O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: A UTILIZAÇÃO DO FACEBOOK COMO FERRAMENTA ALTERNATIVA DE ENSINO APRENDIZAGEM

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Transcrição:

O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: A UTILIZAÇÃO DO FACEBOOK COMO FERRAMENTA ALTERNATIVA DE ENSINO APRENDIZAGEM Emerson Nunes de Almeida UFRN nunespedagogo@yahoo.com.br Francisco Cristimar Bessa Simão UNESA cristimarbessa@yahoo.com.br Camila Fernandes da Costa UFRN - fernandes.camila23@yahoo.com.br INTRODUÇÃO A Escola tem acompanhado e também tem sido atingida por mudanças ao longo desses anos. O desenvolvimento das tecnologias e sua inserção no ambiente escolar são uma realidade e uma necessidade iminente que deve ser observada pelos educadores comprometidos com a efetiva aprendizagem dos educandos. É um desafio muito grande para o professor da atualidade, estabelecer conexões entre Educação e Tecnologias em seu lócus de trabalho. O papel desse profissional na atual conjuntura deve ser o de formar não apenas profissionais com conhecimentos em matérias específicas e sim seres humanos capazes, seguros, aptos para pesquisar, questionar, viver em grupo. A proposta desse trabalho é refletir sobre a possibilidade de uso concreto de uma rede social com o contexto educativo e tecnológico. É importante ressaltar que, embora esteja em sua fase inicial, entendemos que esse estudo mostra-se relevante aos estudos da linguagem, pois procura investigar a aplicabilidade do trabalho com o uso do Facebook no ensino de Língua Portuguesa. O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: NOVOS MODOS DE APRENDER A Escola era pouco inovadora e inflexível e ao professor competia à tarefa de despejar informações sobre o aluno ser desprovido de todo e qualquer conhecimento e experiências anteriores; ele não se preocupava com a real aprendizagem do aluno. Por muito tempo, a Escola propagou esse ensino depositando sobre o educando conhecimentos incipientes e de forma mecânica, sem levar em consideração os aspectos cognitivos desse indivíduo.

2 Ainda hoje, pode-se perceber que o ensino de Língua Portuguesa ainda guarda ranços do paradigma tradicional; em algumas escolas ele ainda continua centrado no ensino da gramática, totalmente desvinculado de reflexões, descontextualizado, distante das verdadeiras necessidades dos alunos. Contudo, isso não é regra geral, há educadores que se preocupam em ressignificar o ensino de Língua Portuguesa, para isso, tem-se empenhado em adotar as novas metodologias. Por muito tempo a escola desprezou esse aspecto. Hoje, ela tem se esforçado para reverter este quadro de inércia pedagógica, através de atividades que mobilizam tanto o corpo discente quanto o docente. Todo e qualquer educador que esteja inserido nesse contexto de mudanças deve empreender esforços no que diz respeito à criação de situações diversificadas, explorando os mais variados recursos que possibilitem uma aprendizagem significativa, induzindo o educando a criar mecanismos para a resolução de problemas não apenas ligados a uma situação específica, mas àquelas que lhes são apresentadas cotidianamente, fazendo uso, portanto, de suas competências e habilidades. Após algum tempo, vencidos os equívocos e modismos que atingiram a educação, percebeu-se a necessidade de estar constantemente recorrendo à dialética da ação- reflexão - ação, a fim de tornar o processo ensino-aprendizagem mais dinâmico e eficaz. A escola percebeu a necessidade de antenar-se às novas tendências que o mundo moderno apresenta, buscando promover ações que subsidiem o professor. Portanto, o educador precisa compreender que há uma infinidade de opções metodológicas e as mídias tecnológicas se constituem uma opção a mais na sua trajetória pedagógica. Resta-lhe, então, descobrir a forma mais adequada de integrar o humano e o tecnológico, de ampliar as possibilidades, de organizar a comunicação com os alunos.

3 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS: INTERSECÇÕES As novas mídias e tecnologias se constituem uma realidade no mundo em que vivemos. Essa realidade tecnológica fascina a todos, pela praticidade, pela objetividade que conduz a uma comunicação e informação muito mais veloz, pela forma como as pessoas interagem e impõem novas formas de relacionamentos. Belloni (2005, p. 10), afirma que: As tecnologias de informação e comunicação já estão presentes e influentes em todas as esferas da vida social, cabendo à escola, especialmente à escola pública, atuar no sentido de compensar as terríveis desigualdades sociais e regionais que o acesso desigual a estas máquinas está gerando. Portanto, há de se pensar numa série de valores, conceitos e posturas incorporados há algumas décadas. Não há mais como conceber a educação desvinculada da realidade na qual o aluno está inserido. A internet e outras mídias são instrumentos que fazem parte do mundo dos educandos. Por que não utilizá-las como uma possibilidade a mais na organização das aulas e como uma rica fonte de pesquisa e de interação? Faz-se necessário dessa forma uma organização maior a fim de incorporar essa tendência à prática. Inicialmente, devem-se esgotar todas as discussões em torno do assunto, planejar como fazer e estabelecer metas para então manusear, utilizar o que estiver disponível para enriquecer as aulas e, assim, estimular os alunos a se engajarem nesse processo de mudanças. Deve-se ter o cuidado na inserção das ferramentas tecnológicas. O USO DO FACEBOOK NA ESCOLA O educador da atualidade dispõe de várias ferramentas - tecnológicas ou não, a exemplo do Facebook que pode subsidiá-lo em situações de aprendizagem. Esse tipo de texto atende a muitos requisitos, como por exemplo, a fixação do

4 assunto, o desenvolvimento da percepção, do senso crítico e de várias outras competências e habilidades que vão auxiliar o aluno no seu dia-a-dia e também o professor no cumprimento do que ele estabelecera para o contexto educativo. Na educação, por exemplo, o Facebook tem se constituído um excelente recurso para discutir e produzir textos, analisar a ortografia, analisar a semântica, produzir vídeos, formar redes sociais, produzir trabalhos colaborativos, etc. Pode-se concluir que essa metodologia é um recurso útil e que pode modernizar a educação, se for usado de maneira correta e em tempo suficiente, visto que, o mesmo estará formando pessoas que terão facilidade em expressar opiniões escritas, serão leitoras, pois para comentar os textos elas terão que ler os conteúdos e ao mesmo tempo serão pensadores. Se for possível desenvolver esses requisitos entre os alunos, poder-se-á contribuir para a formação de pessoas mais reflexivas, críticas e participativas. Partindo dessas premissas, buscou-se aventar as possibilidades que esse trabalho em sala de aula poderia oferecer situações de aprendizagem, tais como: o professor, na condição de mediador, tem a possibilidade de induzir o aluno a alcançar a sua autonomia na aquisição de aprendizagens significativas, no exercício da autoria e co-autoria, na medida em que ele (o aluno) não apenas opina sobre um determinado tema, mas também levanta questões e sugestiona, reflete de forma aprofundada sobre diversas temáticas, participa de enquetes, indica vídeos, etc. que venham acrescentar na divulgação/construção diária do conhecimento e de sua formação como cidadão. O aluno por sua vez desenvolve habilidades de gerenciar informações, de transformar essas informações em conhecimentos, desenvolve ainda o espírito colaborativo, o senso crítico, o poder de síntese, melhora a sua relação com os colegas e com professores. Essas atitudes iniciais estão permitindo vislumbrar novos paradigmas em sala de aula, com vistas a alcançar resultados mais positivos na construção do conhecimento por parte dos educandos e na inserção de práticas inovadoras que venham dar novo significado ao ato de educar buscou-se, por meio desse trabalho, fazer um estudo acerca do uso do Facebook em sala de aula, buscando investigar como essa ferramenta atende às prerrogativas propostas, se esse recurso provocará

5 nos educandos atitudes relacionadas às competências de leitura, autoria intelectual, aprendizagem colaborativa, interação social na rede e autonomia, quer estejam relacionados aos aspectos cognitivos quer estejam relacionados à vida cotidiana, ao contexto em que eles estão inseridos. Espera-se, pois que essa seja mais uma alternativa na busca de ressignificar a práxis e contribuir para a formação de sujeitos críticos, independentes, cujas oportunidades devem ser dadas de igual forma na sociedade na qual estão inseridos. REFERÊNCIAS BELONI, M. L. O que é mídia-educação. Campinas: Autores Associados, 2005. MASETTO, Marcos T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos ; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 12.. ed. Campinas: Papirus, 2000. OROFINO, Maria Isabel. Mídias e mediação escolar: pedagogia dos meios, participação e visibilidade. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo, 2005. PERRENOUD, Phillipe. As Competências para ensinar no Século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed,