GERAÇÃO. APIROGENICIDADE produto estéril, potencial/ pirogênico ESTERILIDADE



Documentos relacionados
São substâncias que, quando injetadas em pacientes causam elevação da temperatura corporal (pirexia ou febre), podendo ser:

VERIFICAÇÃO DE METODOLOGIA PARA ANÁLISE DE ENDOTOXINA EM ÁGUA

ENSAIO DE ENDOTOXINAS BACTERIANAS

Reprocessamento de artigos médicos-hospitalares: fatores críticos de sucesso para a limpeza e desinfecção

CONTROLE DA QUALIDADE DE RADIOFÁRMACOS

O QUE SÃO SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS? QUAL A FUNÇÃO BIOLÓGICA DE CADA UMA?

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA

TABELA DE EQUIVALÊNCIA Curso de Odontologia

CITOPLASMA. Características gerais 21/03/2015. Algumas considerações importantes: 1. O CITOPLASMA DAS CÉLULAS PROCARIÓTICAS

Curso: Integração Metabólica

A Monitorização do Processo

Anti HBc Ref Controle Negativo

A importância hematofágica e parasitológica da saliva dos insetos hematófagos. Francinaldo S.Silva.

Disciplina de Imunologia. Curso de Biomedicina. Imunidade aos Microbios Bactéria extracelular

Roteiro de Auditoria de Estudos de Equivalência Farmacêutica e de Perfil de Dissolução Comparativo

Resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp.

BIOFÍSICA MEMBRANAS BIOLÓGICAS

Professor Fernando Stuchi M ETABOLISMO DE C ONSTRUÇÃO

PlanetaBio Resolução de Vestibulares UFRJ

Estimativa da incerteza em ensaio de detecção de endotoxina bacteriana pelo método de gelificação

Aos bioquímicos, técnicos de laboratório e estagiários do setor de imunologia e hematologia.

Síntese Artificial de Peptídeos

TÉCNICA EM LABORATÓRIO/HEMOTERAPIA

MICROSCOPIA Robert Hooke, obra: Micrographia; Denominação células.

Crescimento Microbiano

DETERMINAÇÃO DE ENDOTOXINA BACTERIANA (PIROGÊNIO) EM RADIOFÁRMACOS PELO MÉTODO DE FORMAÇÃO DE GEL. VALIDAÇÃO. NEUZA TAEKO OKASAKI FUKUMORI

Exercícios de Monera e Principais Bacterioses

Helena Campos (Engenharia Química)

IMUNO ENSAIOS USANDO CONJUGADOS

ALBUMINA BOVINA 22% PROTHEMO. Produtos Hemoterápicos Ltda. PARA TESTES EM LÂMINA OU TUBO SOMENTE PARA USO DIAGNÓSTICO IN VITRO

FISIOLOGIA RENAL EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

Questionário - Proficiência Clínica

Aos bioquímicos, técnicos de laboratório e estagiários do setor de imunologia.

A ÁGUA COMO REAGENTE PURA PURA PURA Destilação - Deionização Osmose Reversa - Filtração através de Carvão Ativado Ultrafiltração -

REGULAÇÃO HIDROELETROLÍTICA FUNÇÃO RENAL

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho

QUESTÃO 40 PROVA DE BIOLOGIA II. A charge abaixo se refere às conseqüências ou características da inflamação. A esse respeito, é INCORRETO afirmar:

Cálculo de potência; Limites de confiança; Análise estatística (ANOVA).

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR.

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA DESTILADA E OSMOSE REVERSA 1. Wendel da Silva Lopes 2, Andressa da Silva Lopes 3, Adriana Maria Patarroyo Vargas 4.

PROTEÇÃO AMBIENTAL. Professor André Pereira Rosa

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

08/10/2012. Citologia. Equipe de Biologia. De que são formados os seres vivos? Substâncias inorgânicas. Água Sais minerais. Substâncias orgânicas

Regulação dos níveis iônicos do sangue (Na +, K +, Ca 2+, Cl -, HPO 4. , K +, Mg 2+, etc...)

BIOQUÍMICA DA ÁGUA. Disciplina: Bioquímica, Prof. Dr. Vagne Oliveira

Métodos sorológicos de Diagnóstico e Pesquisa. Reação Ag-Ac in vitro

Citologia e envoltórios celulares

SUSPENSÕES E SOLUÇÕES

MARCELA BALBI PALLA ANÁLISE DE PIROGÊNIO EM PRODUTOS INJETÁVEIS E SOLUÇÕES PARENTERAIS

Sistema Circulatório. Sistema Circulatório. Ciências Naturais 9º ano

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

WHO GLOBAL SALM-SURV NÍVEL III

Boas Práticas no Manuseio de Animais de Laboratório: Cuidado com os Animais Experimentais

Extração de DNA. Prof. Silmar Primieri

REGULAMENTO TÉCNICO PARA REGISTRO DE ANTIMICROBIANOS DE USO VETERINÁRIO

Cuidados e indicações atuais

Figura 1: peridrociclopentanofenantreno

Mutação e Engenharia Genética

PORTARIA N.º 228, DE 25 DE OUTUBRO DE 1988

Biologia Celular: Transformação e armazenamento de energia: Mitocôndrias e Cloroplastos

Esterilização de Baixa Temperatura e Uso de Termodesinfectora: Práticas x Resoluções

Níveis de organização do corpo humano - TECIDOS. HISTOLOGIA = estudo dos tecidos

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

Punção Venosa Periférica CONCEITO


Elaborado por: Karina Salvador Revisado por: Hilda Helena Wolff Aprovado por: Andréa Cauduro

Células A (25%) Glucagon Células B (60%) Insulina Células D (10%) Somatostatina Células F ou PP (5%) Polipeptídeo Pancreático 1-2 milhões de ilhotas

A LINGUAGEM DAS CÉLULAS DO SANGUE LEUCÓCITOS

Microbiologia Veterinária. Gêneros Streptococcus e Staphylococcus

ÁGUA REAGENTE NO LABORATÓRIO CLÍNICO

TEMPERATURA E TERMORREGULAÇÃO TERMORREGULAÇÃO ENDOTÉRMICA

COMPOSIÇÃO QUÍMICA CELULAR COMPOSTOS INORGÂNICOS: ÁGUA- SAIS MINERAIS COMPOSTOS ORGÂNICOS: CARBOIDRATOS

Isolamento Viral em Cultivo Celular. Adriana Candido Rodrigues

1- Considere as características das células A, B e C da tabela: ela indica a presença (+) ou ausência (- ) de alguns componentes.

Métodos de esterilização de artigos médico-hospitalares

Ingredientes: Óleo de açaí e vitamina E. Cápsula: gelatina (gelificante) e glicerina (umectante).

Tema 06: Proteínas de Membrana

SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS. Engº Ricardo de Gouveia

Cursos de Enfermagem e Obstetrícia, Medicina e Nutrição Disciplina Mecanismos Básicos de Saúde e Doença MCW 240 Estudo Dirigido P2 / Parte I 2012/1

Lipídios. Dra. Aline Marcellini

ANTICORPOS: ESTRUTURA E FUNÇÃO

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães

Vias de administração

Fisiologia da glândula Tireóide

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE MEDICINA - BACHARELADO

Degradação de Polímeros

Produção, Armazenamento e Procedimentos de Hemocomponentes

ANTI IgG (Soro de Coombs)

INUMO-HEMATOLOGIA DOADOR E RECEPTOR VITÓRIA 2014

Métodos para detecção de alérgenos em alimentos. Gerlinde Teixeira Departamento de Imunobiologia Universidade Federal Fluminense

Maxillaria silvana Campacci

ANTI D IgM +IgG Monoclonal (Humano)

ANEXO II. 1 HEPATITE B VÍRUS DA HEPATITE B (Hepatitis B Vírus HBV)

PRINCÍPIOS DA HEMODIÁLISE

A base molecular da vida Constituintes da matéria-viva

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ BIOLOGIA PROVA DE TRANSFERÊNCIA FACULTATIVA E PARA PORTADOR DE DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR

Capacidade de organizar os produtos da digestão usando a energia extraída dos mesmos produtos da digestão (REGULAÇÃO)

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas.

Transcrição:

FOGO/ T C GERAÇÃO ESTERILIDADE APIROGENICIDADE produto estéril, potencial/ pirogênico ABRANGÊNCIA INJETÁVEIS EM GERAL (uso humano e veterinário) CORRELATOS DE INJETÁVEIS Produtos médico-hospitalares de uso invasivo Drogas e correlatos INTRATECAIS Produtos implantáveis Originam-se fora do corpo e induzem elevação térmica quando injetados em animais e homem - bactérias G(-) endotoxina / LPS -Bactérias G(+) ác. Teicóico -Fungos e vírus -Fármacos e esteróides -frações do plasma Pirogênio leucocitário: Substância homogênea Sintetizada por diferentes células do hospedeiro (leucócitos) após exposição ao pirogênio exógeno T C

ENDOTOXINA Pirogênio presente na parede da célula das bactérias G (- ) LPS Lipopolissacáride Mólecula quimicamente purificada da endotoxina ESTRUTURA da PAREDE de G (+) X ESTRUTURA da PAREDE de G (-) ESTRUTURA do LPS

Parte externa Proteínas Cadeia O-Específica Cadeia Fundamental polissacarídea Lípide A LPS Fosfolípide Membrana Lipoproteína Externa Peptideoglicano Espaço Periplasmático Membrana Interna Citoplasma celular Parte interna

Cadeia O específica Cadeia fund.polissacarídea Lipídeo A Lipopolissacarídeo (LPS) PM: 20.000 a 30.000 Daltons até 10 6 Daltons ext Sequências repetidas de açúcares (manose, galactose, ramnose, dideoxihexoses) Especificidade sorológica Polissacarídeos Difusão de solutos int 2 unidades glicosamino, pontes fosfato + ácidos graxos de cadeia longa ~ fosfolipídio Ação Biológica Toxicidade da molécula

EFEITO SOBRE O SISTEMA TERMORREGULADOR AÇÃO DIRETA: centro termorregulador do hipotálamo anterior 0,1 µg/kg febre considerável Limites diferentes produtos compêndios oficiais AÇÃO INDIRETA leucócitos liberação pirogênio leucocitário ação no centro termorregulador hipotálamo anterior EFEITO SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR Interação LPS c/ leucócitos, plaquetas e proteínas plasmáticas liberação de aminas vasoativas débito cardíaco miocárdio= Redução fluxo sanguíneo pressão arterial CHOQUE EFEITO SOBRE O SANGUE Leucopenia Alteração da eritropoiese Agregação plaquetária coagulação sg. disseminada EFEITO SOBRE O SISTEMA ENDÓCRINO HIPOTÁLAMO gl. Pituitária ACTH gl. Supra-renal cortisol EFEITO SOBRE O SISTEMA METABÓLICO Hiperglicemia seguida de Hipoglicemia Hiperlipidemia EFEITO SOBRE O SISTEMA IMUNOLÓGICO PRODUÇÃO de Anticorpos IgM, IgG, IgA

CALOR SECO ESTUFAS HIDRÓLISE ÁCIDO - BASE OXIDAÇÃO POR MÉTODOS QUÍMICOS ALQUILAÇÃO POR AGENTES ALQUILANTES RADIAÇÃO IONIZANTE E POLIMIXINA B LAVAGEM DESTILAÇÃO- água ULTRAFILTRAÇÃO Exclusão por peso molecular OSMOSE REVERSA Remoção por exclusão de tamanho (poros de 10 A ) O QUE SÃO PRODUTOS APIROGÊNICOS????? OBTENÇÃO DE PRODUTOS APIROGÊNICOS - Na prática = lote contaminado rejeição e descarte - Remoção = não aplicável custo X efetividade - Processo produtivo GMP obtenção de produto apirogênio BIOBURDEN X PYROBURDEN

COELHOS (teste de pirogênio) Aceitação ou reprovação da amostra em teste reação febril do animal Coelhos sistema termorregulador ao humano Cachorros dificuldade no manuseio Cobaios sensibilidade do sist. Termorregulador Espécie Oryctolagus cuniculus, ordem logomorfa (albino, grande orelha) TESTE PROPRIAMENTE DITO Animais de ambos os sexos, tratados em biotérios c/ isolamento acústico Interrupção de alimentos 3hrs antes do teste (água livre) contendores especiais Uso de 3 animais (respeitar a dose humana) ml/kg de peso corporal Tomada da temperatura basal Administração da amostra veia marginal da orelha (estéril e isotônica) Novas medições de T C após 1,2 e3 horas

COELHOS (teste de pirogênio) INTERPRETAÇÃO DO TESTE CRITÉRIOS Considerar somente elevações de temperatura 3 coelhos 1 animal c/ elevação > ou = a 0,6 C e/ou Σ T C máx.> 1,4 C RETESTE C/ +5 ANIMAIS Os critérios são farmacopéicos (USP e Farm.Bras. IV ed.) COELHOS T C BASAL T C 1 T C 2 T C 3 VARIAÇÃO 1 38,5 39,1 39,5 37 1 2 39 39,3 39 39,2 0,3 3 39,3 39,7 40 39,4 0,7

LISADO dos AMEBÓCITOS LIMULUS LAL Teste de endotoxina bacteriana Baseia-se na propriedade das células (amebócitos) do carangueijo Limulus polyphemus formarem coágulo na presença de endotoxina Limulus polyplemus CARCAÇA FRONTAL Limulus polyplemus PARTE POSTERIOR infecção por bact. G(-) PRÓ-ENZIMA Sg animal endotoxina Ca +2 / Mg +2 ENZIMA ATIVADA + COAGULOGÊNIO Sg animal hidrólise coágulo sanguíneo polimerização rearranjo PÉPTIDES

REAGENTE LAL 1 frasco contendo endotoxina padronizada 1 frasco contendo pró-enzima + coagulogênio (distintas sensibilidades-λ EX: λ= 0,125UE/mL, 0,200UE/mL, 0,250UE/mL Escolha: de acordo com o pyroburden das amostras - VALIDAÇÃO Punção da região torácica e retirada da hemolinfa TESTE PROPRIAMENTE DITO GELIFICAÇÃO ou GEL-CLOT Introdução USP XX e 4ª ed. Farmacopéia Bras. Vol. = de reagente LAL + solução teste ensaio limite Homogeneização suave e incubação a 37 C por 1 hora INVERSÃO 180 formação de gel sólido AMOSTRA POSITIVA

LISADO dos AMEBÓCITOS LIMULUS LAL Teste de endotoxina bacteriana MÉTODO GEL-CLOT Cálculo da Concentração de Endotoxina na amostra Resultado em EU/UE Sensiblidade do reagente LAL = 0,125 EU/mL (λ) diluições seriadas da amostra R é p lic a s D ilu iç ã o d a A m o s tra 1 :2 1 :4 1 :8 1 :1 6 1 :3 2 1 + + + + - 2 + + + - - Ponto Final de Gelificação da Amostra Log 10 Ponto Final 1:16 (0,0625) - 1,204 1:8 (0,125) - 0,903 Média = -1,054 Antilog 10 da Média = 0,088 Concentração = Sensibilidade LAL = 0,125 EU/ml = 1,42 EU/ml endotoxina antilog10 média pto. final 0,088

TESTE ANIMAL IN VIVO VANTAGENS Animal simula melhor condições fisiológicas DESVANTAGENS emulsão, suspensão, sol. Oleosa não quantitativo natureza do fármaco antitérmicos, anestésicos limitações quanto à re-utilização (tolerância) TESTE Gel clot IN VITRO VANTAGENS Abrangência Sensibilidade (validação) Especificidade Custo / simplicidade DESVANTAGENS Natureza do fármaco (validação interferências) Amostras opacas / leitosas mét. Cromogênico Grande demanda e sensib. mét. Turbidimétrico