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Transcrição:

Dispensação de Medicamentos Ambulatoriais do Sistema SIGH - Sistema de Informação e Gestão Hospitalar Edna Aparecida Delfim dos Santos 1, Luciano Gamez 2 1. Bacharel em Sistemas de Informações, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo (SP), Brasil. 2. Professor Doutor. Universidade Aberta do Brasil, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, São Paulo (SP), Brasil. Resumo O presente trabalho tem como objetivo o estudo de caso e a apresentação de um sistema de Dispensação de Medicamentos utilizado para controlar o uso seguro de medicamentos ambulatoriais através de recursos públicos. O problema foi identificado através de uma equipe de farmacêuticos do Hospital das Clínicas de São Paulo, responsáveis pela farmácia ambulatorial que diagnosticou a falta de informação e recursos impossibilitando a racionalização de medicamentos, a falta de um histórico sistematizado para o atendimento, o que resulta na retirada de medicamento além do necessário, dificuldade em controlar o fluxo de pacientes e um controle informatizado no estoque. O projeto do sistema foi elaborado para buscar através de uma pesquisa realizada na base de dados do CONASS, da SCIELO e o SIASUS, com artigos publicados entre 2004 a 2012 e teve uma iniciativa de conceitos no uso devido de medicamentos tornando as informações adequadas a uma prescrição eletrônica. Com isso foi criado um banco de dados com dados dos medicamentos dispensados na farmácia que é constantemente atualizado pelos farmacêuticos e a avaliação de todos os processos envolvendo uma prescrição e dispensação para estabelecer as rotinas de trabalho. Isso resultou na identificação de vários elementos que trouxeram benefícios no atendimento ao paciente e o aumento nos meios aplicados aos medicamentos, promovendo efeitos aos prescritores, dispensadores e usuários de medicamentos com o intuito de um efeito positivo no tratamento medicamentoso. Descritores: Dispensação de Medicamentos, Pacientes, Farmácia Ambulatorial, Sistema, Saúde e Prescrição.

Introdução Com as necessidades de informações básicas na assistência farmacêutica e buscando atender um número cada vez maior de pacientes, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo HCFMUSP e a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo PRODESP juntou-se para elaborar um sistema com o objetivo divulgar e incentivar o uso seguro e racional de medicamentos com a utilização de recursos públicos. Esta parceria teve como propósito o desenvolvimento de um Sistema de Informação e Gestão Hospitalar tendo em vista uma melhoria no acesso ao medicamento prescrito pelo médico e ao seu uso correto, contribuindo assim para a modernização na informatização da gestão pública. O sistema elaborado foi o SIGH - Sistema de Informação e Gestão Hospitalar que apresenta um banco de dados com informações farmacológicas de aproximadamente 650 medicamentos padronizados para uma dispensação ambulatorial; ficha eletrônica para a dispensação de medicamentos; perfil farmacoterapêutico de acordo com a especialidade médica, programa de entrega de medicamentos em casa e indicadores de atendimento. O mesmo envolve desde a prescrição eletrônica até a dispensação de medicamentos ambulatoriais oferecendo soluções que partilham de necessidades técnicas e econômicas com segurança e qualidade no atendimento aos pacientes através da emissão da prescrição médica que possibilita na emissão da ficha de orientação farmacêutica com informações sobre o medicamento e como o mesmo deve ser usado pelo paciente; permissão automática para uso de um medicamento que esteja em falta por outro equivalente e/ou alternativo, previamente definido; o calculo da quantidade exata do medicamento que foi dispensado, compensando o que foi entregue anteriormente; agendamento automático do reatendimento do paciente direcionando para uma melhor distribuição nos dias e horários de atendimento; controle na distribuição de placebos (apresentação de efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da doença do paciente que esta sendo tratado) e organização no atendimento priorizando os protocolos com intuito de evitar a falta de medicamentos. Através desse sistema foi possível controlar o fluxo de pacientes, facilitar na compra adequada de medicamentos ambulatoriais, uma melhor utilização de um

histórico informatizado de um paciente e o desperdício causado pela retirada excessiva de medicamentos. A criação do trabalho se da por pesquisas feitas em materiais específicos para implantação do sistema, como Penildon Silva, que retrata de uma obra sobre Farmacologia, Francisca Rosaline Leite Mota, Doutora em Ciência da Informação, Gestão Eletrônica de Documentos e Tecnologia da Informação em Saúde e com conteúdos teóricos, como livros, artigos e documentação de sistemas voltados para prescrição eletrônica e medicamentos ambulatoriais. Com o sistema não foi possível resolver 100% dos problemas da assistência farmacêutica, porém, a equipe aprimorou seus estudos e revisou todos os procedimentos envolvendo medicamentos buscando soluções que recompensassem as necessidades técnicas de segurança e qualidade. O objetivo principal deste trabalho tem como missão realizar um estudo de caso sobre a dispensação de medicamentos ambulatoriais do sistema SIGH Sistema de Informação e Gestão Ambulatorial, objetivando avaliar os resultados do processo de dispensação bem como os benefícios gerados ao público envolvido. Método A elaboração deste estudo consistiu em uma revisão sistemática de pesquisas descritivas e caráter qualitativo, feitas em materiais específicos que englobam um estudo sobre dispensação de medicamentos contendo conteúdos teóricos, como artigos publicados entre os anos de 2004 e 2012. Os dados coletados são das bases: CONASS Conselho Nacional de Secretarias de Saúde, da SCIELO - Scientific Electronic Library Online e o SIASUS Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS. Após executadas as buscas com a combinação dos descritores, os resumos dos artigos retornados foram lidos e analisados, segundo os seguintes critérios de inclusão: ter sido publicado entre o período de 2004 e 2012; Utilizar estudos de caso baseado em dispensação de medicamentos e prontuário eletrônico e idioma

português. Os critérios de exclusão foram: Idiomas que não sejam em português e artigos que não apresentam versões completas. Resultados Os resultados alcançados exibidos na tabela 1 têm como fundamento pontuar como o uso racional de medicamentos é importante na racionalização. Tabela 1: Apresentação dos artigos localizados na base de dados CONASS, 2004 Conselho Nacional de Secretarias de Saúde, da SCIELO, 2010 - Scientific Electronic Library Online e o SIASU, 2012 Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS e utilizados na elaboração do estudo relacionado ao tema Dispensação de Medicamentos Ambulatoriais do Sistema SIGH - Sistema de Informação Gestão Hospitalar. Título do Artigo/Referência Prescrição de Medicamentos ou Receita Médica (2) Desenvolvimento, complexo industrial da saúde e política industrial (3) Objetivo Descrição da elaboração de uma prescrição e/ou receita médica. Pontuação da situação na saúde pública em relação a desenvolvimento e a política. Resultados A elaboração de uma prescrição e/ou receita médica consiste num documento de ordem escrita, podendo ser emitida por um profissional devidamente habilitado como médico, dentista e veterinário. Numa receita esses profissionais detalham o uso devido de um medicamento, indicando como o paciente deve administrar a medicação, contendo a via administração, a frequência e a duração do tratamento. Para não haver o uso indevido de um medicamento e uma boa evolução em um tratamento, o profissional deve elaborar uma prescrição de qualidade de acordo com o z e após o tempo de tratamento, com o retorno do paciente ao profissional, o mesmo deve prescrever uma receita contendo os devidos ajustes obedecendo aos critérios de manutenção ou suspenção da medicação. Este artigo pontua a situação na saúde no que diz respeito ao desenvolvimento nacional e da política industrial englobando elementos determinantes na atividade da economia capitalista e de sua posição diante da economia mundial envolvendo todos os países que são menos avançados e passaram por um processo de desenvolvimento que lutam por melhores condições com os países mais avançados, tendo assim, um melhor aprendizado e inovação. A indústria da saúde consiste no fornecimento de um referencial teórico permitindo englobar duas diferentes lógicas: a sanitária e o desenvolvimento econômico do país. O artigo visualiza, tendo como base, o comércio exterior o desprezo no que diz respeito ao desenvolvimento nas políticas de saúde, que foi consequência da fragilidade econômica nesse setor. O entendimento da Relatar sobre sistemas de dispensação de O sistema de Medicamentos de Dispensação em Caráter Excepcional é responsável por um grupo de

gestão do programa de medicamentos de dispensação em caráter excepcional (4) Inovação em temas estratégicos de saúde pública (5) Assistência farmacêutica no sistema público informatizado de saúde no Brasil (6) medicamentos excepcionais destinados ao tratamento de patologias específicas relatadas pelo CONASS - Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Publicar pontos relacionados a temas estratégicos de saúde. Descrever o Sistema Único de Saúde no Brasil. medicamentos destinados ao tratamento de patologias específicas que atingem um número limitado de pacientes. Dentre os usuários desses medicamentos estão os transplantados, os portadores de insuficiência renal crônica, de esclerose múltipla, de hepatite viral crônica B e C, de epilepsia, de esquizofrenia refratária e de doenças genéticas como fibrose cística e a doença de Gaucher. Segundo o levantamento feito pelo CONASS - Conselho Nacional de Secretários de Saúde junto às Secretarias Estaduais de Saúde, o Programa de Medicamentos de Dispensação em Caráter Excepcional atende atualmente a cerca de 330 mil pacientes cadastrados no SUS Sistema Único de Saúde. De acordo com o grande volume de recursos financeiros envolvidos e por ser considerado tema prioritário na agenda das Secretarias Estaduais de Saúde, o CONASS desenvolveu como ação do Programa de Informação e Apoio Técnico às Equipes Gestoras Estaduais do SUS, um projeto de Organização da Gestão Estadual do Programa de Medicamentos de Dispensação em Caráter Excepcional/Alto Custo. O texto apresenta reflexões sobre temas importantes tratados no âmbito da CGAR - Cromatografia Gasosa de Alta Resolução no campo da inovação e desenvolvimento do complexo industrial da saúde, os temas apresentam-se seguindo as diretrizes que visam reduzir a vulnerabilidade da política nacional de saúde e aumentar a competitividade em inovação e fortalecimento da capacidade produtiva nacional, sem comprometer aspectos regulatórios e de vigilância sanitária que garantam qualidade, segurança e eficácia dos produtos em saúde. Tem o objetivo de difundir aspectos relevantes no âmbito da inovação e em temas estratégicos de saúde, que possam servir de ferramenta de consulta para formuladores de políticas públicas, gestores, pesquisadores e interessados em temas de inovação em saúde. No Brasil, o Sistema único de saúde, o SUS, é citado como uma grande conquista da população, tendo em vista o seu caráter de política estatal que promoveu ampla inclusão social. A assistência terapêutica integral, juntamente com a assistência farmacêutica, também é área de atuação do SUS e esse marco e a forma como a assistência farmacêutica foi incorporada ao SUS evidenciam a relevância dada a ela no âmbito da atenção à saúde. Entretanto, para que de fato as políticas estabelecidas pelo Estado sejam implementadas, é preciso que sejam assegurados os recursos necessários à execução das atividades e também que sua gestão seja eficaz, efetiva e eficiente. Neste artigo, descreve-se e discute-se a organização da assistência farmacêutica no SUS, analisando-se os avanços e desafios que se apresentam para que o direito à assistência terapêutica integral e farmacêutica seja garantido à população brasileira. Dispensação de medicamentos Relatar o uso racional de medicamentos De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para que se aponte o uso racional de medicamentos é

essenciais de uso ambulatorial (7) ambulatoriais. necessário que sejam prescritos adequadamente, na forma farmacêutica, doses e duração do tratamento, respondam sempre aos critérios de qualidade exigidos e dispensa em condições apropriadas, com orientação e responsabilidade. Tão importante quanto o medicamento, é a informação sobre como utilizá-lo. Esta é dada inicialmente pelo prescritor e complementada, no momento da dispensa, pelo farmacêutico. De acordo com a Política Nacional de Medicamentos, de 1998, a dispensação é o ato do farmacêutico ao propiciar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à apresentação de receita elaborada por um profissional autorizado. Nesse ato, o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do produto farmacêutico. Assim, a dispensação é insubstituível no processo de atenção à saúde e deve ser considerada como ação integrada do farmacêutico com outros profissionais da saúde, em particular os prescritores. O ato de dispensar compõe o processo de atenção ao paciente, sob foco na prevenção e promoção da saúde, tendo o medicamento como recurso de ação. Esta atividade é resultado de aplicação entrelaçada de conhecimentos adquiridos nos bancos universitários. Envolvendo desde farmacologia, farmacoterapia, controle de qualidade, farmacotécnica, farmacognosia, legislação, patologia, microbiologia, entre outros aspectos. A dispensa feita com qualidade é obrigatória para a obtenção de benefícios na terapêutica farmacológica.

Discussão O uso racional de medicamentos é um componente muito importante na política nacional de medicamentos. A falta de acesso a um tratamento adequado, os erros de medicação e a falta de orientação quanto ao tratamento, são problemas graves da saúde pública em todo o mundo, podendo assumir riscos significativos e custos relevantes ao sistema de saúde. Um dos mecanismos para se evitar erros de medicação, é adequar o sistema que controla este setor, com o objetivo de estabelecer um forte controle sobre a prescrição, a aquisição e o uso de medicamentos. Tarefas simples e repetitivas são aprimoradas com base em sistemas, através da tecnologia da informação. Essas tarefas incluem a prescrição eletrônica, utilização de códigos de barras nos medicamentos e braceletes de identificação de pacientes. Embora todos esses recursos tenham se mostrado eficientes na redução de erros, a que apresenta melhores evidências é a prescrição eletrônica, uma intervenção, baseada em sistemas. O processo de informatização apresenta-se como a tecnologia apropriada a esse tipo de controle. A farmácia hospitalar tem papel importante no diagnóstico de não conformidades e direcionamento das ações corretivas, ações que venham a proporcionar um nível adequado de segurança ao sistema, numa instituição hospitalar que tem, como princípios, a credibilidade e a garantia de uma assistência correta e responsável. Este estudo de caso é importante, pois permite avaliar os aspectos da engenharia de software como o processo de desenvolvimento, da documentação e implantação do sistema. Estudar sistemas públicos também permite observar dificuldades dos processos associados a questões burocráticas, etc Sob a óptica da saúde, existe uma grande carência por sistemas de gestão, no caso, o sistema pode ser reusado em instituições similares, representando ganhos para área da saúde.

Conclusão O Sistema SIGH possui uma ferramenta para informatizar a distribuição de medicamentos de uma farmácia ambulatorial, pois foi elaborado para aperfeiçoar a entrega aos pacientes realizando assim a gestão completa da dispensação. Com um Banco de Dados farmacológico que sustenta o Sistema de Dispensação um médico tem a possibilidade de emitir a receita no computador e as informações prescritas são passadas diretamente para a farmácia ambulatorial. Isso faz com que o sistema realize um atendimento com maior eficiência e rapidez. As informações sobre o paciente são armazenadas em um banco de dados que permite uma rápida e fácil visualização e são demonstradas através de indicadores de qualidade do perfil farmacoterapêutico do paciente. Com a implantação do sistema foi possível identificar fatores que contribuíram para a melhoria do atendimento ao paciente aumentando a segurança de acordo com a posologia e racionalizando a dispensação de medicamentos ambulatoriais. Referências 1. Penildon Silva, 2007 - Aspectos de uma prescrição racional http://www.ebah.com.br/content/abaaaavguad/prescricao-medicamentosreceita-médica. 2. SCIELO - Scientific Electronic Library Online - Desenvolvimento, complexo industrial da saúde e política industrial. http://www.scielo.br/pdf/rsp/v40nspe/30617.pdf 3. Conselho Nacional de Secretarias de Saúde para entender a gestão do Programa de Medicamentos de dispensação EM CARÁTER EXCEPCIONAL. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documenta3.pdf 4. Ministério da Saúde - Inovação em temas estratégicos de saúde pública http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inovacao_temas_estrategicos_saude_ publica_v1.pdf

5. SCIELO - Scientific Electronic Library Online Assistência farmacêutica no sistema público de saúde no Brasil. http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v27n2/a10v27n2 6. UNESP - Dispensação de medicamentos essenciais de uso ambulatorial. http://www.culturaacademica.com.br/_img/.../dispensacao%20de%20medicament os.pdf 7. MOTA, Francisca Rosaline Leite. Prontuário Eletrônico do Paciente: Estudo de uso pela equipe de saúde do Centro de Saúde Vista Alegre. 2005. (Dissertação de Mestrado em Ciência da Informação). Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005.