sazonalidade do afluxo de pessoas. Na área da indústria é necessário promover a capacitação empresarial e reestruturar muitas destas empresas, as quais operam de forma ineficiente, acomodadas aos mercados já conquistados. Sendo um evento bem estruturado, a cidade fica exposta na mídia regional e, dependendo de seu porte, até mesmo a nacional, passando assim, a ser um instrumento potencial de divulgação de sua localidade e região. Nesse sentido, é fato que quaisquer ações ligadas ao segmento de eventos podem ser vistas enquanto estratégias, minuciosamente detalhadas, que tem como função estabelecer uma comunicação afetiva, promover conhecimentos e propiciar ao indivíduo a tão almejada experiência memorável. Nesse sentido, Panosso Netto e Gaeta (2010, pág. 13) nos lembram bem que: na atualidade, uma das tendências que tem se apresentado com certa relevância e inclusive promovido a dedicação de estudiosos é a questão da alteração do conceito de consumo. Hoje os consumidores apresentam maior seletividade em relação aos serviços que consomem e aos produtos que adquirem, gerando uma demanda pela intensificação das experiências como uma das formas de satisfação pessoal e profissional. As pessoas buscam algo a mais, algo que lhes agregue valor perceptível, proporcionando sensações ímpares que diferenciem uns itens dos outros e permitam a seleção e a aquisição a partir de necessidades individuais. (...) Ao mesmo tempo, o mercado lança mão de uma série de recursos econômicos e ferramentas de marketing como um esforço para adequar sua produção e seus serviços a esse contexto. Contudo, para que isso seja possível de ser concretizado, há a necessidade de se efetuar um planejamento minucioso, bem como entendê-lo pelo pressuposto das fases de um evento. Dessa maneira: todo evento bem-sucedido depende, entre outros fatores, de uma competente administração de serviços necessários à execução das ações previstas no planejamento. Cabe a você, como organizador de eventos, administrar esses serviços, ou seja: distribuir tarefas e coordenar as pessoas encarregadas de realiza-las, zelando para que haja um trabalho articulado em função dos objetivos que pretende alcançar. Administrar é justamente isso: dirigir e controlar os esforços e os recursos necessários para alcançar determinados objetivos. A estrutura administrativa de um evento varia de acordo com as diferentes etapas do processo de produção. No período anterior ao evento (pré-evento), é necessária uma estrutura simples; ela se torna mais complexa no período de realização do evento e é desativada ao término do processo (pós-evento). (SENAC, 2000, pág.66-67) Dessa maneira, todo processo de planejar um acontecimento, com objetivo de manter uma organização conectada aos seus públicos de interesse, apresentasse enquanto uma ação que busca criar uma marca/conceito e assim reforçar a imagem

dos produtos, serviços, pessoas e organização, possibilitando, dessa forma, uma comunicação qualificada da instituição promotora perante o universo em que esta está inserida. Assim, todo planejamento de eventos, independentemente de sua segmentação, deve ter como objetivo alcançar a missão/visão que outrora fora estruturada. Para tanto, é necessário definir, com precisão, os procedimentos, planos e ações a serem executados para que assim os resultados esperados possam ser concretizados. Nesse quesito, o cerimonial não é diferente. Ao se estruturar o planejamento de suas ações, o gestor responsável por sua concepção e aplicação deverá contemplar e respeitar determinadas regras para que assim se possa assegurar uma condução coerente, sistemática e fidedigna aos valores outrora acordados entre as partes contratadas e concedentes. Assim, o cerimonial não dependerá apenas do desempenho de seu executor, como também de uma serie de regras que necessariamente deverão ser seguidas para se garantir que o processo operacional dê conta de atingir todas as ações e detalhes que farão com que este cerimonial seja bem visto pelo público participante 2. Por essa perspectiva, percebe-se que quaisquer ações panificadoras, independentemente da tipologia, porte e classificação a que se ligam, deverão, sempre e a todo momento, assegurar os melhores resultados, que no caso da atividade turística deverão beneficiar sua tríade como um todo. Já no caso específico da gestão e organização de eventos, há a necessidade de se assumir uma visão sistêmica de suas ações, de maneira a se contemplar não só as características dos elementos que compararão seu leque de atividade, como também suas interdependências e conectividades. Sobre essa análise sistêmica, Beni (2002, pág. 46) afirmará que: Pela conceituação de sistema como o conjunto de procedimentos, doutrinas, ideias ou princípios logicamente ordenados e coesos, com intenção de descrever, explicar ou dirigir o funcionamento de um todo, tivemos em mente situar o Turismo, em toda sua abrangência, complexidade e multicausalidade, em um esquema sintetizador dinâmico que demonstre as combinações multifacetadas de forças e energias, 2 No que diz respeito a esse processo, há a necessidade básica de seu gestor possuir um cuidado extremo durante sua etapa de planejamento e operacionalização. Para tanto, é de bom tom que se defina e se execute, antecipadamente, os seguintes pontos: o cronograma de cortejo da cerimônia e da recepção; o envio do cronograma/plano aos profissionais contratados para garantir o perfeito entrosamento e execução das atividades outrora traçadas; a forma como a recepção e a acomodação dos convidados será procedida; e no dia de sua execução, há a necessidade de se verificar, acompanhar e coordenar de forma permanente as condições de qualidade e desempenho dos serviços e profissionais contratados..

sempre em movimento, de modo a produzir um modelo referencial. Este deve ter a capacidade de retratar, até seus limites máximos, a configuração que tenta assumir um fenômeno como o do Turismo, tão sujeito a variáveis internas e externas que escapam, no momento da análise cientifica, a praticamente todo esforço de cristalização para se poder estuda- las, determiná-las e avalia-las. Nesse sentido, ao contemplar o processo de planificação de quaisquer eventos percebe-se que existem pontos básicos a serem estruturados, sendo estes: nome do evento; objetivo de fácil de assimilação pelo público-alvo, sendo bem definido; ter conhecimento do numero total de convidados e quais a comunicação devem ser adotadas; data do evento e do horário é vital importância. A escolha do local adequado, observando-se facilidades de acesso, condições turísticas, infraestrutura de hospedagem e alimentação; condições econômica dos participantes, concentração de público-alvo, estacionamento (vagas, segurança, custo para promotora de eventos e preço para usuários), áreas externas (tendas, banners e outros). Durante seu processo de organização, há a necessidade de se elencar um profissional responsável pela execução dos planos outrora traçados, lembrando sempre que todos os afazeres deverão, minuciosamente, serem executados com qualidade. Nesse sentido, é importante que a recepção aos participantes seja vista como um dos momentos cruciais de sua operacionalização. Afinal de contas, será nesse instante que tal clientela terá a primeira impressão sobre o evento e a entidade promotora, percebendo, de forma direta ou indireta, questões como eficiência, trabalho de equipe, gestão e organização de espaço 3. Assim, percebe-se que o processo de planejamento, organização e execução de um cerimonial de eventos é um trabalho minucioso que deve ser visto enquanto um instrumento de auxílio no dia-a-dia de quem trabalha com eventos. Nesse contexto, vale lembrar que o sucesso de um evento está diretamente ligado à elaboração de seu planejamento e organização. Assim, quanto maior for o esforço, maior serão as possibilidades de se atingir os objetivo esperado. Dessa maneira, tal mecanismo torna-se imprescindível não somente no processo de elaboração, como também no de execução e na tomada das primeiras 3 Para isso, o critério para identificação é (ordem alfabética, números de inscrição), para a seleção de recepcionistas e secretários bem preparados e uniformizados e com crachá de identificação. A decoração deverá ter caráter do evento, e pode ser feito com painéis, flores. Faixas e balões. Uma decoração discreta da melhores efeitos. Os espaços de circulação de publico podem se aproveitada para dar visibilidade a projeto, produto e etc.

decisões, de tal forma que corroborem no planejamento de alguns requisitos necessários, como: definições dos objetos, público e o principal recurso utilizado para a execução. Dessa maneira, a situação problema da discente será a indagação sobre a conscientização, independentemente do tipo de evento celebrativo, sobre a importância que tais atos (pré/evento/pós) para que empresas ligadas a este setor possam se especializar de acordo com os preceitos exigidos deste nicho de evento e, assim, fidelizar seus clientes e perpetuar a marca/imagem de seus respectivos estabelecimentos. OBJETIVOS: Evidenciar a importância social, econômica e cultural que os eventos assumem perante a estruturação da cadeia produtiva do turismo; Conhecer técnicas e procedimentos voltados para o planejamento e a organização de eventos que potencializem a prática de eventos celebrativos; PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Etapa 01: Execução de pré-projeto Etapa 02: Levantamento bibliográfico: livros, revistas especializadas, artigos científicos, relatórios de empresas e instituições, periódicos locais, etc; Etapa 03: Formatação dos dados prévios; Etapa 04: Formatação e finalização geral do projeto.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO: Cronograma de execução Etapas ANOS 2012 Meses Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Etapa 01 Etapa 02 Etapa 03 Etapa 04 Etapas ANOS 2013 Meses Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Etapa 01 Etapa 02 Etapa 03 Etapa 04

Cronograma de execução ANOS 2014 Meses Etapas Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Etapa 01 Etapa 02 Etapa 03 Etapa 04 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. São Paulo: SENAC, 2002. MINISTÉRIO DO TURISMO. Estudo aponta para crescimento do turismo brasileiro. Brasília: MTur, 2010. Disponível em: http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/geral_interna/noticias/detalhe/20 100621.html. Acesso em: 04.jun.2012 ZANINI, Carlos Robertoi; FARIAS, André Luiz Lopes de. Eventos: uma ferramenta para o desenvolvimento turístico. Disponível em: http://www.etur.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=1493. Acesso em: 06.mai.2012.