QUALIDADE EM SERVIÇOS EM INSTITUIÇÃO BANCÁRIA SOB A ÓTICA DO CLIENTE FINAL



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Transcrição:

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. QUALIDADE EM SERVIÇOS EM INSTITUIÇÃO BANCÁRIA SOB A ÓTICA DO CLIENTE FINAL Milene Felix de Almeida (UFPB) milenefelix2004@yahoo.com.br Jeane de Fatima Gomes de Lima (UFPB) jeanegl@yahoo.com.br Joel Guedes de Souza (UFPB) joel_guedes@hotmail.com O setor de serviços vem sendo amplamente estudado na medida em que os clientes finais requerem bens e serviços com qualidade cada vez maior, seja na esfera privada, no terceiro setor ou no setor público, este último é o foco da presente pessquisa. Sendo assim, o foco na qualidade prevê melhorias na prestação dos serviços, sendo este um processo que envolve recursos humanos, físicos, financeiros e tecnológicos e diferentes etapas que precisam ser adequadamente cumpridas. Diante desse contexto, o objetivo desse estudo foi investigar a qualidade na prestação dos serviços de uma instituição pública bancária na percepção do cliente final. Analisar a percepção do cliente final se torna cada vez mais importante pelos níveis de exigência impostos por eles e, ainda pelo fato de estas exigências não serem estáveis, pelo contrário elas mudam num espaço de tempo cada vez menor. Por outro lado, o setor bancário apresentou mudanças significativas nos últimos anos como, por exemplo, o aumento da tecnologia requerendo maior participação do cliente no processo de prestação de serviço, que certamente causou impactos na percepção do cliente final. A pesquisa de caracterizou como exploratória descritiva, de forma que para realização da pesquisa de campo foi aplicado um questionário a 130 clientes após ter sido realizado um pré-teste. O questionário foi elaborado com a orientação das dimensões de Garvin: desempenho, característica, confiabilidade, conformidade, durabilidade, manutenção, estética e qualidade percebida. A pesquisa constatou que em relação aos aspectos da qualidade investigados, aqueles relacionados à interação entre funcionário e cliente; ambiente físico; tecnologia utilizada e tempo gasto durante o atendimento foram avaliados positivamente, mas 74% dos clientes finais afirmaram haver necessidade de melhoria de algum aspecto do serviço, enquanto apenas 26% afirmaram não haver tal necessidade. A principal reclamação dos clientes diz respeito à demora durante a espera nas filas do banco. Palavras-chaves: Qualidade, serviços, bancos.

1 Introdução O crescimento do setor de serviços vem despertando o interesse de várias instituições, a exemplo do Sebrae que aponta a superação desse setor em número de empresas e pessoal ocupado entre os anos de 1999 e 2003 se comparado com a indústria e o comércio. Além disso, conforme salientam Correia e Correia (2008) a maioria das empresas, atualmente, oferece não somente bens físicos, mas um pacote de valor que inclui bens ou produtos tangíveis e serviços. Tais informações representam alguns dos motivos pelos quais qualidade é um tema que desde seu surgimento ainda é muito estudada por acadêmicos e almejada pelas empresas de todos os setores. Entretanto, Las Casas (2006) afirma que os gestores realizam cursos e adquirem livros que ensinam a aplicar técnicas de qualidade nas empresas de bens e serviços, mas ainda existem muitas organizações que não conseguem aplicar qualidade na prática efetivamente. Sendo assim, o setor de serviços também vem sendo amplamente estudado na medida em que os clientes finais requerem bens e serviços com qualidade cada vez maior, seja na esfera privada, no terceiro setor ou no setor público, este último é o foco da presente pesquisa. Nesse sentido, o foco na qualidade prevê melhoras na prestação dos serviços, sendo este um processo que envolve recursos humanos, físicos, financeiros e tecnológicos e diferentes etapas que precisam ser adequadamente cumpridas. Para Slack et. al. (2010) e Garvin (1998), a melhoria dos serviços e de todos os aspectos que envolvem o desempenho de uma operação, se faz ao detectar o fator qualidade, o qual não pode ficar de fora dos moldes da gestão moderna. Especialmente em instituições que lidam com atendimento ao público se evidencia a necessidade de se estudar a qualidade na prestação de serviços, visto que nos últimos anos tem-se verificado maior participação do consumidor final no processo e ao mesmo tempo intervenção destes, de maneira que a satisfação é percebida no momento de prestação do serviço Diante desse contexto, o objetivo desse estudo foi investigar a qualidade na prestação dos serviços de uma instituição pública bancária na percepção do cliente final. Analisar a percepção do cliente final se torna cada vez mais importante pelos níveis de exigência impostos por eles e, ainda pelo fato de estas exigências não serem estáveis, pelo contrário elas mudam num espaço de tempo cada vez menor. Por outro lado, o setor bancário apresentou mudanças significativas nos últimos anos como, por exemplo, o aumento da tecnologia requerendo maior participação do cliente no processo de prestação de serviço, que certamente causou impactos na percepção co cliente final. Assim, a investigação a respeito da qualidade na prestação de serviços permite conhecer particularidades da empresa e evidenciar problemáticas que até então não tinham sido identificadas por falta de um estudo mais detalhado. As informações coletadas por meio da presente pesquisa poderão ser utilizadas para melhoria na qualidade na prestação de serviços na própria agência investigada e em outras agências de mesmo porte, além disso, a melhoria do desempenho de qualquer atividade deverá ser contínua, necessitando de acompanhamento e atualização das informações encontradas. 2 Revisão da Literatura 2.1 Qualidade em serviços 2

Ao longo dos anos se verificou a contribuição de vários pesquisadores para os estudos da qualidade, entre eles Deminig, Juran, Ishikawa, Feigenbaum, Taguchi, Crosby. Entretanto, durante esse tempo se verificou que o tema passou a ter maior abrangência e qualidade deixou de significar simplesmente um bem ou serviço livre de erros. Conforme Correia e Correia (2008, p.182) enfatizam a qualidade é formada durante o processo de produção, ou seja, não é um kit que possa ser instalado..., ao contrário disso, a qualidade envolve ações que devem focalizar o processo de prestação do serviço. Na visão de Garvin (1998) esse interesse pela qualidade está associado à lucratividade, definido-a de acordo com o ponto de vista do cliente e exigindo sua inclusão no processo de planejamento estratégico. Esse autor defende que a qualidade tem impactos estratégicos no sentido de conquista e manutenção de mercados e, além disso, que o nível de qualidade a ser entregue deve ser determinado pelos requisitos priorizados pelos clientes. È comum serem identificadas diferentes definições para qualidade, que envolvem desde aquelas voltadas para a ausência de erros no bem/serviço final àquelas voltadas para qualidade do processo de produção. Slack et.al. (2010) identificam cinco abordagens utilizadas para definir qualidade, cada uma delas com um foco diferente: Abordagem transcendente: qualidade é sinônimo de consagração do produto, ou seja, é definida como absoluta; Abordagem baseada no produto: vê a qualidade como um conjunto medidas específicas e precisas de características, que são requeridas para satisfazer ao consumidor; Abordagem baseada no usuário: assegura que o produto ou o serviço está adequado a seu propósito; Abordagem baseada na produção: a qualidade como conformidade com as especificações ; Abordagem baseada no valor: qualidade em termos de custo e preço. A partir do entendimento das diferentes abordagens sobre qualidade, pode-se utilizar uma delas para orientar na produção do bem e fornecimento do serviço, ou se necessário utilizar mais de uma para se ter um entendimento mais completo, visto que algumas das abordagens podem ser utilizadas de forma complementar. Sendo assim, independente da abordagem utilizada é importante reconhecer a necessidade de a qualidade voltar-se para a percepção do cliente final, pois a qualidade determinada pela operação precisa estar de acordo com o entendimento do cliente. Nesse sentido, Paladini (1994) relata que o primeiro aspecto da satisfação do cliente é que ela é dinâmica, ou seja, o nível de satisfação do cliente muda com o tempo, ela não é estática e por isso mesmo a qualidade deve ser uma busca constante. O segundo aspecto é que nem o próprio cliente sabe quando sua satisfação a respeito da qualidade do serviço muda. Essa relação entre cliente e serviço representa um processo contínuo na melhoria do produto ou serviço. Para Las Casas (2006) a qualidade em serviços engloba, além dos clientes externos, todos que com ela interagem, ou seja, funcionários, administradores, fornecedores, entre outros. Na realidade todos que formam uma organização são clientes, sejam internos (funcionários), ou externos (clientes consumidores do serviço). O consumidor usa do seu poder de coerção para julgar os produtos e serviços que mais lhes satisfaçam. A busca das empresas para fornecerem produtos ou serviços de qualidade se torna cada dia, mais acirrada, na medida em que surgem diversas empresas oferecendo serviços 3

diferenciados e com qualidade. Além disso, é preciso considerar as características que diferenciam os serviços dos produtos, dificultando em alguns momentos a verificação da qualidade. Essas características são: intangibilidade, inseparabilidade, heterogeneidade e simultaneidade (SLACK et. al. 2010). 2.3 Serviços Bancários Segundo Lovelock (1995), a melhoria da qualidade em serviços só é possível com profundo entendimento do processo de prestação do serviço. A partir do momento em que as empresas conhecem seus processos elas passam a estruturar todo sistema organizacional, gerando como conseqüência melhorias no resultado final do processo, ou seja, oferecem dessa forma qualidade no produto ou serviço prestado. Entretanto, nem sempre as empresas têm um conhecimento estruturado e profundo dos seus processos. A demonstração da realização de um serviço não é uma tarefa fácil, pois as empresas desconhecem informações essenciais dos seus processos e algumas vezes não sabem como fazê-los com qualidade (GONÇALVES, 2000). É importante que as organizações definam seus sistemas de qualidade voltados para a empresa como um todo, pois o fator qualidade requer a cooperação de todos os membros que fazem a organização e tem como resultado melhor desempenho. O processo de desempenho de um serviço é um dos fatores mais checados pelo cliente, avaliador e qualificador, por ser responsável pela especificação de melhorias. Assim, a participação ativa do cliente na construção do serviço tem sido uma estratégia utilizada por algumas organizações que passaram a promover forte interação no processo entre funcionários, recursos disponíveis e clientes finais. Um exemplo desse fato são os bancos, onde clientes utilizam diretamente a tecnologia, ou seja, eles necessitam de determinadas habilidades para controlar esses recursos que lhes são disponibilizados. Entretanto, para utilização desses recursos tecnológicos necessita-se de capacitação e treinamento para uma melhor realização do serviço por parte deles, mas nem sempre o cliente tem o treinamento necessário. O impacto direto da falta de conhecimento da utilização da tecnologia disponibilizada nos bancos é a formação de filas, principalmente em agências do interior onde o problema se agrava por muitos dos clientes serem analfabetos ou analfabetos funcionais. Com a formação de filas se verifica a insatisfação dos clientes, tanto daqueles que não sabem utilizar a tecnologia e precisam ficar esperando por funcionário para auxiliá-los, quanto daqueles que sabem utilizar, mas que de toda forma tem que esperar mais tempo por causa da fila formada. Como a qualidade em serviço depende da percepção do cliente final, a insatisfação pelo tempo de espera acaba impactando na percepção de qualidade do serviço. Nesse contexto, para Slack et. al. (2010), as operações em serviços raramente têm a mesma oportunidade para treinamento de consumidores. As operações nesse tipo de serviço, principalmente nas tecnologias do tipo caixas automáticos necessitam mais do que uma simples interação, gerando certas limitações em seu uso. Nos bancos, utiliza-se tecnologia de linha de frente e também de retaguarda, aquela em que o consumidor tem pouco quase nenhum contato. Um exemplo são os ATM s, que segundo Slack et. al. (2002), são um tipo de tecnologia que existe para ligar os consumidores nos escritórios de linha de frente com capacidade de processamento de informação dos escritórios retaguarda Um dos principais elementos da indústria bancária nos dias de hoje é o uso da Tecnologia da Informação como elemento chave para um melhor desempenho gerador de informação diante dos concorrentes, sendo possível verificar que os investimentos nessa área exercem impactos significativos no campo bancário (MAÇADA, 2001). 4

Nesse contexto, é possível perceber que o setor bancário é um segmento que tem realizado grandes investimentos em tecnologia da informação no país, buscando a ampliação e modernização de salas de autoatendimento, para então proporcionar aos clientes equipamentos ou serviços com mais praticidade e facilidade, forma de agregar valor aos serviços. 3 Metodologia A presente pesquisa se caracteriza como do tipo exploratória- descritiva e pesquisa de campo, esta última permite ao pesquisador chegar mais próximo do objeto pesquisado (MARCONI; LAKATOS, 2007). Para realização da pesquisa de campo, utilizou-se um questionário como instrumento de coleta de dados, o qual antes da aplicação foi realizado um pré-teste com uma amostra de 20 clientes da instituição bancária estudada. Após a realização do pré-teste que permitiu identificar necessidades de melhorias na linguagem do instrumento de coleta de dados, realizou-se a pesquisa de campo com aplicação de questionários, de maneira que a amostra foi composta por 130 clientes. A amostragem utilizada foi do tipo aleatória por acessibilidade, a qual foi identificada como a mais adequada pelo fato de o setor bancário lidar com um público muito diversificado, entretanto, para compor a amostra o sujeito de pesquisa teria que atender a um critério principal: possuir conta ativa na agência estudada segundo cláusulas gerais do contrato de conta corrente, conta investimento e conta poupança ouro e/ou poupança poupex. Esse critério se fez necessário para garantir que os sujeitos pesquisados tivessem reais condições de avaliar a qualidade dos serviços prestados, evitar alto nível de missing por falta de conhecimento por parte do cliente; e evitar que fossem questionados sujeitos que estivessem freqüentando a agência pela primeira vez. Na formulação das questões do instrumento de pesquisa foram utilizadas as oito dimensões de Garvin (1998): desempenho, característica, confiabilidade, conformidade, durabilidade, manutenção, estética e qualidade percebida. Estas dimensões foram utilizadas como orientação para elaboração do instrumento, entretanto, adaptando-se à realidade dos serviços e especificamente, serviços bancários. O questionário foi composto por 18 questões, sendo 15 fechadas (com escala tipo likert) e 3 abertas. Estas últimas se fizeram necessários para que se pudessem identificar necessidades de melhorias dos serviços prestados pela instituição bancária. Os dados captados foram tratados com a ajuda do programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences- versão 13.0). 4 Análise e interpretação dos dados A agência bancária em que se realizou a pesquisa de campo iniciou suas atividades no ano de 1980. Anteriormente, as pessoas que precisavam realizar serviços básicos de pagamentos, depósitos, emissão de saldo e extratos das contas entre outras operações precisariam se deslocar para outras cidades para realizar essas transações bancárias. Atualmente, o Banco dispõe de tecnologia avançada com um sistema de autoatendimento que presta serviços à população, a qual ainda possui quantidade representativa de pessoas com pouca escolaridade, refletindo no uso de equipamentos durante a prestação do serviço. O primeiro aspecto questionado na presente pesquisa foi justamente o nível de escolaridade dos clientes, pois a dificuldade de utilização dos caixas eletrônicos e formação de filas podem ser ocasionadas por esse fator. A Tabela 1 apresenta o nível de escolaridade da amostra pesquisada. 5

Em relação à escolaridade dos clientes pesquisados percebeu-se que não existe predominância em nenhum dos graus elencados. Tais resultados se devem ao fato de a maioria da população necessitar possuir conta em banco para realizar ao menos os serviços básicos, tais como: recebimento de salário, aposentadoria, empréstimos, entre outros. Sendo assim, apesar de não se constatar predominância em nenhum dos níveis de escolaridade elencados entre a amostra pesquisada, verificou-se que o maior percentual esteve entre aqueles clientes que possuem ensino fundamental incompleto (25%), seguido daqueles que possuem ensino superior completo (22%). Apesar de não haver predominância de pessoas com baixo grau de escolaridade, verificou-se um percentual representativo de clientes que compuseram a amostra com o ensino fundamental incompleto. Dessa maneira, essas pessoas normalmente necessitam de maior apoio no momento de realização do serviço e muitas optam por maior interação com os funcionários, requerendo esse tipo de serviço ao invés daquele realizado diretamente nos caixas eletrônicos. Assim, a percepção que tais pessoas terão em relação à qualidade no serviço prestado estará pautada com maior ênfase no tratamento recebido no momento de realização do serviço. Para investigar a percepção dos clientes a respeito da qualidade dos serviços prestados pela agência bancária pesquisada foram identificados alguns itens como sendo importantes, devido à natureza dos serviços de um modo geral e especificamente os serviços bancários. Esses itens são apresentados na Tabela 2 e tratados em seguida. 6

No que diz respeito aos serviços do banco, verificou-se que dos clientes pesquisados 56,92% considera o tratamento fornecido pelo funcionário como de boa qualidade e outros 40% consideram de excelente qualidade, representando um posto positivo na avaliação do cliente. A esse respeito Moller (1994, p. 26) afirma que o nível de experiência e habilidade dos funcionários de uma empresa torna-se o diferencial quanto à qualidade no atendimento de sua clientela. Complementa Godri (1994), que o atendimento é sinônimo de empatia e atenção, e isso se percebe pela sinceridade das respostas, ou seja, dos clientes que há um bom tratamento. Sendo assim, foi identificado que o tratamento ao cliente dessa agência bancária é satisfatório, mostrando que o funcionário tem habilidade e experiência para lidar com o cliente. No caso dos bancos, sabe-se que segurança durante o atendimento se apresenta como aspecto essencial e interfere diretamente na percepção de qualidade do cliente final. Assim, foi possível verificar que 65% avaliam a segurança durante o atendimento como sendo boa, portanto, se sente seguro, enquanto que para 25% dos pesquisados o atendimento é plenamente seguro sendo considerado excelente. Entretanto, para um percentual de 10%, a segurança precisa ser melhora. Almeida (2001, p. 19) afirma que quando o cliente confia no indivíduo que presta o serviço, demonstra que a empresa exerce um admirável atendimento ao cliente, e isso é demonstrado com o resultado visto na tabela acima. Nas organizações que prestam serviços, diferentemente daquelas que fabricam produtos, a interação com o cliente é um fator influenciador da percepção que o cliente possui sobre qualidade. Verificou na pesquisa que 68% dos clientes pesquisados afirmaram que interagem bem com o funcionário, outros 25% dos pesquisados consideram que é excelente a interação funcionário e cliente. Entretanto, 5% que consideram a interação para com cliente ruim e, 2% que consideram como sendo péssima essa mutualidade. Nesse contexto, contribui Paladini (1994) ao afirmar que aspectos relacionados à satisfação do cliente exigem dinâmica, e isso é 7

demonstrado com o resultado da pesquisa em que a maior parte dos clientes consideram haver uma boa interação com o funcionário. No que diz respeito ao ambiente físico 75,38% dos clientes pesquisados como bom, sendo uma informação representativa da percepção da maior parte dos pesquisados. Em seguida, têm-se os 17% que avaliam o ambiente como sendo excelente. Entretanto, a percepção positiva da maior parte dos clientes em relação ao ambiente físico pode estar ligada ao fato de a estrutura da empresa está localizada em um prédio recém construído com instalações novas e bem mais amplas que as anteriores, além de estar em local de fácil acesso. Para Las Casas (2006) essa avaliação sobre o ambiente físico é importante, pois o cliente faz a análise dos serviços a partir do contato com o ambiente. No ambiente, alguns aspectos são mais valorizados pelo cliente que outros, e ao detectar esse nível de importância é possível melhorar aqueles considerados mais importantes na visão do cliente, conforme Tabela 3. Dos itens avaliados, verifica-se que a limpeza e ordem, apesar de não interferirem diretamente no serviço prestado, se apresentam como aspectos mais importantes na percepção do cliente final. Além desses, a conservação das instalações físicas também interfere diretamente na percepção da qualidade para o cliente. Sendo assim, mesmo que os clientes pesquisados avaliem positivamente aspectos relacionados à qualidade na prestação do serviço, é preciso perceber e identificar necessidades de melhorias, visto que é isso que em médio e longo prazo resultarão na retenção dos clientes e aquisição de novos clientes. Certamente, a avaliação do cliente em relação aos serviços prestados, depende de diferentes aspectos, entre eles sabe-se que o tempo de espera antes do atendimento influenciará a percepção do cliente final. Sendo assim, ao avaliar a percepção quanto ao tempo de espera pelo cliente antes do atendimento, se verifica que apesar de 38,46% considerarem este tempo como razoável, outros 58,46% dos clientes pesquisados afirma que o tempo de espera antes do atendimento é ruim ou péssimo, representando necessidade urgente de melhoria. Essa insatisfação dos clientes é gerada por existência de filas, principalmente nos horários de pico e nos primeiros dias de cada mês. Correia e Correia (2008) sugerem a adoção das estratégias de gerenciamento de fluxos e filas para resolver essa problemática, considerada sem solução por alguns, mas que podem ser identificados diferentes meios de evitar ou minimizar o problema. Sabe-se que o tempo é fator preponderante no fornecimento de um serviço, na medida em que o serviço pode ser considerado de boa qualidade, mas se o tempo gasto de espera for superior ao que o cliente está disposto a esperar, conseqüentemente afetará a percepção do cliente. Em relação ao tempo, investigou-se também a percepção do cliente no que diz respeito ao tempo de gasto durante o atendimento. Sabe-se que ao contrário do tempo de espera que quanto menor melhor, aqui acontece justamente o contrário, quanto mais tempo o funcionário levar para servir o cliente com calma e prestando todas as informações necessárias, melhor para este. Nesse item, 61,54% avaliou que o tempo de atendimento na agência bancária está adequado, mas outros 32,31% consideram que esse tempo precisa ser melhorado, pois 8

avaliaram como ruim ou péssimo. Em alguns casos essa percepção também se deve à existência de filas, que compromete o tempo de atendimento na medida em que o funcionário diminui o tempo de atendimento para diminuir as filas existentes. No caso de bancos, a tecnologia tem um papel essencial, visto que a prestação dos serviços é realizada essencialmente com a utilização desta, seja nos caixas eletrônicos ou nos caixas com auxílio humano. Sendo assim, 60% dos pesquisados afirmaram que a tecnologia empregada na prestação de serviços atende aos seus anseios e para 24,62% é satisfatória, visto que frequentemente atende às suas necessidades e é considerada boa. Entretanto, 15,38% dos clientes pesquisados afirmam que a tecnologia não atende às suas necessidades por a considerarem ruim ou péssimo. Importante ressaltar que esse alto percentual de clientes afirmando que a tecnologia atende às suas necessidades pode ser pelo fato de não existirem muitas outras agências na região por ela atendida. Em relação à utilização da tecnologia em bancos, Slack et. al. (2010) afirmam que as oportunidades de acesso à tecnologia empregada nos bancos, muitas vezes dificulta a vida dos clientes, pois muitas não têm habilidades necessárias para manuseá-las. Após avaliar todos esses itens, os clientes foram questionados num modo mais amplo, ou seja, a percepção quanto à qualidade dos serviços prestados pela instituição financeira pesquisada. Avaliaram existir um bom atendimento na prestação de serviços, podendo-se levar em consideração a relação pessoal dos indivíduos com os funcionários, que têm a maioria de suas necessidades atendidas. Sendo assim, a grande maioria (67,69%) aprova o serviço prestado, considerando o atendimento bom e, um percentual de 20,1% dos entrevistados considera o atendimento ruim ou péssimo. A partir dos índices encontrados, se verifica que apesar de os clientes terem feito avaliações positivas, existe a necessidade de melhorias, as quais em vez de serem questionadas devem ser colocadas em prática para minimizar os índices de insatisfação. Na interação necessária durante a prestação do serviço, entre cliente e funcionário é preciso que sejam feitos esclarecimentos ao cliente em relação aos questionamentos trazidos por este, fator de importância na prestação do serviço. Tabela 4 mostra que sempre os funcionários tiram as dúvidas do cliente. É possível notar ainda que durante a prestação do serviço os funcionários sempre oferecem outros serviços/produtos ao cliente, buscando atendê-lo plenamente na medida em que percebe a necessidade de outro serviço que lhe seja necessário. Entretanto, apesar de 43,10% dos clientes afirmarem sempre serem oferecidos outros serviços, 18,44% afirma que raramente essa situação ocorre, e outros 6,15% dizem nunca serem oferecidos outros serviços. 9

Após serem questionados todos esses itens que interferem diretamente na visão dos clientes finais sobre a qualidade, investigou-se o grau de satisfação dos serviços prestados pela agência bancária pesquisada, encontrando-se os resultados detalhados na Tabela 5. Sendo assim, apesar de 43,08% afirmarem estar satisfeito com os serviços, outros 36,92% afirma estarem pouco satisfeitos e 10,77% estarem totalmente insatisfeitos. Assim, se verifica que apesar de os aspectos avaliados individualmente terem alcançados resultados positivos, se percebe que o cliente não está totalmente satisfeito, ou seja, existe um grau de insatisfação que precisa ser mais bem analisado. Essa informação é reforçada ao se identificar que dos clientes pesquisados 74% afirmaram haver necessidade de melhoria de algum aspecto do serviço, enquanto apenas 26% afirmaram não haver tal necessidade. Desse modo, apesar de os clientes terem feitos suas avaliações em sua maioria positiva, foram ainda questionados através de questão aberta com relação aos aspectos considerados positivos e negativos dos serviços prestados pela agência bancária estudada (QUADRO 1) A avaliação dos aspectos positivos retrata que a agência bancária preocupa-se em oferecer um bom atendimento, o qual é visto pelo cliente como sendo seguro, com alto nível de interação entre cliente e funcionário, honestidade do funcionário, valorização de aspectos físicos, entre outros. Os clientes pesquisados apresentam ainda aspectos relacionados ao ambiente, como limpeza, temperatura e localização como sendo positivos, mostrando que em relação ao ambiente a agência é bem estruturada. Analisando-se os aspectos negativos os clientes avaliaram que: agência bancária não oferece um tratamento igualitário para todos os clientes, o atendimento é demorado, o 10

conforto ainda não está atendendo às expectativas de todos os clientes, se verifica precariedade no atendimento, a agência pequena para atender à demanda, entre outros. 5 Considerações Finais O presente trabalho buscou investigar a percepção do cliente final sobre a qualidade de uma agência bancária pública. Quando avaliados individualmente aspectos como segurança, tempo de espera durante e antes do atendimento, qualidade dos serviços, dúvidas tiradas pelo funcionário, oferecimento de outros serviços, entre outras questões, se verificou avaliações positivas. Entretanto, apesar desses dados os clientes em sua grande maioria afirmam haver necessidade de melhorias em diferentes aspectos. Assim, a percepção do cliente final serve como instrumento de melhoria da qualidade do serviço na medida em que este informa quais serviços precisam ser melhorados e em que medida. Os clientes da agência bancária pesquisada identificaram principalmente o relacionamento e interação do cliente com funcionário de forma positiva, mas a existência de filas, falta de atenção aos pequenos correntistas e número insuficiente de funcionários, entre outros aspectos foram considerados aspectos negativos que impactam diretamente na percepção de qualidade do cliente final. Desse modo, apesar de a agência investigada satisfazer as necessidades da grande maioria dos clientes pesquisados, é preciso analisar profundamente os requisitos impostos por estes, sabendo que satisfação não é estável, mas é de natureza dinâmica. Esse fato isoladamente já denota a necessidade de realizar investigações de tempos em tempos, verificando cada um dos itens analisados e alterações na satisfação e percepção do cliente final. Além disso, sabendo-se que a percepção do cliente final é dinâmica, torna-se necessário que ao pesquisar a qualidade nos serviços desse tipo de organização outros aspectos sejam avaliados e incorporados na pesquisa para acompanhar a dinamicidade da qualidade do cliente final. Verifica-se que nas questões em que os aspectos da qualidade eram avaliados isoladamente, a maioria obteve avaliação positiva, entretanto, em momento posterior os clientes apontaram diversos aspectos a serem melhorados. A formação de filas foi o principal fator negativo citado pela maioria dos clientes, especialmente em determinados horários, apontando necessidade urgente de melhoria já que o serviço que a agência presta pode ser de alta qualidade, mas esse e outros fatores podem tender a desqualificar o serviço prestado. Referências ALMEIDA, Sergio. Ah! Eu não acredito! Salvador: Casa da Qualidade, 2001. CORRÊA H. L.; CORRÊA, C. A. Administração da produção e operações. São Paulo: Atlas, 2008. GARVIN, David. A. Gerenciando a qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998. GODRI, Daniel. Conquistar e manter clientes. 32. ed. Blumenau-SC: Eko, 1994. GONÇALVES, José Ernesto Lima. As empresas são grandes coleções de processos. RAE - Revista de Administração de Empresas, v.40, n.1, jan/mar. 2000. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina Andrade. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2007. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Qualidade total em serviços. São Paulo: Atlas, 2006 LOVELOCK, Christopher H. Product plus: produto + serviço = vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1995. 476 p. 11

MAÇADA, A.C.G. Impacto dos investimentos em tecnologia da informação nas variáveis estratégicas e na eficiência dos bancos brasileiros. Tese (Doutorado- Programa de Pós-graduação em Administração - PPGA). Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2001. MOLLER, Claus. O lado humano da qualidade. São Paulo: Pioneira, 1994. SLACK, Nigel et al. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PALADINI, Edson Pacheco. Qualidade total: novas perspectivas. São Paulo: Atlas, 1994. 12