Curso de Relações Internacionais

Documentos relacionados
Curso de Relações Internacionais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME

Comércio internacional. Reinaldo Gonçalves Prof. Titular IE-UFRJ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Autorizado pela Portaria no de 04/07/01 DOU de 09/07/01

Comércio internacional: Determinantes. Reinaldo Gonçalves

Video - Hans Rosling. 200 Countries, 200 Years, 4 Minutes yearsthat-changed-the-world-bbc/

Comércio internacional. Reinaldo Gonçalves Prof. Titular IE-UFRJ

Itens do Edital. responsabilidade fiscal. 2.5 Teoria e Política monetária Funções da moeda Criação e distribuição de moeda.

Internacionalização da produção e Investimento Externo Direto (IED)

EMENTA. CURSO DE GRADUAÇÃO EM ECONOM I A 2/2017

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

Comércio e desenvolvimento. Estratégias, negociações e setores dominantes. Reinaldo Gonçalves

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro versão 1 PUC-Rio Departamento de Economia

Comércio e desenvolvimento

FICHA DE DISCIPLINA/PROGRAMA

Relações Econômicas Internacionais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME

EPI 736 Experiências de Desenvolvimento Comparadas Profs. Carlos Aguiar de Medeiros & Carlos Pinkusfeld

Sociologia do Desenvolvimento. A invenção do 'Terceiro Mundo'. Prof. Alvaro A Comin

Integração regional Fundamentos

6 Referências bibliográficas

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ECONOMIA INTERNACIONAL Ano Lectivo 2018/2019

Economias de escala e concorrência imperfeita

Indústria, território e políticas de desenvolvimento. Professores Marcelo Matos Renata La Rovere José Cassiolato

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PROGRAMA DE DISCIPLINA. Disciplina: ECONOMIA MONETÁRIA E FINANCEIRA

Fatos estilizados. 7. África está sendo segregada do comércio internacional

Comércio e desenvolvimento (Parte I) Reinaldo Gonçalves

Comércio internacional e negociações multilaterais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

Economia Internacional e Comércio Exterior I. Prof. Ary Jr.

Principais trabalhos de Bresser-Pereira sobre taxa de câmbio e crescimento

PROVA ESCRITA DE NOÇÕES DE ECONOMIA

GESTÃO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS. Prof. Walfredo Ferreira

Parte 7 Estado e mercado global Sessão 2. Reinaldo Gonçalves

Edital n 860, de 20 de dezembro de Concurso Público para provimento efetivo de vagas no cargo de Professor da Carreira de Magistério Superior

Turma BNDES Economia Específica Regular

PROVA DISCURSIVA. Cargo 9: Técnico de Planejamento e Pesquisa Área de Especialização: Economia e Relações Internacionais 1 QUESTÃO 1.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ECONOMIA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME

Negócios Internacionais-Lozano

Integração regional: Fundamentos, autonomia e multipolaridade

Cadeias Globais e Competitividade em Mercados Emergentes: Brasil e América Latina. Dra. Luciana Marques Vieira Escola de Negócios UNISINOS

Regimes de Negociação Comercial Internacional e a atuação brasileira RNCI Prof. Diego Araujo Azzi

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO EMENTA E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. EMENTA (Síntese do Conteúdo) OBJETIVOS

Comércio e desenvolvimento. Fundamentos e visões

Laura de Castro Zoratto

Investimento externo direto e internacionalização da produção

Parte 7 Estado e mercado global Sessão 3. Reinaldo Gonçalves

PLANO DE ENSINO. Estrutura do balanço de pagamentos. Mercado de câmbio. Sistema Monetário Internacional.Teorias do Comércio Internacional.

Sumário. Parte 1. Capítulo 1 Abordagens Analíticas do Comércio Internacional. Capítulo 2 Políticas Comerciais

Relações Econômicas Internacionais

Comércio e desenvolvimento (Parte II) Reinaldo Gonçalves

Parte 1 TEORIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Araraquara OPTATIVA

Economia & Tecnologia - Ano 03, Vol. 08 Jan./Mar. de j 1

FACULDADE DE ECONOMIA, UNIVERSIDADE DO PORTO 1EC305: COMÉRCIO INTERNACIONAL

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Noções (?) de Economia Concurso de Admissão à Carreira Diplomática. Alterações do Edital 2017

Cenário econômico mundial e seu impacto sobre o setor portuário: a indústria portuária está sob pressão (estresse)

Comércio Internacional para Concursos Guia de estudos Série Teoria e Questões

Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional (PEPI) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

MICROECONOMIA. Programa: 2. Concorrência como interação estratégica: elementos de teoria dos jogos não cooperativos e modelos clássicos de oligopólio.

DIREITO INTERNACIONAL ECONÓMICO

UNIVERSIDADE DOS AÇORES DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO Economia Internacional I

PLANO DE ENSINO DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Top 30 Líderes Mundiais em Importações de Produtos Farmacêuticos (valores de 2014)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

DIREITO INTERNACIONAL ECONÓMICO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNCTAD WIR 2007 WORLD INVESTMENT REPORT SOBEET

PROGRAMA DA DISCIPLINA

Estado, Moeda e Desenvolvimento Prof. Alcino Camara EPI 705

Competitividade na indústria brasileira e momento econômico. Ricardo L. C. Amorim Especialista em Análise Econômica da ABDI

PAULO NAKATANI. Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Economia e Desenvolvimento, nº12, novembro/2000

Projeto de Disciplina: Direito Internacional Econômico e seus reflexos constitucionais

Blocos Econômicos e a Globalização, a Competitividade da Agroindústria no Brasil.

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ECONOMIA INTERNACIONAL Ano Lectivo 2017/2018

Abordagens de governança em áreas metropolitanas da América Latina: avanços e entraves

Desenvolvimento Económico I PROGRAMA

Economia Internacional I. Prof. VLADIMIR FERNANDES MACIEL

Rumo a novos consensos?

Metodologia. Aulas expositivo-dialogadas, empregando o quadro.

Desindustrialização Prematura na América Latina? Uma Breve Análise

v. 01 Política comercial Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ

American cities, global networks: mapping the multiple geographies of globalization in the Americas

Política comercial. Reinaldo Gonçalves. Professor titular UFRJ

PLANO DE ENSINO. Estratégia de ensino/aprendizag em. Apresentação do plano de ensino e da trajetória e objetos de interesse dos estudantes

70 anos da CEPAL

Abbreviations. xvi. Veronica Montecinos and John Markoff Downloaded from Elgar Online at 09/28/ :41:29AM via free access

- Introduzir elementos e conceitos relativos à estrutura e funcionalidade dos sistemas monetários;

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ECONOMIA INTERNACIONAL Ano Lectivo 2011/2012

Seminários de Pesquisa em Educação e Pesquisa Contábil!

Políticas Comerciais. Prof. Thális Andrade

Teorias e Padrões de Desenvolvimento Econômico (2 semestre 2006)

Brasil e Argentina: mudanças climáticas e

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ATUÁRIA

Transcrição:

Curso de Relações Internacionais Disciplina: Teoria e Prática de Comércio Exterior (IEE-003) Carga horária semestral: 60 horas-aula Professora Responsável: Margarita OIivera (email: margarita.olivera@ie.ufrj.br) Período: 2018.2 Objetivo e organização do curso O curso tem como objetivo introduzir o aluno às ferramentas necessárias para a análise econômica e crítica de questões teóricas e práticas associadas aos fluxos de comércio entre os países, bem como aquelas associadas aos movimentos internacionais de capitais e seus impactos para o desenvolvimento dos países. Para tal, o curso começa com uma seção teórica cujo objetivo é rever as diferentes teorias sobre o padrão de comércio entre países e suas implicações. A seção 2 discute a evolução dos fluxos internacionais de capitais e os padrões de comércio exterior a partir da globalização e a internacionalização dos processos produtivos. Avaliação e presença Duas provas escritas. Uma lista de exercícios sobre vantagens absolutas e vantagens relativas (valendo um 10% da nota da P1), uma lista de leitura sobre os NAMA, OMC plus e extra (valendo um 10% da nota da P2). A chamada será realizada exclusivamente no início da aula e, em caso de atraso, @ alun@ não terá sua presença registrada. Não será permitido o uso de smartphones, iphones e aparelhos celulares durante a aula. Alun@s com média acima de 6,0 são aprovados automaticamente. Aqueles que obtiverem média entre 3,0 e 6,0 poderão fazer uma terceira prova (PF) que cobrirá todo o conteúdo do curso e comporá a média final junto com a média das outras. Neste caso, devem obter média mínima de 5,0 para serem aprovad@s, sendo que a PF tem peso dois. Segunda chamada: deve ser solicitada EXCLUSIVAMENTE na secretaria acadêmica em até 48h com apresentação de atestado médico.

Programa Introdução 1. Abordagens teóricas do comércio internacional 1.1. Introdução: o comércio exterior na história econômica, o mercantilismo e a prática do protecionismo. 1.2. A ordem mundial liberal e a abordagem clássica de Smith a Ricardo 1.3. O modelo neoclássico (Heckscher-Ohlin-Samuelson) e o enfoque neofatorial 1.4. Modelos de concorrência imperfeita (Krugman: economias de escala, concorrência monopolística e comércio intrafirma) 1.5. A crítica estruturalista: termos de troca e progresso técnico via comércio. 1.6. Estruturas produtivas desequilibradas. 2. A globalização e a internacionalização dos processos produtivos 2.1. A Terceira globalização, o consenso de Washington e o papel das transnacionais. 2.2. A OMC e o Sistema multilateral de Comercio. 2.3. Os acordos OMC Plus e de investimento. 2.4. As transnacionais e o investimento estrangeiro direto: As Cadeias Produtivas Globais de Valor 2.5. O Sistema Nacional de Inovações. 2.6. Regionalismo vs. Regionalização: padrões possíveis de integração 2.7. Experiências de integração Europa, Mercosul, Nafta

Manuais: Baumann, R., Canuto, O. & Gonçalves, R. Economia Internacional: teoria e experiência brasileira. Ed. Campus, Rio de Janeiro. Gonçalves, Baumann, Prado & Canuto. A nova economia internacional Uma perspectiva brasileira, Ed. Campus, Rio de Janeiro. Krugman, P. & Obstfeld, M. Economia Internacional. Ed. Pearson, São Paulo.

1.1 e 1.2: Mercantilismo e os clássicos Leituras obrigatórias CHANG (2006), Chutando a Escada. Caps 1.1, 2.1, 2.2.1. GONÇALVES, BAUMANN, PRADO & CANUTO (1998), A nova economia internacional Uma perspectiva brasileira, Ed. Campus, cap.1, mercantilismo e teorias clássicas do comércio internacional, pp. 3-16. Complementar DE SOUZA, JESUS NALI. Uma Introdução à história do pensamento econômico. Caps 1, 2 e 3 1.3 e 1.4: Teoria neoclássica do comércio exterior GONÇALVES, BAUMANN, PRADO & CANUTO (1998), A nova economia internacional Uma perspectiva brasileira, Ed. Campus, cap.1, seção sobre teoria neoclássica do comércio internacional, pp. 16-37. KRUGMAN, OBSTFELD (2000), Economia Internacional: teoria e política, Ed. Pearson, cap. 4, e cap. 6. OCAMPO, J. A. (1991). Las Nuevas Teorías del Comercio Internacional y los Países en Vías de Desarrollo. Pensamiento Iberoamericano, n. 20. http://ecaths1.s3.amazonaws.com/econinter1/474053316.tci_ocampo%201991%2 0Nuevas%20teorias%20(DP).pdf Complementar: GONÇALVES (1997), A teoria do comércio internacional: uma resenha. 1.5: A crítica estruturalista do comércio exterior PREBISCH, R. (1949), O Desenvolvimento Econômico da América Latina. RODRIGUES, O. (1981), A teoria do subdesenvolvimento da Cepal, cap. 01 (a concepção do sistema centro-periferia) e cap. 02 (a teoria da deterioração dos termos de troca). Vídeo: Prebisch y los términos de intercambio (youtube). 1.6: Estruturas Produtivas Desequilibradas, DIAMAND, M. (1972). La Estructura Productiva Desequilibrada Argentina y el Tipo de Cambio. Desarrollo Económico, V.12(45). 2.1 e 2.4: Livre comercio, globalização e Balanço de Pagamentos

SHAIKH, A (2003) Globalization and the Myth of Free Trade, Conference on Globalization and the Myths of Free Trade, New School University, New York. (*) GONÇALVES, BAUMANN, PRADO & CANUTO (1998), A nova economia internacional Uma perspectiva brasileira, Ed. Campus. 2.2 e 2.3: OMC e OMC plus. CHANG, H-J (2007). Bad Samaritans. Rich Nations, Poor Policies & the Threat to the Developing World. London: Random House Bussines Books. Cap 3 PALMEIRA (1995). Resulados da Rodada de Uruguai OMC (2008). WTR AKYÜZ, Y. (2005). The WTO Negotiations on Industrial Tariffs: What is at Stake for Developing Countries?. TWN Trade & Development Series n.24. KHOR, M. (2015). A summary of Public concerns on Investment Treaties and Investor-State Dispute Settlement. Em: Investment treaties: Views and experiences from developing countries. South Centre AKYÜZ, Y. (2015). Foreign Direct Investment, Investment agreements and economic development: Myths and Realities. Em: Investment treaties: Views and experiences from developing countries. South Centre 2.4 e 2.5: Livre comercio, IED, CGV e SNI GEREFFY & HUMPHREY (2005). The governance of global value chains. Review of International Political Economy 12:1 February 2005: 78 104 MILBERG, W. (2004). The changing structure of trade linked to global production systems: what are the policy implications?. International Labour Review, V. 143(1 2), pp. 45-90. ZHANG & SCHIMANSKI (2014), Cadeias Globais de Valor e os Países em Desenvolvimento, Boletim de Economia e Política Internacional CASSIOLATO & LASTRES (2005). Sistemas de inovação e desenvolvimento as implicações de política. São Paulo em perspectiva, v. 19, n. 1, p. 34-45, jan./mar. 2005 BRESSER-PEREIRA, (2012), Structuralist Macroeconomics and the New Developmentalism. Brazilian Journal of Political Economy, v. 32(3) 2.6: Regionalismo, regionalização, crescimento para fora e crescimento para dentro. MEDEIROS (2008). Os dilemas da integração sul-americana. Cadernos do Desenvolvimento, vol. 3 (5), pp. 213-254 (dropbox). UNCTAD (2007). Trade and Development Report. Cap 3 http://unctad.org/en/docs/tdr2007_en.pdf

BERTONI, R. (2007). "Regionalismo y Multilateralismo Qué tienen para ganar los Países en Desarrollo? Síntesis de la Economía Real Nº 55, Centro de Estudios para la Producción, Secretaría de Industria, Comercio y de la Pequeña y Mediana Empresa. 2.7: Experiências. BAUMANN, R., CANUTO, O. & GONÇALVES, R. Economia Internacional: teoria e experiência brasileira. Ed. Campus, Rio de Janeiro. Cap 18 CESARATTO, S. (2010). Europe, German Mercantilism and the Current Crisis. Quaderni del Dipartimento di Economia Politica, Università degli Studi di Siena, n. 595. http://www.econ-pol.unisi.it/quaderni/595.pdf PORTA, F. (2008). La Integración Sudamericana en Perspectiva. Problemas y dilemas. CEPAL documentos de proyecto. http://www.eclac.org/publicaciones/xml/8/34708/docw32.pdf OLIVERA, M. (2015). Perspectivas para la integración regional latinoamericana. Draft CEPAL Moreno Brid, et al (2005) Mexico: Economic growth exports and industrial performance after NAFTA. CEPAL Duran Lima, (2017). La irrupción de China y su impacto sobre la estructura productiva y comercial de América Latina. Revista da CEPAL n.31