SANTA CATARINA EM NÚMEROS

Documentos relacionados
QUADRO DO SETOR ALIMENTAR EM SANTA CATARINA 1. PANORAMA DO SETOR DE ALIMENTOS EM SANTA CATARINA

METAL MECÂNICO. Metal Mecânico

SETOR DE ALIMENTOS: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro

A Indústria de Alimentação

Exportações no período acumulado de janeiro até abril de Total das exportações do Rio Grande do Sul com abril de 2014.

PERFIL DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL SUBSECRETARIA DO AGRONEGÓCIO

Exportações no período acumulado de janeiro até março de Total das exportações do Rio Grande do Sul.

IV ENAServ - Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços. São Paulo, 25 de junho de 2013

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006

ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES MATO-GROSSENSES Janeiro a Dezembro / 2007

A aceleração da inflação de alimentos é resultado da combinação de fatores:

Paraná Cooperativo EDIÇÃO ESPECIAL EXPORTAÇÕES Informe Diário nº Sexta-feira, 08 de maio de 2009 Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

IV ENAServ - Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços. São Paulo, 25 de junho de 2013

Brasil como maior exportador mundial de carne bovina: conquistas e desafios

Panorama Atual e Plano de Desenvolvimento para a Caprinovinocultura

Principais exportações para São Tomé e Príncipe de produtos agrícolas, florestais e das pescas (média )

INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Novembro 2012

Saldo BC Importações Importações s/gás Exportações

Principais exportações para o Brasil de produtos agrícolas, florestais e das pescas (média )

BRASIL. Francisca Peixoto

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Maio 2012

ANEXO 3 INDICADORES SETORIAIS SOBRE MODA E TÊXTIL

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB /2013 Julho/2013

Madeira e Moveleiro MADEIRA E MOVELEIRO

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

TECNOLOGIA TECNOLOGIA

O País que Queremos Ser Os fatores de competitividade e o Plano Brasil Maior

LIGA ÁRABE Comércio Exterior

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Março 2013

redução dos preços internacionais de algumas commodities agrícolas; aumento dos custos de

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

projetos com alto grau de geração de emprego e renda projetos voltados para a preservação e a recuperação do meio ambiente

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás

Políticas públicas e o financiamento da produção de café no Brasil

Descrição do Sistema de Franquia. Histórico do Setor. O Fórum Setorial de Franquia

Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro no Ano de 2013

Infraestrutura Turística, Megaeventos Esportivos e Promoção da Imagem do Brasil no Exterior. Ministro Augusto Nardes

INTEGRAÇÃO CONTRATUAL

Informativo Mensal de Emprego CAGED nº 08/ /08/2012

MAPA ESTRATÉGICO DO COMÉRCIO EXTERIOR CATARINENSE FLORIANÓPOLIS, 11/12/2014

A Segurança Alimentar num país de 200 milhões de habitantes. Moisés Pinto Gomes Presidente do ICNA

Comércio exterior. Dados gerais e do capítulo 30 da NCM relacionados ao comércio exterior do Brasil e do Estado de São Paulo.

Comércio Exterior Cearense Fevereiro de 2014

PROGRAMA CATARINENSE DE INOVAÇÃO

Setor produtivo G01 - Alimentação/ Bebidas/ Massas. Contém estabelecimentos. DESCRIÇÃO DO CNAE /99 Cultivo de outros cereais não

CONTEXTO & PERSPECTIVA Boletim de Análise Conjuntural do Mercado de Flores e Plantas Ornamentais no Brasil Março 2011

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

BOVINOCULTURA DE CORTE

Exportação de Serviços

Governo do Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Departamento de Cooperativismo e Associativismo DENACOOP

Políticas Públicas. Lélio de Lima Prado

A visão de longo prazo contempla: Produção Exportações líquidas Estoques. Área plantada Produtividade Consumo doméstico (total e per capita)

AGRONEGÓCIO NO MUNDO PRINCIPAIS PLAYERS

Mercado internacional da carne bovina: a visão da indústria

Atlas Digital de MINAS GERAIS 1 de 18

Plano Plurianual

Avaliação das Contas Regionais do Piauí 2008

PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20

NORDESTE: DESEMPENHO DO COMÉRCIO EXTERIOR EM 2009

Plano de negócio. Conceitos, Importância e estrutura Aula 6

Informativo Mensal de Emprego

GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS

Figura 01 - Evolução das exportações de suínos de Santa Catarina no período de 2010 a US$ Milhões.

ENCONTRO DE MINISTROS DA AGRICULTURA DAS AMÉRICAS 2011 Semeando inovação para colher prosperidade

DTR DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO REGIONAL. ADEOSC Agência de Desenvolvimento do Extremo Oeste de Santa Catarina

Carlos Eduardo Rocha Paulista Grupo JBS S/A. Desafio da Industria Brasileira

PROPOSTAS DO III SEMINARIO SUL BRASILEIRO DE AGRICULTURA SUSTENTÁVEL GRUPO DE TRABALHO PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA O TURISMO RURAL

Comércio Exterior Cearense Fevereiro de 2012

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

ANÁLISE CONJUNTURAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO CATARINENSE:

AGROINDÚSTRIA. O BNDES e a Agroindústria em 1998 BNDES. ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 1 Gerência Setorial 1 INTRODUÇÃO 1.

JUSTIFICATIVA DA PROPOSIÇÃO

A função da associação de classe na construção e defesa de suas agendas. 15 ago 13

SEBRAE/AL Edital 01/2015 ERRATA 02 Credenciamento de Pessoas Jurídicas para compor o Cadastro de Consultores e Instrutores do Sistema SEBRAE

Um puro sangue da raça Quarto de Milha custa entre R$ 6 mil e R$ 20 mil e uma simples cobertura de um reprodutor de elite pode valer R$ 20 mil

O BNDES e a Internacionalização das Empresas Brasileiras

101/15 30/06/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão

NOTA TÉCNICA Nº 0026_V1_2014 CADASTRO GERAL DE EMPREGO E DESEMPREGO DA CIDADE DE JARAGUÁ DO SUL - FEVEREIRO DE

Informativo PIB Trimestral

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

O papel da APROSOJA na promoção da sustentabilidade na cadeia produtiva da soja brasileira

PROGRAMA DA NOVA ECONOMIA CATARINENSE APRESENTAÇÃO DE DEMANDAS COLETIVAS - GRUPO PAINEL

TRAJETÓRIA DO ESTUDO FIM. Agroalimentar INÍCIO 1

Agronegócio Internacional

Pequenos Negócios no Brasil. Especialistas em pequenos negócios / / sebrae.com.br

Governo do Estado de Minas Gerais Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Exportaminas

O Setor em Grandes Números. Situação Atual e Perspectivas do Mercado Interno e Externo

Desempenho da Agroindústria em histórica iniciada em Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Março 2009

Comentários gerais. consultoria em sistemas e processos em TI, que, com uma receita de R$ 5,6 bilhões, participou com 14,1% do total; e

Estudo dos países da América Latina e América Central

Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira. Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro

Participação da agropecuária nas exportações totais (IPEA)

Estudo Para Subsidiar a Proposta de Resolução de Santa Catarina ao CONAMA relativa à Lei / 2006

O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO

Desempenho Recente e Perspectivas para a Agricultura

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Transcrição:

ALIMENTOS

SANTA CATARINA EM NÚMEROS Alimentos SEBRAE 2010

2010 SEBRAE/SC Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina. Todos os direitos reservados e protegidos por lei de 19/02/1998. Nenhuma parte deste material, sem autorização prévia por escrito do Sebrae, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. CONSULTORIA TÉCNICA Borba Capacitação e Consultoria Empresarial Ltda. CAPA Meer Marketing e Comunicação S491s Sebrae/SC Santa Catarina em Números: alimentos / Sebrae/SC.-- Florianópolis: Sebrae/SC, 2010. 56 p. 1. Estudos e Pesquisas. 2. Sebrae. I. Cândido, Marcondes da Silva. II. Ferreira, Cláudio. III. Grapeggia, Mariana. IV. Silva, Jackson André da. V. Três, Douglas Luiz. VI. Título. CDU 338 : 338.439.5 (816.4)

CONSELHO DELIBERATIVO: Presidente - José Zeferino Pedrozo FAESC Vice-Presidente - Alcantaro Corrêa FIESC Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina BADESC Banco do Brasil S.A. Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE Caixa Econômica Federal - CAIXA Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina - FAESC Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina - FAMPESC Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina - FACISC Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina - FCDL Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina - FECOMÉRCIO Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras - CERTI Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável - SDS Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI/DR-SC Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC DIRETORIA DO SEBRAE/SC: Carlos Guilherme Zigelli - Diretor Superintendente Anacleto Ângelo Ortigara - Diretor Técnico José Alaor Bernardes - Diretor Administrativo Financeiro COORDENAÇÃO TÉCNICA SEBRAE/SC: Marcondes da Silva Cândido Cláudio Ferreira Mariana Grapeggia Douglas Luis Três Jackson André da Silva

APRESENTAÇÃO A criação da série Santa Catarina em Números teve origem na necessidade do SEBRAE/SC em refinar suas ações de planejamento, com o levantamento de um conjunto de informações sobre aspectos econômicos e sociais que permitam caracterizar os recortes territoriais, onde estão inseridas as Micro e Pequenas Empresas (MPE) do estado. A experiência adquirida pela instituição em projetos voltados ao segmento das MPE, e a adoção de um modelo de gestão orientado para os resultados, têm demonstrado a importância de se conhecer com amplitude os territórios de sua atuação. A série traz a evolução dos indicadores estudados, com números nacionais, estaduais, regionais e municipais, permitindo avaliar a representatividade, os avanços e o perfil de cada município e coordenadoria regional. Desta forma, os dados coletados, pela sua abrangência e possibilidades de comparação, contribuem para o planejamento de projetos do SEBRAE/SC, além de colaborar com outros agentes/instituições interessadas em promoverem políticas públicas ou ações de desenvolvimento local, e apoiar futuros empresários/empreendedores de pequeno porte. Paralelamente realizou-se um estudo a cerca de oito setores produtivos que integram oito das onze prioridades estratégicas locais do SEBRAE/SC. São elas: Atuar em grupos e redes de MPE e de empreendimentos rurais do setor de alimentos do Oeste Catarinense. Atuar em grupos e redes de MPE dos setores têxtil e de confecção da região do Vale do Itajaí e do Sul Catarinense. Atuar em grupos e redes de MPE do setor metal mecânico da região Oeste e Norte Catarinense. Atuar em grupos e redes de MPE dos setores de turismo e artesanato das regiões da Grande Florianópolis, Serrana Catarinense e Vale do Itajaí. Atuar em grupos e redes de MPE do setor madeira-moveleiro das regiões Oeste e Norte Catarinense. Atuar em grupos e redes de MPE dos setores de aquicultura e pesca das regiões do Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Atuar em grupos e redes de MPE dos setores do comércio e serviços do Estado. Atuar em grupos e redes de MPE do setor de tecnologia das regiões metropolitanas de Blumenau, Florianópolis e Joinville. Com esta perspectiva, a presente publicação é parte do nosso esforço em atender a missão de promover a competitividade e desenvolvimento sustentável das MPE e fomentar o empreendedorismo com a geração, utilização e disseminação do conhecimento como fator gerador de riqueza, valor e equidade social. Diretoria Executiva do SEBRAE/SC

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 7 2 PANORAMA DO SETOR DE ALIMENTOS... 9 3 EMPRESAS E EMPREGOS... 10 3.1 EVOLUÇÃO DO ESTOQUE DE EMPRESAS E EMPREGOS... 11 3.2 SALDO DE ADMISSÕES E DESLIGAMENTOS... 14 3.3 SALÁRIO DE OCUPAÇÃO MÉDIO... 15 4 BALANÇA COMERCIAL... 16 4.1 MONTANTE DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES... 16 4.1.1 Destinos das Exportações e Origem das Importações... 17 4.1.2 Números de Empresas Exportadoras... 20 5 VALOR ADICIONADO FISCAL - VAF... 21 6 INFRAESTRUTURA DE APOIO... 22 6.1 RELAÇÃO DE INSTITUIÇÕES E ESCOLAS DE FORMAÇÃO DE MÃO DE OBRA... 22 6.2 PROJETOS APOIADOS PELO SEBRAE/SC... 22 REFERÊNCIAS... 24 CONCEITOS, NOTAS EXPLICATIVAS E LISTA DE SIGLAS... 27 CONCEITOS E NOTAS EXPLICATIVAS... 27 APÊNDICE A- Relação de empresas exportadoras de alimentos - 2008... 31 APÊNDICE B- Relação de cursos presenciais de graduação sinérgicos ao setor.. 38 APÊNDICE C - Relação de cursos técnicos profissionalizantes, sinérgicos ao setor... 43 APÊNDICE D - Relação de empresas e empregos do setor, segundo os municípios catarinenses... 45 LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS... 57 LISTA DE GRÁFICOS... 57 LISTA DE TABELAS... 57

1 INTRODUÇÃO O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (SEBRAE/SC) é uma instituição de cunho técnico que tem por finalidade apoiar e aprimorar o desenvolvimento das atividades empresariais de pequeno porte no estado. Em sua atuação estratégica e inovadora busca constantemente fazer com que o universo dos pequenos negócios tenha as melhores condições para uma evolução sustentável. Para atingir seu objetivo, a organização volta sua atenção para o fomento e difusão de programas e projetos que visam à promoção e o fortalecimento das micro e pequenas empresas catarinenses. Neste contexto, o SEBRAE/SC tem atuado no processo de apoio ao desenvolvimento empresarial catarinense, focalizando ações voltadas a diversificação econômica, agregação de valor à produção e adensamento das cadeias produtivas, como fator de sucesso e aumento da competitividade. A série Santa Catarina em Números 2010 representa o desejo dessa instituição de reunir uma base de informações consistente, que permita orientar os pequenos empresários na tomada de decisões, bem como ser uma referência de pesquisa para estudiosos a respeito do perfil sócio-econômico dos 293 municípios catarinenses e do recorte geográfico das nove Coordenadorias Regionais de atuação do SEBRAE/SC. O desenvolvimento econômico espacialmente equilibrado tem sido fator determinante para análise de potencialidades regionais e desenvolvimento de uma visão de futuro para cada setor econômico estratégico para a economia catarinense. O estado de Santa Catarina apresentou nestes últimos anos um crescimento expressivo em relação a sua consolidação econômica, baseado na integração competitiva de uma economia que se destaca pela diversificação, sustentada pelo espírito empreendedor, condições sociais e institucionais de alta qualidade e valorização do capital humano. Em virtude desse dinamismo e diversificação da economia estadual, o SEBRAE/SC elencou oito setores econômicos que permitem traçar linhas de ação para todas as regiões de Santa Catarina. O presente Estudo objetiva traçar um diagnóstico do setor de alimentos, configurando-se como uma ferramenta de apoio à tomada de decisão, permitindo antecipar oportunidades e definir potencialidades, para maior assertividade no desenvolvimento de ações que busquem o fortalecimento e crescimento da atividade. Este Relatório setorial permite que seja efetuado o comparativo regionalizado do setor em Santa Catarina, destacando o dinamismo de cada regional de atuação do SEBRAE/SC, a partir da evolução das seguintes variáveis: a) Número de empresas e empregos. b) Saldo de admissões e desligamentos no setor. c) Salário de ocupação médio do setor. d) Relação das empresas que realizam exportação. e) Destino das exportações. f) Montante de exportações e importações. g) Origem das importações. h) Representatividade no Valor Adicionado Fiscal. i) Relação de instituições e escolas de formação de mão de obra. 7

Todas as informações coletadas no decorrer deste trabalho foram extraídas de fontes fidedignas e de acesso público junto a órgãos federais, estaduais e municipais. Além dos dados, houve a preocupação em realizar-se uma análise dos mesmos, fazendo comparativos com outras referências, mapeando, assim, as diferentes regiões de acordo com sua evolução e representatividade estadual. As informações ora apresentadas não exaurem a possibilidade da utilização de novos indicadores, contudo, reproduzem uma base de conhecimento considerada essencial para os cidadãos formarem uma idéia do cenário atual do setor de alimentos em Santa Catarina. 8

2 PANORAMA DO SETOR DE ALIMENTOS Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram explorados. Esses fatores conferem ao país uma vocação natural para a agropecuária e todos os negócios relacionados à suas cadeias produtivas. O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários. É o primeiro produtor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de frutas. Além disso, lidera o ranking das vendas externas de soja, carne bovina e carne de frango. As projeções do Ministério da Agricultura indicam que o país será, em pouco tempo, o principal polo mundial de produção de algodão e biocombustíveis, feitos a partir de cana-de-açúcar e óleos vegetais. Milho, arroz, frutas frescas, cacau, castanhas, nozes, além de suínos e pescados, são destaques no agronegócio brasileiro. Em 2008, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, o setor primário brasileiro possuía um total de 1,5 milhões de empregos formais. Quando considerando os empregos dos setores de fabricação de alimentos e bebidas este número passa para cerca de 2,9 milhões de empregos. Santa Catarina responde por 3,1% dos empregos formais do setor primário e por 6,8% dos empregos gerados pelos segmentos de fabricação de produtos alimentícios e bebidas do Brasil. O trabalho familiar em pequenas propriedades é uma característica marcante do agronegócio catarinense, observa-se neste sentido um eficiente sistema de integração entre empresas agroindustriais e produtores rurais. Santa Catarina é o segundo maior produtor brasileiro e o segundo maior exportador de suínos e frangos. O estado é o maior produtor de maçã e cebola. O segundo no cultivo de arroz e fumo e o terceiro na produção de banana e alho. Assinala-se também, a sétima posição nacional no cultivo de milho, importante insumo para a pecuária catarinense. Em 2007 Santa Catarina alcançou o primeiro lugar na produção de pescado nacional com um volume de 184.493,5 toneladas. O estado também lidera a produção brasileira de ostras e mexilhões. O setor de alimentos representa uma importante base econômica para Santa Catarina. O somatório das atividades de produção de alimentos e bebidas do setor primário e secundário, responde por 16% do Valor Adicionado Fiscal do estado. No decorrer das seções seguintes são apresentados dados referentes ao número de estabelecimentos do setor, empregos, a balança comercial, indicativos do Valor Adicionado Fiscal e a disponibilidade de instituições e cursos relacionados ao setor de alimentos. 9

3 EMPRESAS E EMPREGOS Para efeitos deste estudo, realizou-se a análise dos códigos de atividades econômicas da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), implementada pela Comissão Nacional de Classificação (CONCLA), um órgão colegiado do Ministério do Planejamento e Orçamento. Deste modo, a apresentação do estoque de empresas e empregos, saldo de admissões e desligamentos, renda média dos trabalhadores e o valor adicionado fiscal das atividades relacionadas ao setor de alimentos foram realizados em dois momentos. Primeiramente, os dados foram expostos de forma unificada, o que possibilitou o delineamento do panorama geral do setor alvo do estudo. Em paralelo, realizou-se a segmentação das atividades relacionadas ao setor de alimentos, em dois estratos. O primeiro deles considera as atividades econômicas ligadas à produção de alimentos do setor primário. E o segundo, a fabricação de produtos alimentícios e bebidas (setor secundário). De acordo com a segmentação proposta, a avaliação do setor de alimentos contemplou a análise de 18 grupos de atividades econômicas, agrupadas conforme segue: Atividades relacionadas ao setor primário: o Grupo 011 - Produção de lavouras temporárias. o Grupo 012 - Horticultura e floricultura. o Grupo 013 - Produção de lavouras permanentes. o Grupo 015 - Pecuária. o Grupo 017 - Caça e serviços relacionados. o Grupo 031 - Pesca. o Grupo 032 - Aquicultura. Atividades relacionadas ao setor secundário (fabricação de produtos alimentícios e bebidas): o Grupo 101 - Abate e fabricação de produtos de carne. o Grupo 102 - Preservação do pescado e fabricação de produtos do pescado. o Grupo 103 - Fabricação de conservas de frutas, legumes e outros vegetais. o Grupo 104 - Fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais o Grupo 105 - Laticínios. o Grupo 106 - Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais. o Grupo 107 - Fabricação e refino de açúcar. o Grupo 108 - Torrefação e moagem de café. o Grupo 109 - Fabricação de outros produtos alimentícios. o Grupo 111 - Fabricação de bebidas alcoólicas. o Grupo 112 - Fabricação de bebidas não alcoólicas. A caracterização do porte empresarial utilizou como critério a classificação por número de funcionários, utilizada pelo Sistema SEBRAE. 10

3.1 EVOLUÇÃO DO ESTOQUE DE EMPRESAS E EMPREGOS Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2008, Santa Catarina possuía um total de 11.510 empresas formais atuando no setor de alimentos (primário e secundário). Estas empresas, tomando como referência o mês de dezembro de 2008, foram responsáveis por 127.841 empregos com carteira assinada. Gráfico 1 - Número de empresas e empregos formais no setor de alimentos de Santa Catarina 2006-2008 Empresas 10.972 11.332 11.510 119.840 Empregos 129.808 127.841 2006 2007 2008 2006 2007 2008 Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MTE, Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). Segundo o critério adotado para a definição do porte, as micro e pequenas empresas representam, respectivamente, 90,9% e 7,6% dos estabelecimentos do setor de alimentos do estado. As micro e pequenas empresas juntas geraram 46.405 empregos, o equivalente a 36,3% dos postos de trabalho do setor. Gráfico 2 Porte das empresas do setor de alimentos de Santa Catarina - 2008 7,6% 1,0% 0,5% Empresas 2008 Empregos 2008 17,3% 50,0% 19,0% 90,9% 13,7% Micro Pequenas Médias Grandes Micro Pequenas Médias Grandes Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MTE - RAIS. Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). A figura 1 apresenta o estoque de empresas e empregos do setor no ano de 2008, segundo as coordenadorias regionais. 11

Figura 1: Localização das empresas e empregos do setor de alimentos de Santa Catarina. Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MTE - RAIS. Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). As Tabelas 1 e 2 apresentam o número de empresas e empregos do setor de alimentos de Santa Catarina no ano de 2008, segundo o porte e coordenadorias regionais. Tabela 1 - Número de empresas do setor de alimentos, segundo porte e coordenadorias regionais - 2008 Empresas 2008 Coordenadoria Regional Total Micro Pequenas Médias Grandes Extremo Oeste 521 476 36 5 4 Foz do Itajaí 1.298 1.178 104 11 5 Grande Florianópolis 704 639 57 6 2 Meio Oeste 1.513 1.304 172 24 13 Norte 1.721 1.608 104 6 3 Oeste 1.708 1.551 120 21 16 Serra Catarinense 1.611 1.478 107 17 9 Sul 1.344 1.212 118 10 4 Vale do Itajaí 1.090 1.020 53 13 4 Santa Catarina 11.510 10.466 871 113 60 Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MTE - RAIS. Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). 12

Tabela 2 - Número de empregos do setor de alimentos, segundo porte e coordenadorias regionais - 2008 Empregos 2008 Coordenadoria Regional Total Micro Pequenas Médias Grandes Extremo Oeste 8.266 869 980 1.060 5.357 Foz do Itajaí 10.423 2.718 2.600 1.938 3.167 Grande Florianópolis 5.702 1.511 2.020 898 1.273 Meio Oeste 20.357 2.577 4.238 3.475 10.067 Norte 11.173 3.377 3.040 1.252 3.504 Oeste 40.985 3.175 3.524 3.600 30.686 Serra Catarinense 9.366 2.677 2.177 2.320 2.192 Sul 13.030 2.862 3.948 1.224 4.996 Vale do Itajaí 8.539 2.401 1.711 1.786 2.641 Santa Catarina 127.841 22.167 24.238 17.553 63.883 Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MTE - RAIS. Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). Em 2008, os segmentos relacionados à fabricação de alimentos e bebidas responderam por 44,8% das empresas e 74,9% dos empregos do setor. A tabela 3 apresenta o comparativo do número de empresas e empregos ligados ao setor de alimentos no ano de 2008. Tabela 3 - Número de empresas e empregos dos grupos de atividades econômicas do setor de alimentos, segundo coordenadorias regionais - 2008 Coordenadoria Regional Setor primário Ind. de Alimentos e bebidas (secundário) Total do setor de alimentos Empresas Empregos Empresas Empregos Empresas Empregos 2008 2008 2008 2008 2008 2008 Extremo Oeste 230 835 291 7.431 521 8.266 Foz do Itajaí 609 2.974 689 7.449 1.298 10.423 Grande Florianópolis 232 2.111 472 3.591 704 5.702 Meio Oeste 1.093 9.187 420 11.170 1.513 20.357 Norte 897 2.663 824 8.510 1.721 11.173 Oeste 1.027 4.516 681 36.469 1.708 40.985 Serra Catarinense 1.403 6.918 208 2.448 1.611 9.366 Sul 512 2.003 832 11.027 1.344 13.030 Vale do Itajaí 347 943 743 7.596 1.090 8.539 Santa Catarina 6.350 32.150 5.160 95.691 11.510 127.841 Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MTE - RAIS. Nota: Considera a segmentação das atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). 13

3.2 SALDO DE ADMISSÕES E DESLIGAMENTOS Em 2009, segundo dados do MTE extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o setor admitiu 84.835 trabalhadores. Por outro lado, totalizou 86.365 desligamentos, acarretando em um saldo negativo de 1.530 empregos. A Tabela 4 demonstra a variação do saldo de admissões e desligamentos do setor no período de 2007 a 2009. Compete mencionar que a retração do saldo de admissões e desligamentos de 2009 foi influenciada pelo segmento de fabricação de produtos alimentícios e bebidas, responsável por um saldo negativo de 1.942 postos de trabalho (Tabela 5). Tabela 4 Saldo de admissões e desligamentos do setor de alimentos de Santa Catarina, segundo as coordenadorias regionais 2007-2009 Saldo de admissões e desligamentos Coordenadoria Regional 2007 2008 2009 Extremo Oeste 431 355 275 Foz do Itajaí 913 (261) 634 Grande Florianópolis (5) 275 260 Meio Oeste 715 137 (952) Norte 834 607 504 Oeste 3.681 1.802 (2.381) Serra Catarinense 86 185 (112) Sul 512 644 (4) Vale do Itajaí 239 27 246 Santa Catarina 7.406 3.771 (1.530) Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MTE - CAGED. Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). Tabela 5 Saldo de admissões e desligamentos, segundo grupos de atividades econômicas e coordenadorias - 2009 Saldo de admissões e desligamentos - 2009 Ind. de Alimentos Total do setor de Coordenadoria Regional Setor Primário e bebidas alimentos Extremo Oeste 32 243 275 Foz do Itajaí 48 586 634 Grande Florianópolis 120 140 260 Meio Oeste (178) (774) (952) Norte 534 (30) 504 Oeste 6 (2.387) (2.381) Serra Catarinense (206) 94 (112) Sul 94 (98) (4) Vale do Itajaí (38) 284 246 Santa Catarina 412 (1.942) (1.530) Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MTE - CAGED. Nota: Considera a segmentação das atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). 14

Rendimento médio (R$) ALIMENTOS 3.3 SALÁRIO DE OCUPAÇÃO MÉDIO Conforme demonstra a Tabela 6, em Santa Catarina, a média salarial do setor em dezembro de 2008 era de R$ 952,44. Tomando como referência o mesmo período, a maior média salarial foi registrada na Coordenadoria Regional Vale do Itajaí (R$ 1.593,55). Tabela 6 Salário médio do trabalhador no setor de alimentos de Santa Catarina - 2008 Remuneração média mensal dez/2008 Coordenadoria Regional 2008 (R$) Extremo Oeste 796,87 Foz do Itajaí 1.078,58 Grande Florianópolis 855,80 Meio Oeste 821,65 Norte 1.027,32 Oeste 955,60 Serra Catarinense 707,75 Sul 878,47 Vale do Itajaí 1.593,55 Santa Catarina 952,44 Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MTE - RAIS. Nota: Considera as atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). Gráfico 3 Comparativo da renda média do trabalhador, segundo grupo de atividade econômica e coordenadorias regionais dez/2008 Extremo Oeste Foz do Itajaí Grande Florianópolis Meio Oeste Norte Oeste Serra Catarinense Sul Vale do Itajaí Extremo Oeste Foz do Itajaí Grande Florianópolis Meio Oeste Norte Oeste Serra Catarinense Sul Vale do Itajaí Ind. de Alimentos e bebidas 807,71 1.119,71 876,41 911,94 1.123,32 969,32 1.000,51 899,17 1.700,82 Agropecuária 700,42 975,55 820,75 711,86 720,55 844,76 604,15 764,53 729,49 Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MTE - RAIS. Nota: Considera a segmentação das atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). 15

4 BALANÇA COMERCIAL Em 2009, a balança comercial catarinense apresentou um déficit da ordem de US$ 855.637 milhões, o pior desempenho registrado na última década. Esta retração é conseqüência da crise financeira internacional, que levou a uma depreciação dos preços internacionais de commodities agrícolas e minerais e queda da demanda por bens. O volume exportado por Santa Catarina em 2009 foi de US$ 6,4 bilhões, o que representou uma queda de 22,7% em relação a 2008. Por outro lado, o volume importado atingiu US$ 7,3 bilhões, o equivalente a um decréscimo de 8,3% comparado a 2008. Para efeito de comparação, o saldo da balança comercial do Brasil em 2009 foi de US$ 25,3 bilhões, uma alta de 1,6% em relação aos US$ 25 bilhões registrados em 2008. As exportações fecharam o ano em US$ 153 bilhões (queda de 22,7% em relação a 2008). Já as importações fecharam 2009 em US$ 127,6 bilhões (queda de 26,2% em relação a 2008). 4.1 MONTANTE DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES A avaliação das exportações e importações do setor de alimentos de Santa Catarina considerou em sua análise 20 Capítulos da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM 1. São eles: 02 - Carnes e miudezas, comestíveis. 03 - Peixes e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos. 04 - Leite e laticínios, ovos de aves, mel natural, etc.. 05 - Outros produtos de origem animal. 07 - Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis. 08 - Frutas; cascas de cítricos e de melões. 09 - Café, chá, mate e especiarias. 10 - Cereais. 11 - Produtos da indústria de moagem, malte, amidos, etc.. 12 - Sementes e frutos oleaginosos, grãos, sementes, etc.. 13 - Gomas, resinas e outros sucos e extratos vegetais. 14 - Matérias para entrançar e outros produtos de origem vegetal. 15 - Gorduras e óleos animais ou vegetais, etc.. 16 - Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, etc.. 17 - Açúcares e produtos de confeitaria. 18 - Cacau e suas preparações. 19 - Preparações a base de cereais, farinhas, amidos, etc.. 20 - Preparações de produtos hortícolas, de frutas, etc.. 21 - Preparações alimentícias diversas. 22 - Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres. A balança comercial do setor de alimentos de Santa Catarina apresentou em 2009, um saldo positivo de US$ 1,7 bilhões. No acumulado do período de 2005 a 2009, as exportações deste setor apresentaram um crescimento de 32,2%. No mesmo período, as importações registraram uma alta de 193,1% (Tabela 7). Em 2009, os produtos relacionados ao setor de alimentos responderam por 39,3% das exportações e 10,9% das importações de Santa Catarina. 1 NCM: O detalhamento dos capítulos da NCM adotados para a análise das exportações do setor está disponível no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio MDIC, no seguinte endereço: (http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1095#i). 16

Tabela 7 Balança Comercial de alimentos de SC no período 2005-2009 Ano Exportações (US$ FOB) Importações (US$ FOB) Saldo (US$) 2005 1.910.925.620 269.935.746 1.640.989.874 2006 1.591.107.700 429.350.863 1.161.756.837 2007 2.571.846.816 502.989.429 2.068.857.387 2008 3.149.348.824 770.503.469 2.378.845.355 2009 2.526.413.184 791.285.598 1.735.127.586 Evolução 2009/2005 32,2% 193,1% 5,7% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Alice web. Nota: Inclui os Capítulos: 02, 03, 04, 05, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22. Tabela 8 Balança Comercial de alimentos de Santa Catarina - 2009 Capítulos NCM Exportações (2009) Importações (2009) (US$ FOB) (%) (US$ FOB) (%) Saldo (US$) 02 - Carnes e miudezas, comestíveis 1.795.633.203 71,1% 9.233.407 1,2% 1.786.399.796 03 - Peixes e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos 12.869.893 0,5% 99.741.833 12,6% -86.871.940 04 - Leite e laticínios, ovos de aves, mel natural, etc. 9.020.726 0,4% 9.875.465 1,2% -854.739 05 - Outros produtos de origem animal 22.154.398 0,9% 25.563.675 3,2% -3.409.277 07 - Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis 437.106 0,0% 42.276.062 5,3% -41.838.956 08 Frutas; cascas de cítricos e de melões 35.220.284 1,4% 59.896.561 7,6% -24.676.277 09 - Café, chá, mate e especiarias 14.092.627 0,6% 3.385.094 0,4% 10.707.533 10 - Cereais 24.448.127 1,0% 142.426.943 18,0% -117.978.816 11 - Produtos da indústria de moagem, malte, amidos, etc. 12 - Sementes e frutos oleaginosos, grãos, sementes, etc. 1.037.898 0,0% 113.252.981 14,3% -112.215.083 98.156.080 3,9% 38.911.992 4,9% 59.244.088 13 - Gomas, resinas e outros sucos e extratos vegetais 2.305.052 0,1% 20.110.009 2,5% -17.804.957 14 - Matérias para entrançar e outros produtos de origem vegetal 198 0,0% 13.752 0,0% -13.554 15 Gorduras e óleos animais ou vegetais, etc. 65.964.121 2,6% 76.146.863 9,6% -10.182.742 16 - Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, etc. 402.337.547 15,9% 6.614.075 0,8% 395.723.472 17 - Açúcares e produtos de confeitaria 846.734 0,0% 942.030 0,1% -95.296 18 - Cacau e suas preparações 1.354.213 0,1% 2.113.464 0,3% -759.251 19 - Preparações a base de cereais, farinhas, amidos, etc. 8.157.350 0,3% 4.257.119 0,5% 3.900.231 20 - Preparações de produtos hortícolas, de frutas, etc. 27.321.131 1,1% 67.216.367 8,5% -39.895.236 21 - Preparações alimentícias diversas 3.613.987 0,1% 5.283.646 0,7% -1.669.659 22 - Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres 1.442.509 0,1% 64.024.260 8,1% -62.581.751 Total 2.526.413.184 100,0% 791.285.598 100,0% 1.735.127.586 Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do MDIC, Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Alice web. 4.1.1 Destinos das Exportações e Origem das Importações Em 2009, os Países Baixos (Holanda) e o Japão foram os principais países de destino dos alimentos catarinenses. Juntos, estes países representaram 27,4% do volume das exportações do setor. No mesmo ano, a Argentina foi o principal país de origem das importações de alimentos de Santa Catarina. As Tabelas 9 e 10 demonstram os principais parceiros comerciais do setor de alimentos de Santa Catarina. 17

Tabela 9 - Países de destino das exportações de alimentos de Santa Catarina - 2005-2009 País de destino (US$ FOB) (%) 2005 2006 2007 2008 2009 2009 Países Baixos (Holanda) 153.539.921 169.028.888 333.890.157 423.248.601 398.534.060 15,77% Japão 277.708.944 206.045.209 305.048.371 520.709.121 293.705.881 11,63% Hong Kong 58.596.801 82.745.155 149.685.738 229.414.865 250.612.732 9,92% Arábia Saudita 77.996.280 70.954.340 92.547.431 93.788.763 120.643.014 4,78% Cingapura 65.367.324 77.430.168 108.211.372 118.526.673 111.730.694 4,42% Alemanha 101.370.756 105.818.224 159.834.243 131.565.030 100.339.903 3,97% Rússia 501.975.838 170.705.683 122.891.632 160.381.895 91.026.198 3,60% Emirados A.Unidos 27.803.727 29.474.206 52.787.006 75.555.743 82.521.429 3,27% China 41.867.416 33.381.510 75.172.027 122.465.912 68.184.878 2,70% Argentina 30.077.385 45.401.201 68.531.128 69.460.948 67.211.218 2,66% Reino Unido 79.438.326 49.984.762 79.847.100 101.242.263 66.764.136 2,64% Ucrânia 25.984.013 77.160.654 93.900.096 114.925.525 66.605.778 2,64% África do Sul 58.244.617 58.390.215 74.918.219 60.656.686 63.276.564 2,50% Cuietê 16.156.181 16.457.806 24.969.975 34.902.195 60.175.208 2,38% Angola 4.058.753 8.699.157 26.407.835 43.828.411 53.998.916 2,14% Uruguai 13.914.173 27.611.030 44.030.206 58.814.689 48.558.984 1,92% Venezuela 39.630.853 25.313.824 64.420.981 104.399.983 38.478.716 1,52% Iraque 366.049-9.512.091 23.630.157 33.642.657 1,33% Egito 323.250 5.796.813 3.987.275 4.868.799 26.766.764 1,06% Espanha 42.663.881 33.168.226 60.003.393 65.704.097 22.215.722 0,88% Estados Unidos 18.085.398 16.390.205 21.589.849 22.033.751 21.695.611 0,86% Coréia do Sul 5.995.645 15.991.310 94.510.779 9.888.734 21.045.536 0,83% Omã 7.308.985 6.009.368 11.137.651 22.983.642 20.219.344 0,80% Catar 5.408.951 4.946.989 9.223.960 24.092.674 16.199.078 0,64% Suíça 9.286.990 7.569.645 14.738.640 21.062.722 15.515.811 0,61% Paraguai 7.708.759 7.828.919 12.114.365 15.573.164 14.164.493 0,56% Ilhas Canárias 453.756 974.278 2.637.333 5.439.193 14.088.923 0,56% Benin 291.792 428.317 1.640.400 5.195.272 13.138.036 0,52% Jordânia 9.272.148 4.045.707 7.220.108 16.490.740 12.774.313 0,51% Iêmen 7.823.037 5.672.083 7.644.448 9.728.887 12.201.747 0,48% Taiwan (Formosa) 1.292.883 129.885 1.772.946 1.287.364 11.581.845 0,46% Itália 11.893.060 5.792.213 21.673.709 23.853.903 10.291.875 0,41% Bélgica 1.771.380 2.434.458 7.557.337 9.748.132 9.937.419 0,39% Gana 1.369.471 1.912.306 3.698.740 7.382.373 9.835.987 0,39% Chile 4.686.263 4.982.771 5.164.119 8.906.190 9.748.154 0,39% Demais Países 201.192.614 212.432.175 398.926.156 387.591.727 248.981.560 9,86% Total Exportado 1.910.925.620 1.591.107.700 2.571.846.816 3.149.348.824 2.526.413.184 100,00% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Alice web. 2 Nota: Inclui os Capítulos: 02, 03, 04, 05, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22. 3 Resultados apresentados em ordem decrescente das exportações de 2009. 18

Tabela 10 - Países de origem das importações de alimentos - Santa Catarina - 2005-2009 País de origem (US$ FOB) (%) 2005 2006 2007 2008 2009 2009 Argentina 82.490.212 174.117.853 227.250.172 336.525.632 342.412.345 43,27% Uruguai 57.621.865 66.340.180 57.070.375 80.639.063 98.357.184 12,43% Paraguai 48.860.876 50.481.012 67.605.278 88.456.687 53.564.376 6,77% Chile 11.375.806 22.888.034 27.502.445 43.728.714 46.338.120 5,86% Áustria 792.641 14.350.778 17.556.420 28.173.701 34.598.687 4,37% Portugal 13.779.083 18.592.952 20.154.635 33.510.727 33.376.842 4,22% China 2.645.827 3.613.200 4.538.384 25.968.869 25.082.042 3,17% Alemanha 4.435.386 8.240.420 9.743.172 13.133.386 22.134.042 2,80% Estados Unidos 9.906.384 11.449.351 15.769.372 16.415.756 17.170.070 2,17% Marrocos 573.076 14.119.415 11.698.013 8.673.266 16.467.860 2,08% Espanha 6.140.806 7.615.512 8.775.301 18.527.271 13.813.150 1,75% Bélgica 2.434.706 8.734.606 4.142.057 7.063.319 10.705.434 1,35% França 1.226.765 1.311.602 1.736.794 4.513.239 10.590.541 1,34% Itália 4.858.033 7.467.496 6.831.515 8.825.141 10.536.071 1,33% Reino Unido 3.143.291 783.269 252.264 17.657.449 10.503.740 1,33% Canadá 1.914.114 2.210.334 1.514.054 9.250.389 6.042.130 0,76% Tailândia 2.104.747 2.237.547 2.286.598 3.425.318 4.932.979 0,62% Vietnã 52.057-11.769 63.707 4.174.981 0,53% Peru 773.066 1.643.628 2.175.620 2.603.787 3.669.282 0,46% Noruega - 47.292-655.259 3.553.741 0,45% Equador 836.926 1.748.670 2.241.069 1.704.340 3.455.420 0,44% El Salvador - - 1.464.518 1.060.088 3.201.601 0,40% Países Baixos (Holanda) 606.088 1.083.597 1.484.776 2.384.107 2.811.325 0,36% Turquia 507.152 976.617 1.053.257 2.424.773 2.694.249 0,34% Índia 750.869 916.018 901.276 2.169.024 1.967.157 0,25% Austrália 187.803 2.005.640 1.641.122 1.759.558 1.131.322 0,14% Bolívia - - 2.424.517 3.832.364 1.115.769 0,14% Suíça 27.447 281.017 230.164 816.531 1.008.106 0,13% México 744.955 767.177 488.792 1.032.328 854.435 0,11% Dinamarca 1.363.531 631.244 457.789 888.809 817.163 0,10% Indonésia 193.133 455.298 30.744 278.773 590.787 0,07% Grécia - 866 258.314 8.605 584.112 0,07% Islândia - - - 445.747 461.095 0,06% Rep. Islâmica do Irã 131.631 153.206 254.631 746.655 314.534 0,04% Malásia 142.178 166.282 115.565 911.522 313.469 0,04% Demais Países 9.315.292 3.920.750 3.328.657 2.229.565 1.941.437 0,25% Total Importado 269.935.746 429.350.863 502.989.429 770.503.469 791.285.598 100,00% Fonte: Resultados elaborados pelo SEBRAE/SC a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Alice web. Nota: 1 Sinal convencional utilizado: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. 2 Nota: Inclui os Capítulos: 02, 03, 04, 05, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22. 3 Resultados apresentados em ordem decrescente das importações de 2009. 19

4.1.2 Números de Empresas Exportadoras Para o mapeamento das empresas exportadoras foram utilizados como referência de pesquisa as subposições da NCM (6 primeiros dígitos do Sistema Harmonizado - SH), método utilizado por diversos países nas análises estatísticas de comércio exterior. Com base nos dados da Confederação Nacional da Indústria, 147 empresas estabelecidas em Santa Catarina realizaram exportações de alimentos no ano de 2008. A relação destas empresas, suas localizações e respectivas subposições da NCM é disponibilizada no Apêndice A. 20

5 VALOR ADICIONADO FISCAL - VAF Segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina, o VAF gerado pelo setor de alimentos de Santa Catarina atingiu em 2007, um montante de R$ 10,8 bilhões. O equivalente a 16% do VAF estadual. Em 2007, os segmentos ligados a fabricação de alimentos e bebidas, responderam 91,8% do VAF do setor. No período de 2005 a 2007 o setor de alimentos registrou uma alta acumulada de 7% do VAF (Tabela 11). Tabela 11 - Valor adicionado fiscal do setor de alimentos de Santa Catarina 2005-2007 Valor Adicionado Fiscal (R$) Coordenadoria Regional 2005 2006 2007 Var. (05/07) Extremo Oeste 671.232.934,26 643.070.182,11 865.175.935,07 28,9% Foz do Itajaí 667.777.787,19 556.575.535,75 617.775.333,55-7,5% Grande Florianópolis 365.710.104,18 292.365.881,34 370.123.703,65 1,2% Meio Oeste 2.154.143.577,21 2.003.737.725,03 2.228.534.309,05 3,5% Norte 764.826.453,95 846.393.264,31 829.181.030,76 8,4% Oeste 3.256.106.004,31 2.862.164.857,17 3.437.555.755,62 5,6% Serra Catarinense 743.293.742,28 668.107.830,99 901.183.562,55 21,2% Sul 912.357.988,10 795.588.087,52 947.943.450,11 3,9% Vale do Itajaí 547.719.748,43 504.722.266,58 591.345.617,66 8,0% Santa Catarina 10.083.168.339,91 9.172.725.630,80 10.788.818.698,02 7,0% Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Fazenda, Valor Adicionado Fiscal, Índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS. Nota: Considera as atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). A Tabela a seguir apresenta comparativo do VAF de 2007, das atividades do setor primário e do setor secundário de fabricação de alimentos e bebidas. Tabela 12 - Comparativo do VAF, segundo grupo de atividade econômica e coordenadorias regionais - 2007 Valor Adicionado Fiscal 2007 (R$) Coordenadoria Ind. de Alimentos e Total do setor de Setor primário Regional bebidas alimentos Extremo Oeste 23.264.981,47 841.910.953,60 865.175.935,07 Foz do Itajaí 20.465.979,56 597.309.353,99 617.775.333,55 Grande Florianópolis 15.549.612,03 354.574.091,62 370.123.703,65 Meio Oeste 263.154.541,16 1.965.379.767,89 2.228.534.309,05 Norte 38.453.276,61 790.727.754,15 829.181.030,76 Oeste 201.383.696,66 3.236.172.058,96 3.437.555.755,62 Serra Catarinense 162.627.171,44 738.556.391,11 901.183.562,55 Sul 93.075.818,88 854.867.631,23 947.943.450,11 Vale do Itajaí 67.842.702,85 523.502.914,81 591.345.617,66 Santa Catarina 885.817.780,66 9.903.000.917,36 10.788.818.698,02 Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Fazenda, Valor Adicionado Fiscal, Índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS. Nota: Considera as atividades econômicas compreendidas pelo setor primário (Grupos de atividades econômicas: 011, 012, 013, 015, 017, 031 e 032) e setor secundário (Grupos de atividades econômicas: 101, 102, 103, 104, 105, 105, 107, 108, 109, 111 e 112). 21

6 INFRAESTRUTURA DE APOIO 6.1 RELAÇÃO DE INSTITUIÇÕES E ESCOLAS DE FORMAÇÃO DE MÃO DE OBRA O levantamento da oferta de cursos de formação de mão de obra sinérgicos ao setor avaliou a disponibilidade de cursos presenciais de graduação e técnicos profissionalizantes. Segundo dados do Ministério da Educação, Santa Catarina conta com 94 cursos presenciais de graduação e 20 cursos técnicos sinérgicos ao setor de alimentos. A relação dos cursos, instituições ofertantes e suas localizações estão disponíveis nos Anexos B e C. 6.2 PROJETOS APOIADOS PELO SEBRAE/SC De acordo com o PPA 2010/2012 a instituição possui atualmente oito projetos de apoio ao setor. São eles: Desenvolvimento da suinocultura catarinense. Comércio justo - projeto Kayuvá - valorização do pinhão na agricultura familiar da Serra Catarinense. Tecnologia social - conhecer, competir e adquirir sustentabilidade. Arranjo produtivo do leite e derivados do Oeste Catarinense. Arranjo produtivo da Malacocultura da Grande Florianópolis. Chamada pública FINEP SEBRAE 04/2007 Desenvolvimento de produtos para o processamento de moluscos da Grande Florianópolis. Chamada pública FINEP SEBRAE 04/2007 - Mecanização do processo da produção de moluscos. Desenvolvimento do setor de pesca da região de Itajaí. 22

23 ALIMENTOS

REFERÊNCIAS AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE SANTA CATARINA - BADESC. Agências de Microcrédito. Disponível em <http://www.badesc.gov.br>. Acesso em: 03 ago. 2009. BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP. Sistema nacional de informações da educação profissional e tecnológica. Disponível em <http://sistec.mec.gov.br/consultapublicaunidadeensino>. Acesso em: 06 out. 2009. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP. EDUDATABRASIL - Sistema de Estatísticas Educacionais. Disponível em <http://www.edudatabrasil.inep.gov.br/>. Acesso em: 10 set. 2009. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria de Comércio Exterior. Balança comercial brasileira - municípios. Disponível em <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/index.php?area=5>. Acesso em: 21 set. 2009. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais. Estatística da Pesca 2007: Brasil, Grandes regiões e Unidades da Federação. Disponível em < http://www.ibama.gov.br >. Acesso em: 21 set. 2009. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PIB dos Municípios. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/servidor_arquivos_est/>. Acesso em: 02 set. 2009. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação das estatísticas do trabalho. Bases estatísticas RAIS/CAGED. Disponível em <http://sgt.caged.gov.br/index.asp>. Acesso em: 08 set. 2009. SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Fazenda. Disponível em <http://www.sef.sc.gov.br/>. Acesso em: 06 set. 2009. SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Infraestrutura. Disponível em <http://www.sie.sc.gov.br>. Acesso em: 15 set. 2009. SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Planejamento. Dados estatísticos municipais. Disponível em < http://www.spg.sc.gov.br/dados_munic.php>. Acesso em: 28 ago. 2009. Secretaria de Estado do Planejamento. Dados estatísticos municipais: Agropecuária. Disponível em <http://www.spg.sc.gov.br/dados_munic.php>. Acesso em: 28 ago. 2009. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina Epagri. Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina 2008-2009. Disponível em < http://www.epagri.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=272:sint 24

ese-anual-da-agricultura-20082009&catid=46:publicacoes&itemid=1>. Acesso em: 06 fev. 2010. Universidade do Vale do Itajaí. Grupo de Estudos Pesqueiros. Boletim Estatístico da Pesca Industrial de Santa Catarina 2008. Disponível em < http://siaiacad04.univali.br/?page=estatistica_boletins >. Acesso em: 06 fev. 2010. 25

26 ALIMENTOS

CONCEITOS, NOTAS EXPLICATIVAS E LISTA DE SIGLAS CONCEITOS E NOTAS EXPLICATIVAS ASPECTOS ECONÔMICOS Balança Comercial Balança Comercial Registra o resultado das transações de bens (exportações e importações) entre um país e o resto do mundo. Caso o valor das exportações supere o das importações, a balança comercial apresenta um superávit. Caso o contrário ocorra, tem-se um déficit da balança comercial. O saldo da balança comercial é utilizado no cálculo do Balanço de Pagamentos. Exportações Vendas de bens e serviços de um país em outro. Importações Bens e serviços produzidos no exterior e vendidos internamente. Critérios de Mensuração Segundo definição da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), para a Unidade da Federação, o critério para o cômputo das exportações leva em conta o estado produtor da mercadoria, independentemente de onde está localizada a empresa exportadora. Já no critério para as exportações por municípios leva-se em conta o domicílio fiscal da empresa exportadora, ou seja, os produtos contabilizados são de empresas com sede no município independente de onde a mercadoria foi produzida. Empresas e Empregos Empresas/Estabelecimentos Apresenta, segundo dados da RAIS, valores absolutos do contingente de empresas/estabelecimentos formais em determinado espaço geográfico no ano considerado. Os números apresentados ao longo do documento consideram todos os estabelecimentos, sejam eles empregadores em 31/12 ou não. O estudo apresentado também avaliou a representatividade chamada RAIS Negativa, composta dos estabelecimentos que não tiveram vínculos ao longo do ano. Número de Empregos O número de empregos (postos de trabalho) corresponde ao total de vínculos empregatícios ativos, é diferente do número de pessoas empregadas, pois um mesmo indivíduo pode estar ocupando mais de um posto de trabalho na data de referência 31/12. Como vínculo empregatício entende-se a relação de emprego mantida com o empregador durante o ano-base e que se estabelece sempre que ocorrer trabalho remunerado com submissão hierárquica ao empregador e horário pré-estabelecido por este. Esta relação pode ser regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou pelo Regime Jurídico Único, no caso de empregado estatutário. Porte empresarial A caracterização do porte empresarial utilizou como critério a classificação por número de funcionários, utilizada pelo Sistema SEBRAE. Optou-se pela utilização do critério de classificação por número de funcionários em razão das informações sobre o enquadramento do porte não estarem disponíveis pelo critério de faturamento. O presente 27

critério não possui fundamentação legal. Para fins legais, vale o previsto na legislação do Simples (Lei 123 de 15 de dezembro de 2006). Os critérios para o enquadramento do porte estão dispostos conforme a tabela a seguir. Porte empresarial, segundo o número de funcionários Porte Indústria Agropecuária, Comércio e Serviços Microempresa (ME) Até 19 Até 9 Pequena empresa (PE) De 20 a 99 De 10 a 49 Média empresa (MDE) De 100 a 499 De 50 a 99 Grande empresa (GE) Acima de 499 Acima de 99 Setores produtivos Valor Adicionado Fiscal (VAF) Primário Compreende a Agricultura, pecuária, produção floresta, pesca e aquicultura. Secundário Compreende ao setor industrial, Terciário Abrange as atividades relacionadas ao comércio e prestação de serviços. Visando uma melhor estratificação o comércio foi separado do setor de serviços. Valor Adicionado Fiscal (VAF) Na contabilidade pública e de acordo com o Art. 3, parágrafo 1, da Lei Complementar Federal n 63/90, para efeito do cálculo do Fundo de Participação dos Municípios o valor adicionado corresponderá, para cada município, ao valor das mercadorias saídas, acrescido do valor das prestações de serviços, no seu território, deduzido o valor das mercadorias entradas, em cada ano civil. Neste estudo foram realizados comparativos da evolução deste indicador ao longo do período de 2003 a 2007. Paralelamente foram detalhados os 20 grupos de atividades econômicas (CNAE versão 2.0) mais representativas frente ao indicador no ano de 2007. Salários Médios Salários Médios Representa a média dos salários pagos aos empregados, segundo as seções da CNAE versão 2.0. Os valores apresentados têm como referência o ano de 2008. Setor Primário Informa os principais produtos agrícolas, criações e produtos de origem animal do município. Lavoura Temporária Informa a produção, a área plantada e o valor da produção dos principais produtos das lavouras temporárias do município nos anos de 2003 e 2007, assim como sua respectiva evolução. Lavoura Permanente Informa a produção, a área plantada e o valor da produção dos principais produtos das lavouras permanentes do município nos anos de 2003 e 2007, assim como sua respectiva evolução. 28

Efetivo do Rebanho Informa o rebanho do município segundo a sua tipologia e em número de cabeças nos anos de 2003 e 2007, assim como sua respectiva evolução. Produtos de origem animal Informa os principais produtos de origem animal produzidos no município nos anos de 2003 e 2007, assim como sua respectiva evolução. 29

30 ALIMENTOS

APÊNDICE A- Relação de empresas exportadoras de alimentos - 2008 31

Tabela 13 Relação de empresas catarinenses exportadoras de alimentos - 2008 Empresa Município SH (6) ALIMENTOS Bellota Brasil Ltda. Indaial 0201.10 Frigorífico Riossulense S.A. Rio do Sul 0202.20, 0202.30, 0203.21, 0203.22, 0203.29, 0206.21, 0206.29, 0206.41, 0209.00, 0210.12, 0506.10, 1501.00, 1601.00, A Angeloni Cia Ltda. Criciúma 0202.30 First S.A. Florianópolis 0202.30, 0203.29, 0206.29, 0206.49, 0207.12, 0207.14, 0210.99, 0402.99, 0403.90, 0703.10, 0713.20, 0713.33, 0808.10, 1005.10, 1006.30, 1102.20, 1106.20, 1209.29, 1302.19, 1509.90, 1517.90, 1601.00, 1604.13, 1701.91, 1806.90, 1902.19, 1902.30, 2009.12, 2009.19, 2009.61, 2009.80, 2103.20, 2103.90, 2104.10, 2208.40, 2208.70, 2209.00 Brascopa Comercial Exportadora Ltda. Itajaí 0202.30, 0203.29, 0206.49 Vossko do Brasil Alimentos Congelados Ltda. Lages 0202.30, 0207.14, 0210.20, 0210.99, 1108.14, 1602.50 Chapecó Companhia Industrial de Alimentos Chapecó 0203.11, 0203.21, 0203.22, 0203.29, 0206.41, 0206.49, 0207.12, 0207.13, 0207.14, 0209.00, 0210.12, 0210.19, 0510.00, 0511.99, 1601.00, 1602.49 Seara Alimentos Ltda. Itajaí 0203.19, 0203.21, 0203.22, 0203.29, 0206.41, 0206.49, 0207.12, 0207.14, 0209.00, 0210.19, 0210.99, 0511.99, 1601.00, 1602.49 Alimentos Unibon Ind. e Com. Ltda. Xanxerê 0203.21, 0203.29 Guarupal Comercial Ltda. Guarujá do Sul 0203.21, 0203.29, 0206.49, 0209.00 Agrofrango Ind. e Com. De Alimentos Ltda. Ipumirim 0207.12 Agro MGS Importação e Exportação Ltda. Itajaí 0207.12, 0207.14 Frigorífico Vale do Itajaí Ltda. Itajaí 0207.12, 0207.14 Macedo Koerich S.A São José 0207.12, 0207.14, 0207.33, 0207.36, 0210.99, 0510.00 Ind. de Alimentos Vale do Itajaí S.A. Itajaí 0207.14 Tramonto Agroindustrial S.A. Morro Grande 0207.14 Agroavícola Veneto Ltda. Nova Veneza 0207.14 Oeste Aves Agroindustrial Ltda. Guatambu 0207.14, 0210.99, 0511.99 Villa Germânica Alimentos Ltda. EPP Indaial 0207.33, 0207.36 Cereagro Ltda. Mafra 0207.33, 1005.90, 1201.00, 1507.10, 1507.90 Procopiak Compensados e Embalagens S.A. Canoinhas 0210.20 Agrovicola Veneto Ltda. Nova Veneza 0210.99, 0511.99 Irmãos Amaral Captura Navegantes 0302.19, 0302.69, 0303.79 Com. e Ind. de Pescados Kowalsky Ltda. Itajaí 0302.32, 0302.39, 0302.69, 0303.41, 0303.42, 0303.43, 0303.71, 32