Curso de Relações Internacionais Disciplina: Teoria e Prática de Comércio Exterior (IEE-003) Carga horária semestral: 60 horas-aula Professora Responsável: Margarita OIivera (email: margarita.olivera@ie.ufrj.br) Período: 2018.2 Objetivo e organização do curso O curso tem como objetivo introduzir o aluno às ferramentas necessárias para a análise econômica e crítica de questões teóricas e práticas associadas aos fluxos de comércio entre os países, bem como aquelas associadas aos movimentos internacionais de capitais e seus impactos para o desenvolvimento dos países. Para tal, o curso começa com uma seção teórica cujo objetivo é rever as diferentes teorias sobre o padrão de comércio entre países e suas implicações. A seção 2 discute a evolução dos fluxos internacionais de capitais e os padrões de comércio exterior a partir da globalização e a internacionalização dos processos produtivos. Avaliação e presença Duas provas escritas. Uma lista de exercícios sobre vantagens absolutas e vantagens relativas (valendo um 10% da nota da P1), uma lista de leitura sobre os NAMA, OMC plus e extra (valendo um 10% da nota da P2). A chamada será realizada exclusivamente no início da aula e, em caso de atraso, @ alun@ não terá sua presença registrada. Não será permitido o uso de smartphones, iphones e aparelhos celulares durante a aula. Alun@s com média acima de 6,0 são aprovados automaticamente. Aqueles que obtiverem média entre 3,0 e 6,0 poderão fazer uma terceira prova (PF) que cobrirá todo o conteúdo do curso e comporá a média final junto com a média das outras. Neste caso, devem obter média mínima de 5,0 para serem aprovad@s, sendo que a PF tem peso dois. Segunda chamada: deve ser solicitada EXCLUSIVAMENTE na secretaria acadêmica em até 48h com apresentação de atestado médico.
Programa Introdução 1. Abordagens teóricas do comércio internacional 1.1. Introdução: o comércio exterior na história econômica, o mercantilismo e a prática do protecionismo. 1.2. A ordem mundial liberal e a abordagem clássica de Smith a Ricardo 1.3. O modelo neoclássico (Heckscher-Ohlin-Samuelson) e o enfoque neofatorial 1.4. Modelos de concorrência imperfeita (Krugman: economias de escala, concorrência monopolística e comércio intrafirma) 1.5. A crítica estruturalista: termos de troca e progresso técnico via comércio. 1.6. Estruturas produtivas desequilibradas. 2. A globalização e a internacionalização dos processos produtivos 2.1. A Terceira globalização, o consenso de Washington e o papel das transnacionais. 2.2. A OMC e o Sistema multilateral de Comercio. 2.3. Os acordos OMC Plus e de investimento. 2.4. As transnacionais e o investimento estrangeiro direto: As Cadeias Produtivas Globais de Valor 2.5. O Sistema Nacional de Inovações. 2.6. Regionalismo vs. Regionalização: padrões possíveis de integração 2.7. Experiências de integração Europa, Mercosul, Nafta
Manuais: Baumann, R., Canuto, O. & Gonçalves, R. Economia Internacional: teoria e experiência brasileira. Ed. Campus, Rio de Janeiro. Gonçalves, Baumann, Prado & Canuto. A nova economia internacional Uma perspectiva brasileira, Ed. Campus, Rio de Janeiro. Krugman, P. & Obstfeld, M. Economia Internacional. Ed. Pearson, São Paulo.
1.1 e 1.2: Mercantilismo e os clássicos Leituras obrigatórias CHANG (2006), Chutando a Escada. Caps 1.1, 2.1, 2.2.1. GONÇALVES, BAUMANN, PRADO & CANUTO (1998), A nova economia internacional Uma perspectiva brasileira, Ed. Campus, cap.1, mercantilismo e teorias clássicas do comércio internacional, pp. 3-16. Complementar DE SOUZA, JESUS NALI. Uma Introdução à história do pensamento econômico. Caps 1, 2 e 3 1.3 e 1.4: Teoria neoclássica do comércio exterior GONÇALVES, BAUMANN, PRADO & CANUTO (1998), A nova economia internacional Uma perspectiva brasileira, Ed. Campus, cap.1, seção sobre teoria neoclássica do comércio internacional, pp. 16-37. KRUGMAN, OBSTFELD (2000), Economia Internacional: teoria e política, Ed. Pearson, cap. 4, e cap. 6. OCAMPO, J. A. (1991). Las Nuevas Teorías del Comercio Internacional y los Países en Vías de Desarrollo. Pensamiento Iberoamericano, n. 20. http://ecaths1.s3.amazonaws.com/econinter1/474053316.tci_ocampo%201991%2 0Nuevas%20teorias%20(DP).pdf Complementar: GONÇALVES (1997), A teoria do comércio internacional: uma resenha. 1.5: A crítica estruturalista do comércio exterior PREBISCH, R. (1949), O Desenvolvimento Econômico da América Latina. RODRIGUES, O. (1981), A teoria do subdesenvolvimento da Cepal, cap. 01 (a concepção do sistema centro-periferia) e cap. 02 (a teoria da deterioração dos termos de troca). Vídeo: Prebisch y los términos de intercambio (youtube). 1.6: Estruturas Produtivas Desequilibradas, DIAMAND, M. (1972). La Estructura Productiva Desequilibrada Argentina y el Tipo de Cambio. Desarrollo Económico, V.12(45). 2.1 e 2.4: Livre comercio, globalização e Balanço de Pagamentos
SHAIKH, A (2003) Globalization and the Myth of Free Trade, Conference on Globalization and the Myths of Free Trade, New School University, New York. (*) GONÇALVES, BAUMANN, PRADO & CANUTO (1998), A nova economia internacional Uma perspectiva brasileira, Ed. Campus. 2.2 e 2.3: OMC e OMC plus. CHANG, H-J (2007). Bad Samaritans. Rich Nations, Poor Policies & the Threat to the Developing World. London: Random House Bussines Books. Cap 3 PALMEIRA (1995). Resulados da Rodada de Uruguai OMC (2008). WTR AKYÜZ, Y. (2005). The WTO Negotiations on Industrial Tariffs: What is at Stake for Developing Countries?. TWN Trade & Development Series n.24. KHOR, M. (2015). A summary of Public concerns on Investment Treaties and Investor-State Dispute Settlement. Em: Investment treaties: Views and experiences from developing countries. South Centre AKYÜZ, Y. (2015). Foreign Direct Investment, Investment agreements and economic development: Myths and Realities. Em: Investment treaties: Views and experiences from developing countries. South Centre 2.4 e 2.5: Livre comercio, IED, CGV e SNI GEREFFY & HUMPHREY (2005). The governance of global value chains. Review of International Political Economy 12:1 February 2005: 78 104 MILBERG, W. (2004). The changing structure of trade linked to global production systems: what are the policy implications?. International Labour Review, V. 143(1 2), pp. 45-90. ZHANG & SCHIMANSKI (2014), Cadeias Globais de Valor e os Países em Desenvolvimento, Boletim de Economia e Política Internacional CASSIOLATO & LASTRES (2005). Sistemas de inovação e desenvolvimento as implicações de política. São Paulo em perspectiva, v. 19, n. 1, p. 34-45, jan./mar. 2005 BRESSER-PEREIRA, (2012), Structuralist Macroeconomics and the New Developmentalism. Brazilian Journal of Political Economy, v. 32(3) 2.6: Regionalismo, regionalização, crescimento para fora e crescimento para dentro. MEDEIROS (2008). Os dilemas da integração sul-americana. Cadernos do Desenvolvimento, vol. 3 (5), pp. 213-254 (dropbox). UNCTAD (2007). Trade and Development Report. Cap 3 http://unctad.org/en/docs/tdr2007_en.pdf
BERTONI, R. (2007). "Regionalismo y Multilateralismo Qué tienen para ganar los Países en Desarrollo? Síntesis de la Economía Real Nº 55, Centro de Estudios para la Producción, Secretaría de Industria, Comercio y de la Pequeña y Mediana Empresa. 2.7: Experiências. BAUMANN, R., CANUTO, O. & GONÇALVES, R. Economia Internacional: teoria e experiência brasileira. Ed. Campus, Rio de Janeiro. Cap 18 CESARATTO, S. (2010). Europe, German Mercantilism and the Current Crisis. Quaderni del Dipartimento di Economia Politica, Università degli Studi di Siena, n. 595. http://www.econ-pol.unisi.it/quaderni/595.pdf PORTA, F. (2008). La Integración Sudamericana en Perspectiva. Problemas y dilemas. CEPAL documentos de proyecto. http://www.eclac.org/publicaciones/xml/8/34708/docw32.pdf OLIVERA, M. (2015). Perspectivas para la integración regional latinoamericana. Draft CEPAL Moreno Brid, et al (2005) Mexico: Economic growth exports and industrial performance after NAFTA. CEPAL Duran Lima, (2017). La irrupción de China y su impacto sobre la estructura productiva y comercial de América Latina. Revista da CEPAL n.31