MEMÓRIA DA REUNIÃO COM ASSOCIAÇÃO COMERCIAL Memória de Reunião Local: Sala de reunião da SRE Edf. Sede da Sefaz 8º andar Horário: 10h50 Data: 30/4/2009 Abertura da reunião A reunião aberta pela secretária da Sefaz Fernanda Vilela contou com as presenças do Secretário Adjunto, Maurício Toledo; Superintendente da Receita Estadual; presidente da Associação Comercial de Maceió, José Geminiano Acioli Jurema, empresários do segmento de autopeças. Também estiveram presentes na reunião Gerente de Políticas Públicas do SEBRAE, Maria Izabel Vasconcelos; Diretor de Tributação da Sefaz, Ronaldo Rodrigues; Representantes da Sefaz na COTEPE, Mário Sérgio e Alexandre Lessa; a Coordenadora do Fórum Permanente A Sefaz e a Sociedade, Maria Milhomes; Diretor de Mercadoria em Trânsito (DMT) Marne, Gerente de Mercadorias em Trânsito, Ivanildo; Gerente de Substituição Tributária, João Cabral, entre outros. Fernanda Vilela ressaltou que é interesse do governo que o comércio tenha condições de expansão, mas que o estado não pode abrir mão de sua arrecadação e que se o Estado se desorganizar nesse momento, o Estado ficará inviável economicamente devido às demandas de um lado o que faz o tributo e de outro, o que diz: existe uma sociedade que vive abaixo da linha de pobreza e precisa de segurança, saúde, segurança, entre outras necessidades básicas. O grande cliente do Estado é o Setor de Autopeças que no momento reconhece que está impossibilitado de ser adimplente. A substituição tributária é um instrumento de arrecadação, facilitador que o supremo legitimou e tem sido usada em outros estados. Alagoas não dispõe de instrumentos técnicos como os outros, é um Estado que precisa do Estado. É necessário que se adote uma arrecadação mínima para dar suficiência ao Estado. Buscamos o rigor técnico sob pena de não poder dar esse suporte estadual. Não podemos perder tempo. Temos a folha de Pagamento do servidor público, a Lei de Responsabilidade Fiscal, mecanismos homem-hora, que a máquina não pode fazer o trabalho. Não podemos deixar de pagar salários e nem os fornecedores. Afirmou Fernanda Vilela. 1
1. Mercadorias apreendidas em excesso A Secretária Fernanda Vilela explicou que a elevação do número de apreensões deve-se a necessidade de adesão do Estado de Alagoas a diversos protocolos. Ressaltou que várias empresas não se habilitaram ao credenciamento da Instrução Normativa número 30/2007(que autoriza o recolhimento no dia 09 do mês subsequente da entrada da mercadoria no Estado de Alagoas), o que acarreta a cobrança no Posto Fiscal de Fronteira, no momento em que é lavrado o Termo de Apreensão ou Termo de Depósito Informatizado, que é o instrumento efetuado para cobrança de ICMS antecipado e substituição tributária sem multa é lavrado no Posto Fiscal do Distrito Industrial, para as transportadoras credenciadas. Observou que ocorre também varias apreensões de mercadorias de empresas que estão com restrição (débitos) em relação ao ICMS antecipado da Lei 6474/2004. Marcos Araújo (DMT) disse que a maioria das apreensões de mercadorias aconteceu em conseqüência do Estado signatário não estar pagando tributos e as obrigações acessórias e que a instrução para a fiscalização é cobrar o que é devido ao Estado ou apreender mercadorias. Os empresários solicitaram à fiscalização que em casos do erro ser do fornecedor de mercadorias, e as mercadorias serem apreendidas por culpa destes, que a Sefaz tome providências no sentido de correção da multa debitando para o fornecedor e não para o contribuinte distribuidor, que vem sofrendo concorrência desleal de sonegadores. Foi solicitado pela Secretária Fernanda Vilela e Secretário Adjunto Mauricio Toledo que os contribuintes fizessem denúncia, e que não precisavam se identificar, mas que fornecessem subsídios para que a inteligência fiscal fosse acionada. Vamos fazer uso da Inteligência Fiscal por que queremos um Estado melhor. Precisamos dos contribuintes e que os impostos sejam melhor arrecadados. O governo não trata desigualmente os iguais. Esse é o 2. dilema do gestor, pensar e fortalecer juntos. Afirmou Fernanda Vilela. Transportadoras do SUL e SUDESTE que não estão querendo pegar 2
Serviço de frete de peças para Alagoas em função do alto índice de apreensão de mercadorias Com o advento do Protocolo 41 /2008 e do Decreto 4096/2008, passou a exigir o credenciamento na Instrução Normativa número 30 /2007 ou pagamento no Posto Fiscal de Fronteira. 3. As transportadoras estão querendo cobrar uma taxa de 5% sobre a armazenagem de mercadorias apreendidas já que são fiéis depositárias das mesmas As transportadoras estão querendo cobrar uma taxa de 5% sobre a armazenagem de mercadorias apreendidas já que são fiéis depositárias das mesmas 4. MVA alto em relação aos estados vizinhos A secretária esclareceu que o Protocolo 41/08 pouco difere do 36/04, não se sabendo o quanto está afetando os contribuintes. Alagoas demorou assiná-lo em deferência a São Paulo, mas que não pode ficar de fora desta legislação. Pernambuco e Paraíba vêm solicitando a assinatura do mesmo, mas São Paulo fechou a entrada. Em Alagoas o Estado é o maior comprador seguido pelo setor sucroalcooleiro. Maurício Toledo observou que o segmento de Autopeças representa aproximadamente um por cento e meio (1,5%) de toda a arrecadação do Estado, o que é muito significativo e que a carga de MVA aplicada pelo protocolo em questão é de 40%, abaixo do mercado econômico. Continuou dizendo que o setor sucro alcooleiro não está pagando os fornecedores. A Sefaz não pode abrir mão das MVAs, mas pode combater abusos, contribuir em apoio logístico e nas questões das multas por apreensões de mercadorias. O Presidente da Associação Comercial pediu desculpas pela insistência da reunião com a Secretária, mas que se fazia necessária diante das reivindicações dos empresários. É preciso achar uma saída para a redução da carga tributária que onera o setor de Autopeças. Gostaria que fosse revisto o MVA dentro do contexto da economia do Estado.. Geminiano acredita que a Sefaz dentro da legalidade vai procurar atender o pleito em questão. 3
Observou-se durante a reunião que: A MVA é a mesma e a variação ocorre conforme a origem e o tipo do produto 1. A adesão do Estado de Alagoas ao Protocolo ICMS 41/08 aconteceu, especialmente, em vista do esvaziamento do Protocolo ICMS 36/04 que até então regulava o instituto da substituição tributária no segmento de autopeças. Esvaziamento esse, facilmente explicado se considerarmos que os Estados detentores dos grandes centros industriais de peças automotivas, como exemplo de: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e mais recentemente o Rio de Janeiro, serem signatários do referido protocolo. 2. Os Estados que ainda permanecem no Protocolo 36/04 (AC, MT, CE, ES, PB, PE e SE), vem tentando migrar para o Protocolo 41/08, o que ainda não se concretizou em razão da resistência do Estado de São Paulo, que por questões políticas, apenas tem permitido a adesão individual de cada um desses Estados (ver PP 119/09). 3. As MVA s (Margem de Valor Agregada) originais do Protocolo 41/08 permaneceram inalteradas (percentuais de 26,50% e 40%) em relação às margens do Protocolo 36/04. A novidade, no entanto, deve-se a aplicação da MVA ajustada, que está sendo gradualmente adotada nos protocolos firmados no âmbito do CONFAZ, e que tem por finalidade a equalização da carga tributária final de ICMS no caso de aquisições de mercadorias com alíquotas interestaduais diferentes da alíquota interna da unidade federada de destino (ver DESP 88-09). 4. Em pesquisa realizada nas Legislações dos Estados de Sergipe (RICMS/SE, TAB IV, ANEXO IX) e Rio Grande do Norte (RICMS/RN Art. 944-D 5º e 6º), salvo disposições em legislação diversa, as MVA s preceituadas no Protocolo ICMS 36/04 (percentuais de 26,50% e 40%), dos quais os referidos Estados são signatários, vem sendo respeitadas. 5. O Estado da Paraíba mantém em sua legislação o Dec. 25.516/04, que prevê no seu Art. 2º, 1º a MVA de 30% para o segmento de autopeças, contrariando as disposições do Protocolo ICMS 36/04, sendo assim, infringindo o art. 155, 2º, inciso XII, alínea "g" da Constituição Federal e a Lei 4
5. Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, que regulamentam as concessões de benefícios fiscais no ordenamento jurídico brasileiro. Outros Foi proposto pela Sefaz ao segmento de Autopeças para verificar a procedência das multas por culpa do Estado signatário para depois uniformizar-se a legislação relativa à sonegação fiscal. Sugeriu-se que os empresários se reunissem com os sindicatos e contadores para encontrarem juntos o caminho e que o João Cabral faria palestra esclarecendo-os sobre a MVA e que o Ronaldo Rodrigues após subsídios repassados pelos empresários fizesse minuta de Instrução normativa, cujo prazo foi estabelecido pelo próprio Ronaldo, de 15 dias. Ao encerrar o evento a secretária enfatizou que não existe decisão de gabinete, a decisão será discutida e trabalhada. Maria Lopes Milhomes Coordenadora Geral do Fórum Permanente A Sefaz e a Sociedade Fone: 88338550 5