1 Antecedentes e Justificativa

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Transcrição:

Título: PROJETO MANTENDO SORRISOS / FALA CRIANÇA: UMA INTEGRAÇÃO ODONTOLOGIA E FONOAUDIOLOGIA Autores: Prof. Roger Keller Celeste - rk_(celeste@hotmail.com) Prof. Sérgio Augusto Quevedo Miguens Jr (smiguens@ulbra.br) Profa. Suzana Delgado (sudel@zaz.com.br) Instituição: UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - Área temática: IV Saúde Linha programática: Atenção Integral à criança 1 Antecedentes e Justificativa A cárie, no Brasil, embora venha demonstrando uma grande diminuição em sua prevalência (BRASIL, 1996), continua ainda hoje sendo um sério problema de saúde pública. Isto porque, não somente os índices de cárie são relativamente altos se comparados com países mais desenvolvidos (Murray & Pitts, 1997) mas também porque há um gradiente que faz com que as classes sociais mais carentes tenham os índices mais altos (Locker, 1989). As atividades de promoção de saúde em odontologia têm se direcionado para a área de educação em saúde. Isto se baseando na idéia de que o conhecimento adquirido na infância refletirá na idade adulta, além de serem as escolas locais responsáveis por uma formação ampla e integral do indivíduo, o que inclui a aquisição de conhecimentos, valores e comportamentos positivos em relação à saúde (Tones e Tilford, 1994). A integração da fonoaudiologia nos programas de saúde materno-infantil tem progressivamente aumentado desde os anos 80, porém ainda de uma forma limitada (Andrade, 1996). Cada vez mais, tem-se procurado formas de atenção à saúde que privilegiem a visão global dos problemas através de ações de promoção de saúde, em contrapartida ao modelo de prevenção de doenças, até hoje articulado. A promoção da saúde, através de ações educativas, do desenvolvimento da linguagem, da audição e das funções alimentares deve ser garantida por uma prática multidisciplinar dos profissionais da saúde. As atividades educativo-preventivas, como atividades de extensão, trazem uma série de conseqüências. Uma delas é a socialização do saber acadêmico com a

comunidade. Também esta é a chance do universitário exercitar de forma complementar seu aprendizado, tomando contato com a realidade e problemas não vividos dentro do campus, desenvolvendo assim importante senso crítico. Educação em saúde tem sido alvo de discussões a partir de meados da década de 90. Importantes revisões têm avaliado os resultados de tais atividades em relação a diversos fatores. Em termos de aquisição de conhecimentos e valores os estudos foram consensuais que educação em saúde é efetiva (Brown, 1994, Kay e Locker, 1996, Locker e Schou, 1994). Higiene oral também foi algo presente em tais avaliações e os resultados mostraram que é possível uma redução em torno de 30% nos índices de placa e 10% das superfícies sangrantes (Kay e Locker, 1996). Além disso, a literatura relata algumas críticas aos programas de educação em saúde. É sugerida a utilização do modelo PRECEDE, como uma abordagem diagnóstica para planejamento em educação em saúde (Brown, 1994, Kay e Locker, 1996, Locker e Schou, 1994). 2 Objetivos 2.1 Gerais Este projeto busca construir um perfil de acadêmico voltado para a promoção de saúde com experiências em planejamento de atividades comunitárias interdisciplinares que efetivamente contribuam para melhorar a saúde bucal de crianças e escolares pertencentes a creches e escolas da rede pública e privada do município de Canoas e regiões vizinhas. 2.2 Específicos capacitar os acadêmicos em planejamento de atividades de educação em saúde com base em modelos teóricos, nas instituições em que realizarem o programa aproximar as relações da universidade com instituições de ensino localizadas próximas ao distrito geo-educacional, criar uma visão mais humanitária da relação paciente-profissinal / acadêmicocomunidade contribuir com a diminuição dos índices de doença bucal através do programa de extensão universitária. 3 Metodologia 3.1 Inscrição dos Acadêmicos O número de acadêmicos selecionados será dado pela demanda dos locais de estágio, sendo alocados, no mínimo, 02 acadêmicos por instituição parceira (escola, 2

creche, etc), sempre sendo no mínimo um de odontologia e um fonoaudiologia. Os critérios para tal seleção são: Experiências em trabalhos comunitários; Conhecimento teórico sobre atividades interdisciplinares, de extensão, comunitárias, ações educativo-preventivas em odontologia/fonoaudiologia e outras áreas (nutrição, pedagogia, recreação, etc); Criatividade, disposição, iniciativa. 3.2 Capacitação Os acadêmicos selecionados passarão por um período de 4 h/a de capacitação para trabalhar nos seus locais de estágio. Neste período eles serão informados sobre dados do local, tais como: nome de contatos, endereço, informações básicas entre outras. Serão definidos turnos de trabalho e negociados eventuais problemas. Farão parte da capacitação os seguintes conteúdos: Integração dos participantes; Bases para trabalho comunitário e trabalho em grupo; Fundamentos sobre ciências do comportamento e modelos atuais de comportamento: Teoria da Ação Racional, Teoria do Comportamento Planejado (McGoldrick, 1997); Capacitação sobre o modelo PRECED de diagnóstico e planejamento em educação e saúde conforme figura 1. Neste momento os acadêmicos receberão também uma ficha modelo para coleta dos dados e diagnóstico do local. 3.3 Metodologia de Trabalho Ao final da primeira semana, após apresentação do local de trabalho, os acadêmicos de odontologia e fonoaudiologia deverão apresentar o diagnóstico do local com um planejamento conjunto das atividades a serem realizadas em cada instituição parceira. Juntamente com o planejamento deverá haver um cronograma das atividades do semestre. Neste planejamento deverá haver um quadro resumo com as seguintes colunas: dia; descrição da ação proposta; objetivos das ações propostas; recursos necessários para a realização das atividades; método de avaliação das ações realizadas; resultados obtidos. Os planejamentos serão revisados pelos professores responsáveis, os quais estarão disponíveis para orientação em reuniões semanais. Toda semana os acadêmicos visitam 3

os locais de estágio, realizam as atividades propostas e anotam os resultados obtidos para entrega do relatório ao final do semestre. Os professores irão visitar a instituição durante o semestre, para verificar e acompanhar o trabalho dos acadêmicos sempre que julgarem necessário. 4 Avaliação A avaliação específica das atividades constará do planejamento proposto por cada equipe e ocorrerá dentro de tal esfera. Entretanto, será feita ao longo do semestre avaliação uma avaliação de processo. Ao final de cada semestre, cada instituição receberá um formulário para avaliação individual de cada acadêmico e do andamento do projeto. Da mesma forma, os acadêmicos terão oportunidade de avaliar qualitativamente a instituição e o projeto, descrevendo ponto fortes, pontos fracos e dando sugestões. Ambos instrumentos de avaliação são constituídos de perguntas abertas e fechadas, com a finalidade de avaliar se o projeto vem obtendo êxito nos seus objetivos. Desta forma o programa será avaliado semestralmente através de formulários de avaliação entregues às instituições e aos acadêmicos. 5 Resultados Dos instrumentos de avaliação são apresentados aqui os resultados colhidos junto aos parceiros a cada final do semestre. A avaliação relativa aos acadêmicos está em fase de análise segunda a técnica de análise de conteúdo (Bardin, 1977). A tabela 1 mostra uma evolução quantitativa do projeto ao longo dos seus 4 semestres de execução. Entretanto, no semestre 2001/1 um relatório não retornou e no semestre 2001/2 2 relatórios não retornaram. Tabela 1 Número de parceiros, acadêmicos, professores e população atendida pelo Projeto Mantendo Sorrisos ao longo de quatro semestres, nos municípios de Canoas e Esteio. Semestres parceiros acadêmicos professores crianças atendidas 2000-02 3 12 3 309 2001-01 3 15 3 285 2001-02 7 18 4 567 2002-01 6 14 2 387 4

Observa-se pelos gráficos 1 a 3 que o projeto tem, na visão dos parceiros, um desempenho de bom a excelente, cumprindo as expectativas fazendo com que 100% dos parceiros permaneçam no projeto. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Gráfico 1 - Opinião dos parceiros sobre o desempenho individual dos acadêmicos 2000-02 2001-01 2001-02 2002-01 Total ruim regular bom excelente 7 Gráfico 2- O projeto cumpriu as expectativas? 7 Gráfico 3 - Gostaria que o projeto continusse? 6 6 Número de parceiros 5 4 3 2 1 sim não 5 Número de parceiros 4 3 2 sim não 0 1 2000-02 2001-01 2001-02 2002-01 0 2000-02 2001-01 2001-02 2002-01 Na avaliação qualitativa dos parceiros foram relatadas as seguintes características em relação ao desempenho dos acadêmicos tanto em nível de grupo como individualmente: dinamismo, criatividade, comprometimento, união vínculo com os alunos, interesse, eficácia no trabalho, abertos a novos conhecimentos, participativos e colaboradores. Na avaliação das diretoras das instituições parceiras, em relação aos planejamentos realizados, faltou: Não se conseguiu trazer um professor para uma palestra com os pais. Havia sido planejado acadêmicos em dois turnos e só foi possível em um. Em relação ao porquê o projeto deveria continuar, as respostas foram: Tudo aprendemos na infância e saúde é muito importante no aprendizado. Criou-se uma nova imagem do dentista, mais amigável e confiável. O trabalho anterior foi de excelente e êxito e pela relevância para a comunidade Fazem as crianças perderem o medo do dentista, criando vínculo. Para trabalhar com as crianças que não haviam sido abrangidas ainda. Pelos alunos que adoraram e aprenderam muito para suas vidas. Para fazermos a 2 a Festa da Educação pela Cidadania e Solidariedade juntos 5

As acadêmicas são criativas e respondem minhas dúvidas Todos são beneficiados, acadêmicos, crianças e funcionários. Os principais aspectos negativos são: Pouca experiência das acadêmicas em educar e roupa branca dá medo nas crianças Não houve reunião com os pais A universidade deveria dar mais subsídios para as acadêmicas realizarem ainda melhor seu trabalho em escolas carentes. Os principais aspectos positivos são: Humildade, carinho, dedicação e iniciativa das estagiárias Atuam na causa dos problemas e criam novos hábitos nas crianças com alegria É mais um recurso no planejamento de escolas carentes Desenvolve solidariedade nos acadêmicos O retorno que os pais dão e pela parceria com a universidade Vínculo dos estagiários ética profissional e bom trabalho em grupo Acadêmicas atenciosas com as crianças e funcionários Foi sugerido ainda que: Que a continuação seja com os mesmos estagiários Levar as crianças para conhecer a ULBRA, onde os estagiários trabalham (para o semestre 2002/02, 20 crianças de 5 a 6 anos) Trazer o curso de psicologia para o projeto Aumento no número de acadêmicos da fonoaudiologia Participação nas reuniões pedagógicas e atuação em dois turnos (M/T). 6 Bibliografia 1. ANDRADE, C. R.F. Ações fonoaudiológicas na saúde materno-infantil. In: ANDRADE,C.R.F,(org) Fonoaudiologia em Berçário Normal e de Risco. São Paulo: Lovise,1996a. P 25-42 2. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70. 1977.226p. 3. BOWN, L. 1994. Research in Dental Health Education and Health Promotion: A Review of the Literature. Health Education Quarterly, 21(1):83-102. 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de Assistência e Promoção à Saúde. Coordenação de Saúde Bucal. Levantamento Epidemiológico em Saúde bucal: 1a etapa - cárie dental - projeto. Brasília, 1996. 6

5. KAY, E.J.; LOCKER, D. 1996. Is dental health education effective? A systematic review of the current evidence. Commun Dent Oral Epidemiol. 24 :231-5. 6. LOCKER, D.(1989): An Introduction to Behaviour Science & Dentistry. p259. London: Tavistock/Routledge. 7. LOCKER, D; SCHOU, L. Oral Health: A review of the effectiveness of health education and health promotion. N o 4. Dutch Center for Health Promotion and Health Education. Utrech: Landelijk Centrum GVO. 1995. 8. McGOLDRICK, P.M. (1997). Principles of Health Behaviour and Health. In: Community Oral Health. Ed. C. Pine, pp291-98. Oxford: Wright. 9. MURRAY,J.J.; PITTS,N. (1997). Trends in oral health. In: Community Oral Health. Ed. C. Pine, pp291-98. Oxford: Wright. 10. TONES, K., TILFORD, S. (1994). Health Education: Effectiveness, Efficiency and Equity. Second ed. p309. London: Chapman & Hall. 7

Figura 1 - Fases do Modelo PRECED para diagnóstico e planejamento em educação e saúde (modificado de Green e Kreuters, 1991) Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5 Fase 6 Diagnóstico social e epidemiológico Comportamental / ambiental Educação e organização Administrativa Implementação Avaliação Identificação da qualidade de vida Identificação dos problemas de saúde definição do comportamento de saúde a ser trabalhado aspectos ambientais que contribuem para o comportamento selecionado fatores predisponentes: atitudes, crenças, valores, motivação para o comportamento fatores reinforçantes: atitudes dos grupos sociais e predisposição para apoio ao programa fatores capacitantes: influencia social e sistêmica elaboração de atividades educativas verificação das viabilidades operacionais execução do programa através do cronograma Processo: Avalia os fatores operacionais e objetivos a curto prazo Impacto: Avalia as modificações de comportamento na população alvo Resultado: Verifica ganhos em saúde