ANEXO I REGULAMENTO TÉCNICO PARA O TRANSPORTE DE ALIMENTOS, MATÉRIA- PRIMA, INGREDIENTES E EMBALAGENS.



Documentos relacionados
RESOLUÇÃO SESA Nº 465/2013 (Publicada no Diário Oficial do Estado nº 9036, de 04/09/13)

Frutas e Hortaliças embaladas Aspectos Legais

*RESOLUÇÃO SMSDC Nº DE 16 DE FEVEREIRO DE 2009

Alimentos Minimamente Processados : controle sanitário e legislação

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ - SESA SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA. Nota Técnica nº 08/13 DVVSA/CEVS/SESA 29 de agosto 2013.

NOTA TÉCNICA SPEIS/VISA nº 02/2015

adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

RESOLUÇÃO SMG N Nº 604 DE 11 DE SETEMBRO DE 2002 (DOM )

Art. 1º - O artigo 104 do Decreto Estadual nº , de 20 de fevereiro de 1987, passa a vigorar com a seguinte redação:

revoga: Resolução nº 14 de junho de 1978 Resolução nº 15 de abril de 1978 RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº. 268, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.

Tania Pich Gerente Geral de Saneantes - ANVISA

RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 264, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.

REVISTA SAÚDE TRABALHAR COM TRABALHAR COM A POR ONDE COMEÇAR? 29/9/2010 SETEMBRO DE 2010 UFSM UFSM. PPHO na Indústria de Laticínios

Considerando que o trânsito de alimentos em condições seguras pressupõe a preservação da saúde e do meio ambiente;

CONTRATAÇÃO DE TERCEIRIZAÇÃO PARA PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES

DATA: 04/05/2015 ARENA DO CONHECIMENTO TEMA: BOAS PRÁTICAS NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS PALESTRANTE: NÁDYA MOLINA

RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº. 273, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.

RESOLUÇÃO - RDC Nº. 176, DE 21 DE SETEMBRO DE 2006.

Dispõe sobre a Licença Sanitária de Pequenas Fábricas Rurais de Laticínios e dá outras providências.

Manual de Normas, Rotinas e Procedimentos Sumário ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Resolução RDC nº 273, de 22 de setembro de 2005

Aspectos regulatórios referentes à conservação de alimentos pelo frio

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC N 6, DE 30 DE JANEIRO DE 2012

FORMULÁRIO DE AUTO-INSPEÇÃO PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO

Lista de Verificação de Cantinas Escolares

RESOLUÇÃO RDC ANVISA Nº 345, DE 16 DE DEZEMBRO DE (D.O.U. de 19/12/02)

RESOLUÇÃO - RDC No- 218, DE 29 DE JULHO DE 2005 (*)

WebSite da Vigilância Sanitária

2. Conforme exigido no Anexo II, item 1.4 do edital os produtos devem atender às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e emprego.


Diário Oficial da União Seção 1 DOU 11 de dezembro de 2013 [Páginas 76-77]

Legislação Sanitária. Segmento de FLV Higienizados Minimamente Processados

COLETA DE AMOSTRA 01 de 06

PROJETO DE LEI Nº, DE 2005

Sandra Heidtmann 2010

NOTA: Procedimentos revistos pela ASAE

Formalização do Funcionamento de. Nutrição. Profª. Mônica de Caldas Rosa dos Anjos

colas. Qualidade e segurança

FARMÁCIAS E DROGARIAS

Qualidade da água para consumo humano

CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE TERCEIRIZAÇÃO PARA PRODUTOS FARMACÊUTICOS NO ÂMBITO DO MERCOSUL

Boas Práticas de Fabricação

Diário Oficial da União Seção 1 DOU 26 de julho de 1999

PORTARIA CRN-3 N. 262/2012

DISTRIBUIDORA DE COSMÉTICOS

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA INDAIATUBA/SP

Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LEITE EM PÓ MODIFICADO, em anexo.

PAC 11. Controle da matéria-prima, ingredientes e material de embalagens

SECRETARIA EXECUTIVA DE PROMOÇÃO A SAÚDE GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Orientações

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NORMA TÉCNICA 2/07

PORTARIA ESTADUAL SES/RS Nº 542/06 D.O.E. 19 de outubro de 2006

O manipulador de alimentos tem que conferir todas as informações do rótulo?

Portaria nº 491/2015-GS/SESaP, 26 de outubro de 2015.

ROTEIRO PARA COLETA DE ALIMENTO EM CASO DE SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDA POR ALIMENTO DTA

Plano Escrito de Procedimentos. Monitorização Ações corretivas Verificação Registros

considerando que os regulamentos técnicos da ANVISA de padrões de identidade e qualidade de alimentos devem priorizar os parâmetros sanitários;

RESOLUÇÃO N 24, DE 08 DE JUNHO DE 2015

AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NAS ILPI

adota a seguinte Consulta Pública e eu, Diretor Presidente, determino a sua publicação:

Reunião Técnica Nacional sobre Pesquisa com Agrotóxicos, 30/Out/2012. Princípios de Boas Práticas de Laboratório (Campo), na pesquisa com Agrotóxicos

RESOLUÇÃO SEMA Nº 028/2010

O consumidor deve estar atento às informações do rótulo?

Enquadramento legal Item da RDC ANVISA Nº 216/04. N Recipientes para coleta de resíduos Item da RDC

Em Distribuidora de Medicamentos, Correlatos, Cosméticos e Saneantes Domissanitários.

Rotulagem de alimentos embalados. Prof. Ismar Araújo de Moraes Departamento de fisiologia e Farmacologia da UFF Medico Veterinário S/SUBVISA-RIO

REGULAMENTO DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL TÍTULO II CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS

Resolução RDC nº 52/ SERVIÇO CONTROLE DE PRAGAS (DEDETIZAÇÃO) - FUNCIONAMENTO - NOVAS REGRAS - ADEQUAÇÃO EM 180 DIAS

LISTA DE VERIFICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO. BASEADO NA RESOLUÇÃO RDC N o 216 / MS / ANVISA

REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE

1. REGISTRO DE ESTABELECIMENTO DE PRODUÇÃO, PREPARAÇÃO, MANIPULAÇÃO, BENEFICIAMENTO, ACONDICIONAMENTO E EXPORTAÇÃO DE BEBIDA E FERMENTADO ACÉTICO.

QUALIDADE DA CONSERVAÇÃO, MANIPULAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DOS PEIXES COMERCIALIZADOS NOS BOXES DO MERCADO PÚBLICO DE SÃO JOSÉ EM RECIFE-PE.

RDC 60. Perguntas e Respostas. RDC nº 60, RDC 60 - PERGUNTAS E RESPOSTAS

RESOLUÇÃO-ANVISA Nº 263, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

Esclarecimento 8/2014

Portaria RS/SES nº 1238 DE 28/11/2014

Anais da 3ª Jornada Científica da UEMS/Naviraí

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Art. 3º Para efeito deste Regulamento são adotadas as seguintes definições:

PORTARIA SMS Nº 028, de 9 de outubro de 2014.

Uma arte que deve andar lado a lado com a saúde. Secretaria de Saúde de Vila Velha Vigilância Sanitária

Ref.: Resolução RDC/ ANVISA n.º 43, de DOU 1, de Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DIRETORIA COLEGIADA RDC N 24, DE 8 DE JUNHO DE 2015

DECRETO Nº 4.074, DE 04 DE JANEIRO DE 2002:

(HOJE É FEITO POR PETICIONAMENTO ELETRÔNICO NO SITE DA ANVISA)

RDC Nº 48, DE 25 DE OUTUBRO DE 2013

Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA

ORIENTAÇÕES TÉCNICO-SANITÁRIAS EM EVENTOS NO MUNICÍPIO DO RJ

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS <!ID > RESOLUÇÃO Nº 15, DE 17 DE JULHO DE 2006

ASSUNTO: Vigilância Sanitária e Ambiental em Carro Pipa

NRR 5 - Produtos Químicos

DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO E DA APLICAÇÃO DO CERTIFICADO SANITÁRIO NACIONAL OU DA GUIA DE TRÂNSITO

Sistema Integrado de Licenciamento - SIL

COMIDA DE RUA: SEGURANÇA ALIMENTAR E CRITÉRIOS DE FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DIVISÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Centro Estadual de Vigilância em Saúde Núcleo de Estabelecimento de Saúde PODOLOGIA

ROTULAGEM RASTREABILIDADE COMERCIALIZAÇÃO do QUEIJO. José António Rousseau - Director Geral 1

RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA RDC Nº 45, DE 19 DE SETEMBRO DE (Alterada pela Resolução RDC n 48, de 25 de setembro de 2014.

Resolução DC/ANVISA nº 45, de DOU de

Transcrição:

RESOLUÇÃO.../SESA/PR O Secretário Estadual de Saúde, no uso de suas atribuições legais e: CONSIDERANDO a Portaria nº 326/1997/SVS/MS, a Resolução RDC nº275/2002, a Resolução RDC nº 216/2004, da ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Lei nº 13331/2001 que dispõe sobre o Código de Saúde do Paraná CONSIDERANDO a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de vigilância sanitária, visando a segurança alimentar e as condições higiênicosanitárias no transporte de alimentos no âmbito estadual: RESOLVE: Artigo 1º - Aprovar o Regulamento técnico com os procedimentos de boas práticas a serem observados no transporte de alimentos, matéria-prima, ingredientes e embalagens no Estado do Paraná, constante no ANEXO I, parte integrante desta Resolução. Artigo 2º - Os veículos transportadores de alimentos em qualquer de sua fase de produção, ou seja, matéria-prima, insumos, embalagem, produto elaborado, préprocessado, processado, descrito no ANEXO I deste regulamento, ficam obrigados a cumprir as boas práticas, bem como os procedimentos operacionais padronizados estabelecidos no Regulamento aprovado por esta Resolução. Artigo 3º- O não cumprimento ao disposto no Regulamento aprovado por esta Resolução configura infração sanitária, punível nos termos da legislação específica e da Lei nº 13331, de 23 de novembro de 200, a saber, o Código Sanitário do Estado do Paraná. Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Resolução nº 19/1990 da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. ANEXO I REGULAMENTO TÉCNICO PARA O TRANSPORTE DE ALIMENTOS, MATÉRIA- PRIMA, INGREDIENTES E EMBALAGENS.

1. ALCANCE 1.1 Objetivo: Estabelecer as boas práticas de transporte de alimentos a fim de garantir a qualidade, inocuidade e condições higiênico-sanitárias dos produtos. 1.2 Âmbito de aplicação: Este Regulamento Técnico se aplica a todo veículo de transporte de alimentos em qualquer fase de produção, matéria-prima, ingredientes, descartáveis e embalagens para alimentos no Estado do Paraná. Exclui-se deste Regulamento, veículos que sejam caracterizados como comércio ambulante e em feiras-livres onde há preparo de alimentos para oferta direta e imediata ao consumidor. O cumprimento dos requisitos constantes nesta norma não excetua a aplicação de outras legislações que de alguma maneira venham a complementá-la. 2. DEFINIÇÕES Para efeito desta norma, se define como: 2.1. Alimento processado: são os alimentos preparados, pré-cozidos ou cozidos, que para o seu consumo não necessitam da adição de outro(s) ingrediente(s). Podem estar prontos para o consumo imediato ou requererem aquecimento ou cozimento complementar. 2.2. Matéria-prima: toda substância de origem vegetal ou animal, em estado bruto, que para ser utilizada como alimento precise sofrer tratamento e/ou transformação de natureza física, química ou biológica. 2.3. Higienização: Procedimento de limpeza e desinfecção. 3. EXIGÊNCIAS: 3.1 Os veículos de transporte de alimentos, matérias-primas, ingredientes, descartáveis e embalagens para alimentos devem apresentar-se em bom estado de conservação, limpos, organizados e livres de pragas e vetores, produtos tóxicos, substâncias e objetos estranhos à atividade, além de garantir a integridade e a qualidade dos produtos transportados.

3.1.1 É proibido o transporte de pessoas e animais no compartimento de carga, em veículos de transporte de alimentos, matérias-primas, ingredientes, descartáveis e embalagens de alimentos. 3.1.2 A cabine do condutor deve ser isolada do compartimento de carga. Parágrafo único - Não é permitido repousar, viajar, ou transportar pertences pessoais no compartimento de carga. 3.2 É expressamente proibido o transporte de produtos que representem risco à saúde em veículos que transportem alimentos, matérias-primas, ingredientes, descartáveis e embalagens de alimentos, mesmo que submetidos à lavagem e desinfecção. 3.3 Os veículos de transporte devem ser higienizados de acordo com as características de carga e dos produtos transportados. 3.3.1 Os procedimentos para utilização e higienização dos tanques para transporte de alimentos devem ser descritos em forma de POP Procedimento Operacional Padronizado. 3.3.2 Os materiais utilizados para proteção e fixação de cargas (cordas, lonas plásticas, encerados e outros) devem estar íntegros, limpos, não devendo constituir fonte de contaminação ou dano para o produto. 3.4 os compartimentos de carga dos veículos de transporte fechado devem ser revestido (s) de material liso, resistente, impermeável, atóxico e lavável. 3.5 As operações que envolvam do ato de carregar, transportar e descarregar não podem oferecer risco de contaminação, dano ou deterioração dos produtos. 3.6 Os alimentos, matérias-primas, ingredientes, descartáveis e embalagens para alimentos não devem ser dispostos diretamente sobre o piso dos veículos. 3.7 Os veículos destinados ao transporte de alimentos que necessitem de controle de temperatura, resfriados, congelados ou aquecidos, devem possuir equipamentos que garantam a mesma dentro dos parâmetros exigidos pela legislação durante todo o procedimento de transporte. 3.7.1 Os veículos de que trata o item anterior devem ser providos permanentemente de instrumentos de medição que permitam o monitoramento da

temperatura durante as operações de transporte de modo a garantir a temperatura exigida para o tipo de produto transportado. 3.7.2 Os instrumentos de medição devem ser calibrados e de fácil leitura. 3.8 Os alimentos perecíveis crus ou prontos para o consumo que necessitem de controle de temperatura para sua conservação devem ser mantidos durante o transporte nas seguintes especificações: I Produtos congelados: conforme a especificação do fabricante ou no mínimo a 12ºC II Pescados resfriados crus: no máximo a 3º C ou conforme legislação específica, se houver, ou do embalador, atendendo a mais restritiva. III Alimentos prontos para consumo, preparados com pescados crus: no máximo a 3ºC; IV Carnes e derivados resfriados crus: No máximo a 7º C ou conforme especificação da rotulagem, considerando sempre a mais restritiva. V Alimentos prontos para o consumo preparado com carnes cruas: no máximo a 5ºC; VI Leite e derivados lácteos: conforme especificação do fabricante ou no máximo a 7º C quando não especificado. Parágrafo único: Caso o produto tenha temperatura na rotulagem diferente da legislação específica do produto, atender o fabricante. VII Outros alimentos resfriados, atender o determinado na rotulagem pelo fabricante e em caso de produtos prontos para consumo não rotulados no máximo a 5ºC. VI Produtos preparados que devem ser servidos quentes: no mínimo a 60ºC. 3.9 Os produtos que tiverem como exigência a manutenção de temperatura de resfriamento, congelamento ou a quente deverão ser transportados em veículos que propiciem a manutenção das temperaturas especificadas no item 3.8, de acordo com a categoria. 3.9.1 O compartimento refrigerado dos veículos deve estar com a temperatura pré-condicionada antes de serem carregados.

3.9.2 O transporte de refeições prontas para consumo deve ser realizado em veículos fechados ou compartimentos fechados e próprios para este fim. 3.9.3 As refeições prontas para consumo devem ser acondicionadas em recipientes de superfície adequada ou embalagens próprias para os alimentos, devidamente identificados com o nome e o endereço do estabelecimento produtor, identificação do produto, a data de preparo e o prazo de validade e a temperatura de conservação. 3.9.4 É permitida a utilização de caixa isotérmica ou similar, com revestimento interno e externo de material liso, impermeável, de fácil higienização, atóxico, com tampa ou outro sistema de fechamento e proteção. 3.9.5 Os alimentos prontos para consumo só podem ser transportados com outros alimentos desde que devidamente protegidos, separados, de forma a evitar a contaminação cruzada. 3.10 TRANSPORTE DE ÁGUA POTÁVEL EM TANQUE: I Os tanques, válvulas e equipamentos dos veículos transportadores devem ser exclusivos para o armazenamento e transporte de água potável; II O tanque deve ser de material anticorrosivo, atóxico, liso, de fácil higienização, e que não altere a qualidade da água transportada; III Provido de indicador do nível de água, bocal de alimentação com tampa que permita o fechamento hermético; IV Provido de sistema de drenagem que permita total escoamento da água contida em seu interior; V Provido de mangueira para transferência da água para o tanque reservatório do usuário dotado de proteção nas extremidades próprias ao contato com a água, em bom estado de higiene e conservação; VI O tanque deve ser higienizado sempre que houver mudança na origem da água e obrigatoriamente a cada quatro meses. O POP (Procedimento Operacional Padronizado) de higienização do tanque deve acompanhar o transporte, junto com a licença sanitária, bem como o formulário de registro das datas de higienização; VII Os produtos para higienização, de que trata o item V, devem ser regularizados junto ao Ministério da Saúde Anvisa;

VIII No POP de higienização devem constar à freqüência, produtos utilizados, método de higienização, responsável, e o monitoramento, expressando quem monitora, método utilizado e freqüência; IX Manter o registro com dados atualizados sobre o fornecedor e a fonte de água; X - Manter registro atualizado das análises de controle da qualidade da água; XI Assegurar que a água fornecida contenha um teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/l; XII É obrigatório a inscrição no veículo transportador de forma visível a inscrição ÁGUA POTÁVEL e os dados de endereço e telefone para contato. 3.11 TRANSPORTE DE ALIMENTOS A GRANEL EM CAMINHÕES TANQUE I É proibido o transporte de alimento a granel em qualquer estado físico, líquido, pastoso, gel, ou outro, em qualquer fase do processamento em tanques que sejam utilizados para outros fins, que não o armazenamento e transporte de alimentos; II O tanque deve ser de material anticorrosivo, atóxico, liso, de fácil higienização, de material adequado e que não altere a qualidade do alimento nele transportado; III É obrigatória a higienização antes do carregamento de novo lote do mesmo produto ou de produtos alimentícios diferentes; IV É obrigatória a identificação do produto, destino e fabricante. V Deve acompanhar a documentação do veículo O POP (procedimento operacional padrão) de higienização do tanque, juntamente com a licença sanitária, bem como o formulário de registro das datas de higienização; VI - Os produtos para higienização, de que trata o item 5.4, devem ser regularizados junto ao Ministério da Saúde Anvisa; VII - No POP de higienização devem constar a freqüência, produtos utilizados, método de higienização, responsável, e o monitoramento, expressando quem monitora, método utilizado e freqüência. VIII Somente poderão transportar alimentos os veículos licenciados pelo órgão de saúde competente. IX A licença sanitária deve ser expedida pelo órgão de vigilância sanitária do município onde está localizado o estabelecimento responsável ou proprietário pelo

veículo. Em caso de possuir mais de um estabelecimento, localizado em municipalidades diferentes, a mesma poderá ser expedida em qualquer um deles. 4 REFERÊNCIAS - Decreto-lei 986/1969 Institui as Normas Básicas sobre Alimentos. BR. - Decreto 30691/1952 Aprova o novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. - Lei nº 9782/1999 Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dá outras providências. - Lei nº 13331/2001 Dispõe sobre a organização, regulamentação, fiscalização e controle das ações dos serviços de saúde do Estado do Paraná. - Portaria nº 2619/2011 SMS/SP Aprova o Regulamento de Boas Práticas e de Controle de condições sanitárias e técnicas das atividades relacionadas à importação, exportação, extração, produção, manipulação, beneficiamento, transporte, armazenamento, distribuição, fracionamento, comercialização e uso de alimentos. - Portaria nº 2.914/2011 MS -Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. - Resolução Nº 10/1984 - CISA/MA/MS - Dispõe sobre instruções para conservação nas fases de transporte, comercialização e consumo dos alimentos perecíveis, industrializados ou beneficiados, acondicionados em embalagens. - Resolução RDC nº 216/2004 Regulamento Técnico de Boas Práticas de Serviços de Alimentação - Resolução RDC nº 275/2002 Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos.

- Resolução nº 19/1990 (SESA/PR) Aprova a Norma Técnica para o controle higiênico-sanitário dos veículos de transporte.